Os números falam por si: 1500 cv, 420 km/h, 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e um preço de 2,4 milhões de euros à saída da fábrica. Este é o bilhete de identidade do Bugatti Chiron, o mais recente produto da marca francesa que pertence ao Grupo VW. Agora, o que ninguém imaginava é que a reputada marca de hiperdesportivos conseguisse comercializar tantas unidades em tão curto espaço de tempo.
Desde que foi revelado ao público, há um pouco menos de seis meses, o Chiron já conquistou o coração e a carteira de 200 condutores, ávidos de se deliciarem aos comandos do carro mais potente do mercado.
A Bugatti tem programada a produção de apenas 500 unidades, à média de 100 por ano, o que significa que, em apenas meio ano, vendeu a produção de dois e encaixou 480 milhões de euros. E ainda não começaram a surgir as versões especiais, como a Grand Sport (descapotável) e a Super Sport (ainda mais possante), que ajudam sempre a escoar as últimas unidades e com preços mais elevados, o que faz maravilhas às finanças do construtor sediado em Molsheim.
Este sucesso comercial do Chiron espanta mesmo os especialistas, uma vez que em relação ao Veyron, de 1001 cv, o seu antecessor, a Bugatti necessitou de 10 anos (2005 a 2015) para vender 450 veículos. E isto apesar de o modelo ser proposto por um valor substancialmente inferior, em cerca de 1 milhão de euros. Na volta, o problema estava no preço. Ou, então, estava na falta de potência.