Ao longo de quatro décadas, Shimon Peres foi quase tudo na política israelita. Além de ter sido líder do Partido Trabalhista, e deputado no parlamento, também trabalhou no Ministério da Defesa (com 29 anos, foi a pessoa mais nova a chegar a diretor-geral naquela estrutura). Os cargos mais importantes viriam a partir da década de 70: foi ministro dos Transportes, das Finanças, da Defesa (por duas vezes), dos Negócios Estrangeiros (por três vezes) e primeiro-ministro (durante três mandatos).
Em 2007, chegou a Presidente e, apesar do papel cerimonial que o cargo tem em Israel, Peres tentou ser um contrapeso ativo em relação ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. “Se deixarmos de ser democráticos, deixamos de ser judeus”, disse Peres ao El País. Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, foi um dos grandes responsáveis pelos Acordos de Oslo, negociados na Noruega e mediados pelos Estados Unidos, que puseram à mesa das negociações Israel e a Autoridade Palestiniana, para chegar a um entendimento sobre a autonomia da Palestina.
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