O grupo financeiro catalão CaixaBank passou a deter 84,5% dos direitos de voto do banco BPI na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o banco português, num investimento total de 644,5 milhões de euros. O CaixaBank comprou nesta oferta cerca de 568,4 milhões de ações, o correspondente a 39% do capital do BPI. O grupo já tinha 45,5% do capital.

Cerca de metade das ações adquiridas e do esforço financeiro do CaixaBank nesta operação serviu para comprar a participação de Isabel dos Santos no BPI. A empresária angolana tinha 18,6% do capital e terá encaixado cerca de 310 milhões de euros, assegurando ainda uma mais-valia face ao custo do investimento feito no banco português que se iniciou em 2008.

O Grupo Violas, que contestou esta OPA, acabou também por vender.

A oferta foi lançada em abril do ano passado, depois de uma primeira tentativa falhada em 2015. Na altura, a OPA do Caixa Bank foi travada por Isabel dos Santos que chumbou o fim do limite aos direitos de voto no BPI. O impasse foi ultrapassado já este ano com a ajuda de um decreto-lei que abriu a porta ao fim da blindagem de estatutos no banco.

Entretanto, o BPI e Isabel dos Santos fecharam um acordo para reduzir a exposição do banco português a Angola, em resposta a uma exigência do Banco Central Europeu, que passou pela venda de 2% do capital do Banco de Fomento Angola à filha do presidente angolano.

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