O treinador do Sporting afirmou esta sexta-feira que um triunfo sobre o Benfica, no dérbi da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, “não salva” a época dos ‘leões’ e desvalorizou uma possível influência na decisão do título.

É um jogo sempre com muita paixão, com caraterísticas diferentes, com sentimento de rivalidade e isso faz com que seja um espetáculo entusiasmante. Espero que os jogadores, sobretudo os do Sporting, tenham qualidade, para que possam fazer um grande jogo, dentro do que temos feito, e ganhar, que é o nosso grande objetivo”, disse Jorge Jesus, em conferência de imprensa.

O técnico ‘leonino’, que fazia a antevisão do encontro de sábado, marcado para o Estádio José Alvalade, em Lisboa, recusou que uma vitória sobre o rival salve a época e lembrou que o “Sporting vive de uma identidade de títulos, apesar de não ganhar há muitos anos”.

“Não salva nada. O Sporting está num processo de recuperação. No meu primeiro ano aqui, fizemos uma grande época. Este ano, não estamos a discutir o título com os nossos rivais, que era o que pretendíamos e é aquilo a que eu estou habituado, mas sei que estou cada vez mais perto. Estamos no caminho certo”, frisou.

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Além de poder reduzir para cinco pontos a diferença para o líder Benfica, o Sporting poderá, em caso de vitória, influenciar a decisão do título entre os ‘encarnados’ e o FC Porto, uma questão que, para Jorge Jesus, não é importante. “Não temos nada a ver com terceiros. O Sporting tem de ter paixão, sentimento, responsabilidade, pressão e crença para ganhar seja a quem for. Depois, o que daí resultar, não tem importância para nós”, disse.

Jorge Jesus considerou que “antes do jogo, ninguém vai surpreender ninguém” no que diz respeito à forma de jogar e revelou que “as circunstâncias do jogo e do momento é que poderão ditar” uma aproximação e um eventual cumprimento a Rui Vitória, “mas só depois do jogo”.

Sem poder contar com Zeegelaar, que está castigado, o treinador sportinguista não revelou qual a será a alternativa para o lado esquerdo da defesa, limitando-se a dizer que Bruno César “é uma das hipóteses”. “Temos o Bruno [César], o [Ricardo] Esgaio e Jefferson. Temos três hipóteses, e durante a semana fui à procura daquela que meu deu mais garantias. A ideia passa sempre por não tirar qualidade de jogo ofensivo à equipa. O Bruno tem sido um criador importante de jogo ofensivo, mas, até amanhã [sábado], irei decidir”, adiantou.

Por outro lado, Jesus assegurou que não utilizou as questões de arbitragem do jogo da primeira volta, na Luz, que os ‘leões’ perderam por 2-1, como forma de motivação para o 300.º dérbi da história entre estas duas equipas. “Um treinador não motiva nenhuma equipa focando os erros de arbitragem. Procuramos analisar, para ajustar os comportamentos em relação ao jogo. Em relação às equipas de arbitragem, não falo quase nada com os meus jogadores. As coisas quando são tão evidentes, nem vale a pena repeti-las, porque só nos trazem tristezas”, concluiu.

Sporting, terceiro classificado com 63 pontos, e Benfica, líder com 71, jogam no sábado, a partir das 20h30, no Estádio de Alvalade, em Lisboa, numa partida que será dirigida pelo árbitro Artur Soares Dias, da Associação de Futebol do Porto.