Equipas de salvamento resgataram 32 pessoas, naturais do Banglandesh, na Golfo de Bengala, depois de a embarcação se ter voltado devido às fortes correntes, a cerca de 2,5 quilómetros da costa. Contudo, “cerca de duas dezenas de pessoas continuam desaparecidas”, disse o chefe da polícia local, Masud Alam, à agência noticiosa AFP.

Segundo os relatos dos sobreviventes, citados pelo mesmo responsável, a bordo seguiam até 60 pessoas. “Todos os passageiros eram naturais do Bangladesh e seguiam para a Malásia ilegalmente”, acrescentou Masud Alam.

Porém, as estimativas relativas ao número total de passageiros divergem, com a televisão privada Somoy a indicar que o barco transportava cerca de cem pessoas quando se afundou perto da ilha de Kutubdia.

A embarcação foi atingida pelas fortes correntes pouco depois de zarpar de uma localidade próxima da cidade portuária de Chittagong, no sul do país, disse Masud Alam.

Milhares de desfavorecidos do Bangladesh e refugiados da etnia Rohingya da Birmânia tentam imigrar para a Malásia anualmente, fazendo uma perigosa travessia, muitas vezes fatal, de 3.200 quilómetros.

Segundo grupos de defesa dos direitos humanos, milhares morrem no caminho, enquanto outros caem nas mãos de grupos que se dedicam ao tráfico de seres humanos. Os imigrantes são considerados ilegais porque não viajam com os adequados vistos e tentam entrar na Malásia sem notificar as autoridades.

Os acidentes marítimos são comuns no Bangladesh. De acordo com as autoridades, mais de 95% das embarcações de pequena e média dimensão do país não cumprem as normas mínimas de segurança.

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