Pedro Passos Coelho subscreve o que a presidente do Conselho de Finanças Públicas veio dizer a propósito do programa apresentado pelos economistas do PS: que “todas as estratégias alicerçadas em estímulos da procura têm conduzido a uma situação de endividamento para o país e, apesar de serem estratégias míopes no curto prazo, provocam sempre no médio e longo prazo o pior dos resultados”. Mas as suas críticas não se ficam por aí: o primeiro-ministro também não subscreve algumas das propostas, como a de descida da TSU e as para o mercado de trabalho que são tão liberais que, diz, nem ele as subscreve.

Num longa entrevista ao Observador – que pode ler na íntegra aqui, assim como ver os vídeos das passagens mais importantes – o primeiro-ministro também diz que uma campanha baseada no medo do regresso do PS ao poder o levaria para uma derrota. Mas não hesita em acusar os socialistas de propor medidas impossíveis de aceitar para a União Europeia. Para além disso não acha provável que se consiga descer o IRS para além da sobretaxa na legislatura seguinte, nem descongelar carreiras na Administração Pública – só prémios, tendo em conta as avaliações.

Explica também que não prometeu na campanha de 2011 que não cortaria nos salários – apenas clarificou um rumor que não era verdadeiro. E que foi um buraco nas contas deixado por Sócrates, e que não estava contabilizado mo memorando da troika, desvio que o forçou a esses cortes e levou a uma dura recessão.

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