A paralisação no Canal da Mancha está a provocar um outro fenómeno: uma crise com migrantes que tentam entrar no Reino Unido. Centenas de ilegais procuraram passar de França para o Reino Unido dentro dos camiões que estavam parados no porto de Calais, em França. As horas mais difíceis, contudo, parecem já ter passado. David Cameron, o primeiro-ministro britânico, diz que a situação tem de ser resolvida com os franceses.
Foi durante o dia de terça-feira, no porto de Calais, que dá acesso ao Canal da Mancha, que irrompeu esta crise de imigrantes ilegais que tentaram aproveitar o trânsito lento de acesso ao túnel. Os trabalhadores da empresa de navegação MyFerryLink têm estado em greve contra a venda de dois dos três barcos da empresa a um concorrente e provocaram o caos. Aproveitando a confusão, vários foram os imigrantes ilegais que entraram dentro de camiões parados na zona ou foram encontrados debaixo de camiões.
De acordo com a imprensa britânica, a polícia conseguiu contar pelo menos 350 imigrantes ilegais, esta quarta-feira de manhã, mas os números podem ser superiores.
The on-going migrant chaos of #Calais: Latest updates http://t.co/gLrLNKmLpx pic.twitter.com/oZlLC05mcL
— ITV News (@itvnews) June 24, 2015
'Threatened with machetes' – drivers share their stories of travelling through #Calais: http://t.co/1b7TbaezxX pic.twitter.com/7z8DXGJTW8
— BBC_HaveYourSay (@BBC_HaveYourSay) June 24, 2015
A confusão em Calais está a deixar franceses e britânicos em pé de guerra. O primeiro-ministro inglês, David Cameron, já falou esta quarta-feira apelando a que os dois países deixem de passar culpas sobre os problemas no Canal da Mancha. “Não faz nenhum sentido que cada parte tente apontar o dedo para culpar o outro lado. Esta é uma longa parceria que existe e que temos de manter”.
Cameron descreveu o que se passou como “cenas totalmente inaceitáveis”. Questionado sobre o que pretende o Reino Unido fazer, o primeiro-ministro britânico disse que tinha de trabalhar com o governo francês no controlo das entradas de imigrantes no norte de África e também tentar que o Reino Unido seja menos atrativo.