Na primeira passagem oficial por Portugal, para o festival Porta dos Fundos, os humoristas Fábio Porchat, Marcos Veras e Rafael Infante deram uma entrevista ao Observador. O português de Portugal, os vídeos do Porta dos Fundos de que eles mais gostam, o que não os faz rir e a entrada no canal Fox e no cinema foram alguns dos assuntos abordados, com muitas gargalhadas à mistura.

Em dia de futebol, a esplanada doRooftop Varanda do Castelo do Vintage Lisboa Hotel foi o local escolhido pela equipa do Porta para assistir aos jogos. “Quem vai ganhar o Mundial é o Brasil!”, diz Porchat para meter ordem nos vários palpites que os colegas dão sobre quem será a seleção campeã.

A vida deles mudou em 2012, quando se juntaram para escrever, filmar e representar vídeos de humor situados algures entre o nonsense e os problemas do quotidiano. Dois anos depois, o Porta dos Fundos é o grupo fenómeno do humor brasileiro, mas a descontração e simpatia não denunciam que estamos perante os detentores de mais de mil milhões de visualizações no Youtube. Em Portugal desde quarta-feira para um festival com o seu nome, os membros do Porta dos Fundos não se cansam de tirar fotos, dar autógrafos e beijinhos aos fãs portugueses que desde 2013 esgotaram os espetáculos que Fábio Porchat deu em Portugal. “Não é que eles gostem da gente. Eles querem abraçar a gente”, conta Fábio.

Na vinda à Europa, Fábio Porchat conseguiu cumprir um sonho e ver os Monty Python, influência assumida no humor do grupo brasileiro, ao vivo em Londres. À pergunta sobre se a equipa do Porta dos Fundos se vê ainda a fazer vídeos daqui a 50 anos, respondem positivamente e com humor. Que, aliás, foi uma constante. Pode não parecer um apontamento relevante, mas nem sempre entrevistar humoristas é sinónimo de bom ambiente e gargalhadas. No minuto quatro da entrevista, por exemplo, António Tabet decide tirar a t-shirt e passar à frente da câmara. Volta a vestir a t-shirt e regressa ao sofá, sem dizer uma palavra.

Entre os mais de 250 vídeos que já fizeram, cada um contou as suas preferências. Rafael Infante gosta muito do “Taxista“. Marcos gostou muito de fazer o “Sheila” e considera que o vídeo “Suborno” tem “um dos melhores textos que o grupo já escreveu”. Fábio Porchat nem hesita: “gosto do ‘Corte de Gastos‘”, onde se desmistifica a ideia de que fazer um vídeo para a internet é fácil.

 

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