Pelo menos 16 pessoas foram mortas, vítimas da ofensiva aérea lançada em Gaza em retaliação contra os rockets lançados contra território israelita. Entre os mortos, está Mohammad Sha’ban, um líder da ala militar do grupo islamita Hamas. O ataque que matou Mohammad Sha’ban foi um ataque conjunto do exército israelita e do Shin Bet, os serviços secretos israelitas, ao veículo onde Mohammad se deslocava, refere o jornal israelita Haaretz. O Ministro da Inteligência israelita Yuval Steinitz admitiu à CNN que a ocorrência de uma ofensiva terrestre “pode-se vir a tornar necessária”.

A Liga Árabe pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para travar os ataques aéreos em Gaza. O porta-voz da ala militar do Hamas já fez saber quais são as suas exigências para o cessar-fogo. “Não sonhem com a calma até nos responderem às seguintes exigências: a interrupção da violência em Jerusalém e na Faixa de Gaza e a garantia de que serão cumpridos todos os termos do acordo de cessar-fogo alcançado em 2012”, refere o Haaretz.

As operações levadas a cabo por Israel contra o Hamas “provavelmente não terminarão dentro dos próximos dias”, disse o ministro da Defesa israelita Moshe Ya’alon, citado pela CNN. Com a morte de um dos líderes do Hamas, é quase garantido que o conflito vai ganhar novas proporções. “Estamos preparados para expandir a operação e garantir que as consequências para o Hamas serão sérias”, acrescentou o ministro. No canal oficial do YouTube do exército israelita é possível ver imagens das operações de hoje.

O exército israelita já disse que está à espera de uma retaliação por parte do Hamas. Citado pelo jornal Haaretz, um alto funcionário de segurança israelita explicou que “não há dúvida que o Hamas tentará lançar rockets contra Tel Aviv e até em outros territórios”, está disposto a aumentar a dimensão dos ataques e usar armas com maior alcance. O exército israelita está a recomendar aos residentes de Tel Aviv para que abram os abrigos e se preparem para que a cidade seja atingida por mísseis de longo alcance.

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O exército israelita já convocou 1.500 militares e agentes da polícia na reserva e o governo está a discutir a possibilidade de chamar mais 40 mil. De acordo com o Haaretz, os hospitais palestinianos afirmam que a ofensiva israelita já provocou a morte a pelo menos 11 pessoas nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza. Os voos, quer as partidas, quer as chegadas, estão a ser desviados para uma rota mais a norte devido aos receios de novos ataques.

O seguinte vídeo amador, mas que é retirado do canal oficial do YouTube do exército israelita, mostra os avisos de eminente bombardeamento numa estância no sul de Israel.