Na noite de quarta-feira, os militantes do Hamas lançaram mísseis contra a principal instalação nuclear em Israel, localizada a sul da cidade de Dimona. O ataque dirigia-se também ao reator nuclear e ao centro de pesquisa de Negev, onde se pensa estar situado o programa de armas atómicas israelita, escreve esta quinta-feira o jornal The Telegraph.

O exército de Israel disse ter intercetado 21 mísseis na quarta-feira e afirmou que dos três mísseis disparados contra a instalação nuclear, dois caíram perto de Dimona e um terceiro foi desviado.

Segundo a BBC, o exército israelita disse que o Hamas disparou 82 rockets contra Israel na quarta-feira. O site da Bloomberg diz que os ataques dos militantes palestinianos não provocaram ainda mortes ou feridos graves.

O número de mortos do lado palestiniano já chegou aos 70, desde 8 de julho, de acordo com a Bloomberg, naquele que é o maior confronto entre israelitas e palestinianos desde novembro de 2012 e que surgiu depois do homicídio de adolescentes dos dois lados. Só na quarta-feira terão morrido 22 pessoas em Gaza, entre as quais nove crianças e seis mulheres, vítimas de ataques aéreos de Israel.

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Esta ação por parte do Hamas levanta a preocupação de que Israel cumpra a sua ameaça de invadir por terra a faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já prometeu intensificar os ataques contra o grupo e disse que os militantes palestinianos iriam “pagar um preço elevado” pelos ataques a Israel.

Numa entrevista à CNN, o presidente do país, Shimon Peres, admitiu que pode estar para breve uma ofensiva terrestre. A BBC escreve que o exército já mobilizou 40 mil reservistas.