Várias figuras do mundo do espectáculo e da política lançaram uma petição para que o Governo português exija a libertação imediata do rapper Luaty Beirão, a cumprir uma greve de fome há quase um mês depois de os tribunais angolanos não se pronunciarem nos prazos devidos sobre a sua detenção após uma manifestação pacífica. Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, Rui Tavares, fundador do Livre, e Joaquim de Almeida, ator, são alguns dos signatários desta petição.

No texto da petição online pode ler-se que os seus signatários consideram “imperativo” que “o Governo português tome uma posição e publicamente exija a imediata libertação de Henrique Luaty Beirão”. Esta iniciativa conta com 96 assinaturas e os principais subscritores são atores e figuras políticas, como Inês de Medeiros, deputada e atriz, e a sua irmã, também atriz, Maria de Medeiros. Também Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago, enviou esta segunda-feira uma carta ao Presidente de Angola pedindo-lhe que liberte o ‘rapper’ e ativista Luaty Beirão e os outros 14 jovens com ele detidos em Luanda, em junho.

“Exmo. Sr. Presidente da República Popular de Angola, Eng. José Eduardo dos Santos, venho junto de si apelar para a libertação de Luaty Beirão e dos seus companheiros detidos, porque está nas suas mãos salvar esta vida e proteger os direitos de liberdade de opinião destes jovens e de todos os cidadãos de Angola”, escreveu Pilar del Río, na carta a que a Lusa teve acesso.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português estará a tentar organizar uma visita bilateral com o ativista luso-angolano e afirma estar a acompanhar o caso de perto, assim como diz manter contacto com a família.

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