A próxima geração de evolução urbana foi apresentada, ao longo dos últimos três dias, na Portugal Smart Cities Summit, que decorreu na FIL, em Lisboa, promovida pela Fundação AIP com o apoio da NOS. Qualidade de vida, competitividade económica e sustentabilidade são as três metas de fundo que devem orientar os decisores no momento de avançar com iniciativas e projetos de smart cities. Esta é uma dinâmica imparável que pode avançar tão depressa quanto a sociedade e os governos quiserem, porque a tecnologia está disponível. A transformação digital já está a acontecer, e, como referiu Manuel Eanes, a propósito da nova era do 5G, “são necessários mais casos de uso, boas ideias de bons problemas para aplicarmos esta tecnologia na resolução desses problemas”.
O administrador da NOS foi um dos intervenientes na última sessão da cimeira, num dia marcado pela divulgação da estratégia do Governo para as smart cities, atualmente em fase de diagnóstico com os municípios. Coube ao Secretário de Estado da Transição Digital, André de Aragão Azevedo, apresentar alguns dados sobre o andamento do processo, que deverá estar em consulta pública no próximo ano.
Portugal subiu três lugares, para a 16.ª posição, no ranking do Digital Economy and Society Index (DESI), que resume indicadores sobre o desempenho digital da Europa e acompanha o progresso dos países da União Europeia. No que toca à transição digital, a ambição é grande, tomando as smart cities como ponto de partida para tornar o país numa nação digital.
No último dia do certame, as incidências da manhã passaram pela entrega dos prémios Digital With Purpose, uma iniciativa da GeSI, durante a qual o administrador da NOS Comunicações, João Ricardo Moreira, sublinhou a importância do compromisso com a sustentabilidade, alertando para os danos de reputação das empresas que o não fizerem.
O projeto de Economia Circular de Guimarães, concelho onde existem Brigadas Verdes, esteve em foco na sessão dedicada à problemática da gestão dos resíduos, antes da apresentação do Recycle BinGo, o jogo que dá prémios a quem promove a reciclagem.
Mobilidade sustentável
Também os desafios da mobilidade sustentável estiveram em análise na Portugal Smart Cities Summit, visando o progresso da eletrificação das frotas automóveis e também o crescimento da rede de postos de carregamento. É urgente acelerar a transição num setor como o dos transportes, que continua a ser o principal responsável pelas emissões de CO2.
A descarbonização da economia, as infraestruturas conectadas e a inovação no urbanismo desfilaram foram também temas abordados. O papel da ciência e da investigação esteve em destaque nas intervenções de Carlos Salema, Presidente da Academia das Ciências de Lisboa, e de Elisa Ferreira, Comissária Europeia da Política de Coesão e Reformas. Os sistemas de gestão dos resíduos e os modelos de investimento em fotovoltaicas pontuaram, ainda, a sessão dedicada aos desafios económicos e ambientais da transição energética.
A importância do financiamento no desenvolvimento das stratups
O debate sobre o papel do financiamento público enquanto acelerador da transformação digital antecedeu o painel que abordou o dinamismo do setor privado, que tem conseguido produzir excelentes exemplos no ecossistema de novos negócios e startups de base tecnológica. A BrightCity é um desses exemplos, que nasceu da sinergia entre a NOS e a Sonae Sierra, para se afirmar como a primeira empresa exclusivamente dedicada às smart cities em Portugal. “A constante atualização dos municípios, de forma cada vez mais rápida, necessita de uma entidade que faça a ponte entre as soluções e os desafios que são colocados”, referiu o representante da BrightCity, João Maia.
As cidades do futuro
O roadmap para construir cidades mais inteligentes e eficientes começou a ser desenhado com o painel dedicado às autarquias no qual participaram os autarcas de Aveiro, Coimbra, Cascais e Seixal. A gestão e o planeamento do território, a par dos temas da digitalização e da modernização administrativa, animaram a manhã do primeiro dia da cimeira. No debate sobre economia digital, moderado por Tiago Ribeiro, Diretor de Desenvolvimento de Negócio da NOS, foi apresentado o projeto de criação de comunidades nómadas digitais, que está a acontecer na Madeira.
Com mais de nove mil inscritos, é a prova de que “as pessoas procuram, cada vez mais, formas de trabalho remoto para serem mais produtivas, onde se possam sentir felizes, como se estivessem em casa”, salientou Rui Barreto, Secretário Regional da Economia da Madeira.
O maior evento dedicado às cidades inteligentes chegou ao fim, mas os desafios da transformação digital e da sustentabilidade continuam a exigir ação e rapidez de resposta. Autarcas e membros do governo, investigadores, representantes do setor empresarial e de outras entidades, públicas e privadas, partilharam experiências e apontaram conclusões para acelerar este movimento imparável, rumo a um ecossistema inteligente e conectado.
Fórum de inovação e tecnologia, a Portugal Start Cities Summit vai regressar no próximo ano, em plena era 5G. Entretanto, a NOS vai continuar a desenvolver soluções para melhorar a experiência dos cidadãos, aumentando a qualidade de vida. A transformação digital sustentável das cidades é possível, já começou e ninguém pode ficar de fora.
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