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A piña colada, o discurso de Kennedy e a cama de John e Yoko: 100 anos de Hilton, 100 anos de História

Conrad Hilton chegou ao Texas em 1919 disposto a comprar um banco. Acabou por investir num hotel, o primeiro de uma cadeia espalhada pelo mundo onde a História se instalou de mala e cuia.

A mãe ensinou-o que nunca se reza em excesso e se Conrad Hilton fosse vivo não poderia pedir mais a Deus. Um século depois de ter comprado um simples hotel no Texas com 40 quartos, cujo sucesso rapidamente motivou a expansão, o seu apelido sobrevive numa das mais famosas cadeias do mundo. Pioneiros em muitos aspetos do alojamento, os Hilton espalhados pelo vários continentes foram observadores atentos do século XX e assistiram ao desfile de estrelas, a tentativas de assassinato, a lendárias campanhas pela paz e a muitos outros encontros para a posteridade. Deixaram Sonny e Cher à porta, escutaram o último discurso de Kennedy, viram John Lennon e Yoko Ono enfiados na cama em modo de lua de mel e para acompanhar tudo isto ainda lançaram uma bebida famosa: a piña colada. Se quer saber mais desta história, instale-se e relaxe.

Uma lufada de ar… condicionado e um apelido de fresco

Estávamos em 1927 e o cenário era o Hilton Waco, com direito a águas correntes, frias, e ar condicionado nas zonas de acesso público, uma inovação para os tempos que corriam. Mas um dos momentos mais quentes da história da cadeia de hotéis foi, naturalmente, o da sua fundação. Foi em 1919 que Conrad Hilton, acabado de chegar ao Texas, abandonou a ideia de comprar um banco e decidiu investir naquela que seria a sua primeira propriedade hoteleira, o Mobley Hotel, em Cisco, até hoje recordado com orgulho.


O universo da hotelaria não era totalmente desconhecido para o jovem que já transformara a loja de conveniência do pai em Socorro County, Nova México, num hotel parcial com 10 quartos. Este ensaio foi seguido por uma série de outras experiências profissionais, e ainda a decisão de se tornar banqueiro.

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Foi com esse propósito na mira que chegara ao Texas, com o boom do petróleo em pano de fundo, mas os planos haveriam de ser trocados por outros, quando lhe apresentaram um preço diferente do acordado à última da hora. Do outro lado da rua, estava o Mobley, o pouso ideal para lamber as feridas de um negócio falhado. Hilton rapidamente percebeu o frenesim na casa, o entra e sai de hóspedes, e o potencial do investimento, numa zona rural onde a oferta de alojamento era quase inexistente. Reza a lenda que o hotel em causa estava tão cheio que o mandaram voltaram oito horas mais tarde para tentar a sorte — quem se instalava dormia por turnos, chegando a fazer-se três check ins a cada jornada e ao ponto de rapidamente se verem obrigados a fazer obras na sala de jantar para ganhar mais uns quantos quartos. Bem desperto, Conrad dirigiu-se ao gerente Henry Lanford Mobley e selou o acordo que mudaria o rumo da história.

O espaço é hoje conhecido como Conrad N. Hilton Center, situa-se no boulevard Conrad Hilton, e evoca as origens da rede, que esperou até 1925 para ver nascer a primeira unidade do grupo a exibir o nome de Hilton. Foi o caso do Dallas Hilton, ainda no Texas. Aquele estado receberia ainda o Abilene Hilton, em 1927, o já referido Waco Hilton, em 1928 e o Hilton El Paso, em 1930.

Quando o room service bateu à porta

A novidade do serviço de quartos foi introduzida nos anos 30, a década em que Conrad dá o primeiro grande salto, neste caso para se instalar em outros estados norte-americanos. A estreia aconteceu em 1939, em Albuquerque, Novo Mexico, num espaço mais tarde conhecido como Hotel Andaluz. A verdade é que o período da Grande Depressão foi especialmente duro e Conrad Hilton, que chegou a estar muito perto da falência, foi forçado a livrar-se de vários dos seus hotéis, recuperando mais tarde o controlo de alguns deles, mas não sem antes travar duras batalhas com nomes como o clã  Moody, de Galveston, Texas, com quem disputou o controlo da empresa.

Mas os anos 40 continuaram a assistir à fase de expansão do grupo. Da Califórnia ao leste do continente, de costa a costa, o apelido Hilton foi pontuando o mapa da hotelaria nos EUA. Destaque para a aquisição do então célebre Stevens Hotel, em Chicago, à época considerado o maior do mundo, que seria rebatizado de Conrad Hilton, e também para a compra do badalado Waldorf-Astoria, em Nova Iorque. Conrad formou a Hilton Hotels Corporation em 1946,e em 1948 surgiria a Hilton International Company, um sinal do crescimento do império.

Conrad Hilton, ao centro, em 1954, época de forte expansão da cadeia de hotéis

Quanto ao progresso tecnológico, foi preciso esperar até 1947 para a grande chegada da televisão aos quartos. O primeiro Hilton a acolher a inovação foi o The Roosevelt Hilton, em Nova Iorque. No ano seguinte, mais uma novidade, agora o embrião do moderno sistema de reservas que se popularizou nas décadas seguintes. A cadeia de hotéis introduziu o esquema que permitia efetuar marcações em diferentes hotéis do grupo, apesar da centralização digital acontecer apenas dos anos 70. E em 1957, os viajantes puderam passar a discar os seus telefones dispensando intermediários para fazer a ligação.

A década de 40 não terminaria sem ver o fundador na capa da revista Time, tornando-se assim o primeiro timoneiro da hotelaria com este privilégio, feito que repetiria nos anos 60.

Vai uma Piña Colada?

6cl de white rum, 3cl de batida de coco, 3 cl de natas, 18 cl de sumo natural de ananás, 12 cl de gelo picado. Eis os ingredientes para a receita original da bebida que terá nascido no primeiro hotel do grupo fora dos EUA, o Caribe Hilton, corria o ano de 1954. Ramón “Monchito” Marrero é o nome do barman do resort que terá estado na origem do cocktail, depois de três meses de testes, segundo conta a própria cadeia. Marrero quis reunir num copo os verdadeiros sabores de Porto Rico e continuou a servir piña coladas ao longo de 35 anos. A consagração suprema chegaria em 1978, quando Porto Rico a elegeu como bebida nacional por excelência.

Novembro de 1954 ficou também marcado pela mensagem do fundador e a sua intenção de “iluminar a Terra com o calor da hospitalidade”, palavras saídas da convenção da Associação Americana de Hotelaria, reunida em Nova Iorque. O ano incluiu a maior fusão da história da indústria, quando os hotéis Hilton compraram o grupo Statler por 111 milhões de dólares. Sempre a pensar em novos voos, o Hilton inaugurou o seu primeiro hotel num aeroporto em 1957, em São Francisco.

Para a história da década entram igualmente amenities dirigidas às hóspedes: “Um kit de costura e um livrinho com números de telefone úteis”. As referências incluíam ainda indicações para baby sitters, um guia de sítios onde engomar roupa ou consertar um vestido e ainda lojas de souvenirs. Vários cavalheiros levavam consigo os kits para oferecer às suas mulheres no regresso a casa. Foi também nos anos 50 que o filme “Born Yesterday” com Judy Holliday, Broderick Crawford e William Holden foi rodado no Capital Hilton, em Washington, D.C. Ao longo das décadas seguintes, muitos outros títulos do cinema aproveitariam o cenário de um Hilton, casos de “Scarface” e “O Guarda-Costas”, com Whitney Houston e Kevin Costner.

14 de junho de 1950. Elizabeth Taylor e o seu primeiro marido, Conrad 'Nicky' Hilton Jr., à saída do Hilton de Londres. A festa do casamento fora no Beverly Hilton

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Duas notas adicionais retiradas de 1955: O Hilton Istambul, um projeto que envolvia a cadeia de hotéis, o departamento de estado dos EUA e o governo turco tornava-se o primeiro hotel moderno erguido de raiz na Europa depois da II Guerra Mundial. Mais tarde, seria também pioneiro ao figurar num selo postal. Nesse mesmo ano, a 12 de agosto, Esther Williams, a atriz-sereia, inaugurava com a devida pompa a piscina Aqua Star no The Beverly Hilton, uma das joias da coroa mais que não seja pela aura de glamour e mediatismo que o tem acompanhado. 36 anos depois, foi a vez de Angelina Jolie saltar para as águas aquecidas da Aqua Star. A atriz prometera que o faria se vencesse o Globo de Ouro nessa edição de 1999, realizada como é costume no Beverly Hilton. Atualmente, o espaço continua a ser perfeito para ver e ser visto e a perseguir o estilo. O design tem assinatura da designer Estee Stanley.

Na cama com Lennon e Yoko

Por volta de 1963 começava a ser implementado o conceito Lady Hilton, um departamento orientado para os serviços dirigidos às mulheres de forma a estimular as viagens, o lazer e o turismo no feminino (haveriam de surgir mesmo pisos nos hotéis da rede destinados exclusivamente a mulheres). De resto, os anos 60 trouxeram também a era dourada da publicidade, com célebres agências a assumir as rédeas desta área. Em 2012, o Bussiness Insider comparava ficção e realidade, e refrescava a nossa memória com alguns momentos saídos da série “Mad Men”, com o Hilton, que apostou em várias campanhas nesta época, a apresentar-se como um dos clientes de Don Draper. A publicidade tanto punha a ênfase no serviço, como na localização dos hotéis, havendo mesmo uma campanha que retratava as viagens como motor da paz.

E por falar em paz, no amor, nas flores no cabelo e nas sessões fotográficas lendárias, saltemos para a Europa. O quarto 902 (mais tarde 702, depois da renovação sofrida) mantém-se até hoje como uma das maiores atrações turísticas de Amesterdão. Foi nessa cama do Hilton que John Lennon e Yoko Ono promoveram a união e a concórdia e protagonizaram algumas das imagens mais icónicas desse período entre 25 e 31 de de março de 1969, para uma lua de mel inesperada.

John Lennon (1940-1980) e a sua mulher, Yoko Ono, na cama da suite presidencial do Hilton de Amsterdão, a 25 de março de 1969 © Getty Images

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O mundo assistia a tempos especialmente agitados e um ano antes foi o Conrad Hilton de Chicago que atraiu todas as atenções, quando serviu de palco à convenção dos Democratas. A 28 de agosto de 1968, um motim instalava o caos na Michigan Avenue e estendia-se a Grant Park. Os manifestantes entoaram o cântico “The whole world is watching” (O mundo inteiro está a ver isto) e pela primeira vez na história o hotel trancou as suas portas. No rescaldo do cenário de violência, sofreu apenas pequenos danos. Data desse ano a atuação de Jimmi Hendrix no International Ballroom do Hilton de Washington, com dois concertos absolutamente lotados.

Por esta altura, Hilton começou a passar todas as suas operações internacionais e a concentrar-se na gestão de franchisados. Em breve, seguir-se-ia a aposta no modelo que reforçou o retorno do grupo: os hotéis-casino. A aposta no jogo oficializou-se em 1971 e seguiu o seu curso, a bom ritmo, nos anos 80.

O duo pop Sonny e Cher em Northumberland Avenue, Londres, depois de gravarem um disco para a BBC no Playhouse Theatre. Acabaram barrados à porta do Hilton por causa das roupas extravagantes © Getty

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Não poderíamos fechar a década sem música. Em 1964, os famosos Beatles encontravam-se com Ed Sullivan no Hilton de Londres, em Park Lane. No ano seguinte, era a vez de Keith Richards e Mick Jagger, dos Rolling Stones, atuarem numa penthouse do Hilton de Nova Iorque, num 45º andar. O piano usado nesse dia ainda lá mora.

Hilton, aquele apelido

É provável que o sobrenome associado à cadeia de hotéis tenha conhecido uma injeção extra de popularidade à conta de uma dupla mediática, que ainda numa fase pré-redes sociais agitou as manchetes das revistas cor-de-rosa. Falamos das irmãs e socialites Paris e Nicky Hilton, agitadoras das águas do primeiros anos do século XXI, bisnetas do fundador Conrad Hilton, cuja vida daria uma série interessante para a MTV, já que não faltaram polémicas no percurso.

Conrad nasceu no dia de Natal de 1987, em Santo Antonio, no Novo México e despediu-se da vida, de forma natural, a 3 de janeiro de 1979, aos 91 anos. Foi sepultado no cemitério católico Calvary Hill, em Dallas, no Texas. Descende de Augustus Halvorsen Hilton (1854–1919), um imigrante de origem norueguesa, e de Mary Genevieve (1863–1956), natural do Iowa e com ascendência alemã. Os Hilton tiveram mais sete filhos. Pelos seus vinte anos, Conrad envolveu-se na política, representando os republicanos na primeira legislatura do estado do Novo México. Durante a I Guerra, serviu no exército. Deslocado para França durante o conflito, o seu pai haveria de morrer num acidente de carro.

Conrad Hilton casou pela primeira vez e, 1925, com Mary Adelaide Barron (1906–1966), com quem teve três filhos: Conrad Nicholson “Nicky” Hilton Jr., que se casaria com a atriz Elizabeth Taylor, e que morreu com apenas 42 anos, em 1969; William Barron Hilton (ainda vivo, com 91 anos), e Eric Michael Hilton (que morreu em 2006). O divórcio chegou em 1934.

28 de fevereiro de 1959. A atriz Jane Russell chega ao Cairo para a inauguração do hotel Hilton Nilo © Keystone/Getty Images

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Em 1941, deu-se a segunda união oficial, agora com a célebre atriz Zsa Zsa Gabor. Do casamento resultou o nascimento de Constance Francesca Hilton. Em 1947, a história de amor chegava ao fim e várias décadas depois Gabor, a extravagante estrela de raízes húngaras que se casou por nove vezes, abria o livro sobre um alegado episódio negro na sua relação com Hilton. Em “One Lifetime is Not Enough”, a biografia de 1991, confessou que engravidara depois de ter sido violada por Conrad, garantindo ainda que o então marido pretendia que escondesse o mais possível as suas origens, sugerindo mesmo a troca do nome Zsa Zsa por Georgia. Quanto à filha, Constance, não sobreviveu a um ataque cardíaco em 2015, quando tinha 67 anos.

Foi já na década de 70 que Conrad voltou a trocar alianças, agora com Mary Frances Kelly, uma união que durou até à data da sua morte. Mary Hilton morreu em 2006, aos 90 anos. No ano seguinte, Barron, o segundo filho de Hilton, anunciava que ia deixar 97% da sua fortuna bilionária à Fundação Conrad N. Hilton, acabando por fazer regressar ao ponto de partida não só o dinheiro que acumulou como a herança paterna que, aliás, 30 anos antes Conrad tentara deixar desde logo à fundação.

Atentados, guerras e tentativas de assassinato. Quando os anos 70 e 80 fizeram check in

Dois mortos e 63 feridos. A 5 de setembro de 1975 uma bomba explodiu no lobby do Hilton de Londres, num ataque reclamado pelo IRA. Em 1992, uma nova tentativa de explosão, agora sem provocar feridos. O lastro de terror manchou os anos 70 com especial força e em diferentes coordenadas. A 14 de abril de 1975 estava prevista a inauguração do recém-construído Hilton de Beirute mas a guerra civil no Líbano eclodiu exatamente na véspera da aguardada data. O hotel nunca chegou a abrir portas e ficou bastante danificado devido ao conflito. No final dos anos 90, acabaria mesmo por ser demolido. Curiosamente, anos mais tarde, numa zona bem próxima da antiga estrutura, foi edificado um outro hotel, o “Hilton Beirut Grand Habtoor”.

A 13 de fevereiro de 1978, o Sydney Hilton Hotel assistiu a um dos raros ataques em solo australiano, quando uma bomba tirou a vida a três pessoas. Poucos dias depois, as más notícias chegavam do Chipre, com o Hilton Nicosia a ser o cenário para o assassinato de Youssef Sebai, editor e amigo do presidente do Egito Anwar El Sadat. Já em 1981, o então presidente dos EUA Ronald Reagan escapou a uma tentativa de assassinato no Hilton de Washington.

Mike Evens, fotógrafo presidencial, apanhou o momento, 30 de março de 1981, em que polícia e agentes secretos reagem à tentativa de assassinato de Ronald Reagan

AFP/Getty Images

Há sempre uma nota de esperança no meio da escuridão, fazendo sentido lembrar que foi em 1971 que um jovem John Lennon, de novo, resolveu entreter-se com um pouco de estacionário do Hilton de Nova Iorque e rabiscar umas ideias. O resultado foi “Imagine”. Ao grande ecrã chegaria o filme “Diamonds Are Forever”, rodado no Hilton de Las Vegas. Em janeiro de 1973, Elvis Presley instalava-se no 14º andar da Ocean Tower do Hilton Hawaiian Village Waikiki Beach Resort & Spa, a propósito do concerto “Aloha From Hawaii” (em 1994, Michael Jackson repetia os seus passos, por ocasião do seu último concerto nos EUA). Em abril, Martin Cooper efetuava a primeira chamada com um telemóvel enquanto passava pelo Hilton de Nova Iorque. No mesmo dia, o hotel recebia a conferência de imprensa que assinalava este marco.

Vai um banho de imersão cheio de espuma? Se assim o pensou melhor o fez Freddie Mercury, que em 1979 escreveu “Crazy little thing called love” durante um banho na suite do Hilton Munich Park.

O novo milénio, suites vegans e outras novidades

Vale sempre a pena encetar uma nova página da história da humanidade com Britney Spears, ícone pop que em pleno ano 2000 se instalava no Hilton Hawaiian Village Waikiki Beach Resort & Spa, onde deu um concerto com transmissão na MTV. Um ano antes, umas colunas do moderno Hilton em Needham’s Point, St. Michael, colapsavam em escassos segundos devido ao terramoto que abalou os Barbados (foi demolido, e em 2005 um outro Hilton surgira por ali).

De Kuala Lumpur ao Canadá, onde em 2009 a cadeia abriu o hotel mais alto daquele país, com 58 andares, nas cataratas do Niagara, Ontario, os Hilton continuaram o seu trajeto globo fora. E se observaram a história de perto também andaram atrás dela, capitalizando sobre uma série de episódios únicos. Em 2015, pelo menos 20 Hilton Hotels & Resorts garantiram uma entrada na organização Historic Hotels of America. De passagem pelo Texas, é difícil ignorar aquela noite e aquele discurso de John F. Kennedy. Quando o casal presidencial entrou no Crystal Ballroom para tomar o pequeno-almoço entre 2 mil convidados, dispostos a ouvir as palavras de JFK, ninguém imaginou que seria a última intervenção pública, antes do seu assassinato, um dos momentos mais icónicos do século XX.

A rede deu o seu nome a outros espaços míticos, como é o caso do Palmer House, o hotel em Chicago onde ainda no final do século XIX nasceria o célebre brownie de chocolate, cuja receita, dirigida por Bertha Palmer em 1893, continua entre os mais solicitados na casa. E porque as lendas adoram correr sobre rodas, em 2017 a rede informou que manteria até 2021 o seu apoio à McLaren , assumindo-se como o mais antigo patrocinador da F1.

21 de abril de 1966. A cantora Nancy Sinatra no Hilton Hotel em Londres, onde ainda este ano surgirá a primeira suite vegan © Larry Ellis/Express/Getty Images

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Atualmente presente em 80 países, e com mais unidades a caminho,prepara ainda para este ano a inauguração, em Londres, da primeira suite vegan. Por cá, o grupo possui três hotéis: o DoubleTree, em Picoas (Lisboa) e outros dois localizados no Algarve, em Almancil e Vilamoura, e também são esperadas novidades. Prevista para dezembro deste ano está a inauguração de mais uma espaço, na rua das Janelas Verdes, em Lisboa, aquele que será o primeiro hotel da marca Curio Collection da Hilton em Portugal, um projeto turístico que se juntará aos mais de 60 hotéis e resorts em todo o mundo da marca Curio Collection. Quanto à efeméride, a celebração em solo nacional é feita através da Exposição “100 Anos Hilton”, no DoubleTree by Hilton Lisbon-Fontana Park, para mais uma viagem no tempo.

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