É a sétima edição da Web Summit em Lisboa, mas há algumas alterações no evento deste ano. A organização fala em novidades no que diz respeito ao espaço do evento, com mais áreas no exterior e em estruturas temporárias.
São esperadas 70 mil pessoas na edição deste ano e, portanto, há a promessa de filas. Ainda assim, os próximos dias de evento podem ser menos atarefados se conseguir organizar o máximo de detalhes possíveis. Planear a agenda para os próximos dias ajuda, mas há muito mais informações úteis que vale a pena reter.
Onde e quando?
Comecemos pelo básico. Este ano, a Web Summit decorre de terça (1 de novembro) a sexta-feira (4), uma diferença em relação ao programa habitual de segunda a quinta-feira. Não há mudanças no local: a cimeira vai decorrer no Parque das Nações, ocupando os pavilhões da FIL e o Altice Arena, o antigo Pavilhão Atlântico. Este é o espaço principal da Web Summit, mas haverá também outros eventos paralelos distribuídos pela cidade.
O que convém preparar antes?
A aplicação para smartphone da Web Summit (disponível para Android e iOS), vai ser a sua melhor amiga esta semana. Para evitar transtornos já no local do evento, vale a pena instalar a app previamente. A app é crucial, já que é lá que fica guardado o bilhete de acesso. Quando descarregar a aplicação, será pedido que introduza o código de acesso, que recebeu previamente no email (uma combinação curta de letras e números).
Assim que introduzir o código na aplicação, será pedido que faça o perfil, indicando nome, profissão, setor de atividade, etc. Também é preciso escolher tópicos de interesse (para receber sugestões de participantes ou conversas para acompanhar) e pode ou não incluir uma fotografia. Além de ter o registo, a aplicação tem uma função de chat, para que possa estabelecer conexões, entrar em contacto com outros participantes ou pedir reuniões rápidas durante o evento.
A aplicação também tem a área de agenda onde pode criar o seu próprio calendário de sessões a acompanhar. Vai receber notificações sobre quando vão começar as sessões que adicionou ao calendário – por isso, convém que dê um olho ao programa com calma antes da Web Summit e organize a agenda.
Como chegar?
Metro, autocarro, comboio, táxi ou Uber. Várias são as opções por que pode optar para chegar à Web Summit, mas lembre-se: dia 1 de novembro é feriado, pelo que, nos transportes públicos existem horários diferentes dos habituais.
Se optar pelo metro recorde-se que a estação da Cidade Universitária está encerrada deste esta segunda-feira e até 7 de novembro. Durante este período, a circulação na linha Amarela será efetuada entre as estações Odivelas e Campo Grande, e Entrecampos e Rato (e nos sentidos inversos). Em alternativa, o Metro aconselha a utilização de transportes à superfície, “designadamente as carreiras 701, 736, 717, 738 e 767 da Carris”.
Se pretende viajar nos transportes públicos, saiba que foi criado um Passe Web Summit que lhe permite obter “até 54% de desconto” no custo de um passe de um, três ou cinco dias. Esta opção inclui viagens ilimitadas (nos dias da cimeira tecnológica) em autocarros, em toda a rede do Metropolitano de Lisboa, nos comboios urbanos de Lisboa (linha de Sintra/Azambuja, Cascais e Sado), ascensores elétricos e elevadores da Carris. Note que o passe não é válido para rotas turísticas ou serviços de transporte para o aeroporto.
O Passe pode ser, de acordo com o site da CP, adquirido online entre os dias 24 de outubro e 4 de novembro e o levantamento é feito nas máquinas de venda automáticas do Metropolitano. Entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, também pode ser adquirido presencialmente no Aeroporto e, no feriado, na estação de comboio de Lisboa-Oriente. Existem três modalidades disponíveis:
Passe para 1 dia: 9,50€ (online).
Passe para 3 dias: 18,50€ (online), 20 euros (se adquirir presencialmente).
Passe para 5 dias: 25€ (online), 30 euros (se adquirir presencialmente).
No caso de optar por viajar de táxi ou de Uber para chegar à Web Summit, o ponto de recolha é na Rua do Caribe.
Onde posso ir buscar a minha credencial?
Além da app, todos os participantes têm uma credencial e uma pulseira que são de uso obrigatório durante o evento. Aliás, só poderá entrar nos dias seguintes se tiver estas três coisas. As credenciais têm cores diferentes consoante o tipo de participante: para quem estiver à procura de investidores, sejam eles angel ou não, vale a pena perceber rapidamente qual é a cor da credencial destes participantes.
Há duas opções: ou recolher a credencial previamente ou na chegada ao recinto. Se quiser jogar pelo seguro e evitar filas, pode recolher a credencial antes do arranque do evento, no aeroporto de Lisboa ou no Pavilhão de Portugal (atenção que precisa de ter um documento de identificação válido, com fotografia).
A opção no aeroporto está disponível desde 29 de outubro e terminará a 2 de novembro. Atenção aos horários: das 7h30 às 23 horas esta terça-feira e das 7h30 às 15h na quarta. Já a opção do Pavilhão de Portugal está disponível desde ontem e ficará disponível até sexta-feira, dia 4. Aqui vão os horários: das 12h às 20h na terça e das 7h30 às 17h até sexta-feira.
Como entrar no evento?
Os registos são feitos em dois pontos de entrada diferentes e, aí, existem filas específicas sinalizadas para os vários tipos de bilhetes: participantes “comuns”, “women in tech” (mulheres na tecnologia), estudantes, parceiros, investidores e executivos, comunicação social, Alpha (startups em fase de pré-investimento ou com menos de um milhão de dólares em financiamento), Beta (startups lançadas “com sucesso e, geralmente, “ex-alunas da Web Summit”) e Growth (startups a expandir globalmente, que muitas vezes já levantaram mais de três milhões em rondas de investimento).
Uma vez feito o registo pode avançar para a zona de entrada (junto à Altice Arena), onde terá de passar pelos seguranças. Tenha atenção: dentro do espaço do evento não são permitidas malas maiores do que uma mochila. Por isso, para todos os participantes, a Web Summit disponibiliza bengaleiros gratuitos onde poderá deixar a sua mala ou outros pertences.
Como está organizado o espaço?
A falta de expansão da FIL continua a não permitir que a Web Summit conte com os 100 mil participantes desejados. Ainda assim, a organização do evento diz que este ano vai utilizar “mais espaço do que nunca” devido à expansão da construção do número de tendas e a um maior uso das áreas exteriores para networking e lounges.
As principais conferências a não perder — como a de Mark MacGann, denunciante da Uber, ou Noam Chomsky, o “pai da linguística moderna” — realizam-se no palco principal, na Altice Arena. Os restantes palcos como o Verified, o Corporate Innovation Summit ou o Crypto estão divididos por cinco pavilhões da FIL.
Há opções de alimentação?
Sim. Se quiser, está autorizado a levar a sua própria comida. Se preferir comer no local do evento, a Web Summit tem uma zona de alimentação (ao estilo mercado) onde existem mais de 100 espaços que fornecem comida e bebidas.
Na edição deste ano, existe “um foco especial na gastronomia portuguesa”, sendo apresentados pratos tradicionais e produtos regionais. Porém, poderá escolher entre menus variados que, segundo a organização, vão de “petiscos tailandeses” a pratos argentinos. A Web Summit diz que disponibiliza “opções veganas, vegetarianas e sem glúten”.
Se tiver pouco tempo para almoçar pode dirigir-se a um dos Grab&Go disponíveis no local, onde a emenda “gira em torno do bacalhau” e também existem “opções vegetarianas, sobremesas e bebidas”. Caso pretenda sair do espaço do evento durante a hora de almoço existem vários restaurantes e cafés nas proximidades, incluindo dentro do centro comercial Vasco da Gama.
É preciso levantar dinheiro?
Não, não são aceites pagamentos em dinheiro. Para pagar a comida e as bebidas não se esqueça de levar o seu cartão multibanco. A Web Summit é um evento totalmente “cashless” para “limitar o manuseamento de dinheiro”, reduzir “os tempos de fila” e “melhorar os padrões de saúde e segurança”.
Outros eventos a decorrer
As atividades na Web Summit ficam terminadas ainda antes das 18 horas mas continua a haver programação noutros pontos da cidade, através da Night Summit. O habitual evento com networking e bebidas à mistura vai passar pelo Hub do Beato, pelo Cais do Sodré e pelo Pavilhão Carlos Lopes, no coração de Lisboa.
No primeiro dia, a Night Summit decorre no Hub Criativo do Beato (Rua da Manutenção, 71). A sugestão de transporte aponta para o autocarro 728, que pode ser apanhado na Estação do Oriente. Na quarta, a Night Summit vira-se para o Cais do Sodré, dominando a Rua Nova do Carvalho (o mais prático é ir de metro, embora tenha de passar da linha vermelha para a linha verde). Na quinta-feira, as atenções viram-se para o Pavilhão Carlos Lopes. Mais uma vez, o mais prático é ir de metro – é preciso fazer a linha vermelha completa e depois trocar em São Sebastião, com destino à estação Parque.
Que outros números precisa de conhecer?
Todos os anos a organização divulga alguns números redondos sobre a Web Summit. Este ano, além dos 70 mil participantes esperados, vão estar 2.630 startups e empresas no evento e 1.120 investidores. Pelos vários palcos da conferência vão passar 1.040 oradores.
Há 125 startups portuguesas a participar na Web Summit — 25 selecionadas pela Câmara Municipal de Lisboa e outras 100 que chegam ao eventoa através do programa Road 2 Web Summit, uma parceria entre a organização e a Startup Portugal. Desta centena de startups, 25 são lideradas por alguém de uma minoria.
Na área das comunicações — ter acesso à rede ajuda nestes dias — a Altice, operadora que assegura a conectividade, diz que tem capacidade para suportar 150 mil dispositivos ligados em simultâneo à rede. Para acompanhar a exigência do evento, a operadora tem instalados cerca de 50 quilómetros de cabo de rede e fibra ótica, foram instaladas mais de 700 antenas de Wi-Fi, 400 Access Points e 300 switchs em todo o evento. A dona da Meo explica também que reforçou a cobertura do 5G na Altice Arena e na FIL.