771kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Ali Daei, 49 anos de idade e ainda hoje o maior goleador da história (Ronaldo ainda está a 24 golos do iraniano)
i

Ali Daei, 49 anos de idade e ainda hoje o maior goleador da história (Ronaldo ainda está a 24 golos do iraniano)

-

Ali Daei, 49 anos de idade e ainda hoje o maior goleador da história (Ronaldo ainda está a 24 golos do iraniano)

-

“No matter how, temos de agarrar o Queiroz”

O iraniano Ali Daei é só o maior. Ninguém no mundo marca tantos golos como ele a nível de selecções (109). E ninguém no mundo consegue interromper o treino do Irão como ele

Frankfurt, 17 de Junho. Entre os 46 jogadores de Portugal e Irão para o Mundial-2006, só um se mantém em prova (Ronaldo). Um e meio, vá. Porque Ali Daei é suplente desse 2-0 e está agora aqui bem perto de nós. Já perto dos 50 anos, o icónico avançado surpreende o treino do Irão e provoca um rebuliço engraçado entre os jogadores, sejam os mais novos ou os já veteranos. Ali Daei é Ali Daei e vice-versa, como diria o outro.

Dono de um recorde inultrapassável de 109 golos pela selecção (Ronaldo ainda tem 85), Ali Daei mantém a forma e esbanja charme entre os presentes, Carlos Queiroz incluído. A admiração é mútua. Espera lá, 109 golos. Como assim? Ali Daei começa a marcar em Junho de 1993 e só pára em Março de 2006. Pelo meio, dez bis, cinco hat-tricks, quatro póqueres e um penta (7-0 ao Sri Lanka). Dos 109 golos, cinco vs Europa (Bósnia-3, Ucrânia, Macedónia), quatro vs América do Norte e Centro (Canadá, Panamá, Costa Rica, México), dois vs América do Sul (Paraguai, Equador), dois vs África (Togo, Egipto) e o resto aos asiáticos. Os melhores clientes? Maldivas e Laos, oito cada. O melhor desempenho? Quatro à Coreia do Sul nos quartos de final da Taça Ásia 1996. Ali Daei, senhoras e senhores. Ei-lo ao vivo e a cores, numa rápida entrevista de onze minutos entre inglês e persa.

Com que idade se apercebeu do jeito para o futebol?
Desde muito cedo. Comecei a jogar nas ruas, como qualquer criança, e entusiasmei-me. A minha primeira memória é uma bola de futebol, portanto só podia dar jogador.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Do que se lembra da primeira participação do Irão no Mundial, em 1978?
Tinha nove anos e lembro-me perfeitamente dos jogos de madrugada no Irão. Pedia à minha mãe para acordar-me a meio da noite, ahahahah.

Quando é que se estreou pelo Irão?
Em 1993, com o Paquistão, para um torneio em Teerão. Só tinha 23 anos e jogava no Persepolis.

Como é que se sente quando olha para o seu currículo e vê 109 golos?
Um sonho, tudo continua a ser um sonho. Incrível.

Qual a maior alegria ao serviço do Irão?
A qualificação para o Mundial-1998, no playoff com a Austrália. Na segunda mão, em Melbourne, estávamos a perder 2-0 até aos 75 minutos e empatámos 2-2 aos 79′. Foi uma alegria imensa, a maior de todas, sem dúvida alguma.

E a maior deceção?
Talvez aquele jogo com o Bahrain, para o 3.º e 4.º lugares da Taça da Ásia-2004. Fomos eliminados pela China nos penáltis e o Bahrain já foi jogado com esforço.

Qual a melhor proposta recusada?
Tive algumas, sim. As mais importantes da Premier League. Só que, como estava sem contrato, o negócio nunca se fez [no Irão, não há contratos entre clubes e futebolistas; daí que seja um mercado por explorar, verdade? sem contratos, não há cláusulas de rescisão; sem cláusulas, cadê os empresários? aaaaargggghhhhhhhhhhh].

No Bayern, treinou com Kahn, Effenberg, Matthäus, entre outros. Que tal?
Foi a maior experiência de sempre, estar ali rodeado de quase toda uma seleção alemã. Só foi pena ter-me aventurado na Europa um pouco tarde, aos 27/28 anos. Se fosse mais cedo, teria outro tipo de sorte. Mas ir para o Bayern fez-me crescer, num clube formidável, cheio de craques mundiais.

"Queiroz mudou a nossa selecção para melhor e o seu trabalho foi notável, com duas qualificações seguidas, algo nunca visto. E duas qualificações tranquilas, sem sobressaltos, o que é também inédito."
Ali Daei

Segue-se o Hertha Berlim, porquê?
Acredita, a proposta do Hertha era superior à do Bayern. Como não tinha espaço no Bayern, com tantas individualidades notáveis, acabei por jogar no Hertha e foi onde me destaquei. Joguei muito na Liga dos Campeões e marquei muitos golos [um célebre ao Chelsea, a garantir a vitória por 2-1, e outro famoso ao Milan num 1-1 em pleno Giuseppe Meazza]

Qual é a sua opinião sobre Carlos Queiroz?
Queiroz? Mudou a nossa selecção para melhor e o seu trabalho foi notável, com duas qualificações seguidas, algo nunca visto. E duas qualificações tranquilas, sem sobressaltos, o que é também inédito. Além disso, apresentou-nos jovens de valor, foi buscar recursos que desconhecíamos a equipas menores. É um trabalho de base fantástico. No matter how, temos de agarrar o Queiroz por mais anos.

O que espera deste Mundial?
A mensagem é sempre a mesma: confiança para grandes cometimentos. Tudo dependia do primeiro jogo. Se ganhássemos a Marrocos, era uma coisa. Se perdessemos, era outra. Agora só falta incomodar Portugal e Ronaldo. Vamos a isso, ahahahahah.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.
Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos