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La Villa
Avenida do Mar 145, 2820-567 Aroeira. De quarta-feira a domingo das 17h00 às 23h00.
Pourquoi Pas? A pergunta é retórica mas a resposta não foi. Quando quatro amigos de origem francófona pensaram em abrir uma casa que servisse comida generosa e autêntica, onde todos fossem bem-vindos, a resposta à pergunta “porque não (na margem sul)?” saiu clara e direta. Próximo de Lisboa mas longe o suficiente do caos da capital, foi na outra margem do rio que nasceu La Villa. Com o mote “great food home mood”, o restaurante da Aroeira surgiu como solução para quem procura boa comida num espaço onde o cuidado e a informalidade coexistem em sintonia e o aconchego é chave. Nem tanto ao mar nem tanto à terra, a carta foi equilibradamente desenha pelo chef Vincent Farges. Com a estrela do lado oposto da margem, no Epur, no Chiado, o brilho guiou-o até às ondas da Fonte da Telha onde da água salgada para a mesa nasceram pratos que são uma verdadeira explosão dos sabores que a costa portuguesa tem para oferecer. Das ostras da Ria Formosa ao peixe dos Açores com kefir e óleo de coentros, passando pela marmita de peixes com bivalves, há petiscos e principais para todas as ocasiões. Da terra, a proximidade com a natureza vivida durante a infância inspirou o chef a criar um oásis de tranquilidade onde as trufas distinguem os croquetes de carne do La Villa e o vinho da Madeira embebeda o lombo de novilho e cogumelos.
Ponja Nikkei
Largo Barão Quintela 1, 1200-016 Lisboa. De terça-feira a domingo das 12h30 às 23h00.
O nome é Japón ao contrário — “Ponja” — e é a alcunha que no Peru se atribui aos descendentes de japoneses. A viagem é feita a partir de lá, daquele país latino, mas as paragens foram algumas até cá chegar. Do Peru a Madrid, onde César Figari abriu três restaurantes, e de Madrid a Portugal, o Ponja Nikkei chegou a Lisboa no mês de outubro para oferecer à capital uma cozinha de fusão a partir do, também ele novo, Montebelo Vista Alegre Lisboa Chiado Hotel. Com a chef Anahi Solange Diaz de jaleca vestida, neste restaurante a técnica é japonesa e os sabores são peruanos. Não falta por isso os ceviches, do clássico ao de atum vermelho, os makis “acevichados”, as gyosas e os baos. Nesta experiência de alta cozinha nikkei as bebidas são também tipicamente peruanas e japonesas, e convivem na carta — com o pisco puro e o sake a partilharem o pódio.
Lisbon Kebab Station
Rua da Atalaia 133, 1200-211 Lisboa. Segunda, terça e quinta-feira das 18h00 às 00h00. Sexta-feira e sábado até às 02h00. Domingo das 14h00 às 22h00.
Rua icónica, conceito icónico e comida, também ela, icónica. O novo espaço de street food da capital é de chef e vem dar sabor às noites lisboetas do Bairro Alto. Em Portugal desde outubro do ano passado, o chef russo Anton Abrezov viu na rua da Atalaia o lugar ideal para abrir portas ao inovador restaurante de Kebab que promete redefinir a forma como se experiencia o shawarma e servir de ponto de recarga de energia para continuar a festa noite adentro. “Comida de rua elevada a um novo nível”, como descreve o chef, no Lisbon Kebab Station não falta o pão achatado, recheado com os vários tipos de carne. Mas se pensa que vai encontrar um kebab comum, pense de novo. Aqui o que se distingue é o sabor, a textura crocante do pão e os recheio extra suculentos, tudo embrulhado e compactado num espaço onde a cor amarela vibra e graffitis de vários artistas da cidade ilustram as paredes. Se não falta o frango grelhado e o borrego desfiado, nesta nova casa lisboeta há ainda bife teriyaki e até polvo, uma criação especial de Anton Abrezov. E porque as noites no Bairro Alto chamam por todas as pessoas, há também a opção vegetariana de cogumelos com molho hoisin.
The Capsule Neo-Bistro
Rua do Crucifico 71, 1100-548 Lisboa. Abre brevemente
Com o irmão, The Capsule Cafe, de portas abertas junto ao mar desde o final de 2021, é vindo da Ericeira e rumo à Baixa Pombalina que, em dezembro, abre o The Capsule Neo-Bistro. Nas mãos do chef Alex Horbenk, o segundo restaurante da marca prevê-se leve e descontraído como o primeiro, e com uma cozinha sustentável que coloca os produtos da terra em primeiro lugar. “A nossa filosofia culinária centra-se no cultivo do sabor através da fermentação e de uma abordagem de desperdício zero”, explicam nas redes sociais. Com muitos detalhes por relevar, o espaço deste novo restaurante de Lisboa não parece ser um deles. Seguindo as escolhas ecológicas na cozinha, o The Capsule Neo-Bistro vê-se decorado com elementos de Burel, o tecido 100% lã natural que se distingue pela sua versatilidade e resistência.
MATO
Praça David Leandro da Silva 8, 1950-064 Lisboa. De quinta-feira a domingo das 12h às 00h00
Inserido no 8 Marvila, o projeto independente que se instala nos 22 mil metros quadrados dos antigos Armazéns Vinícolas Abel Pereira da Fonseca, o MATO apresenta-se como uma verdadeira selva urbana interior. No lado oriental de Lisboa, respira-se e expira-se vida neste espaço que une um restaurante de cozinha plant-based a um bar numa envolvente orgânica musical. Por entre plantas, apontamentos em madeira e paredes de tinta descascada, explora-se os recantos desta selva. Os caminhos levam os clientes do Mato até ao bar que, camuflado, poderia ser impercetível não fosse o destaque dado aos cocktails de assinatura. Sempre com a natureza em mente, este herbário de bebidas surgem da fusão da mixologia com o universo botânico. Já na cozinha, o sabor vive da inspiração italiana com bruschettas, focaccias e pizzas que privilegiam os ingredientes frescos e locais.
Canalha
Rua da Junqueira 207, 1300-338 Lisboa. De terça-feira a sábado das 12h00 às 23h00.
É eco dos restaurante de rua de Espanha ao mesmo tempo que invoca a traquinice dos miúdos. O Canalha abriu portas em Lisboa, na rua da Junqueira, para ser um sítio onde as pessoas se possam divertir, beber e comer bem, em qualquer que seja a ocasião. Depois do Feitoria e do Residências, que continua a fazer Portugal de lés a lés, João Rodrigues deixa agora a sua identidade neste novo restaurante. Aqui a comida é de conforto, feita para saborear, a solo ou acompanhado, e, se assim entender, todos o dias. “É um restaurante como eram vários restaurantes antigos em Lisboa que eram pontos de encontro no bairro, onde se ia almoçar, jantar”, define o chef. Mas, atenção: o Canalha não é uma tasca nem uma taberna. Há copos e petiscos — dos pasteis de bacalhau ao chorizo 100% Bolota Maldonado — mas da carta há quem chame pela lula de torneira grelhada, a tortilha aberta de camarão e cebola ou pelo carabineiro salteado com ovo frito e batata Laura Raul Reis. Nas sobremesas, são invocados os sabores clássicos com o leite creme, o pudim flan ou o marmelo assado com gelado de nata.
Yuppie
Rua do Salitre 28, 1250-196 Lisboa. Todos os dias das 12h00 às 00h00.
Um refúgio em plena Avenida da Liberdade, o Yuppie apresenta-se como um city break que vem oferecer aos lisboetas, e não só, uma pausa para desfrutar a vida de forma descontraída, sem descurar da elegância, e aproveitar os sabores da cozinha mediterrânica. De portas abertas desde 9 de novembro, o irmão mais novo da Cervejaria Sem Vergonha, do Descarado e do Vivant equilibra a sofisticação com a animação num espaço onde as luzes neon ganham destaque entre a decoração discreta. Para acompanhar a energia das mesmas, há cocktails exclusivos que convidam o vinho do Porto e o brandy a entrar e uma oferta de pratos, do peixe à carne, que enchem os gostos de todos. No topo, o rooftop espera pelos dias soalheiros para poder abrir portas sob a cidade de Lisboa.
2Monkeys
Torel Palace Lisbon, R. Câmara Pestana 23, 1150-082 Lisboa. De terça-feira a sábado das 19h30 às 23h00.
Primeiro no Black Pavilion agora no 2Monkeys, a vinda de Vitor Matos do Porto para Lisboa veio encher de sabor o Torel Palace Lisbon. A dupla mantém-se, com Francisco Quintas como braço direito, mas a experiência apresenta-se como nenhuma outra. Fun fine-dining, ou alta gastronomia divertida, é o conceito que este novo restaurante propõe. Não fosse o macaco denunciar a boa energia que se vive neste espaço, a ideia é adotar uma abordagem sofisticada e divertida da gastronomia através de uma experiência centrada em redor de um único balcão. Com 14 lugares de frente para o show cooking, é aqui que se testemunha os dois chefs em ação enquanto exploraram a criatividade culinária de ambos. Sempre com a diversão associada, os pratos seguem-se uns aos outros para uma surpresa de sabores e texturas que combinam com a atmosfera elegante e intimista do 2Monkeys.
A Tabanca
Rua Angelina Vidal 88B, 1170-020 Lisboa. De segunda-feira a sábado das 18h00 às 23h00.
Com Lisboa na Mira, o casal Aly Furniturewala e Keeana Yezdagardi sonhava ainda em Mumbai com um restaurante que representasse a sua cultura. O sonho viria a ganhar forma quando numa viagem à capital portuguesa perceberam que faltava um espaço que realmente captasse a autenticidade da gastronomia indiana. O nome ficou, dos tempos em que era um snack bar que servia raízes angolanas, e o projeto foi crescendo. A Tabanca, de cara lavada, abriu portas no final de setembro para se apresentar como um restaurante de petiscos indianos em Lisboa. Invocado pelo ambiente de festa que surge naturalmente quando na Índia se reúnem à mesa, aqui o convívio é rei e, como uma verdadeira tasca indiana, não faltam os petiscos clássicos, do caril aos pratos típicos de Mumbai, com o kheema verde a temperar a carne de borrego moída com especiarias e ervas aromáticas. Mas, não fosse A Tabanca estar em terras lusitanas, a influência portuguesa sob aquela região da Índia veio também dar sabor à carta deste novo restaurante. À moda de Goa há amêijoas, cozinhadas com especiarias goesas e coco ralado, e à guilho há camarão, salteado em manteiga e pimentão verde.
Bossa
Casa de São Bernardo, 2750-800 Cascais. De quarta-feira a sábado das 09h00 às 00h00 e domingos das 09h00 às 18h00.
Viviane Leote está de regresso a casa. Em Portugal desde 2001, a empresária brasileira deixa agora que o ritmo do seu país se faça sentir pela marina de Cascais com o Bossa. Pintado de azul e branco, o novo restaurante vem trazer um pedaço do Brasil a Portugal através de um ambiente descontraído e veranil que transporta qualquer um para os dias quentes e soalheiros de pé na areia e de Aperol Spritz na mão. Um refúgio fresco, luminoso e elegante para as estações mais frias em que uma moqueca de camarão com farofa brasileira aconchega duas pessoas que se deliciaram primeiro com os famosos pãezinhos de queijo. Aberto de manhã à noite, o Bossa oferece ainda o típico café da manhã brasileiro, com pão na chapa, tapioca e queijo de minas, e uma carta de brunch para aqueles que gostam de acordar mais tarde e aproveitar uma french toast, ovos benedict ou açaí servidos com vista para o mar.
Guelra
Rua de Belém 35, 1300-315 Lisboa. Terça-feira, quarta e domingo da 12h00 às 19h00. De quinta-feira a sábado das 12h00 às 23h30.
É do oceano para a mesa que o Guelra nasce. Com morada em Belém e o Tejo no horizonte, o novo restaurante da família do Frade é uma ode aos sabores do mar. Para descobrir a oferta, basta mergulhar na carta. Esta é totalmente dedicada ao peixe e marisco numa cozinha de autor, mediterrânica e contemporânea que conjuga as ostras, o camarão e o atum com as algas, que chegam à mesa em tempura, acompanhadas por humus. Nos principais a coisa muda, e muda todos os dias. Com o que o mar tem para oferecer a influenciar a oferta da carta, há novas sugestões diárias seguindo a frescura dos produtos. Desta forma, o Guelra oferece sempre uma experiência diferente. Quanto aos cocktails, tudo fica igual. Do Expresso Martini ao Guerla Sour, com vodka, limão e maçã, as bebidas são cuidadosamente elaboradas para combinarem com os sabores do mediterrâneo.