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Bruno Lage. O estudioso que vence com o que não vem nos livros e conquista jogadores a olhar para os homens

Bruno Lage entrou em janeiro e foi campeão, algo que não acontecia desde 1967. Este é o técnico que usou os Super Wings para falar de Félix e levou o desenho de uma pequena adepta a uma conferência.

O encontro tinha acabado de terminar em Vila do Conde, Ferro atirou-se para o chão quase num impulso de descarga emocional depois de um jogo em aberto até ao último minuto, Samaris caiu de joelhos, todos os jogadores do Benfica cumprimentavam-se de forma efusiva. Bruno Lage saiu do banco e foi direito a Jonas, que entrara para o lugar de Seferovic já no terceiro minuto de descontos: deu-lhe um abraço, colocou a mão a tapar a boca para esconder o que dizia de qualquer câmara indiscreta, trocou palavras com o avançado durante dez segundos e acabou com uma palmada na cabeça. O número 10 sorria.

A conquista do título que faz do treinador o mais novo de sempre a sagrar-se campeão pelo Benfica nos últimos 30 anos (tem mais um ano do que Toni, vencedor em 1994) é um epílogo lógico de um trabalho reconhecido por todos e que permitiu ganhar entrando a meio da época, algo que não acontecia desde 1967 quando houve Riera, Cabrita e Otto Glória. A receita para esse sucesso não é propriamente o segredo mais bem guardado do mundo.

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No entanto, houve um ingrediente que fez a diferença. É certo que desde novo Bruno Lage se tornou um metódico, um estudioso, um conhecedor do jogo. Ainda hoje o é, como se percebe na forma como apresenta as equipas adversárias antes dos encontros aos seus jogadores. Mas o técnico que fez também dois livros sobre futebol ganhou com algo que nunca se aprende nos livros e não se pode comprar: saber gerir pessoas. Porque foi isso que Lage fez em cinco meses – ganhou os jogadores por olhar em primeiro lugar para o homem e não para o atleta.

“Importante é o trabalho que estes jogadores estão a fazer, de perceberem que tipo de homens estão naquele balneário, que equipa querem apresentar lá dentro, com que futebol querem presentear os adeptos que os acompanham e reconquistar esses mesmos adeptos. Isso é o mais importante”, comentou após o triunfo nos Açores com o Santa Clara, no segundo jogo feito após a saída de Rui Vitória, secundarizando a hipótese de ficar ou não. “Aqui não é bem o treinador mas sim o homem, é o não abandonar ninguém. Eu não abandono ninguém. Quero é que continuem a trabalhar pois a qualquer momento escolho os onze que são certos para cada jogo. Digo-o desde o início: todos contam. É a nossa estratégia, a gestão do dia a dia de um plantel de muitos homens, que estão sempre disponíveis e desejosos de entrar lá dentro para dar tudo. A nossa vida é esta: escolher onze e aquilo que é melhor para cada momento”, disse depois da goleada com o Marítimo, onde Cervi e Salvio voltaram aos golos.

Bruno Lage com Jonas no jogo com o Portimonense: brasileiro entrou com 0-1 aos 60', Benfica goleou por 5-1

Filipe Amorim / Global Imagens

Lage teve a reação supracitada com Jonas em Vila do Conde mas não foi caso único: uma semana antes, no encontro frente ao Portimonense, fez entrar Fejsa para o lugar de Pizzi no primeiro minuto de descontos, cumprimentou o sérvio antes de ir para a zona do quarto árbitro e ficou a olhar para a bancada central enquanto fazia o gesto a pedir aplausos e a apontar para o jogador que ganhou dez Campeonatos nos últimos 11 anos entre Partizan, Olympiacos e Benfica (sempre como titular, à exceção desta última segunda volta onde praticamente não jogou). E, durante a semana, sabendo do castigo de Rúben Dias, juntou Jardel com André Almeida e Ferro num treino para decidirem em conjunto qual seria a melhor alternativa para ficar mais descaído sobre a direita no eixo recuado. O Benfica rejuvenesceu com soldados mais novos mas os generais do passado tiveram sempre um trato até mais cuidado e preocupado por parte do treinador. Foi dessa forma que ganhou esta guerra.

“Tenho de olhar um pouco para aquilo que é o rendimento atual mas também o que é o rendimento durante quatro ou cinco anos e aquilo que as pessoas oferecem aos clubes. Os jogadores passam por sacrifícios, perdem qualidade de vida a dedicar-se ao clube, quer a nível pessoal, quer a nível de saúde. Muitos soldados que estão ali dentro têm dado muito.

Bruno Lage, o aprendiz de Carvalhal que tem Jaime Graça como referência e a formação como principal fonte

Há jogadores que vão terminar as carreiras, que serviram muitos anos o Benfica, com graves problemas de saúde por aquilo que foi o seu trabalho e dedicação. Não abandonamos ninguém”, salientou Bruno Lage no lançamento do encontro com o Rio Ave. Na resposta em específico, falava de Fejsa. Mas podia também estar a falar de Jonas. Ou de Jardel. Ou de Salvio. O treinador que sempre trabalhou na formação em oito anos e meio nas águias até janeiro ganhou o balneário na consideração pelos mais velhos sem que isso algum dia tenha condicionado as opções que elegia para cada uma das “finais” que a equipa foi tendo.

Uma renovação invisível que em vez de trazer problemas uniu o grupo

Foi um pormenor que passou um pouco ao lado num jogo com tantas incidências mas se existe uma única imagem que defina o trabalho que Bruno Lage foi fazendo no balneário, ela chega do triunfo do Benfica em Braga: a aquecer na linha lateral para lá do banco dos minhotos ao lado de Taarabt, Jonas fez um sprint de quase 100 metros fora e dentro de campo para ir à bandeirola de canto do lado contrário do campo festejar com os restantes companheiros o 3-1 de Rúben Dias, na sequência de um canto, que colocava o triunfo dos encarnados bem mais próximo (acabaria em 4-1).

O brasileiro que quando não aparecia no título de uma crónica de jogo do Benfica era quase feriado nacional assumiu um papel secundário na equipa e até pareceu tornar-se quase mais efusivo nos festejos de cada triunfo que as águias iam somando. Em Vila do Conde, mais uma vez, foi assim – e entrou apenas nos descontos, quase para fazer avançar o relógio. Após o apito final, Bruno Lage foi ao centro do terreno, deu um abraço ao brasileiro de 35 anos e disse algumas palavras ao ouvido do avançado. Ambos saíram a sorrir desse momento.

Samaris de joelhos, Lage sem voz, a revolta de Coentrão e o mar vermelho em Vila do Conde: o final de um quase campeão

Há determinados aspetos dos treinadores de futebol que não se aprendem nos livros. É quase como aquele número 10 craque da bola que hoje começa a ser tão raro encontrar: ou se nasceu com talento para aquilo ou nem com todo o trabalho se consegue lá chegar. Lage é um metódico, que sabe cativar nos treinos, que agarra os jogadores na forma como prepara um jogo (a sua equipa e o adversário).

A grande vitória do técnico ao longo de cinco meses foi a forma como colocou referências da equipa como Jardel, Fejsa, Salvio e Jonas em papéis secundários sem que, com isso, se sentissem "marginalizados" – por alguma razão repetiu tantas vezes a frase "Não abandonamos ninguém".

E o resultado final do processo foi bem visível nas quatro linhas. Ainda assim, a grande vitória do técnico ao longo de cinco meses foi a forma como colocou referências da equipa como Jardel, Fejsa, Salvio e Jonas em papéis secundários sem que, com isso, se sentissem “marginalizados” – por alguma razão repetiu tantas vezes a frase “Não abandonamos ninguém”. O virar de página na equipa que poderia trazer convulsões e problemas transformou-se num fator de maior união.

A aposta no processo para criar a “máquina resultadista” com 96,5% de eficácia

Durante muito tempo, e numa ideia que faz sentido no futebol, Rui Vitória agarrou na estrutura com que Jorge Jesus conseguira ser bicampeão em 2015 e 2016, partindo dessa base para colocar o seu cunho pessoal na equipa. Ao longo de três épocas, teve como modelo preferido o 4x4x2, sempre com a perceção de que Jonas renderia mais com alguém na frente do que sozinho, pela liberdade de movimentos. No entanto, houve uma viragem inesperada com uma figura também ela improvável: Krovinovic.

Não foi automático, até pelo atraso provocado por uma operação a uma hérnia inguinal que lhe roubou grande parte da pré-época, mas o croata foi ganhando um peso tal na produção dos encarnados que o técnico teve de encontrar espaço para encaixar o médio ofensivo na equipa. No campeonato, o Benfica teve um dos melhores períodos, assumiu um 4x3x3 com Jonas na frente sem haver uma quebra de rendimento do brasileiro (e com os alas a marcarem mais golos) e, após a grave lesão do ex-Rio Ave, essa estrutura manteve-se inalterada até janeiro de 2019, altura em que uma derrota em Portimão levou à saída da Luz.

Benfica conseguiu 18 vitórias e um empate (Belenenses SAD) no Campeonato desde que Bruno Lage assumiu o comando depois da saída de Rui Vitória. Pizzi, Rafa, João Félix e Seferovic bateram recordes individuais de golos numa época que entrou no top 3 das mais goleadoras de sempre do clube

Bruno Lage, um estudioso com dois livros escritos e que percebeu muito cedo de que a paixão pelo futebol deveria ser alimentada pelo “jogo pensado” e não pelo “jogo jogado”, arriscou na sua estreia pelo conjunto principal e lançou João Félix como titular ao lado de Seferovic, com dois alas abertos mas com jogo interior e Pizzi mais perto de Fejsa – aí, num encontro com o Rio Ave que até começou da pior forma antes do 4-2 final (0-2 aos 20 minutos), o treinador apresentou a mudança. Depois, e por ser alguém que aposta sobretudo no processo para chegar aos resultados e não o contrário, consolidou em treino um novo model0: um 4x4x2 com várias nuances posicionais consoante os jogos e objetivos; por fim, e numa viragem que demorou apenas quatro encontros, escolheu os melhores intérpretes para a ideia coletiva de jogo. Não olhou a idades (daí a entrada de Félix, Ferro ou Florentino), não olhou a proveniências (Gedson, outro da formação, passou a jogar menos) e não olhou a estatutos (Jardel, Fejsa, Salvio e Jonas passaram a suplentes). E assim criou uma máquina que fez 55 dos últimos 57 pontos (96,5% de eficácia).

Saber comunicar para dentro e aprender o que comunicar para fora

Um dos pontos comentados pelos jogadores que foram trabalhando com Bruno Lage ao longo dos anos é a capacidade para saber comunicar com um grupo. A descrição de “líder nato” costuma muitas vezes estar associada aos técnicos com personalidades mais vincadas, com tudo o que isso pode ter de bom ou de mau, mas o treinador dos encarnados, alguém que manteve sempre uma postura mais low profile e introvertida na sua carreira, surge muitas vezes descrito dessa forma pelos seus antigos jogadores. Depois, há uma outra dimensão – e aqui com o cunho do antigo líder de equipa em Inglaterra, ao serviço de Sheffield Wednesday e Swansea, Carlos Carvalhal, uma das maiores influências no seu trajeto até à formação principal das águias.

Bruno Lage, o canal Panda e mais um aniversário perdido do filho: “Isso é que não vou recuperar”

Dos momentos em que utilizou os Super Wings no canal Panda para abordar a importância do coletivo no destaque individual que João Félix foi ganhando ao desenho de uma pequena adepta encarnada chamada Diana que levou para a conferência em Santa Maria da Feira, passando pela impossibilidade de celebrar o quarto aniversário do filho por ter jogo ou pelo "Keep going, let's go" após os erros de Vlachodimos e Rúben Dias com o Belenenses SAD, o treinador teve no conteúdo e no timing das suas intervenções mais uma arma de apoio para o sucesso.

Mais do que saber controlar estados anímicos ou ansiedades, Bruno Lage foi aprendendo a crescente importância da comunicação para o exterior e do que isso pode trazer de benefícios para a própria equipa. Dos momentos em que utilizou os Super Wings no canal Panda para abordar a importância do coletivo no destaque individual que João Félix foi ganhando ao desenho de uma pequena adepta encarnada chamada Diana que levou para a conferência em Santa Maria da Feira, passando pela impossibilidade de celebrar o quarto aniversário do filho por ter jogo ou pelo “Keep going, let’s go” após os erros de Vlachodimos e Rúben Dias com o Belenenses SAD, o treinador teve no conteúdo e no timing das suas intervenções mais uma arma de apoio para o sucesso, da mesma forma genuína como, nos primeiros jogos, respondia a tudo com o dicionário do “futebolês” na ponta da língua para explicar a ideia de jogo da equipa, o sistema tático, a importância das transições ou a razão para as substituições.

A força mental para transformar uma desvantagem em vitória (ou goleada)

Durante o primeiro mês no comando do Benfica, Bruno Lage foi sabendo trabalhar no discurso para dentro e para fora a relação entre equipa e adeptos, sobretudo dos segundos para os primeiros. Também ele percebeu que a “onda vermelha” tantas vezes falada era mais do que um mero chavão e que, depois da vitória no Dragão, passava também por ali em parte o sucesso que a equipa poderia ou não ter. Mais do que as receções no Norte à chegada da comitiva a estágio ou as despedidas com muito apoio na Luz, há um momento que define bem essa simbiose: os cinco minutos entre o primeiro e o segundo golo de Rafa frente ao Portimonense, onde houve ainda mais duas oportunidades para marcar por Grimaldo e Seferovic, um verdadeiro inferno com toda a gente de pé e um barulho ensurdecedor que “engoliu” uma equipa algarvia com 60 minutos iniciais de topo. A desvantagem acabou em goleada (5-1), André Almeida não evitou as lágrimas e Ferro ficou deitado no chão.

Depois do triunfo no Dragão, Benfica ganhou mais três jogos com reviravoltas: Vila do Conde, Braga e Portimonense

AFP/Getty Images

O discurso de Lage “pegou” no balneário. O técnico sempre alinhou muito pelo diapasão da família que abdicava de tempo com a sua outra família (a de sangue) para poder deixar um legado que permitisse mais tarde explicar aos filhos que as ausências em casa tiveram o propósito de escrever a história que fica e não mais se apaga e transformou os últimos 19 jogos do Campeonato num assunto quase de vida ou de morte (numa ideia levada ao extremo, no sentido figurado). Os jogadores acreditavam no processo – ou seja, o trabalho feito durante a semana –, elevaram a sua auto-estima e encontraram a força mental para um dos indicadores mais decisivos na prova: o Benfica foi a equipa com mais reviravoltas conseguidas.

Depois de virarem um 0-2 para 4-2 com o Rio Ave na estreia do novo técnico, os encarnados deram a volta à desvantagem inicial no Dragão (2-1), deixaram-se empatar em casa após estarem em vantagem por 2-0 com o Belenenses SAD mas nem por isso perderam o passo e transformaram os golos sofridos no arranque em goleadas em Santa Maria da Feira (4-1), Braga (4-1) e com o Portimonense (5-1).

A importância de perceber todo o edifício da casa onde se trabalha

Bruno Lage chegou com apenas 27 anos às águias, tendo como grande referência Jaime Graça. “Tem de marcar, foi uma pessoa importante na minha carreira e na minha vida pessoal. Conheci-o em Setúbal antes do Benfica, e encontrei-o aqui de novo como coordenador. É um nome que tem de saltar logo em primeiro lugar”, admitiu em entrevista à BTV. No limite, pode mesmo dizer-se que a tristeza pelo desaparecimento do “Catalunha”, em 2012, contribuiu também para que o técnico procurasse um novo estímulo na sua carreira, tendo passado por Al Ahli (Emirados Árabes Unidos), Sheffield Wednesday e Swansea (Inglaterra). Mas Graça não foi a única inspiração nos primeiros oito anos de ligação aos encarnados: houve Chalana, houve Nené, houve Bastos Lopes, houve Bento, houve José Henrique, houve Valido. Além de conhecer bem toda a evolução do projeto desportivo no Seixal, ficou a conhecer e percebeu o que era Benfica com aqueles que ajudaram a construir também essa história.

Bruno Lage, o aprendiz de Carvalhal que tem Jaime Graça como referência e a formação como principal fonte

Quando regressou ao clube para orientar a equipa B, Lage veio mais treinador mas com o pedigree de Benfica que ganhara na primeira passagem. E isso acabou por contribuir a dois planos distintos para uma rápida e fácil integração: por um lado, e mais numa perspetiva interna, a subida ao conjunto principal foi quase como um passo que estava escrito perante o conhecimento que todos tinham nas suas capacidades e o projeto desportivo do clube a médio prazo – daí que tenha convivido tão bem com a fase em que estava apenas como transitório, como nomes como Jorge Jesus ou José Mourinho a fazerem capa como hipóteses para suceder a Rui Vitória; por outro, e olhando para fora, o treinador tentou sempre promover a regeneração da relação dos adeptos com os jogadores e a equipa – e conseguiu. “As pessoas veem-me como um deles e eu revejo-me nisso. Quero o mesmo que eles, a equipa a jogar bom futebol, atrativo e a vencer, que é o fundamental neste clube. Sinto que os adeptos veem o treinador do Benfica como um deles”, destacou no dia em que renovou contrato, um mês e meio de ter assumido a equipa A.

"As pessoas veem-me como um deles e eu revejo-me nisso. Quero o mesmo que eles, a equipa a jogar bom futebol, atrativo e a vencer, que é o fundamental neste clube. Sinto que os adeptos veem o treinador do Benfica como um deles", destacou no dia em que renovou contrato, um mês e meio de ter assumido a equipa A.

Chegar ao presente e ter pela frente aqueles que vão construir o futuro

Entre 2004 e 2012, passando por três escalões etários diferentes, Bruno Lage conseguiu alcançar o título de campeão de iniciados (Sub-15) em 2009 e de juvenis (Sub-17) em 2011, orientando na altura jogadores que se tornaram internacionais e chegaram a algumas das maiores ligas europeias como Bernardo Silva, João Cancelo, Hélder Costa, Bruno Varela, Ricardo Horta ou Rony Lopes, entre outros. E quando chegou à equipa B, na presente temporada, tinha alguns dos jogadores que foram identificados pelos responsáveis do clube como a nova vaga para “saltar” para o conjunto principal a breve prazo, casos de Zlobin, Ferro, Florentino Luís, Jota ou Willock (Nuno Tavares, David Tavares ou Embaló, entre outros, é para “amadurecer”).

Depois de oito anos e meio na formação do Benfica, Lage chegou à equipa principal e fica na Luz até junho de 2023

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Quando entrou, Lage acelerou esse processo de integração e ganhou opções que se viriam a tornar em alguns casos titulares. Tinha Conti e Lema como alternativas a Jardel e Rúben Dias, mas lançou Ferro pelas garantias que lhe dava e ganhou o central que termina a temporada em melhor momento. Tinha Alfa Semedo mas entendeu que as características para o modelo que tinha em mente se adequavam mais a Florentino Luís – sendo que, com isso e com a “reciclagem” de Samaris e Gabriel, acabou por tirar minutos a outro jovem da formação que aparecera na presente temporada, Gedson Fernandes. Tinha Ferreyra e Castillo mas preferiu ficar com Jota como alternativa ao trio Seferovic-João Félix-Jonas. Até ao fecho de mercado, o Benfica realizou e ganhou quatro jogos (Rio Ave, Santa Clara, V. Guimarães e Boavista) mas nem por isso houve um desvio do técnico em relação à ideia que tinha para a equipa e ao projeto que o clube pretende sedimentar. E foi daí que surgiram os “reforços”.

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