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RODRIGO MENDES/OBSERVADOR

RODRIGO MENDES/OBSERVADOR

Cinco histórias de amor da realeza que passaram pelos Jogos Olímpicos

Na Suécia, Dinamarca e Mónaco as histórias de namoro dos soberanos passam por edições dos Jogos Olímpicos. Em Inglaterra e em Espanha também há histórias em que o cupido se infiltrou no desporto.

Carlos Gustavo e Sílvia da Suécia, Munique 1972

Em 1972, Silvia Sommerlath pôs o seu talento poliglota ao serviço dos Jogos Olímpicos de Munique e trabalhou como anfitriã oficial e intérprete em cinco línguas (inglês, francês, alemão, português e espanhol) junto dos convidados do evento. Foi assim que conheceu o então príncipe Carlos Gustavo da Suécia, que já confessou que a primeira vez que viu Silvia houve um “clique” e terá mesmo sido amor à primeira vista. Seguiu-se um namoro, mas a jovem continuou com a sua vida e em 1974 esteve em Montreal a preparar os próximos Jogos.

O herdeiro do trono sueco tornou-se Rei em setembro de 1973 sucedendo ao avô quando este morreu aos 90 anos. O pai de Carlos Gustavo tinha morrido num acidente de avião na Dinamarca quando ele tinha nove meses de idade e nunca chegou a reinar. A mãe também morreu antes do filho ser Rei ou casar-se.

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Silvia era filha de um pai alemão e de uma mãe brasileira e, enquanto na corte sueca se desejasse que o Rei tivesse uma noiva nacional, os suecos não se importavam que a noiva fosse plebeia. Carlos Gustavo pediu a sua amada em casamento com o anel que tinha pertencido à mãe e a 12 de março de 1976 anunciou o noivado e apresentou aos suecos a sua futura rainha. Silvia começou então a aprender uma sexta língua, sueco, e nesse mesmo ano trabalhou como anfitriã nos Jogos de Inverno em Innsbruck, na Áustria, e o namorado real também lá esteve. Casaram-se três meses depois, a 19 de junho de 1976 na Catedral de Estocolmo, ele tinha 30 anos e ela 32. Tiveram três filhos e a primogénita, a princesa Victoria, viria a casar no dia em que os pais completaram 34 anos de casados.

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Silvia numa formação para os Jogos de Munique 1972. O casal no dia do anúncio do noivado. Os reis da Suécia nos Jogos em Pequim 2008 e Rio de Janeiro 2016

picture alliance via Getty Image

Princesa Ana e o capitão Mark Phillips, Munique 1972 e Montreal 1976

Quando se conheceram na Cidade do México, num evento de cavalos, em 1968, Ana e Mark eram apenas dois entusiastas de desportos equestres. A princesa Ana era a única filha da Rainha Isabel II e Mark Phillips era um cavaleiro com formação militar na academia de Sandhurst. Nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, Mark Phillips integrou a equipa britânica que ganhou medalha de ouro e a nível individual ficou em 35º lugar. A princesa Ana esteve lá a assistir às provas equestres. Phillips voltou a competir em Seul 1988, mas teve de desistir porque o cavalo teve um problema muscular.

Em Montreal 1976, foi a vez de a princesa Ana participar, tornando-se o primeiro membro da família real a participar numa competição olímpica, e de ser o marido a apoiá-la. A ligação da princesa aos Jogos Olímpicos manteve-se além da competição: em 1988 foi nomeada como membro do Comité Olímpico Internacional e é a presidente da Associação Olímpica Britânica, pelo que marca sempre presença nas competições para apoiar os atletas da sua nação. Em 2012 os Jogos foram em Londres e coube à princesa Ana receber a chama olímpica em Atenas, quatro anos antes. Phillips continuou ligado ao mundo equestre como designer de percursos para competição e como treinador. Retirou-se depois dos Jogos Olímpicos de 2012.

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A princesa Ana com Mark Phillips e a restante equipa equestre britânica que competiu nos Jogos Olímpicos em Munique 1972.
Getty Images
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Quando a princesa Ana participou nos Jogos Olímpicos em Montreal 1976 a família real foi ao Canadá apoiá-la
Getty Images

Em maio de 1973 foi anunciado o noivado e casaram em novembro do mesmo ano. Tiveram dois filhos, Peter e Zara, em 1977 e 1981, respetivamente. Em 1985 o capitão teve uma filha fora do casamento com uma professora de arte neozelandesa. A situação foi confirmada por via de teste de ADN num processo de paternidade em 1991. O divórcio aconteceu em abril de 1992, apesar de estarem separados desde 1989 e até em relacionamentos com outras pessoas. Nesse mesmo ano, a princesa Ana casou com o vice-almirante Tim Laurence. Como na igreja inglesa não podia voltar a casar enquanto o ex-marido estivesse vivo, o casal foi casar à Escócia em dezembro de 1992. Phillips teve relacionamentos com duas cavaleiras olímpicas e chegou a casar com uma delas. A herança hípica passou dos pais para a filha. Zara Phillips também é cavaleira e concorreu nos Jogos Olímpicos de 2012, juntando-se à equipa britânica que ganhou a medalha de prata.

Infanta Cristina e Iñaki Urdangarin, Atlanta 1996

Os Jogos Olímpicos de Atlanta, que se realizaram entre 19 de julho e 4 de agosto de 1996, foram o cenário do início da história entre a infanta Cristina de Espanha e Iñaki Urdangarin. Ele era jogador da seleção espanhola de andebol e, nesse ano, conquistou a medalha de bronze. Conheceram-se numa festa organizada para celebrar a conquista da medalha de ouro pela equipa de pólo aquático e foram apresentados pelo guarda-redes dessa seleção, Jesus Rollán, que era amigo da infanta. Cristina terá sido logo atingida pela seta do cupido, mas Iñaki tinha uma namorada, Carmen Camí. Contudo começaram uma relação que ao fim de oito meses resultou no anúncio do noivado. Camí terá ficado a saber pela televisão que o seu namorado se ia casar com a filha mais nova dos reis de Espanha.

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Ambos viviam em Barcelona e foi lá que casaram a 4 de outubro de 1997. A noiva entrou na Catedral de Barcelona pelo braço do rei e ao som do hino nacional, no interior estavam 1500 convidados, entre eles vários membros de outras casas reais, e a cerimónia também foi transmitida pela televisão. Saíram do casamento com os títulos de Duques de Palma, concedidos por Juan Carlos I. Felipe VI viria a retirá-los em 2015, na sequência do caso Nóos, depois da própria infanta lhe ter escrito uma carta na qual renunciava ao título.

Em 2018 Iñaki foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelos crimes de prevaricação, peculato, tráfico de influência, fraude à administração e crimes fiscais. Em janeiro de 2021 foi-lhe concedida liberdade parcial. Um ano depois foi fotografado de mãos dadas com uma mulher que não era Cristina e no final do mesmo mês foi anunciado o divórcio entre o casal, que tem quatro filhos. Iñaki Urdangarin participou nos Jogos Olímpicos de 1992, 1996 e 2000 na equipa de andebol e neste último ano foi capitão de equipa. Viria depois a pertencer ao Comité Olímpico Espanhol.

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A infanta Cristina e a rainha Sofia a ver um jogo de andebol, onde Iñaki era capitão, nos Jogos de Sydney 2000. A família nos Jogos de Pequim 2008

Gamma-Rapho via Getty Images

Frederik e Mary da Dinamarca, Sydney 2000

A primeira vez que os atuais reis da Dinamarca se viram foi no pub Slip Inn, em Sydney em 2000. O príncipe Frederico tinha ido apoiar a equipa de vela que competia nos Jogos Olímpicos que tiveram lugar naquele ano na Austrália. Uma verdadeira comitiva real (que contava com o herdeiro do trono dinamarquês; com o irmão, o príncipe Joachim; o primo, o príncipe Nikolaos da Grécia; e o príncipe Felipe de Espanha) foi ao tal pub onde estava também a jovem Mary, que na altura trabalhava na zona de Nova Gales do Sul e tinha ido tomar um copo com amigos. Formou-se um grupo que esteve animadamente à conversa sem referências à realeza ou fotografias indesejadas. Frederik pediu o número de telefone de Mary e, ao que parece, esta não sabia quem o interlocutor era.

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Os dois mantiveram uma relação à distância durante meses e no final de 2002 Mary mudou-se para a Dinamarca. Depois de quatro anos de namoro, que só se tornou público mais tarde, o casamento do herdeiro do trono aconteceu a 14 de maio de 2004. O príncipe Frederik esperava em lágrimas a sua princesa encantada no altar da Catedral de Copenhaga perante uma série de membros da realeza. Segundo a BBC, o casamento foi visto em direto por mais de um milhão de pessoas na Austrália que estiveram colados a um ecrã a meio da noite para ver a nova princesa australiana.

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Em maio de 2004, mês em que o príncipe Frederik e Mary Donaldson se casaram, o bar australiano onde se conheceram tinha letreiros a dizer que foi ali que se conheceram. O casal nos Jogos de 2004

AFP via Getty Images

Alberto e Charlene do Mónaco, Turim 2006

O primeiro encontro entre Alberto do Mónaco e Charlene Wittstock, a nadadora sul-africana que lhe viria a roubar o coração, foi em 2000 na competição Mare Nostrum no principado, em que a jovem estava a participar. Nesse ano também concorreu nos Jogos Olímpicos de Sydney. O príncipe viu-a competir e depois pediu aos superiores de Charlene autorização para a levar a sair, segundo contou a própria. Terão passado a noite a conversar e a rir. Charlene tinha 22 anos e Alberto mais 20. Reencontraram-se passados cinco anos e foi então que começaram uma relação. Foi na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim, em 2006, que o casal apareceu pela primeira vez junto em público, assumindo e mostrando o relacionamento. Alberto era príncipe do Mónaco desde abril de 2005, quando o pai, Rainier, morreu.

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A primeira vez que o príncipe Alberto e Charlene Whittstock foram a um evento público como casa foi nos Jogos Olímpicos de Inverno Turim 2006

Getty Images

Em 2010 foi anunciado o noivado e em julho de 2011 casaram-se, numa grande celebração no principado. Em dezembro de 2014 foram pais dos gémeos Jacques e Gabriella. Os últimos anos não foram fáceis para o casal. Em novembro de 2021, a princesa Charlene regressou ao Mónaco depois de ter passado seis meses na África do Sul, com uma infeção grave que não lhe permitiu voar de avião e que a afastou da família durante todo esse tempo. Rapidamente saiu do principado para continuar a tratar da sua saúde “física e mental”, como explicou o príncipe Alberto, numa clínica na Europa e só regressou meses depois. Desde então surgiram vários rumores de crise no casamento. Mas o casal continua junto e Charlene foi regressando lentamente às atividades públicas. Alberto é um entusiasta de desporto e competiu em bobsleigh em cinco edições de Jogos Olímpicos de Inverno seguidas.

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