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Primeiro, o Ministério da Educação envia os dados oficiais. Depois, o Observador e a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) unem-se em parceria para tratar, organizar e analisar os resultados obtidos pelos alunos nos exames nacionais do secundário e do 3.º ciclo. É assim há oito anos.

São desenvolvidos diferentes rankings de acordo com os diferentes ciclos de ensino. E as escolas são ordenadas de acordo com diversos critérios (que, por isso, fazem com que os rankings não sejam iguais nos vários órgãos de comunicação). Por este motivo, nem todas as escolas são contempladas no ranking do Observador: um dos critérios para que isso aconteça, por exemplo, prende-se com o número mínimo de provas que cada escola tem de fazer.

Os rankings divulgados não devem ser usados como forma de avaliar se uma escola é melhor que outra. Isto, porque os únicos termos de comparação são, essencialmente, as nota obtidas por cada estudante nas provas. Para a ordenação que é feita, ficam de fora outros fatores — que os alunos não podem controlar — como por exemplo a estabilidade do corpo docente ou o recurso a apoios externos de preparação para os exames (as explicações).

Quantos rankings são divulgados?

No total, foram desenvolvidos quatro rankings diferentes: dois para cada ciclo de ensino. Na tabela desenvolvida pelo Observador pode alternar, tanto no ensino secundário como no 9.º ano, entre exames finais (os rankings clássicos) e ranking da equidade.

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Clássico vs. Equidade. Qual a diferença entre rankings?

O ranking clássico é o “tradicional” — chamado assim porque há cerca de duas décadas que o Ministério da Educação divulga os resultados obtidos. As escolas são ordenadas de acordo com a média das notas dos alunos nos exames e provas nacionais. Foram considerados os resultados nas 10 disciplinas com maior número de inscritos para exame: Português, Matemática A, Física e Química A, Biologia e Geologia A, Geografia A, História A, Filosofia, Matemática Aplicada às Ciências Sociais, Economia A e Geometria Descritiva. Em 2023, o ranking clássico contemplou 602 escolas de ensino secundário e 1174 de 3.º ciclo.

Já o ranking da equidade é mais recente, tendo surgido apenas no ano letivo 2020/2021. Este indicador foca-se apenas nos alunos com ASE (Ação Social Escolar) — aqueles que, por terem menos capacidades socioeconómicas, são apoiados pelo Estado. O ranking é feito com base na comparação entre a percentagem de alunos com ASE que concluiu o ciclo de estudos no tempo esperado (três anos) e a percentagem de alunos com perfil semelhante a nível nacional. São apenas consideradas escolas que tenham mais de 15 alunos com este apoio.

Este indicador só estabelece comparações entre alunos na mesma condição socioeconómica. E só está disponível para agrupamentos de escolas públicas de Portugal continental. Em 2023, 297 escolas de ensino secundário e 851 de 3.º ciclo foram incluídas neste ranking. O universo diminui face ao ranking clássico porque nem todas as escolas fornecem os dados de contexto necessários.

Todas as escolas são incluídas?

Não. Os resultados dos rankings são diferentes em cada órgão de comunicação porque os critérios de tratamento dos dados não são todos iguais. O Observador, à semelhança de anos anteriores, impõe um número mínimo de provas realizadas por escola para que sejam incluídas no ranking: 20.

Todos os alunos são incluídos?

Não. Em primeiro lugar, para os cálculos só contam os alunos internos do ensino regular. Além disto, no ranking de 9.º ano incluem-se apenas os estudantes que realizaram as provas nacionais de Matemática e Português na primeira fase. Já na tabela de secundário foram considerados apenas os exames dos alunos para os quais existe associada uma nota interna na disciplina.

Além das notas, foram recolhidos outros dados?

Sim. Além da média das classificações nos exames, é possível consultar outras informações mais detalhadas sobre cada escola em concreto, como a média interna de cada escola e ainda o número total de provas realizadas e a média obtida nos exames por disciplina (sendo divulgadas as médias para as 4 disciplinas com maior número de inscritos: Português, Matemática, Física e Química e Biologia e Geologia).

As informações divulgadas pelas escolas públicas vão ainda mais além. É possível ficar a conhecer também a percentagem de retenções (chumbos e desistências) e de alunos carenciados (com ASE), a percentagem de professores nos quadros e a média de anos de escolaridade dos pais.

Nos rankings da equidade, pode ainda consultar a taxa de sucesso de cada escola, ou seja, a percentagem de alunos com ASE que terminou a formação no tempo previsto.

O que posso pesquisar? Como chego à informação?

Após selecionar o tipo de indicador (equidade ou exames finais) e o ciclo de ensino, pode ser feita uma pesquisa pelo nome da escola, por concelho, por tipo (pública ou privada) e por disciplina. Ou então, os dados podem ser organizados por ordem crescente ou decrescente. Para aceder a uma ficha com detalhes mais específicos sobre uma determinada escola, basta clicar em cima do nome da mesma.