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Emílio Botin, o banqueiro espanhol mais bem sucedido, em Portugal e no mundo.
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Emílio Botin, o banqueiro espanhol mais bem sucedido, em Portugal e no mundo.

AFP/Getty Images

Emílio Botin, o banqueiro espanhol mais bem sucedido, em Portugal e no mundo.

AFP/Getty Images

Crónica das ofensivas espanholas na banca portuguesa

A oferta do CaixaBank sobre o BPI é última investida espanhola. Desde a privatização da banca nacional, vários bancos espanhóis tentaram ganhar dimensão deste lado. Nem todos foram bem recebidos.

Um dos maiores bancos espanhóis escolheu o dia de Carnaval para lançar uma oferta pública de aquisição sobre o Banco Português de Investimento. A OPA do CaixaBank, que já o principal acionista do BPI, foi recebida com tranquilidade em Portugal. Mas nem sempre foi assim no passado quando as investidas do outro lado causaram desconforto e mesmo oposição deste lado da fronteira.

A história moderna dos ataques espanhóis à banca portuguesa começa com as privatizações no final dos anos 80. O caso Totta/Banesto foi o maior escândalo do processo de privatizações e gerou um clima de alta tensão entre as autoridades de Lisboa e Madrid que encheu as manchetes de jornais durante meses.

O Banco Totta e Açores foi o primeiro banco nacionalizado a ser vendido em 1988. A abertura do setor ao capital privado foi gradual e o governo do então primeiro-ministro Cavaco Silva limitou a participação de investidores estrangeiros a 10%, mas aceitou parceiros estratégicos internacionais na banca.

Os acionistas privados portugueses estavam reunidos na Valores Ibéricos, uma holding que juntou empresários como José Roquette e Moniz da Maia, e que vai buscar apoio à banca espanhola. O Banesto, sob a liderança de Mario Conde, é então a maior estrela do setor financeiro ibérico. O banco tem uma estratégia agressiva de expansão com investimentos em empresas não financeiras e um presidente que se movimenta tão à vontade na alta esfera política como no jet set espanhol.

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Mario Conde, o mais controverso banqueiro espanhol, foi o primeiro tentar comprar o Totta

Cover/Getty Images

Em 1993, Mario Conde anuncia que afinal controla 50% do Totta. Uma participação que foi comprando à revelia dos acionistas, pelo menos de alguns, portugueses e das autoridades do país, através de um testa-de-ferro. O advogado Meneses Falcão foi buscar financiamento ao Banesto para comprar ações do Totta que depois deu como garantia ao banco espanhol. A polémica rebentou em Portugal contra a provocação espanhola.

Mas antes de Lisboa ter tempo de reagir, as autoridades espanholas lançam um raide sobre o Banesto e afastam Mario Conde cuja gestão é acusada de ter arrastado a instituição para o colapso financeiro. O banqueiro foi detido. O Santander compra o Banesto e fica a gerir o banco intervencionado. Há contactos com Lisboa para resolver o embaraço político criado pelo caso Totta. O então ministro das Finança, Eduardo Catroga, lança o ultimato: o Totta tem de voltar a mãos portuguesas até ao final de 1994.

As instituições permanecem, mas os governos mudam. E o Santander voltará a Portugal"

À frente do delicado dossiê está Emílio Botin. É o líder histórico do Santander que vai negociar com as autoridades portuguesas a exigência de venda do capital espanhol no Totta. Confrontado com o ultimato, Botin faz uma profecia: “As instituições permanecem, mas os governos mudam. E o Santander voltará a Portugal”.

A participação no Totta & Açores é vendida a António Champalimaud numa operação em que o governo dispensa o empresário português de lançar uma oferta pública de aquisição sobre as ações dispersas em bolsa. A ajuda reduz o esforço financeiro do empresário português, mas provoca a demissão do então presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Fernando Costa Lima, contra a intervenção política no mercado de capitais.

O antigo industrial irá criar o segundo maior grupo financeiro privado português a partir da compra de instituições privatizadas, juntando a seguradora Mundial Confiança, o Totta e o Banco Pinto e Sotto Mayor. É o grupo Champalimaud que irá protagonizar a outra grande polémica nas relações ibéricas. Mas antes houve outras histórias menos conhecidas.

No início da década de noventa e em pleno ciclo de crescimento, o BCP de Jorge Jardim Gonçalves tem um problema sério para resolver em casa. O maior acionista do Banco Comercial Português é Américo Amorim. O empresário é o maior investidor no BCP, ambiciona ter poder e entrar na administração do banco. Esta ambição rapidamente entra em choque com o banco de gestores criado por Jardim Gonçalves: onde os acionistas investem e os administradores mandam. Depois de várias tentativas para ganhar influência, Américo Amorim acaba por colocar no mercado a participação da família, sem avisar o então presidente do BCP. O Santander posiciona-se como comprador. À venda estava quase 20% do banco português.

Jardim Gonçalves reage com rapidez e encontra uma alternativa do outro lado da fronteira: um aliado espanhol mais confiável do que Emílio Botín. O Central Hispano, liderado por José Maria Amusátegui, chegou a ter ambições no banco português, mas o presidente do BCP conseguiu gerir o apetite espanhol e o banco português até se tornou acionista de referência do Central Hispano que chegou a ter quase 10% do BCP.

A parceria estratégica entre o Central Hispano e o BCP iria durar quase dez anos e trazer estabilidade acionista àquele que viria a tornar-se no maior banco privado português. Até que Botín voltou a agitar as águas da banca ibérica.

Um imbróglio chamado “negócio Champalimaud”

No final dos anos 1990, em plena euforia pré-euro, as fusões estão na moda no setor financeiro europeu. Em Portugal, o BCP tinha engolido o BPA (Banco Português do Atlântico) e estava à procura de novos alvos. O BPI foi às compras nas privatizações e adquiriu o Banco de Fomento Exterior (a origem do BFA em Angola) e os bancos de retalho Fonsecas e Burnay e Borges & Irmão, aproximando-se do Grupo Champalimaud. O BES mantinha a estratégia de crescimento orgânico e ainda tentou uma fusão com o BPI que acabou por falhar quando Ricardo Salgado anunciou que a marca dominante seria a sua. Choque de culturas foi a justificação então dada para o fim do acordo.

Mas aqui ao lado nascem dois gigantes da banca europeia. O Banco Bilbao e Vizcaya junta-se ao Argentaria para criar o BBVA. O Santander funde-se com o Central Hispano no BSCH. A primeira onda de choque chega ao BCP, onde Jardim Gonçalves exige a Botín que abdique do mercado português para manter a parceria com o novo dono do Central Hispano. O líder do novo gigante espanhol recusa.

O Santander foi uma das primeiras instituições estrangeiras a entrar quando as portas da banca portuguesa se começaram a abrir. No final dos anos 1980, o banco espanhol compra uma posição no BCI (Banco de Comércio e Indústria) que tinha sido lançado pelos acionistas do BPI. O grupo desenvolveu ainda a banca de investimento através do Santander de Negócios, uma instituição que viria a lançar a carreira de um dos mais famosos e bem-sucedidos banqueiros nacionais, António Horta Osório.

Quando teve de entregar o Totta, Botín prometeu voltar em força. E poucos meses depois de comprar o Central Hispano volta a fechar um grande negócio, desta vez em Portugal.

Não era segredo nos meios financeiros que os bancos Champalimaud estavam à venda. Chegou a haver conversas com o BPI e com o BCP para avaliar oportunidades de alienação, mas o terceiro maior grupo financeiro nacional, seria demasiado grande para ser digerido por um único comprador português. Ainda assim, quando é anunciado o acordo para a venda de 40% da Mundial Confiança ao Santander, muitos são apanhados de surpresa. A começar pelo governo.

António Champalimaud

O negócio entre Champalimaud e Botín entregava ao banco espanhol uma posição relevante na seguradora que era a cabeça do grupo que detinha a maioria dos bancos Pinto e Sotto Mayor, Totta & Açores e Crédito Predial Português. Todas estas entidades estavam cotadas na bolsa, mas pelas regras da altura o Santander não era obrigado a lançar uma oferta pública de aquisição (OPA). Na prática os 40% representavam o controlo.

Depois da estupefação, o governo liderado por António Guterres manifestou oposição ao negócio Champalimaud e ninguém dentro do governo ficou mais furioso do que o então ministro das Finanças. Sousa Franco não perdoou ao empresário que tinha invocado os centros de decisão nacionais para conseguir vantagens na aquisição dos bancos ao Estado. O veto político manifesta-se nos pareceres contrários do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de Portugal que chegaram a pôr em causa a idoneidade do Santander.

O escândalo em Portugal evoluiu para um escândalo europeu quando a Comissão Europeia ameaçou instaurar processos contra a intervenção de um pequeno estado-membro no mercado. Portugal atrevia-se a desafiar as regras da moeda única e o princípio sagrado da livre circulação de capitais na Europa, travando a compra espanhola. O negócio Champalimaud chegou às manchetes dos jornais económicos internacionais. O verão quente português de 1999 animou o verão das finanças europeias.

O ano era de eleições e em outubro António Guterres repete a vitória. Apesar de falhar novamente a maioria absoluta, o executivo aposta num super-ministro das Finanças. Joaquim Pina Moura substitui o intransigente Sousa Franco e, pragmático, aborda as partes interessadas para procurar um acordo que salve a face de Portugal.

O acordo que redefiniu o mercado bancário em Portugal

Por esta altura, já o BCP tinha entrado na corrida pelos ativos Champalimaud, lançando uma OPA sobre o Pinto e Sotto Mayor. Pina Moura irá mediar um acordo tripartido que parte o grupo financeiro em três fatias. O Santander fica com uma  parte que corresponde ao Totta & Açores e o Crédito Predial Português. Cumpre-se o destino espanhol do Totta.

O BCP fica com o Pinto e Sotto Mayor, que tinha tentado comprar em 1994, e consolida a posição de maior banco privado português. Champalimaud vende todo o grupo e em troca torna-se um dos principais acionistas do Santander.

A Caixa Geral de Depósitos acaba por ficar com a Mundial Confiança. O banco do Estado, que já tem a Fidelidade, assume a liderança do negócio segurador em Portugal. É esta operação que será vendida 14 anos mais tarde aos chineses da Fosun

O acordo que redesenhou o negócio Champalimaud também reconfigurou o mercado bancário português, levando à constituição dos grupos e das relações de força que marcaram o setor financeiro por mais de uma década. Até que o colapso do Banco Espírito Santo no ano passado criou as condições para que tudo volte a mudar.

Caixa, BCP, BES, BPI dominaram a banca nacional sem interferências de maior. O Santander foi o único banco espanhol, ou mesmo internacional, que conseguiu colocar uma lança no mercado português. Outros tentaram, mas com menos sucesso. O Banco Popular compra o Banco Nacional de Crédito a Américo Amorim no início da década passada, abrindo a porta da administração ao empresário português.

O BBVA faz algumas abordagens junto das autoridades portuguesas para sondar a abertura a uma eventual compra do BCP, mas a resposta é negativa. O banco espanhol opta por entrar diretamente com uma operação própria, mas antes de atingir uma dimensão crítica vem a crise financeira e económica. O BBVA decide abandonar o mercado português em 2014 e coloca à venda as suas agências.

Espanha nunca foi prioridade para a banca portuguesa

A história do investimento espanhol na banca nacional tem derrotas e sucessos relativos. Já as tentativas portuguesas de entrar em Espanha são mais modestas e com resultados dececionantes. Talvez por causa da força da banca local, os bancos portugueses preferiram realizar parcerias estratégicas com os poderosos vizinhos. Espanha nunca foi o destino de eleição nas estratégias de internacionalização que apostaram mais em África, Brasil e o Leste europeu, no caso do BCP.

O grupo que mais quis crescer do outro lado foi a Caixa Geral de Depósitos. O banco público manteve durante alguns anos o projeto de comprar uma instituição com dimensão de relevo em Espanha e chegou a analisar algumas oportunidades. Em 2003, a CGD apresenta uma proposta de compra do Banco Atlântico, uma instituição catalã, mas a oferta portuguesa acabou por ser superada pelo Sabadell.

A Caixa Geral de Depósitos aposta então na via do crescimento orgânico, criando o Caixa Banca com presença na Catalunha e na Galiza. A instituição cresceu durante a fase de ouro da construção e do imobiliário no país vizinho e apoiou de forma proativa muitas empresas espanholas que tinham planos para investir em Portugal. Alguns destes projetos como as fábricas da Pescanova e da La Seda em Sines correram mal. Com a chegada da crise, a operação espanhola tornou-se uma fonte de prejuízos para o banco português que teve de promover uma reestruturação profunda, reduzindo a sua presença.

O Banco Espírito Santo também tentou ir às compras do outro lado da fronteira, mas não teve grande êxito. A última tentativa foi em 2013 e teve como alvo o Banco Gallego. Na altura, o Grupo Espírito Santo já sentia grandes dificuldades para se financiar e os planos do BES terão sido travados por ordem do regulador.

A última tentativa de fusão entre BCP e BPI e o fantasma espanhol

O principal banco catalão, a La Caixa, entrou no capital do BPI em 1995, tendo assumido uma posição de acionistas de referência, mas sempre em equilíbrio com o outro parceiro histórico do banco de Artur Santos Silva, o Banco Itaú. Brasileiros e espanhóis constituem com a seguradora alemã Allianz o famoso núcleo duro do BPI que iria apoiar a administração de Santos Silva e Fernando Ülrich nas várias tentativas de fusão e resistir a uma oferta quase irrecusável do BCP.

Jardim Gonçalves na administração do BCP

Entre meados da década de 90 e a OPA lançada em 2006, os gestores do BPI e do BCP conversaram várias vezes sobre uma fusão. Os dois bancos tinham um ADN comum, tinham sido iniciativa de empresários do Norte, e os dois fundadores, Jardim Gonçalves e Artur Santos Silva, tinham uma boa relação. As conversas nunca resultaram em fusão. Do lado do BPI, fala-se em desacordo quanto às regras de governo. Do lado do BCP, havia desconfiança sobre o poder do La Caixa que poderia ficar o maior acionista do novo banco. Os catalães não perdiam oportunidades para ir reforçando a sua participação que em 2006 já era de 17% do capital do BPI.

Depois de mais uma tentativa falhada de abordagem para uma fusão, o BCP lança uma oferta pública hostil sobre o BPI, em março de 2006. O novo homem forte do BCP, Paulo Teixeira Pinto, está confiante de que a oferta terá sucesso. O prémio oferecido é alto, sobretudo depois da oferta revista, e há esperança de quebrar o núcleo duro do BPI. Bastava convencer um dos três. Mas o trio mantém-se inquebrável no apoio à administração do BPI. Um dos que mais defende o banco é Carlos da Câmara Pestana, o homem do Itaú em Portugal.

A OPA morre no mercado e quase logo a seguir nasce o conflito de poder no BCP. Apesar da presença de vários acionistas estrangeiros no capital do banco, esta será uma guerra travada por portugueses, gestores e investidores. O Sabadell, que era então o parceiro espanhol do BCP, alinha ao lado de Teixeira Pinto que sai derrotado. Aparente vencedor, o lado de Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal não está seguro da sua vitória e é neste contexto que depois do verão escaldante de 2007 é discutida mais uma fusão com o BPI.

As equipas diretivas chegaram a um entendimento e desta vez até há acordo sobre os presidentes do novo banco. Artur Santos Silva vai apresentar o negócio ao então primeiro-ministro. José Sócrates mostra abertura ao negócio, mas revela uma preocupação. Receia que o La Caixa fique com demasiado poder no novo banco, por esta altura o banco catalão já tinha 26% do BPI, e sugere que a Caixa Geral de Depósitos entre também para equilibrar a relação acionista.

O governo e o banco público acabaram por recuar no apoio à fusão que era mal vista junto de outros acionistas do BCP como Joe Berardo e a Sonangol. A operação cai e logo a seguir caem os fundadores do BCP que são substituídos pela administração da Caixa, liderada por Carlos Santos Ferreira. No BPI, o acionista espanhol continua a aumentar a participação e aproxima-se dos 30%.

A crise estava já ao virar da esquina. Primeiro financeira, depois económica e a seguir soberana e de Estado. O setor financeiro entra num ciclo de prejuízos e destruição de capital do qual vai demorar a sair, sobretudo nos mercado da periferia onde estão Portugal e Espanha. Os principais bancos portugueses são obrigados a recorrer ao fundo da troika, com a agora duvidosa exceção do BES. A banca espanhola tem de recorrer a um empréstimo internacional por causa do descalabro financeiro das cajas, instituições semi-públicas e de âmbito regional que estiveram demasiado envolvidas no boom do imobiliário espanhol.

Fernando Ülrich, presidente executivo do BPI desde 2005

JOÃO RELVAS/LUSA

Os tempos não estão para compras. A mensagem dominante é cortar custos, limitar perdas, desinvestir, vender se possível, se não, fechar. É neste contexto muito difícil que o BPI sofre um rude golpe com a saída do parceiro de longa da data. Em 2012, o brasileiro Itaú desiste do investimento em Portugal e quer vender, ainda que a preço de saldo, 50 cêntimos por ação. A única saída é o La Caixa (que passou a chamar-se CaixaBank em 2011) que compra a totalidade da participação brasileira ficando temporariamente com quase 50% do do banco português.

O CaixaBank é dispensado de lançar uma OPA (oferta pública de aquisição) e revende uma parte das suas ações a Isabel dos Santos. A empresária angolana duplica a sua participação no BPI e tem quase os mesmos direitos de voto do banco catalão, apesar de a sua posição ser menos de metade. Mas o CaixaBank já mostrou que sabe ser paciente.

A resolução do Banco Espírito Santo em 2014 e a criação do Novo Banco com ordem de venda rápida é o tiro de partida para um novo movimento de realinhamento do setor bancário português. 

A resolução do Banco Espírito Santo em 2014 e a criação do Novo Banco com ordem de venda rápida é o tiro de partida para um novo movimento de realinhamento do setor bancário português. O BPI foi um dos primeiros a manifestar o seu interesse em estudar o Novo Banco, uma espécie de reedição da fusão negociada nos anos 90, mas desta sem qualquer dúvidas sobre quem é o elo mais forte.

A oportunidade também não passa ao lado de outros bancos espanhóis. Santander entra na corrida. BBVA e Popular também estarão entre os pré-qualificados. Não é contudo ponto assente que todos façam uma oferta. É neste contexto que o CaixaBank lança a OPA sobre o BPI. O banco de Fernando Ülrich será um dos mais empenhados na proposta para o Novo Banco e se for bem-sucedido vai precisar de mais capital.

E quem pode investir mais capital? O acionista espanhol que agora também quer mandar. E desta vez não há ninguém em Portugal preocupado com o assalto espanhol. Afinal, nos últimos anos quase todas as empresas estratégicas foram alienadas a investidores estrangeiros. Se a OPA do CaixaBank tiver êxito e se o BPI comprar o Novo Banco, o grupo catalão passará a ser o acionista dominante do maior banco privado português. Ainda são muitos ses.

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