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(em atualização)

Alemanha

Além da queda da CDU de Angela Merkel e da derrota do SPD em Bremen, onde não perdia há mais de 70 anos, os resultados na Alemanha mostram, sobretudo, o crescimento dos pequenos partidos — com destaque para os Verdes que acabaram por ficar em segundo lugar, com 20,50% dos votos e conseguindo 20 assentos no Parlamento.

Áustria (estimativa)

O partido do governo austríaco, o ÖVP, não deverá sofrer grande impacto do escândalo que, na semana passada, envolveu os seus parceiros de coligação do FDÖ. As últimas sondagens apontam para uma vitória com 34,5% — o que representa um crescimento de 7,5 pontos percentuais em relação às eleições de 2014.

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A polémica, que levou à queda do n.º 2 do governo, partiu da divulgação de um vídeo, feito num hotel em Ibiza, no qual o vice-chanceler austríaco, Heinz-Christian Strache, prometia contratos públicos a uma mulher que fazia passar-se por neta de um oligarca russo. Além da demissão de Strache, o “escândalo de Ibiza” levou também à saída de todos os elementos do FDÖ do governo. Segundo as sondagens, o partido deve perder cerca de 2 pontos percentuais — um recuo da extrema direita, ainda que muito ligeiro.

Destaque ainda para a subida dos Verdes, que podem ficar acima dos 13%, elegendo 2 deputados.

Bélgica (estimativa)

Na Bélgica, os nacionalistas flamengos do N-VA conseguiram ser o partido mais votado, com 15,2% e três representantes eleitos. Logo a seguir, e com muito pouca diferença está a extrema-direita, com o Vlaams Belang a conseguir 12,79% e também três eurodeputados. O Partido Socialista (PS) foi o terceiro partido mais votado, seguindo-se os liberais e democratas Open VLD, com 10,47% dos votos e dois representantes.

Bulgária (estimativa)

O centro direita aparece nas sondagens à boca das urnas em primeiro lugar. Segundo essa estimativa, o GERB conseguirá 31,8% dos votos. A coligação socialista BSP sobe 7 pontos percentuais em relação a 2014.

Croácia

Com 22,72% dos votos, o partido nacionalista conservador HDZ vence as eleições europeias na Croácia, segundo os dados finais divulgados pelo Parlamento Europeu. Seguem-se os sociais-democratas do SDP, com 18,71% e a coligação Hrvatski suverenisti, com 8,52%.

Em quatro lugar surge a lista do juiz independente Mislav Kolakusic (7,89%%), seguida pelos populistas do Zivi Zid, com 5,66%. A coligação de partidos liberais “Amsterdam coalition”, teve 5,19% e conseguiu o seu primeiro assento no Parlamento Europeu.

Chipre

As sondagens deste domingo parecem confirmar a vitória do partido do governo, o DISY, da família do PPE. Os resultados estão em linha com os de 2014. O AKEL surge em segundo lugar — com Niyazi Kizilyurek a ser o primeiro cipriota turco a ser eleito.

Dinamarca (estimativa)

As projeções confirmam a vitória dos sociais democratas, à frente do partido de centro-direita Ventre, que governa o país em coligação. O Partido Socialista surge apenas em terceiro.

Eslováquia

A coligação liberal e pró-europeia de que faz parte Zuzana Caputova, a presidente do país, foi a mais votada nas eleições europeias. Em segundo lugar está o partido do primeiro-ministro eslovaco, Peter Pellegrini.

Eslovénia (estimativa)

Os social-democratas de centro-esquerda ficaram em segundo lugar, mas mais do que duplicaram os seus resultados de 2014. A lista liderada pelo primeiro-ministro do país, entretanto, ficou em terceiro com 15,62%. À frente está o Partido Democrata.

Espanha (estimativa)

Os resultados em Espanha consolidam a posição dos socialistas, depois da vitória de Pedro Sánchez nas legislativas de abril. O PSOE ficou com 32,83% dos votos, conseguindo eleger 20 eurodeputados. Já o Vox conseguiu eleger três representantes para o Parlamento Europeu. Destaque para o resultados dos independentistas catalães: Carles Puigdemont e Oriol Junqueras foram eleitos — apesar de o primeiro estar exilado na Bélgica e o segundo estar preso preventivamente.

Estónia

O partido de centro-direita Reforma venceu as eleições com 26,20% dos votos, elegendo assim dois deputados. Seguiram-se os sociais-democratas, com 23,30% e também dois deputados eleitos. O último partido a conseguir eleger um deputado foi o EKRE, da extrema-direita e anti-União Europeia.

Finlândia

A Coligação Nacional ficou em primeiro lugar, mas com uma percentagem um pouco mais abaixo da conquistada em 2014. A Liga Verde conquistou o segundo lugar com 16% e acabou por derrotar os sociais-democratas (14,6%) .

França

A União Nacional (antiga Frente Nacional) surge à frente nas projeções em França, com 23,31% dos votos. O Renascença, de Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar com 22,41%. Pela segunda vez consecutiva, o partido de Marine Le Pen vence as eleições europeias em França.

Grécia (estimativa)

A Nova Democracia, o principal partido político de centro-direita, deve vencer as eleições. No entanto, a Grécia está mais concentrada na política interna do que na europeia por causa não só da situação económica, como também por causa do acordo com a Macedónia do Norte.

Holanda (estimativa)

As projeções avançadas pelo Parlamento Europeu indicam a vitória do Partido Trabalhista, de Frans Timmermans. Na segunda posição surge o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD, centro-direita) do chefe do Governo holandês, Mark Rutte.

Destaque também para o quarto lugar, ocupado pelos nacionalistas do Fórum pela Democracia, liderados por Thierry Baudet. Poderá conseguir a eleição de três eurodeputados.

Hungria (estimativa)

Com a maioria dos votos, 52%, o partido de direita Fidesz elegeu 13 dos 21 deputados húngaros, seguindo-se a Coligação Democrática, com 17,98% e quatro deputados eleitos. O movimento liberal Momentum, nascido há dois anos, conseguiu 10,11% dos votos, com dois representantes eleitos.

O Fidesz, recorde-se, tem estado de costas voltadas com Bruxelas sobre questões como a migração. O partido chegou a ser suspenso do Partido Popular Europeu.

Irlanda (estimativa)

O partido conservador no poder na Irlanda, o Fine Gael, venceu as eleições europeias, sem grande surpresa. De acordo com as projeções, segundo e terceiro lugares serão ocupados pelo Partido Verde e pelo Fianna Fail (centrista). O Sinn Féin obteve 13% e elege um eurodeputado.

Itália (estimativa)

O Liga, um partido de extrema-direita que representa a menor parcela da coligação que governa o país, levou a melhor nas eleições europeias. O maior parceira dessa coligação, o Movimento Cinco Estrelas, ficou em terceiro lugar.

Letónia (estimativa)

O partido liberal-conservador da New Unity – alinhado com o EPP – manteve o primeiro lugar, embora a percentagem de votos tenha caído para quase metade dos valores conquistados em 2014.

Lituânia (estimativa)

Os resultados obtidos pelos partidos foram muito equilibrados entre si. A União Pátria, um partido de centro-direita, ganhou com 17,41% dos votos, seguida pelo Partido Social Democrata com 16,90%. A União dos Agricultores e Verdes também conquistou o terceiro lugar na Lituânia, com 13,93%.

Luxemburgo (estimativa)

O Partido Democrata liberal e o conservador Partido Social-Cristão elegeram dois eurodeputadas e as percentagens que cada um conquistou foram muito próximas: 21,44 e 21,1%, respetivamente. No terceiro lugar está o Partido dos Verdes, não muito abaixo, com 18,91% dos votos.

Malta

Os dois principais partidos malteses são os únicos a conquistar lugares no Parlamento Europeu. Um leva quatro pessoas para Bruxelas, outro leva duas. De fora ficam, embora sem surpresas, os partidos eurocéticos da extrema-direita de Malta.

Polónia

Apesar de ter sido o PiS (Partido Lei e Justiça) o que mais lugares no Parlamento Europeu elegeu, a verdadeira vitória é do Wiosna. Esse é um partido recém-formado pelo primeiro político assumidamente homossexual da Polónia, Robert Biedroń. Conquistou três deputados.

Portugal (estimativa)

Em Portugal, a surpresa da noite está no facto de o PAN poder eleger um (ou até mesmo dois) deputado no Parlamento Europeu. O PS, o partido a que pertence o primeiro-ministro, é o que conquista um melhor resultado nacional. O CDS-PP é o grande derrotado e fica abaixo do PS, do PSD, Bloco de Esquerda e CDU.

Reino Unido (estima)

O Partido do Brexit, liderado por Nigel Farage, está à frente do segundo classificado, os democratas liberais que querem que o Reino Unido continue na União Europeia, por mais de dez pontos percentuais.

República Checa

Os centristas conseguiram aumentar os seus representantes no Parlamento Europeu para 6 deputados, conseguindo 21,18% dos votos. Em segundo lugar ficou o Partido Democrático Cívico (ODS), com 14,54% dos votos e quatro deputados eleitos.

Roménia (estimativa)

Os sociais-democratas foram ultrapassados, talvez à conta dos desacordos com Bruxelas relativamente às reformas anti-corrupção. À frente ficou Partido Nacional Liberal, que nas sondagens supostamente não passaria de um empate com o PSD — mas que na realidade o ultrapassou. A ajudar nos resultados dos partidos da oposição ao PSD está o facto de este domingo também estar a acontecer um referendo sobre essas mesmas reformas.

Suécia (estimativa)

Na terra de Greta Thunberg, considerada por muitos o rosto mais ativo da defesa da natureza, os Verdes sofreram uma derrota que contrasta com o que tem acontecido no resto da Europa. Os social-democratas conquistaram quase um quarto dos votos, mas a coligação dos Verdes perdeu quatro pontos percentuais em relação às últimas eleições.