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[Este artigo foi originalmente publicado a 28 de novembro de 2016, atualizado a 6 de fevereiro de 2018 e a 1 de junho de 2020, depois de a SpaceX ter protagonizado o primeiro voo espacial com astronautas da NASA]
Quase tímido, ombros “absurdamente” largos, sapatos de couro, calças de ganga e uma t-shirt preta. “Pareço-lhe louco?”, perguntou a Ashlee Vance, o jornalista que escreveu que Elon Musk é “o génio que está a inventar o futuro” numa autobiografia que é oficial, mas que esteve quase para não ser. “Tornámo-nos uns moles de m*rda“, afirmou mais tarde enquanto visitavam a sede da Tesla, em Palo Alto, nos EUA. Nas mãos, tem uma fortuna pessoal avaliada em 11,3 mil milhões de dólares — qualquer coisa como 10,7 mil milhões de euros –, segundo a revista Forbes.
Sotaque sul-africano, 48 anos e 1,85 metros de altura, é uma rock star da comunidade tecnológica.Um “génio possesso”, diria Ashlee Vance. Elon Musk é o 31.º homem mais rico do mundo. E é o responsável por, no passado sábado, a NASA ter colocado dois astronautas no espaço, naquele que foi o primeiro voo tripulado da agência norte-americana através de uma empresa privada — a SpaceX, fundada e liderada por Musk
“É um sonho tornado realidade. Nunca pensei que este dia chegaria, verdadeiramente”, disse Elon Musk dias antes de os astronautas Doug Hurley e Bob Behnken terem rumado à “velhinha” estação espacial (a 400 quilómetros da Terra). Foi o primeiro voo espacial da empresa privada SpaceX, rumo à Estação Espacial Internacional, que em 1998 já tinha recebido astronautas russos e americanos. Musk fez história a 30 de maio de 2020 e não foi a primeira vez. Já em fevereiro de 2018 foi também graças à ousadia do norte-americano que a SpaceX lançou o Falcon Heavy para o espaço. De que falamos? Do foguetão que num futuro próximo poderá levar o ser humano de volta à Lua e, quem sabe, a pisar Marte. Se for verdade que não há duas sem três, o que se seguirá para Musk e a sua SpaceX?
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Empreendedor, gestor, investidor e milionário, Elon Musk é, na verdade, um dos rostos por detrás do sistema de pagamento digital PayPal, que vendeu ao eBay por 1,5 mil milhões de dólares. Fã assumido de videojogos, é “membro certificado do clube tecno-utópico de Silicon Valley“, como escreveu Ashlee Vance na biografia que fez de Musk. Não é difícil de entender: escrevemos sobre a “divindade” que divide a meca da tecnologia — adorado por muitos, mas detestado por outros tantos, não tem parado de dar que falar. “Ele faz o que quer, e é implacável nisso. Este é o mundo do Elon. Nós, os outros, apenas vivemos nele”, contou a primeira ex-mulher, Justine Musk, a Ashlee Vance.
Implacável, o homem que construiu uma fábrica de foguetões no meio de Los Angeles é o mesmo que, para celebrar o 30.º aniversário, arrendou um castelo no Reino Unido para que os amigos pudessem jogar “às escondidas” das 2h às 6h da manhã. Anos mais tarde, arrendou outra mansão do género em Nova Iorque, convidou 50 pessoas, vestiu-se de samurai e lutou com um campeão de sumo que pesava 160 quilos. Diz o multimilionário Richard Branson que Musk é “alguém que arrisca mesmo quando é assombrado por contratempos”.
Os contratempos, na verdade, não impediram o sul-africano de protagonizar os maiores progressos das últimas décadas nas indústrias automóvel, espacial e energética. “Gostaria de pensar que a humanidade tem um futuro brilhante. Acho que se pudéssemos encontrar uma fonte de energia sustentável e tornarmo-nos uma espécie interplanetária, com uma civilização auto-sustentável noutro planeta, para lidar com um cenário catastrófico em que a consciência humana esteja em risco de extinção seria muitíssimo bom”, disse a Ashlee Vance, na biografia autorizada que em Portugal é editada pela Vogais. Parece louco?
De onde vem a fortuna do homem que quer 80 mil pessoas em Marte?
Comecemos pelas raízes. Elon Musk cresceu dotado “de talentos tecnológicos” e de um “amor” à ficção científica e à fantasia, explica Vance. Estava prestes a fazer 18 anos quando deixou a África do Sul, onde nasceu e cresceu, para se mudar para o Canadá (a mãe era canadiana). De lá, voou para os EUA. Acabou por estudar Física e Economia na Universidade da Pennsylvania e, com 24 anos, foi para Stanford tirar um doutoramento em Física Aplicada. Desistiu dois anos depois para lançar a sua primeira empresa, a Zip2, com o irmão Kimbal, e que teve clientes como o The New York Times. Em 1999, vendeu-a à Compaq por 307 milhões de dólares em dinheiro e 34 milhões em ações. Da venda da Zip2, Musk recebeu 22 milhões de dólares.
É aqui que o dinheiro começa a atrair dinheiro. Deste montante, Musk pegou em 10 milhões e fundou a X.com, uma empresa de serviços financeiros online que mais tarde (e após a fusão com a Confinity), se chamaria PayPal — e que pôs Musk e o recém-lançado sistema de pagamento digital no palco da comunidade tecnológica mundial. “O chefe da máfia do PayPal“, como viria a ser conhecido — ainda que pelo caminho tenha sido atraiçoado pelos colaboradores e substituído no cargo de CEO pelo icónico e polémico Peter Thiel. Mas isso não foi um problema. Se Musk não podia influenciar a empresa de uma forma, decidiu influenciá-la de outra.
Afastado da posição de liderança, o homem que Eric Jackson, autor do livro The PayPal Wars: Battles with eBay, the Media, the Mafia, and the rest of Planet Earth, afirmou ser um “idiota egocêntrico” começou a investir no PayPal até se tornar o seu principal acionista. A venda milionária da empresa ao eBay — por 1,5 mil milhões de dólares –, em 2002, acabou por ser a sua rampa de lançamento. É com os 200 milhões de dólares que capta com esta operação que começa a investir noutros campos da tecnologia. “Acho que há, provavelmente, demasiadas pessoas inteligentes dedicadas à internet, às finanças e ao direito. É, em parte, por isso que não se gera muita inovação”, disse a Ashlee Vance.
Com o dinheiro que recebeu da venda do PayPal e que o transformou num “milionário das dotcom”, Musk investiu ainda 70 milhões de dólares na Tesla e outros 10 na SolarCity.
É por esta altura que começa a obsessão de Musk por Marte e pela civilização auto-sustentável que quer que exista no planeta vermelho. Em 2002, e com 100 milhões de euros, Musk fundou a SpaceX, a primeira empresa privada de exploração espacial a conseguir um contrato com a NASA para o abastecimento da Estação Espacial Internacional e a que fez história a 30 de março de 2020 com o primeiro voo tripulado da NASA através de uma empresa privada.
Musk saiu de SiliconValley e mudou-se para Los Angeles, onde tem a sede da empresa e arrancou com aquela que passou a ser considerada a “Agenda de Marte”. Porquê esta agenda? Porque Musk quer ter em 2040 uma colónia auto-sustentável de 80 mil pessoas a viver no planeta vermelho, onde todos os transportes serão elétricos. De acordo com o The New York Times, Musk estima que o foguetão que vai permitir levar pessoas a Marte custe 10 mil milhões de dólares e o plano é que a primeira viagem ocorra já em 2024.
Enquanto a nave não descola, a empresa de Elon Musk vai gastando dezenas de milhões de dólares por ano a desenvolvê-la — serão precisos 10 mil voos para colonizar o planeta. A ideia é que cada voo transporte cerca de 100 pessoas e que os preços da viagem andem entre os 100 mil e os 200 mil dólares Até que a cidade auto-sustentável de Marte esteja efetivamente pronta, Musk estima que passem entre 40 e 100 anos.
A SpaceX foi a primeira empresa do mundo a colocar um satélite em órbita geoestacionária e tem vindo a concentrar-se na produção de equipamentos reutilizáveis, que podem tornar as missões espaciais comercialmente viáveis (não foi a primeira vez que a empresa de Musk fez história, portanto). Mas o foguetão Falcon 9, que utiliza como combustível uma mistura de oxigénio líquido e RP-1 — e que já conseguiu levantar e aterrar na vertical, com aceleração-zero, ou seja, sem provocar danos na sua estrutura — não é a única obsessão de Elon Musk.
O milagreiro que salvou a Tesla em 2008
Antes da SpaceX, houve a Tesla — que não foi uma ideia que saiu da cabeça de Musk. O empresário chegou à empresa de carros 100% elétricos em 2004, quando investiu 7,5 milhões de dólares na empresa na ronda de investimento Série A. Com este financiamento, tornou-se o seu presidente não executivo. A liderança nas operações, enquanto CEO, chegou quatro anos depois, na sequência da crise financeira. Foi aí que o investidor tomou as rédeas operacionais da empresa — mas foi preciso um milagre de Natal para salvar a Tesla da falência.
Foi em 2008 que Elon Musk assumiu o controlo da startup de carros elétricos que Martin Eberhard e Marc Tarpenning lançaram em 2003 e que hoje é uma marca consolidada no setor automóvel. Quando, em 2016, começou a circular a informação de que o empresário norte-americano queria construir a primeira fábrica de carros 100% elétricos e baterias da Tesla na Europa, a comunidade tecnológica portuguesa, o Governo e a AICEP começaram imediatamente a rezar para que Portugal vencesse Espanha, França e Holanda na competição pela segunda Gigafactory. Não chegou a acontecer, mas os negócios e ambições de Elon Musk também estavam longe de terminar (ou estagnar) por ali — para a Tesla ou para a SpaceX.
Neste momento, já existem estações de carregamento para carros Tesla — que custam cerca de 100 mil euros e são vendidos diretamente ao consumidor pela marca, ignorando e afrontando o modelo tradicional dos concessionários automóveis — em algumas das maiores auto-estradas dos EUA, Europa e Ásia. Na Europa, também há centenas de postos de carregamento, os chamados Supercharger, onde é possível carregar um veículo em 30 minutos para percorrer 270 km. Na primeira Gigafactory, nos EUA, foram investidos mais de 5.000 milhões de dólares e as estimativas apontam para que sejam criados 6.500 postos de trabalho diretos e 11 mil indiretos.
Mas a luta do “milionário das dotcom” por um mundo de energia limpa tem sido mais marcada por prejuízos do que por lucros. Depois de 13 trimestres consecutivos no vermelho, a Tesla anunciou, no terceiro trimestre de 2016, um resultado líquido de 22 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de euros) e apresentou números recorde em termos de produção, vendas e faturação. Foi a segunda vez que a empresa registou lucros desde que foi admitida em Bolsa, em 2010, que muito se deveram aos chamados “créditos ambientais” que a Tesla tem vendido a outros fabricantes, os mesmos a que Donald Trump quer pôr um fim. Elon Musk já veio afirmar, contudo, que o fim dos créditos que vigoram em dez estados norte-americanos não vai prejudicar a empresa.
No final de 2019, a empresa batia um novo recorde de vendas: 24,6 mil milhões de dólares, mas nada de lucros — pelo contrário. No final do ano passado, a empresa de carros elétricos liderada por Elon Musk apresentava prejuízos na ordem dos 862 milhões de dólares. No início de 2020, a 9 de janeiro, pela primeira vez na história o valor de mercado da Tesla superava o das fabricantes norte-americanas de automóveis Ford e General Motors juntas. Nesse dia, as ações chegaram a negociar perto dos 500 dólares, atingindo um valor de mercado de 88,7 mil milhões de dólares.
Com o tempo, a Tesla tornou-se no produtor de carros elétricos mais reconhecido do mundo e as aventuras empresariais de Elon Musk valeram-lhe porta aberta na Casa Branca de Barack Obama. Quando vendeu o PayPal e fundou a SpaceX, além de ter investido na Tesla, Elon Musk investiu 10 milhões de dólares na SolarCity, que foi fundada pelos primos Lyndon e Peter Rive em 2006 e que foi recentemente adquirida pela irmã Tesla por 2,6 mil milhões de dólares.
A SolarCity tem-se dedicado à produção e instalação de painéis solares e — apesar de as suas dívidas ascenderem a 6,3 mil milhões de euros — conseguiu recentemente pôr a ilha de Ta’u, no Oceano Pacífico, a ser abastecida por painéis solares quase na totalidade. A ilha da Samoa Americana, que se situa na Polinésia mas é administrada pelos EUA, tem menos de 600 habitantes e 5328 painéis solares e 60 Tesla Powerbacks, que substituem os 413.910 litros de gasóleo que a ilha tem de importar todos os anos. “Parece o industrial mais inovador da América“, escreve Vance.
O projeto mais recente de Musk é a Hyperloop, um novo comboio supersónico que deverá conseguir percorrer uma distância de 600 quilómetros em meia hora, atingindo os 1.223 quilómetros por hora. O primeiro protótipo, que se chama DevLoop, estava a ser construído no deserto de Las Vegas. E a autoridade responsável pelos transportes do Dubai realizou um acordo com a empresa, para que comece a estudar a construção da primeira rede de passageiros e mercadorias entre o Dubai e Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, que vai percorrer cerca de 160 Km em apenas 12 minutos.
O “pensador bizarro” quer salvar o mundo da inteligência artificial
Tal como divide a guarda dos cinco filhos — gémeos e trigémeos –, que teve com a primeira mulher, Justine, Elon Musk também está habituado a dividir a semana entre Los Angeles e Silicon Valley. Conta Ashlee Vance que o multimilionário passava o fim de semana na mansão que tem em Bel-Air, começava a semana de trabalho na SpaceX, em Los Angeles, onde dormia, e na terça-feira à tarde apanhava o jato particular para Silicon Valley, onde é a sede da Tesla, que emprega milhares de pessoas. Era lá que dormia num hotel de luxo ou na casa de amigos. À quinta-feira à tarde, entrava novamente no seu jato para regressar a Los Angeles.
Todos os anos, o milionário que o jornalista norte-americano diz ser também “o pensador mais bizarro” dos EUA, contabiliza as horas que passou dentro de aviões — numa tabela que criou para o efeito — para perceber se “as coisas estão a descontrolar-se”.
Nada é deixado ao acaso, nem as horas que tem para namorar. Depois de se ter separado de Justine, Elon casou-se com a atriz Taluah Riley, na altura com 25 anos, em 2010, de quem se separou dois anos depois. Em 2013, voltaram a casar-se e três anos depois voltaram (também) a divorciar-se. Depois disso, houve rumores que davam conta de que o milionário estaria envolvido com a ex-mulher de Johnny Depp, a atriz Amber Heard, mas ambos negaram. Em 2018, Elon Musk apareceu com a cantora pop Grimes no evento anual da Met Gala, oficializando a relação com a mulher que viria a ser mãe de mais um filho do empresário.
Em fevereiro de 2020, a cantora (que na verdade se chama Claire Boucher), anunciou que estava grávida e o bebé acabaria por nascer no início de maio — e não escapou às polémicas só pelo nome que os pais escolheram para ele: XÆA-12, que dias depois viria a ser substituído por XÆA-Xii. A mudança deveu-se ao facto de a lei do estado norte-americano da Califórnia, onde o casal vive, não permitir a existência de números no nome próprio, pelo que o registo teve de sofrer uma alteração. Solução? Numeração romana.
Por que escolheram este conjunto de letras? Porque o “X”, que é como os pais tratam o recém-nascido, deve-se ao facto de ‘x’ ser a “variável desconhecida”. Depois, Æ é a ortografia élfica para AI, que é a abreviatura de “inteligência artificial” e também a palavra para “amor” em várias línguas, incluindo japonês. E, por fim, A-12 é a aeronave precursora da SR-17, que é a “favorita” do casal. “Sem armas, só velocidade, ótima na batalha, mas não violenta”, descreveu Grimes na explicação para a escolha do nome referente à aeronave. Mas há mais razões. A letra “A” também representa “Archangel” que é, segundo a cantora, a sua canção favorita.
XÆA-Xii é o primeiro filho de Grimes e Musk, mas o multimilionário já tinha cinco filhos de casamentos anteriores, que se chamam Griffin, Xavier, Damian, Saxon e Ka.
Durante o ano em que esteve separado de atriz Taluah Riley, Musk disse ao jornalista norte-americano Vance que estava tudo bem na forma como geria os filhos e os negócios, mas não na forma como geria a sua vida sentimental. “Gostaria de dedicar mais tempo a namorar. Tenho de arranjar uma namorada e, para isso, preciso de encontrar só mais um pouquito de tempo. Creio que umas cinco a dez horas — quanto tempo por semana quererá uma mulher? Dez horas? Será isso o mínimo? Não sei.”
Namoros à parte, o que assusta Musk não é o amor, mas a inteligência artificial. Vance conta que, na altura em que escreveu o livro, o que roubava o sono ao milionário era imaginar que o líder da Google, Larry Page — de quem era amigo –, podia estar a desenvolver um exército de robôs dotados de inteligência artificial, capaz de destruir a humanidade. O medo de Musk era que Page partisse do princípio de que as máquinas estariam sempre às ordens dos humanos. “Não sou tão otimista. Ele pode muito bem produzir acidentalmente algo maléfico”, afirmou.
Numa conferência no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Elon Musk chegou mesmo a dizer que a inteligência artificial é a nossa maior ameaça. “Acho que deveríamos ter muito cuidado com a inteligência artificial. Se tivesse de adivinhar qual seria a maior ameaça à nossa existência, eu diria que é, provavelmente, essa. Precisamos de ter muito cuidado. Estou cada vez mais inclinado a pensar que devia haver algo que regulasse e supervisionasse isto, se calhar a um nível nacional e internacional, para termos a certeza de que não fazemos nada mesmo muito parvo”, disse.
No final de 2017, Elon Musk lançou uma empresa de investigação não-lucrativa em inteligência artificial, a OpenAI, cujo objetivo é encontrar soluções que sejam benéficas à humanidade. Ao líder da Tesla, juntaram-se mais nomes importantes da comunidade tecnológica, como o fundador do Y Combinator, Sam Altman, ou o polémico investidor Peter Thiel. Foi também através de um investimento de Elon Musk que a investigadora portuguesa em inteligência artificial Manuela Veloso — que é docente e responsável pelo departamento de Machine Learning na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh – recebeu uma bolsa de 200 mil dólares para criar mecanismos seguros para a Inteligência Artificial.
Vance diz que Elon Musk é “o génio que está a inventar o nosso futuro”, mas não falta quem critique o multimilionário por ter objetivos irrealistas, maltratar verbalmente funcionários e fazer com que “trabalhem até caírem para o lado”. Ao jornalista, disse: “A lista de pessoas que não lastimaria o meu desaparecimento está a aumentar. A minha família receia que os russos me assassinem.”