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Em janeiro deste ano, Gleiton Carvalho estava à procura de emprego. E dava preferência aos anúncios que incluíam a palavra ‘marketing’, porque era essa a área na qual tinha trabalhado no Brasil, país que deixou há, mais ou menos, nove meses. Encontrou a oferta perfeita no Olx, plataforma habitualmente utilizada para compra e venda de produtos, e foi naquele momento que começou a sua relação com a Pineal Marketing, que já há um ano estava a ser investigada pela polícia brasileira. Na passada segunda-feira, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve quatro pessoas relacionadas com esta empresa, por suspeitas de crimes de peculato, fraude eletrónica e comercial, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

“Precisavam de pessoas com boa argumentação para vendas diretas. Candidatei-me e fui selecionado para uma entrevista”, conta ao Observador Gleiton, de 34 anos. A segunda quinzena de janeiro parecia ser então o início de uma nova etapa, com a perspetiva de encontrar um novo trabalho. Partiu de Lisboa de comboio, saiu na paragem de Paço de Arcos e foi até ao edifício Oeiras Tower para a sua entrevista. Naquele primeiro contacto ficou a perceber parte do esquema que tinha sido montado na Pineal Marketing: “Mostraram como é que funcionava, que entravam em contacto com os brasileiros, para que os brasileiros pudessem fazer investimentos na bolsa de valores, através de empresas como a [norte-americana] Apple, ou outras empresas da Europa”.

SEF detém quatro pessoas procuradas no Brasil por burlas ligadas à Bolsa

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