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Reportagem sobre violência nas escolas com equipa da PSP
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MIGUEL A. LOPES/LUSA

MIGUEL A. LOPES/LUSA

Escolas. "Brincadeiras de mau gosto" investigadas desde o início do mês. O alerta interno da PSP no dia 13 e PJ em contactos internacionais

Publicações nas redes sociais faziam referência a um ataque no dia 20 de abril. Alguns pais recusaram-se a levar os filhos para a escola. PJ identificou cinco autores de posts suspeitos.

Há já duas semanas que a Polícia Judiciária e a PSP seguiam as ameaças publicadas nas redes sociais que apontavam para “eventuais ataques a estabelecimentos de ensino” em Portugal. E, a 13 de abril, depois de receber uma “notícia laranja” da Interpol precisamente com a referência a “ameaças iminentes”, a Unidade Orgânica de Operações e Segurança (UOOS) da PSP emitiu um “alerta operacional” — um documento interno para partilhar com “todos os polícias” daquela força de segurança, a que o Observador teve acesso: “Esta nova tendência não pode ser desvalorizada porque tem vindo a ser acompanhada com ataques reais”, sinaliza o documento.

O clima de algum pânico social começou a instalar-se esta quarta-feira à noite, quando alunos e encarregados de educação começaram a receber print screens de publicações no TikTok e Instagram com a indicação de um ataque a várias escolas do país. Nalguns casos, a ameaça era genérica: “Dia 20 estamos prontos para invadir”, “Caso eu não consiga, outros farão por mim”; noutros casos, eram feitas referências específicas a determinadas escolas: “Aviso quem for dia 20. Escola Secundária de Odivelas. Escola Avelã Brotero. Todas as escolas de Odivelas.” E foram também partilhadas mensagens com descrições dos alegados planos de ataque: “Imagina… pegar cada criança ou adolescente… torturar eles… corta parte do corpo… fazê-los sofrer.”

Não demorou muito até que os encarregados de educação usassem as mesmas redes sociais para tentar obter mais informações. “*URGENTE PAIS* Parece que está a correr algum tipo de emails sobre um ataque planeado a alguma escola da zona de Cascais. Pelo que li, houve pais que viram alguns destes emails e a polícia já está alertada em diversas zonas de Cascais. Alguém sabe alguma coisa disto?”, refere uma das publicações consultadas pelo Observador. Confrontados com as publicações, houve pais que decidiram de imediato não correr riscos. “Tenham cuidado e se puderem fiquem com os miúdos em casa. Amanhã nem quero ver a minha filha pôr os pés na escola.”

Dois autores de publicações já estavam identificados há uma semana

Antes desse tumulto social, a PSP já estava no terreno. Aliás, quando o “alerta operacional” é lançado internamente, no dia 13, a polícia já tinha identificado “pelo menos duas situações” de posts que faziam ameaças diretas a escolas portuguesas, e assinalava a “intensificação” de publicações deste tipo de conteúdos. E a ordem era para não desvalorizar nada e dar seguimento às suspeitas que fossem aparecendo no radar. “O que se tem verificado em concreto é a publicação nas redes sociais de mensagens sugestivas relativamente a eventuais ataques a estabelecimentos de ensino, sendo importante que estas publicações logo que identificadas sejam encaminhadas para a sua avaliação e eventual adoção de medidas preventivas urgentes”, refere a nota interna.

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A UOOS da PSP — uma unidade que abarca, entre outras, as áreas de investigação criminal, informações policiais, armas, explosivos, sistemas de informação e comunicações, de que o atual Diretor Nacional da PSP foi responsável entre 2015 e 2020 — sublinhava ser “fundamental reforçar a vigilância” das ameaças que circulavam nas redes sociais e dava orientações a toda a estrutura daquela polícia para que as equipas do programa Escola Segura estivessem particularmente vigilantes no contexto escolar e que se dedicassem a uma “recolha ativa de informação” que permitisse antecipar eventuais situações em que as ameaças nas redes sociais se materializassem em ataques efetivos.

Além disso, acrescenta o “alerta” interno, sempre que fosse detetada uma ameaça concreta — o que não aconteceu até ao momento em Portugal —, essa informação devia ser “imediatamente partilhada” com os departamentos de informações e de investigação criminal da PSP. E dali devia ser transmitida a outras forças e serviços de segurança e informações.

Os alertas chegaram à Interpol através das próprias empresas detentoras das redes sociais: Snapchat, Google (no caso de vídeos publicados no Youtube), TikTok e Supercell, uma plataforma de jogos online com sede na Finlândia. E também foram reportados alertas de outros organismos de segurança norte-americanos.

A nota interna deixava claro que qualquer ameaça — ou indício de ameaça — não podia ser desvalorizado, e o contexto internacional ajuda a explicar essa preocupação. No início de abril, sensivelmente quando a PSP começou a detetar um aumento destas publicações nas redes sociais, um homem de 25 anos, munido de um machado, invadiu uma creche no estado brasileiro de Santa Catarina e começou a atacar as crianças da instituição. Foram mortos três meninos e uma menina com idades entre os quatro e os sete anos. Outras quatro crianças ficaram feridas. Num outro ataque a uma escola de São Paulo, dias antes, quatro professoras e um aluno foram esfaqueados dentro da sala de aula por um aluno de 13 anos.

Número de ameaças identificadas subiu 30% num ano

“A ameaça é tão real”, refere o documento da PSP, “que as autoridades norte-americanas divulgaram uma notícia laranja, via Interpol a dar nota do perigo iminente”. Em anexo, esse documento, com data de publicação de 11 de abril, refere que durante um ano — entre outubro de 2021 e setembro de 2022 —, as autoridades norte-americanas registaram um total de 143 pedidos de informações de entidades nacionais e estrangeiras relativos a “pessoas que produziram ameaças iminentes a escolas através das redes sociais e de plataformas de jogo online” — um aumento de 30% face ao ano anterior.

As “ameaças iminentes” referidas no alerta da Interpol incluíam “a ameaça de levar uma arma para a escola para assassinar alunos e docentes, ameaças de esfaqueamento e ameaças de bomba”. Os alertas chegaram à Interpol através das próprias empresas detentoras das redes sociais: Snapchat, Google (no caso de vídeos publicados no Youtube), TikTok e Supercell, uma plataforma de jogos online com sede na Finlândia. E também foram reportados alertas de outros organismos de segurança norte-americanos.

Em mais de um terço desses casos (37%), as autoridades norte-americanas consideraram que o nível de ameaça justificava uma inquirição dos autores das mensagens difundidas através desses canais. Mas a Interpol também assume a “dificuldade” em identificar exatamente onde e como os autores das publicações tiveram acesso às armas que mostravam nas fotografias que acompanham os seus posts.

Exemplo de publicações com ameaças no contexto escolar que foram investigadas pela Interpol

Ainda assim, e depois de contactados os autores das publicações, verificou-se um “reduzido número de detenções”. Em 6% desses episódios, os suspeitos garantiram que se tratava de “brincadeiras” e não tinham qualquer intenção de concretizar a ameaça.

PJ investigou ameaças em Leiria, Aveiro, Vila Nova de Gaia, e Grande Lisboa

Dadas as suas competências, do lado da Polícia Judiciária o trabalho da Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT) foi ainda menos visível, tendo sido sempre defendida uma estratégia de comunicação que não fosse favorável à proliferação de novas ameaças. Para a Judiciária o importante era que a sua investigação acontecesse com tranquilidade e que o fenómeno acabasse por cair no esquecimento. Mas depois do alarme social instalado acabou por ter de reagir, horas depois da PSP.

No total, houve “uma série de escolas” visadas por alegadas ameaças nas redes sociais. A mesma fonte explica que investigaram o fenómeno em Leiria, Aveiro, Vila Nova de Gaia, e, sobretudo, na Grande Lisboa.

Ao Observador, uma fonte da Judiciária envolvida nesta investigação explica que foi a partir da comunicação feita aos diretores de escolas a dar conta do reforço policial da PSP que o caso acabaria por ganhar maior dimensão. Quando essa comunicação às escolas aconteceu, os primeiros jovens a publicar ameaças nas redes sociais já tinham sido inclusivamente identificados. “Não tinham noção da gravidade daquilo que fizeram, nem do impacto que iria ter”. Foi o caso da maioria das crianças que aderiram ao fenómeno.

No total, houve “uma série de escolas” visadas por alegadas ameaças nas redes sociais. A mesma fonte explica que investigaram o fenómeno em Leiria, Aveiro, Vila Nova de Gaia, e, sobretudo, na Grande Lisboa. A primeira ameaça detetada em Portugal foi feita por um aluno de Odivelas identificado, mas a origem de tudo está bem mais longe, no Brasil.

As fotografias que acompanhavam algumas das ameaças feitas a escolas portuguesas foram passadas a pente fino pela PJ, que concluiu que as que incluíam armas já circulavam na internet e foram apenas replicadas. “Verificámos as fotografias e foi tudo retirado da internet, não há indícios de que alguém aqui possua esse tipo de armas”. O certo é que nos últimos dias a mensagem começou a espalhar-se e foram várias as réplicas de ameaças. “Tornou-se incontrolável”, adianta ainda a mesma fonte da Judiciária”.

Ainda assim, o risco de um massacre nunca foi tido como real pelas autoridades, que apenas não podiam desvalorizar de todo. “A probabilidade de acontecer algo é muito reduzida”, explica o mesmo investigador, salientando que o reforço de meios da PSP foi, apesar disso, uma medida indispensável.

Além da cooperação entre PJ e PSP, a Judiciária esteve desde o inicio a desenvolver “diligências de cooperação internacional para tentar ir ao foco das publicações”, analisando, dentro do que é possível, as publicações que iam surgindo de norte a sul do país.

Além da cooperação entre PJ e PSP, a Judiciária esteve desde o inicio a desenvolver “diligências de cooperação internacional para tentar ir ao foco das publicações”, analisando, dentro do que é possível, as publicações que iam surgindo de norte a sul do país.

Menores terão cometido crime. Foram identificados e o caso comunicado ao MP

Nos casos em que os autores das ameaças foram localizados, estes foram identificados e os seus casos comunicados ao Ministério Público. “A maior parte nem tinha consciência da gravidade nem do impacto que isto ia ter. Ainda assim, foram sinalizadas à comissão de Proteção e Menores e aos tribunais de família e menores — tudo foi comunicado de imediato ao MP”, explica fonte da PJ.

Neste caso, foi considerado um comportamento perigoso a divulgação destas mensagens, que “consubstancia a prática de um crime — o de ameaça com prática de crime e que está consumado pelo alarme que causou”. No total terão sido cinco os jovens identificados, com idades entre os 14 e os 16 anos.

A Polícia Judiciária confirma que em nenhum dos casos foi recolhido qualquer indício de “radicalização ou extremismo” por parte dos autores: “Os jovens assumiram a autoria das publicações, não tendo noção da dimensão e impacto que as suas ações viriam a tomar”.

Oficialmente, a Polícia Judiciária também confirmou esta tarde que em nenhum dos casos foi recolhido qualquer indício de “radicalização ou extremismo” por parte dos autores: “Os jovens assumiram a autoria das publicações, não tendo noção da dimensão e impacto que as suas ações viriam a tomar”.

E adiantou ainda que nos últimos dias, “com base na partilha de informação, nomeadamente em sede da Unidade de Coordenação Antiterrorismo, foram comunicadas situações semelhantes em vários pontos do país, algumas referenciadas pela PSP. Todos os casos reportados encontram-se em investigação na PJ”.

O comunicado dá conta também de que estas situações “terão ocorrido na sequência de publicações na rede social Tik Tok, com origem no estrangeiro, onde é feita alusão ao Massacre de Columbine, nos Estados Unidos”. “Não foram, no entanto, recolhidos indícios de que pretendessem materializar as ameaças em causa, tudo levando a crer que se tratarão de casos de mimetização de um fenómeno que está a ocorrer, em várias partes do globo”, remata a Judiciária.

Esta quinta-feira, depois de a PSP ter dado uma primeira posição oficial, o diretor nacional desta polícia, Magina da Silva, disse em declarações aos jornalistas que tudo não tinha passado de uma “brincadeira de mau gosto”, reforçando a tese de que não havia indícios de qualquer risco.

Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre as ameaças nas escolas.

A ameaça falsa que deixou escolas em polvorosa

Foi um “dia normal de aulas”, sem qualquer insegurança

Quando na quarta-feira à noite Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas, tomou conhecimento de que circulavam nas redes sociais ameaças sobre possíveis ataques a estabelecimentos de ensino no país, decidiu contactar as forças de autoridade. O telefonema, a propósito do agrupamento que dirige — Doutor Costa Matos, em Vila Nova de Gaia — e onde não se identificaram quaisquer casos suspeitos, não passou de uma medida de prevenção, que o deixou tranquilo e convicto de que a polícia estava já mobilizada para qualquer eventualidade.

"Aquilo de que me apercebi ao longo do dia é que está a correr tudo muito normalmente. É um dia normal de aulas, embora reconheça que há um ou outro aluno ou pai que questionou porque viu nas redes sociais esta situação".
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas

Não chegou a ver as ameaças divulgadas através das redes sociais, que a Polícia Judiciária apontou terem surgido na sequência de publicações no Tik Tok com origem no estrangeiro, mas foi acompanhando com atenção as informações que chegavam das autoridades através dos meios de comunicação sociais. Na manhã desta quinta-feira esteve presente para a abertura da escola, tendo testemunhado um início de dia normal. “Aquilo de que me apercebi ao longo do dia é que está a correr tudo muito normalmente. É um dia normal de aulas, embora reconheça que há um ou outro aluno ou pai que questionou porque viu nas redes sociais esta situação”, explicou Filinto Lima em declarações ao Observador.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas refere que alguns diretores, em determinadas circunstâncias, reforçaram a vigilância nas portarias, mas garante que se tratou no geral de uma manhã calma. Também se foi apercebendo ao longo do dia que em várias zonas as forças de segurança reforçaram como medida de prevenção o patrulhamento em redor das escolas — medida que já implementada no âmbito do programa escola segura do Ministério da Educação e do Ministério da Administração Interna.

Filinto Lima diz não ter memória de um caso destes a nível nacional, que coincide com a data em que se completam 23 anos desde o ataque na escola de Columbine, nos Estados Unidos. Na sua visão, a divulgação das ameaças a escolas em Portugal trata-se de uma “brincadeira de mau gosto inadmissível” que, contudo, não deve ser menosprezada. “Não podemos ignorar nem desprezar este tipo de sinais, mas acho que devemos estar tranquilos e não criar falsos alarmismos”, sublinha.

O colégio St. Julian's, em Carcavelos, chegou a enviar um email apenas com o intuito de tranquilizar a comunidade escolar. A direção garantiu que as atividades também decorreram durante o dia com a segurança e normalidade característica.

Para o dirigente do agrupamento Doutor Costa Matos, importa agora que o caso seja tratado de forma competente, para que não se voltem a repetir situações semelhantes. “Se for tratada de forma exemplar na justiça e se as pessoas perceberem que foi bem tratada acho que não voltará a repetir-se. São motivos dissuasores de futuras tentativas de outras pessoas”, aponta.

O diretor disse ainda que, tratando-se de uma situação “residual”, não viu necessidade de contactar os encarregados de educação das escolas que dirige.

Mas nem todos os estabelecimentos de educação agiram desta forma e alguns preferiram descansar os pais dos estudantes. Foi o caso do colégio St. Julian’s, em Carcavelos, que chegou a enviar um email apenas com o intuito de tranquilizar a comunidade escolar. A direção garantiu que as atividades também decorreram durante o dia com a segurança e normalidade característica.

O Observador apurou que a mesma calma se verificou na escola em Leiria onde há semanas foi investigada a possibilidade de uma jovem ter na sua posse armas ilegais. O caso remonta ao dia 15 de março, altura em que a instituição contactou a PSP sobre publicações com armas divulgadas por uma jovem de 15 anos nas redes sociais, mas só foi divulgado pelas autoridades em comunicado esta quinta-feira.

Segundo o comandante da PSP de Leiria, José Figueira, assim que tomaram conhecimento da situação, as autoridades trabalharam o caso e, no dia 3 de abril, realizaram uma busca domiciliária à casa da jovem, onde apreenderam uma arma de brinquedo com a forma de uma metralhadora e uma caia de um revólver e cinco munições de paintball.

Contactada esta quinta-feira de manhã pela rádio Observador, a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) disse que nessa altura ainda não tinha tido conhecimento das ameaças.

Contactada esta quinta-feira de manhã pela rádio Observador, a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) disse que nessa altura ainda não tinha tido conhecimento das ameaças.

Rumores de ataques em escolas diminuem no Brasil, mas não descansam pais

Não foi só em Portugal que se difundiram ameaças sobre ataques em escolas marcados para esta quinta-feira — no Brasil começaram a circular antes ainda alguns rumores de atentados para marcar o aniversário da tragédia em Columbine. A frequência destas ameaças parece, no entanto, ter diminuído nos últimos dias, segundo investigadores citados pela BBC Brasil.

Esta diminuição não parece ter descansado muitos pais, que teiveram receio de levar os filhos à escola nesta data. Foi o caso de Maria Lídia, que temeu pela vida da filha de 11 anos — ao chegar a casa, a menor disse-lhe que não queria ir às aulas por ter ouvido de colegas rumores sobre a possibilidade de um atentado. “Por um lado eu não quero ser exagerada, ceder ao medo, alarmar demais a minha filha. Por outro, a gente tem medo sim — por mais que racionalmente eu saiba que a probabilidade de algo acontecer é mínima”, afirmou em declarações ao canal brasileiro.

Na terça-feira o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que numa operação que decorre desde 5 de abril — após o ataque a uma creche em Blumelau — 225 pessoas foram detidas em ações de prevenção de violência no ambiente escolar. “Uma média de 20 por dia”, explicou. Já num novo balanço divulgado esta quinta-feira, o ministro revelou que em apenas dois dias se registaram 77 novas detenções, perfazendo um total de 302, segundo noticiou a Folha de São Paulo. Da investigação foi possível perceber que há casos de pessoas isoladas, mas também de grupos de inspiração nazi.

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