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O lateral do Manchester City despede-se do Euro 2020 sem conseguir dar o seu contributo à Seleção Nacional

AFP via Getty Images

O lateral do Manchester City despede-se do Euro 2020 sem conseguir dar o seu contributo à Seleção Nacional

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Estava vacinado? Ficou infetado na bolha? Já tinha tido Covid? Pode ter contagiado mais jogadores? As perguntas sem resposta sobre Cancelo

João Cancelo tem Covid, falha o Europeu e abre um leque de perguntas: já foi vacinado?; já foi infetado na bolha?; já tinha estado infetado?. Todas as respostas e as (muitas) perguntas sem resposta.

Enviada especial do Observador em Budapeste, Hungria

Parecia um dia normal no complexo desportivo do Vasas SC, onde a seleção nacional está a treinar em Budapeste e onde decorrem as conferências de imprensa diárias. Diogo Jota falou, enquanto porta-voz da equipa, e todos os jornalistas foram depois encaminhados para a bancada do estádio, para assistir aos 15 minutos iniciais da sessão de treino. De repente, a notícia caiu: João Cancelo tinha testado positivo e vai ficar do Europeu, sendo  substituído por Diogo Dalot.

Depois do choque inicial e confirmada a notícia, começaram a surgir várias questões: mas a seleção não estava toda vacinada?, como é que um jogador é infetado dentro de uma equipa que está a trabalhar em bolha?, o lateral já tinha estado infetado?. Muitas perguntas, poucas respostas. A Federação Portuguesa de Futebol não prestou esclarecimentos adicionais e, até à hora de publicação deste artigo, ainda não era oficialmente conhecido se o jogador do Manchester City fora ou não vacinado contra a Covid-19.

João Cancelo testou positivo à Covid-19 e será substituído por Diogo Dalot

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Ainda assim, e através dos timings e do calendário da última semana, é possível tirar algumas conclusões. João Cancelo não participou no jogo particular contra Espanha, por isso o caso nada tem que ver com a infeção de Busquets; a seleção esteve de folga no passado domingo, o último dia em que os jogadores saíram da tal bolha; o lateral terá de ter testado negativo várias vezes ao longo dos últimos dias, até porque viajou para Budapeste quando foi anunciado que não havia casos na seleção; e Fernando Santos optou por chamar outro jogador porque Cancelo está agora obrigado a cumprir 10 dias de isolamento e iria falhar toda a fase de grupos se continuasse com a equipa.

Mas vamos a detalhes.

Portugal v Israel - International Friendly Football Match

João Cancelo esteve em destaque no último jogo de preparação da Seleção, contra Israel, onde marcou um golo e fez uma assistência

NurPhoto via Getty Images

João Cancelo foi vacinado?

Não se sabe. Na passada segunda-feira, na sequência do caso positivo do jogador espanhol Sergio Busquets dois dias depois defrontar Portugal ao serviço de Espanha num particular em Madrid, a Federação Portuguesa de Futebol anunciou que a seleção nacional tinha sido vacinada durante o mês de maio. Um processo que não deixou de acontecer com algum secretismo, já que só foi revelado a menos de uma semana do início do Euro 2020, e que terá sido organizado por fases, atendendo também à disponibilidade dos jogadores.

Os critérios, à partida e como revelou a própria Federação, foram simples: seriam vacinados todos os elementos da comitiva que assim o pretendessem e que não tivessem estado infetados nos seis meses anteriores. João Cancelo, que joga no Manchester City, passou ao lado do surto alargado que a equipa inglesa teve em janeiro — o que significa que, em teoria, cumpria os requisitos para ser imunizado. Assim sendo, abrem-se três soluções possíveis para o mistério: ou o lateral foi vacinado e acabou por ser infetado, porque a vacina só reduz o risco de infeção e o risco de doença grave e não evita por completo os contágios; ou o lateral foi vacinado já numa fase final do processo, por ter estado em competição com o City até à final da Liga dos Campeões, e ainda está no período temporal de formação da imunidade; ou o lateral não foi vacinado, por não ter pretendido ou por qualquer outro motivo desconhecido.

A Seleção Nacional já foi vacinada contra a Covid-19. Processo decorreu durante o mês de maio

A Federação, como se sabe, não apresentou esclarecimentos adicionais. A informação foi dada aos jornalistas durante a manhã deste domingo, já depois da conferência de imprensa de Diogo Jota e instantes antes de começar o terceiro treino em Budapeste, no complexo desportivo do Vasas SC. No comunicado que foi divulgado, o organismo limitou-se a anunciar que João Cancelo começou por testar positivo num teste antigénio realizado este sábado e que, ainda durante esse dia, fez um teste PCR cujo resultado positivo foi conhecido já na manhã deste domingo. Ou seja, soube-se assim também que a equipa portuguesa não só foi testada depois do jogo com Espanha (e todos os resultados foram negativos), como está a fazer testes rápidos na Hungria (daí ter detetado o positivo de Cancelo, depois confirmado pelo teste PCR, evitando assim a hipótese de um falso positivo, como aconteceu com outro jogador espanhol, Llorente).

Os critérios, à partida e como revelou a própria Federação, foram simples: seriam vacinados todos os elementos da comitiva que assim o pretendessem e que não tivessem estado infetados nos seis meses anteriores. João Cancelo, que joga no Manchester City, passou ao lado do surto alargado que a equipa inglesa teve em janeiro — o que significa que, em teoria, cumpria os requisitos para ser imunizado.

Uma coisa é certa: o lateral direito português não foi infetado por Sergio Busquets, no particular entre Portugal e Espanha da semana passada, porque nem sequer fez parte da ficha de jogo. Cancelo, assim como Bernardo Silva e Rúben Dias, só se apresentou na comitiva da Seleção dias depois porque tinha disputado a final da Liga dos Campeões pelo Manchester City (perdida para o Chelsea no Estádio do Dragão, no Porto). A infeção do jogador terá então de ter ocorrido depois, já em plena preparação do Euro 2020. Mas como, se a seleção portuguesa está a trabalhar em bolha?

Como é que o jogador poderá ter sido infetado dentro da bolha da seleção?

Na passada segunda-feira, ainda em Portugal, João Cancelo foi o porta-voz da equipa portuguesa na conferência de imprensa diária antes do treino. No regresso aos trabalhos depois de um domingo de folga, o lateral do Manchester City foi confrontado com o caso positivo de Sergio Busquets, que a seleção tinha defrontado no particular contra Espanha dois dias antes.

“É sempre um facto preocupante, porque quando estamos em contacto com uma pessoa infetada pensamos sempre o pior. Felizmente, estamos todos negativos. No Manchester City também tive muitos jogadores infetados e ainda não apanhei o vírus. Penso que é uma lotaria, uma coisa que não conseguimos explicar e toda a gente pode apanhar e está sujeita a isso mesmo”, disse Cancelo, longe de imaginar que menos de uma semana depois seria ele o jogador infetado. Nessa segunda-feira, toda a seleção nacional testou negativo e a Federação Portuguesa de Futebol acabou então por revelar que toda a comitiva — excluindo os que não cumpriam os critérios — havia sido vacinada durante o mês de maio.

A ilha, os treinos, as viagens. Como Portugal vai jogar, pensar e preparar o Europeu da pandemia

Ora, João Cancelo testou negativo nessa segunda-feira e terá testado negativo várias vezes na última semana, tanto na antecâmara do particular contra Israel, na quarta-feira e onde foi titular, como para viajar para Budapeste, na quinta-feira. Durante todo esse tempo, desde a passada segunda-feira e até este domingo, o lateral esteve integrado na bolha protegida da seleção, sem contacto com o exterior e apenas convivendo com os colegas, a equipa técnica e a restante comitiva.

Fazendo contas, existem então duas opções: ou Cancelo ficou infetado ainda em Portugal, uma hipótese à qual poderá não estar alheio o facto de a equipa ter tido folga no passado domingo, e viajou durante o período de incubação; ou Cancelo ficou infetado já na Hungria, dentro da bolha portuguesa. O que levanta problemas de poder ter contagiado mais colegas que ainda podem estar a incubar o vírus e ainda não acusaram nos testes.

Portugal Training Session

O lateral do Manchester City (o último à direita) juntou-se aos trabalhos da Seleção depois de ter disputado a final da Liga dos Campeões

Getty Images

Atualmente e até segunda-feira, dia em que Portugal já faz a conferência de imprensa de antevisão do jogo de estreia no Europeu contra a Hungria na Puskás Arena, os dias da seleção nacional têm sido recatados e marcados por uma rotina simples. A equipa sai do hotel, na Ilha Margarida em Budapeste, de manhã e dirige-se para o estádio do Vasas SC; aí, um jogador vai à conferência de imprensa e os restantes seguem para o balneário; em seguida, a equipa treina e regressa depois e de forma direta para o hotel, sem ter contacto direto com qualquer outro local.

Ainda assim, o virologista Pedro Simas explica que “as bolhas são falíveis”. “Não tenho conhecimento de como é que a bolha funciona, não sei se os jogadores estão todos vacinados ou não. Em princípio, não há nenhuma bolha hermética. Há sempre contacto com o exterior. Todas as bolhas são falíveis”, disse o especialista em declarações à Rádio Observador.

Como é que João Cancelo foi infetado dentro de uma comitiva de baixo risco, entre vacinados e recém-infetados?

Quando anunciou que grande parte da seleção e da respetiva comitiva havia sido vacinada durante o mês de maio, sem que ninguém tivesse tido conhecimento prévio do processo, a Federação Portuguesa de Futebol deixou uma ressalva: “A quase totalidade do grupo foi vacinada em tempo útil, sendo que algumas pessoas, por não terem ainda passado seis meses sobre um teste positivo, não têm ainda indicação para vacinação”, podia ler-se no comunicado.

Pedro Simas não está preocupado com a saúde de João Cancelo e dos restantes jogadores, porque são uma "elite de pessoas muito saudáveis", mas tem receio quanto à possibilidade de existência de novos contágios. Ou seja, de virem a existir mais positivos na seleção.

Nesse seguimento, também o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo apresentou esclarecimentos. “A vacinação da seleção portuguesa de futebol e da respetiva equipa técnica que irá participar no Euro 2020, já concluída, insere-se na lógica da exceção, para ações específicas de representação oficial do país em eventos internacionais, junto de organizações que recomendam a vacinação dos participantes”, explicou o coordenador da taskforce do programa de vacinação português.

Euro 2020. As seleções que já foram vacinadas, como Portugal, e os casos mais complexos

Em nenhum destes momentos foi detalhado quem é que recebeu a vacina, quem é que não pôde receber a vacina ou até quem é que, eventualmente, recusou receber a vacina. De uma forma lógica, porém, foi possível perceber uma coisa: entre vacinados e recém-infetados, a taxa de imunidade da seleção nacional era elevada.

Pedro Simas, sobre este capítulo específico, recorda que as duas primeiras semanas depois de receber a primeira dose da vacina são ainda de risco normal de contrair infeção e não de risco reduzido. “É preciso ter atenção a isso. Após a primeira dose da vacina, as duas primeiras semanas são suscetíveis a infeção. As primeiras duas semanas são cruciais. E mesmo uma pessoa com uma dose, depois daquelas duas semanas, não está 100% protegida contra a infeção, porque as vacinas não são 100% eficazes contra a infeção. São muito eficazes, quase 100% eficazes, na proteção contra a doença grave e a morte”, indica o virologista. Pedro Simas não está preocupado com a saúde de João Cancelo e dos restantes jogadores, porque são uma “elite de pessoas muito saudáveis”, mas tem receio quanto à possibilidade de existência de novos contágios. Ou seja, de virem a existir mais positivos na seleção.

[Ouça aqui às declarações do virologista Pedro Simas à Rádio Observador:]

As notícias das 16h

“Como adeptos, não queremos perder mais nenhum jogador, como é normal. Em termos de seleção, todos são importantes. Em termos de saúde, estamos a falar de uma elite de pessoas que são muito saudáveis, que estão em grande forma física e que estão numa faixa etária que não é grupo de risco. Não estou preocupado com a saúde dos jogadores. Estou preocupado com a possibilidade de de existirem mais positivos. Devem ficar em alerta. Vão de certeza ser monitorizados, para ver se estão infetados ou não”, concluiu o especialista.

Fazendo contas, existem duas opções: ou Cancelo ficou infetado ainda em Portugal, uma hipótese à qual poderá não estar alheio o facto de a equipa ter tido folga no passado domingo, e viajou durante o período de incubação; ou Cancelo ficou infetado já na Hungria, dentro da bolha portuguesa.

Existiram casos positivos que nunca foram divulgados pelos clubes?

Nos convocados de Fernando Santos para o Euro 2020, são 10 os jogadores que estiveram infetados com Covid-19: Anthony Lopes, José Fonte, Renato Sanches, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, João Palhinha, Cristiano Ronaldo, Pedro Gonçalves, Gonçalo Guedes e João Félix. Destes, pelo menos três não terão sido vacinados por terem estado infetados há menos de seis meses: Rúben Neves esteve contagiado em abril, Sérgio Oliveira em janeiro e João Félix em fevereiro.

Ou seja, em teoria, só Rúben Neves, Sérgio Oliveira e João Félix é que não cumpriam os critérios de vacinação em maio — Gonçalo Guedes e João Cancelo, que testaram positivo depois de maio, nunca tinham estado infetados e poderiam, à partida, ser incluídos no processo de imunização. Ainda assim, não pode ser excluída a ideia de que alguns jogadores poderão ter estado infetados sem que essa informação tenha chegado à esfera pública, mesmo que esse cenário seja altamente improvável.

Portugal Training Session

José Fonte e Cristiano Ronaldo, assim como Anthony Lopes, estiveram infetados em outubro

Getty Images

Em Portugal, por exemplo, os clubes adotaram diferentes abordagens na hora de revelar casos positivos no plantel. O Benfica identificou sempre o jogador infetado, incluindo ao longo do alargado surto que afetou os encarnados no início do ano, ao passo que o FC Porto nunca fez qualquer comunicado oficial sobre casos na equipa. Essa identificação dos atletas infetados, porém, acabou sempre por surgir na comunicação social e por ser confirmada pela ausência nos jogos seguintes, mesmo que os dragões nunca tenham confirmado qualquer caso oficialmente.

Por outro lado, o Manchester City teve uma abordagem mista quando enfrentou um surto em janeiro — começou por revelar os nomes de Gabriel Jesus e Kyle Walker, os primeiros casos, mas limitou-se a anunciar que tinham sido registados mais testes positivos nos dias seguintes sem adiantar os nomes dos jogadores. Segundo o que o próprio adiantou na tal conferência de imprensa que deu na semana passada na Cidade do Futebol, Cancelo não terá sido um deles, o que dá força à ideia de que poderá mesmo ter sido vacinado em maio.

Qual é o protocolo da UEFA para o Euro 2020 em caso de jogadores infetados?

O protocolo da UEFA em cenário de um caso positivo numa seleção durante o Euro 2020 é simples: o jogador em questão tem de cumprir uma quarentena de 10 dias e os restantes elementos do plantel têm de ser testados; se estiverem negativos, podem jogar. O processo é o mesmo nas 11 cidades-sede da competição e adequa-se também às equipas de arbitragem e aos delegados de jogo.

Além disso, no início de maio, o Comité Executivo da UEFA anunciou oficialmente que as convocatórias para o Euro 2020 poderiam integrar até 26 jogadores, mais três do que os habituais 23, e que os selecionadores poderiam fazer substituições ilimitadas na listas entre o dia 1 de junho e a estreia da equipa na competição em caso de “grave lesão ou doença” — clarificando que uma infeção por Covid-19 era considerada “grave lesão ou doença”. Em caso de substituição, porém, o jogador substituído já não pode regressar, como vai ser o caso de Cancelo.

Em Portugal, por exemplo, os clubes adotaram diferentes abordagens na hora de revelar casos positivos no plantel. O Benfica identificou sempre o jogador infetado, incluindo ao longo do alargado surto que afetou os encarnados no início do ano, ao passo que o FC Porto nunca fez qualquer comunicado oficial sobre casos na equipa.

São estes 10 dias de quarentena e a regra da impossibilidade de regresso do jogador infetado que diferenciam os casos de João Cancelo e de Sergio Busquets, por exemplo, e o porquê de um ter sido substituído e o outro não. O português foi confirmado como caso positivo este domingo, o que significa que, em teoria, terá de ficar isolado até dia 23. Ora, se não fosse substituído, não poderia participar nos três jogos da fase de grupos e Fernando Santos ficaria privado de um jogador. Já o espanhol testou positivo no domingo passado, dia 6, o que significa que deve permanecer isolado até dia 16, dois dias depois da estreia de Espanha contra a Suécia, mas três antes da segunda partida, contra a Polónia. Ou seja, poderá ainda dar o seu contributo na maioria da fase inicial do Europeu.

A exceção, nestes casos, são os guarda-redes. Qualquer guarda-redes que teste positivo e tenha de cumprir um período de isolamento, independentemente da fase da competição, poderá ser substituído de imediato mesmo que os outros dois permaneçam disponíveis. A única regra também aplicável aos guarda-redes é a da impossibilidade de regresso, ou seja, qualquer jogador que saia do Euro 2020 já não pode voltar.

Em cenário de um surto alargado, os regulamentos da UEFA para o Euro 2020 indicam que qualquer jogo pode acontecer desde que as equipas tenham pelo menos 13 jogadores, incluindo um guarda-redes. Se uma seleção tiver 12 ou menos jogadores disponíveis, a UEFA vai reagendar a partida para as 48 horas seguintes, “se possível”. Se não existir hipótese de adiamento, entra em ação o Comité de Controlo, Ética e Disciplina do organismo e a equipa responsável pela impossibilidade de realizar o encontro na data original terá falta de comparência, ou seja, perderá por 3-0 em termos oficiais.

Germany v Portugal - 2021 UEFA European Under-21 Championship Final

Diogo Dalot esteve no Europeu Sub-21 que terminou no fim de semana passado e que Portugal perdeu na final contra a Alemanha

Getty Images

Quem é que vai substituir João Cancelo?

Independentemente da origem da infeção de João Cancelo, uma coisa já está definida: o lateral do Manchester City será substituído por Diogo Dalot, jovem jogador da formação do FC Porto que esteve emprestado pelo Manchester United ao AC Milan durante a última época e que nunca tinha sido chamado à seleção principal. A convocatória do lateral de 22 anos não deixou de ser uma surpresa, principalmente tendo em conta que Fernando Santos poderia ter optado por Cédric Soares, campeão europeu em 2016, ou Ricardo Pereira, a atuar no Leicester. Nas escolhas do selecionador, porém, pesou a competitividade.

Até ao passado domingo, Diogo Dalot esteve em competição ao mais alto nível, ao serviço da seleção Sub-21 no Europeu do escalão — onde disputou e acabou por perder a final, contra a Alemanha. Para Fernando Santos, mais do que a experiência de Cédric ou a qualidade de Ricardo, pesou o ritmo competitivo e a bagagem positiva que Dalot traz depois de uma temporada em que jogou tanto à direita como à esquerda na Serie A e nos Sub-21.

Portugal torna-se a segunda seleção do Euro 2020 que é forçada a substituir um jogador devido à Covid-19. Na Rússia, o azarado foi Andrei Mostovoi, que testou positivo na véspera da estreia da seleção russa na competição, contra a Bélgica, e foi substituído por Roman Evgeniev.

O jovem lateral já tinha iniciado um período de férias no Dubai, em conjunto com a namorada e com Diogo Leite, central do FC Porto de quem foi colega na formação dos dragões, mas foi chamado e vai viajar para Budapeste para render Cancelo e juntar-se à concentração da equipa. Embora a titularidade deva ser agarrada por Nélson Semedo, o outro lateral direito originalmente convocado por Fernando Santos, a verdade é que Dalot tem nesta oportunidade uma chance para entrar de forma mais convicta nas escolhas habituais do selecionador e realizar a primeira internacionalização.

Itália-Portugal-Eslovénia-Portugal-Dubai-Budapeste: as últimas três semanas de Dalot, o faz tudo nas laterais

Assim, Portugal torna-se a segunda seleção do Euro 2020 que é forçada a substituir um jogador devido à Covid-19. Na Rússia, o azarado foi Andrei Mostovoi, que testou positivo na véspera da estreia da seleção russa na competição, contra a Bélgica, e foi substituído por Roman Evgeniev. Em Espanha, Sergio Busquets deve falhar o primeiro jogo da fase de grupos, contra a Suécia, mas regressar à equipa a tempo de participar no resto da competição, enquanto que Diego Llorente acabou por revelar-se um falso positivo. Já na Suécia, o cenário é semelhante: Dejan Kulusevski e Mattias Svanberg também estão infetados e também devem falhar a primeira partida, mas conseguirão regressar para os compromissos seguintes.

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