Na última década, a Alemanha ficou em terceiro no Mundial 2010, foi eliminada nas meias-finais do Euro 2012, ganhou o Mundial 2014, foi novamente eliminada nas meias-finais do Euro 2016 e saiu, de forma algo escandalosa, na fase de grupos do Mundial 2018. Esse tombo, na Rússia, pareceu na altura ter sido o fim de um ciclo: mas Joachim Löw continuou e só agora, no Euro 2020, é que vai fechar o último capítulo de uma história de 15 anos.
O selecionador alemão já anunciou que vai deixar a equipa logo depois do Europeu e também já se sabe que será substituído por Hansi Flick, até aqui treinador do Bayern Munique e adjunto de Löw quando a Alemanha ganhou o Mundial do Brasil. Depois da deceção do último Mundial, a seleção alemã passou por tempos complexos e de reformulação mas chega ao Europeu no melhor momento dos últimos anos, juntando a juventude e a rebeldia de Havertz, Neuhaus e Musiala à qualidade e experiência comprovada de Kimmich, Gündoğan ou Kroos. Pelo meio, destacam-se os regressos de Hummels e Müller à seleção, dois nomes que acrescentam quase tudo à equipa.
BI
- Ranking FIFA atual: 12.º
- Melhor ranking FIFA: 1.º (dezembro de 1992 a agosto de 1993; dezembro de 1993 a março de 1994; junho de 1994; julho de 2014 a junho de 2015; julho de 2017 e setembro de 2017 a junho de 2018)
- Alcunha: Die Mannschaft (A Equipa)
- Presenças em fases finais: 12.ª
- Última participação: 2016 (meias-finais, França, 0-2)
- Melhor resultado: vencedor em 1972 (União Soviética, 3-0), 1980 (Bélgica, 2-1) e 1996 (Rep. Checa, 1-2)
- Qualificação: 1.º lugar no Grupo C com Países Baixos, Irlanda do Norte, Bielorrússia e Estónia (21 pontos em 8 jogos, com um total de 7 vitórias, 1 derrota e 30-7 em golos)
Jogos em 2021
- Islândia, 3-0 (V, casa, qualificação Mundial)
- Roménia, 1-0 (V, fora, qualificação Mundial)
- Macedónia do Norte, 1-2 (D, casa, qualificação Mundial)
- Dinamarca, 1-1 (E, casa, jogo particular)
- Letónia, 7-1 (V, casa, jogo particular)
O onze
- 4x3x3: Neuer; Gosens, Hummels, Süle, Ginter; Kroos, Gündogan, Kimmich; Müller, Havertz e Werner
O treinador
- Joachim Löw (alemão, 61 anos, desde 2006)
O craque
- Kai Havertz (21 anos, médio ofensivo do Chelsea)
A revelação
- Jamal Musiala (18 anos, avançado do Bayern)
O mais internacional e o maior goleador
- Lothar Matthäus (150 internacionalizações) e Miroslav Klose (71 golos)
Os 26 convocados
- Guarda-redes (3): Manuel Neuer (Bayern), Bernd Leno (Arsenal) e Kevin Trapp (Eintracht Frankfurt)
- Defesas (10): Emre Can (B. Dortmund), Matthias Ginter (B. Mönchengladbach), Robin Gosens (Atalanta), Christian Günter (Friburgo), Marcel Halstenberg (RB Leipzig), Mats Hummels (B. Dortmund), Lukas Klostermann (RB Leipzig), Robin Koch (Leeds), Antonio Rüdiger (Chelsea) e Niklas Süle (Bayern)
- Médios (7): Leon Goretzka (Bayern), İlkay Gündoğan (Manchester City), Jonas Hofmann (B. Mönchengladbach), Joshua Kimmich (Bayern), Toni Kroos (Real Madrid), Jamal Musiala (Bayern) e Florian Neuhaus (B. Mönchengladbach)
- Avançados (6): Kai Havertz (Chelsea), Thomas Müller (Bayern), Kevin Volland (Mónaco), Serge Gnabry (Bayern), Leroy Sané (Bayern) e Timo Werner (Chelsea)
O local do estágio
- Herzogenaurach (Alemanha)
A ligação a Portugal
- Sem nenhum jogador a atuar em Portugal, face à ausência de Waldschmidt da convocatória, a grande ligação da seleção alemã ao universo português acaba por ser feita por Toni Kroos e Gündogan. O médio do Real Madrid foi colega de Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Pepe nos merengues, enquanto que o jogador do Manchester City partilha agora balneário com Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva. Ambos poderão reencontrar-se com quase todos os companheiros, à exceção de Coentrão, no jogo marcado para o dia 19 de junho, em Munique.