896kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Guia de acesso ao Ensino Superior. Há 50.838 vagas, mais 150 do que no ano passado

A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior arranca esta quarta-feira. Há 50.838 vagas, mais 150 que em 2016. Vê onde estão e quais as notas mínimas de entrada por cada curso. É só pesquisar.

A maratona do acesso ao Ensino Superior vai começar e dou-te já uma boa notícia para começar: há mais 150 vagas a concurso do que no ano passado. Ao todo, as 13 universidades e 20 politécnicos públicos disponibilizam 50.838 lugares, distribuídos por 1.062 cursos, de acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). É o segundo ano consecutivo em que a oferta no ensino superior público cresce, mas as subidas de 0,26% no ano passado e de 0,29 este ano não são suficientes, ainda assim, para anular o efeito dos quatro anos seguidos de quebras.

O maior aumento da oferta verifica-se no ensino universitário (mais 114 vagas) que continua a manter um peso superior ao dos politécnicos (28.424 lugares contra 22.414 vagas). Este crescimento antecipa aquela que é a expectativa de subida de candidatos este ano, a julgar pelo aumento das candidaturas ao Superior no último ano e ao maior número de exames nacionais realizados este ano letivo.

Olhando para os cursos de forma agregada, por área de estudo, é Informática que mais vê crescer a oferta este ano: mais 164 vagas, para um total de 1.028. Mas, continuam a ser as Engenharias e Técnicas Afins (9.063), as Ciências Empresariais (7.598) e a Saúde (6.737) a dominar o concurso (45,5% das vagas). E há ainda novos cursos, como Acupuntura, no Politécnico de Setúbal, e Engenharia Alimentar, uma licenciatura tripartida entre os Politécnicos de Bragança, Viana do Castelo e Leiria.

Pelo contrário, em 10 grandes áreas de estudo a oferta cai, com destaque para a redução de 112 vagas em Artes.

(podes fazer pesquisas pelo curso que mais te interessa)

Indo mais ao detalhe dos cursos, o que oferece um maior número de vagas — como já vem sendo hábito — é o de Direito, na Universidade de Lisboa: há 560 vagas, mais 100 do que há um ano. É aliás o curso com o maior aumento de oferta. Mas a grande maioria manteve o número de vagas, como é o caso dos sete cursos de Medicina — apesar da falta de vagas para os recém-diplomados fazerem a especialidade no internato médico. E 89 reduziram a oferta, com o curso de Tecnologia de Processos Químicos no Politécnico de Coimbra a encabeçar essa queda (menos 31 vagas quando comparado com o ano anterior).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Num rápido raio-X ao país, não há surpresas: Lisboa, Porto, Coimbra e Braga são os distritos onde há mais vagas disponíveis, com a Universidade de Lisboa à cabeça (7.661 vagas, mais 10 do que em 2016/17), seguida da Universidade do Porto (4.185 vagas, mais 25 do que no ano passado).

Na ponta oposta, estão Beja e Portalegre, com 476 e 511 vagas, respetivamente, seguidos das regiões autónomas da Madeira (593) e dos Açores (663 vagas). No conjunto, seis distritos mantêm a oferta, três reduzem e 10 aumentam.

Fazendo zoom, e olhando mais em detalhe para as instituições públicas de ensino superior, 15 apresentam exatamente o mesmo número de vagas que puseram a concurso há um ano, 15 têm mais lugares disponíveis — como o Politécnico de Bragança a liderar a subida, com mais 83 vagas — e três têm menos vagas (o Politécnico de Santarém perde 45 lugares, o de Beja 30 e a Universidade da Madeira abre menos 12 vagas).

Na nota enviada às redações, a Direção Geral do Ensino superior refere que “no sentido de reduzir as carências (…) são reduzidas as limitações à abertura de vagas, ao aumento de vagas e ao aumento do número total de ciclos de estudos, em todas as instituições de ensino superior quando estejam em causa ofertas formativas na área da Física e nas instituições de ensino superior localizadas em regiões do país com menor procura e menor pressão demográfica quando estejam em causa ofertas formativas nas áreas de Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica”.

Três engenharias mais difíceis de alcançar do que Medicina

Depois da boa notícia, outra notícia que pode ser ou não ser boa para ti, consoante o curso que ambiciones: as médias a Medicina baixaram. A nota mínima mais alta é a do curso da Universidade do Porto (184,0 valores, menos 2,7 décimas do que no ano passado) e há inclusive dois cursos de Medicina (os lecionados na Universidade de Coimbra e na Universidade de Lisboa) que já nem estão no top acima da média de 180,0.

Por outro lado, pela primeira vez, três cursos de engenharia ultrapassam Medicina. O último aluno a conseguir entrar, no ano passado, nos cursos de Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico, e Engenharia Física Tecnológica, no mesmo Instituto, tinha uma média de 185,3 valores, o que fez subir ambos os cursos para primeiro na tabela dos cursos com médias mais altas. Logo seguidos de Engenharia e Gestão Industrial, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com uma nota mínima de referência para o concurso deste ano de 184,8 valores.

E já agora uma curiosidade: no ano passado, 348 alunos colocaram como primeira opção o curso de Engenharia e Gestão Industrial no Porto que abriu apenas 70 vagas (as mesmas que vai abrir este ano). Foi o segundo curso com mais procura por vaga, só ultrapassado pelo de Criminologia e Investigação Criminal, na Universidade do Minho, com 20 vagas (25 este ano) que teve 254 candidatos a escolhê-la em primeira opção. A média de entrada neste curso é, este ano, de 156,2 valores.

Além da média ter subido, as notas nos exames do ensino secundário de Física e Química baixaram este ano, novamente, o que pode dificultar ainda mais o acesso a estes cursos, que pedem este exame como específico.

No conjunto dos 1.062 cursos que vão a concurso, só oito apresentam uma média de entrada superior a 180,0 valores este ano: quatro no Porto, um em Lisboa e outro em Braga. Uma entrada direta para a tabela é a de Matemática Aplicada e Computação, do Instituto Superior Técnico.

No extremo oposto, há 37 cursos em que é possível aceder com uma nota média inferior a 10 valores: 27 dos quais em institutos politécnicos e, sobretudo, no interior do País. São, ao todo 1.434 vagas aquelas em que podes entrar com média inferior a 10 valores, se tiveres as provas específicas exigidas. Desses 37 cursos, seis são de desporto. Há ainda dois de enfermagem e dois de contabilidade, por exemplo.

Podes encontrar toda a informação que precisas sobre os cursos, as vagas e as condições de acesso, no site da Direção Geral do Ensino Superior (DGES).

A primeira fase de candidaturas arranca esta quarta-feira, dia 19 de julho, e prolonga-se até 8 de agosto. Os resultados serão conhecidos a 11 de setembro e caso não consigas entrar tens sempre hipótese de concorrer nas fases seguintes, voltar a repetir exames no próximo ano ou optar pelos cursos técnicos superiores profissionais.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.