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Ter conhecimentos básicos de primeiros socorros, pode salvar vidas enquanto se aguarda os meios de emergência médica. Saber o que fazer, mas em especial o que não fazer, pode marcar a diferença. Mais de 1,3 milhões de pessoas morrem em acidentes de trânsito a cada dia e a hipótese de sobreviver a um ataque cardíaco fora do hospital é de menos de 10%. A chegada atempada de socorro é fundamental. Em Portugal, o tempo médio de chegada de uma ambulância em situações consideradas críticas ou urgentes varia entre um e três minutos, segundo os dados avançados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) referentes ao período entre janeiro e outubro de 2022.
1,3 M
Número de mortes diárias no trânsito
10 %
Hipótese de sobrevivência a um ataque cardíaco fora do hospital
Se for necessário chamar uma ambulância não hesite e prepare-se para responder de imediato a algumas perguntas chave:
- Quem está a ligar?
- Onde está (localização exata com pontos de referência)?
- O que aconteceu?
- Quem está a precisar de ajuda e quantas pessoas são?
A colaboração de quem liga para o 112 é fundamental para um rápido e eficaz socorro às vítimas de acidente ou doença súbita.
Nas situações do quotidiano, menos graves, saber como tratar uma pequena ferida ou queimadura, ajudar alguém a recuperar de um desmaio é também uma mais-valia para ajudar um familiar, amigo ou até um desconhecido que se sentiu mal ao seu lado. Pronto para aprender mais sobre primeiros socorros?
Como tratar uma ferida de forma fácil e segura?
Cortes nos dedos e mãos e abrasões nos joelhos, são algumas das feridas mais comuns. Estima-se que a nível mundial existam, no mínimo, 300 milhões de feridas agudas, 100 milhões de feridas traumáticas e 20 milhões de feridas crónicas. O tratamento destas lesões tem impacto não só a nível individual, mas também comunitário, contribuindo para o aumento dos custos de prestação de cuidados. O impacto das feridas agudas e crónicas na sociedade é “a nova epidemia escondida”, apelida a Organização Mundial de Saúde.
300 M
Feridas agudas
100 M
Feridas traumáticas
20 M
Feridas crónicas
Saber identificar e tratar adequadamente as feridas é determinante para evitar que as mesmas se tornem um caso agudo ou crónico de difícil cicatrização.
Saiba quais os passos que devemos seguir.
Preparar para cuidar
Antes de começar a tratar uma ferida comece por lavar as mãos com água e sabão, friccionando durante pelo menos 60 segundos toda a superfície das mãos, sem esquecer o espaço entre os dedos. Se possível, utilize luvas descartáveis. Estas são medidas que ajudam a prevenir infeções.
Estancar o sangue
Por norma, a perda de sangue nas feridas superficiais é pequena e fica resolvida por si. Mas se não for o caso anote dicas para parar a hemorragia:
- Aplicar uma pressão ligeira sobre a ferida usando uma compressa esterilizada;
- Elevar a zona da ferida;
- Se a hemorragia não estancar com estas medidas será necessário consultar um médico.
Tratar a ferida
- Limpar: Uma ferida limpa da sujidade, bactérias e partículas visíveis, desinfetada da forma correta, é o primeiro passo para uma cicatrização perfeita. Use uma solução, sem álcool, para desinfetar, como Hansaplast Spray para Feridas;
- Cicatrizar: com a ajuda da pomada certa pode acelerar o processo de cicatrização, diminuindo igualmente o risco de formação de cicatrizes. Para auxiliar e acelerar o processo de cicatrização natural das feridas, aplique Hansaplast Pomada para a Cicatrização de Feridas diariamente até a ferida estar completamente cicatrizada. A pomada forma uma barreira protetora sobre a ferida, criando ao mesmo tempo um ambiente húmido que promove a cicatrização natural até 2x mais rápida* e ajuda a reduzir o risco da formação de cicatrizes;
- Proteger: este é o último passo para tratar a ferida com segurança, de modo a evitar o contacto com sujidade ou bactérias, que podem causar infeções. Proteja a ferida com um penso ou compressa esterilizada. A Hansaplast tem uma grande variedade de pensos para proteger as suas feridas, adaptadas a cada tipo de pele e necessidade e ao tamanho da sua ferida.
Por que razão não se deve usar álcool para tratar as feridas?
A utilização de álcool nas feridas é ainda comum para muitas pessoas e todos nós recordamos aquela sensação de ardor na infância, mas ao contrário do que se possa pensar esta não é uma boa escolha. Quando aplicado em feridas, o álcool queima, tornando-se desadequado para a pele sensível. Além disso, não só destrói as bactérias como também prejudica as células vivas da pele. Existem alternativas de produtos sem álcool para tratar as feridas como é o caso do Spray para Feridas da Hansaplast.
Sabia que a crosta não é um bom sinal de cicatrização?
Na verdade, a crosta não é necessária para a cicatrização. Para a regeneração da pele, é importante promover um ambiente ideal, húmido e limpo, ao utilizar uma pomada específica para feridas que hidrate a zona da ferida, evite a formação de crosta e, consequentemente a formação de cicatrizes.
Como tratar queimaduras em casa?
Na vida adulta, queimaduras ligeiras quando estamos a cozinhar ou a passar a ferro são comuns. Entre os mais jovens estas ocorrências são igualmente frequentes. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em 2019 e 2020, registaram-se 1041 episódios de acidentes domésticos e de lazer que resultaram em queimadura, em crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos, que implicaram recurso aos serviços de urgência. Os mais frequentes referem-se ao sexo masculino (53,4%) versus feminino (46.6%). As queimaduras verificaram-se em maior número no grupo até aos 4 anos (58%) e aconteceram em casa (87%). De referir, a diversidade de produtos e, ou, objetos envolvidos, destacando-se os alimentos quentes (18%) e a água quente (17%), lareiras ou salamandras (13%), eletrodomésticos como ferro de engomar, grelhador, forno e fogão (13%) e outros objetos específicos como botija de água ou escape de mota (10%).
18 %
Queimaduras com alimentos quentes
17 %
Queimaduras com água quente
13 %
Queimaduras com lareiras ou salamandras
13 %
Queimaduras com eletrodomésticos, como ferro de engomar, grelhador, forno e fogão
10 %
Queimaduras com objetos específicos, como botijas de água ou escapes de mota
No caso de não precisarmos de recorrer aos serviços de urgência por causa de uma queimadura, o que devemos fazer para minimizar a dor e os danos na pele?
- Arrefeça a zona queimada com água fria ou à temperatura ambiente ou aplique no local compressas frias humedecidas com água ou soro fisiológico até sentir alívio;
- Se a pele não sofrer mais lesões além da vermelhidão, aplique sobre a área uma pomada para queimaduras para formar uma barreira protetora da zona lesada;
- Por regra, uma queimadura superficial não necessita de um penso, mas se a área queimada tocar com frequência noutros locais ou no caso de se formarem bolhas, deve proteger a zona com uma compressa ou gaze esterilizada;
- No momento de retirar estas proteções tenha cuidado, porque podem estar coladas à pele. Para facilitar a remoção, humedeça a compressa ou gaze com o Spray para Feridas da Hansaplast.
Agora que já sabe o que deve fazer, vamos fazer a pergunta inversa: O que é desaconselhável? Não aplique gelo na área queimada e se, entretanto, se formarem bolhas, não as rompa.
O que fazer em caso de engasgamento?
Na União Europeia, a cada ano aproximadamente 50 mil crianças, até aos 14 anos, passam por um episódio de engasgamento e uma em cada cinco envolvem produtos industrializados como plástico, partes em metal, moedas e brinquedos (Susy Safe Project, 2011). Em Portugal, segundo os dados do relatório divulgado pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (2022), depois dos acidentes rodoviários (59,7%) e afogamentos (11,7%), as situações de asfixia (8,3%) são as principais causas de morte até aos 19 anos na última década.
59,7 %
Mortes por acidentes rodoviários em crianças e jovens até aos 19 anos em Portugal
11,7 %
Mortes por afogamento em crianças e jovens até aos 19 anos em Portugal
8,3 %
Mortes por asfixia em crianças e jovens até aos 19 anos em Portugal
Existem por isso motivos para preocupação. O engasgamento é uma situação aflitiva por natureza, mas saber como agir vai ajudar:
- Avise a pessoa que vai tentar desengasgá-la;
- Coloque-se por detrás da vítima e incline-lhe levemente o tronco para a frente;
- Aplicar até cinco pancadas secas com a base de uma mão, no meio das costas, entre omoplatas.
Se o engasgamento persistir avance para a Manobra de Heimlich:
- Em geral, o socorrista permanece em pé atrás da pessoa, ou ajoelhado, no caso de ser uma criança. Nesta posição, deve passar os braços à volta do corpo da vítima, sendo que as duas mãos devem encontrar-se acima do umbigo;
- Feche o punho de uma das mãos, com o polegar virado para o abdómen e agarre o punho fechado com a outra mão;
- Empurre as mãos, com um aperto forte e rápido, para dentro e para cima;
- Repita a manobra até cinco vezes até que o objeto se solte e seja expelido. Se a pessoa for significantemente obesa ou se estiver nos últimos meses de gravidez apoie as mãos mais acima, junto ao tórax.
Se a vítima ficar inconsciente, chame de imediato os serviços médicos de urgência. Abra a boca da pessoa para verificar se o objeto pode ser removido. Atenção que esta manobra não pode ser executada em bebés.
E se uma pessoa desmaiar? Que medidas devem ser tomadas?
A síncope, conhecida na linguagem comum por desmaio, é uma perda de consciência curta e transitória, que acontece devido à diminuição do fluxo de sangue no cérebro. Estimativas indicam que a cada ano desmaiam entre 3 a 6 pessoas por cada mil (Syncope: risk stratification and clinical decision making, 2014), sendo que o desmaio é mais frequente entre os idosos e mulheres jovens na segunda década de vida.
Se tiver a sensação de que vai desmaiar…
- Deite-se ou sente-se com a cabeça entre os joelhos;
- Aguarde que os sintomas passem;
- Só neste momento é que deve levantar-se, mas faça-o com calma.
Se alguém desmaiar perto de si…
- Deite a vítima de costas;
- Levante-lhe as pernas uns 30 a 40 cm do chão e mantenha-as assim;
- Alargue ou desaperte a roupa justa, em especial no pescoço e cintura;
- Abane-a e chame-a;
- Se a pessoa que desmaiou tiver hemorragia pela boca ou tiver vomitado, não a deite de costas, mas sobre um dos lados;
- Quando voltar à consciência, peça que fique na mesma posição até estar totalmente recuperada, depois sente-a e estimule-a, perguntando por exemplo o que aconteceu para avaliar se o comportamento voltou ao normal;
- Se não estiver enjoada, pode dar-lhe água ou um sumo de fruta açucarado, porque pode não ter comido há algum tempo.
Se a vítima não recuperar a consciência em 60 segundos, chame a emergência médica.
Quais as primeiras medidas a tomar em caso de choque elétrico?
O choque elétrico é a situação provocada pela passagem da corrente elétrica através do corpo. O contacto ou a exposição à eletricidade continua a ser uma das principais causas de morte e ferimentos no local de trabalho. Um estudo recente norte-americano indica que entre 2011 e 2021 verificaram-se 1.653 fatalidades elétricas aquando do desenvolvimento de atividades profissionais, de acordo com dados do Gabinete de Estatísticas do Trabalho dos EUA. Alguns dos riscos mais comuns relacionam-se com equipamentos e ferramentas elétricas danificadas, cabos elétricos desgastados, soltos ou expostos, tomadas sobrecarregadas ou a utilização de equipamentos elétricos próximos de água ou com as mãos molhadas.
Se tiver de socorrer alguém vítima de um choque elétrico tenha em atenção o seguinte:
- Não toque na vítima antes de cortar ou desligar a fonte de energia e, para se prevenir quando o fizer, coloque-se sobre uma superfície isolante, por exemplo panos ou peças de vestuário secas, tapete de borracha ou qualquer outro meio equivalente (tábuas, barrotes ou caixas de madeira secas);
- Para afastar a pessoa da fonte que provocou o choque deve utilizar estes mesmos materiais não condutores e secos. Nunca use objetos húmidos ou metálicos.
Caso qualquer situação o exija, chame de imediato o 112. Não se esqueça que nas emergências um socorro incorreto pode ser mais grave do que a espera.