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Jorge Amaral

Jorge Amaral

Inês de Medeiros. A vida e as polémicas da mulher que tirou Almada ao PCP

Do cinema para a política, Inês de Medeiros ficou marcada pela revolução, pela família Portas e até por Sócrates. Agora, aconteceu o que ninguém previa: vai liderar uma câmara que sempre foi comunista

Já passava da uma da manhã quando Inês de Medeiros telefonou ao pai, o maestro António Victorino de Almeida, para lhe confirmar a notícia. A possibilidade que se tinha insinuado ao longo da noite confirmava-se: tinha mesmo vencido as eleições autárquicas em Almada. Pela margem mínima (213 votos, número depois corrigido para 313), é certo, mas tinha. Aos jornalistas, mostrou de imediato a sua surpresa: “Prever ganhar seria uma grande ousadia da minha parte”, admitiu, já que Almada era um concelho bem vermelho, dominado pela CDU desde 1976.

Confusão instalada, mas PCP perdeu mesmo Almada. E por mais votos. E agora?

Inês de Medeiros tinha convidado o pai para estar consigo nessa noite, mas o maestro, cansado, optou por seguir os resultados pela televisão e ir comunicando com a filha pelo telefone. De qualquer forma, explica, ela tinha ao seu lado a irmã mais nova, Anne Victorino de Almeida. “Foi uma surpresa”, admite o pai ao Observador. Já a irmã Anne utilizaria as redes sociais para escrever sobre o “orgulho” que foi assistir à vitória da irmã.

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Recorde neste vídeo as principais polémicas de Inês de Medeiros no seu primeiro ano no Parlamento:

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Surpresa é mesmo a palavra mais usada para falar sobre o resultado eleitoral de Almada. Inês de Medeiros, mais conhecida por muitos pelo seu trabalho no cinema do que na política, está longe de ser um peso pesado do PS. Embora tenha estado envolvida na primeira campanha à presidência de Jorge Sampaio, em 1995, como mandatária da juventude, a entrada em pleno na política só se deu aos 41 anos — primeiro como mandatária de Vital Moreira nas eleições europeias de 2009 e depois como candidata pela lista de Lisboa às legislativas desse mesmo ano, acabando por ser eleita.

Também a sua ligação a Almada é praticamente inexistente, como apontava a notícia que deu conta do anúncio da sua candidatura, no Expresso (acesso reservado a assinantes), onde se escrevia que “o desafio do PS na corrida de Almada está longe de ser o de conquistar a câmara” e se destacava que os socialistas ali nunca foram além dos três vereadores. E, no entanto, Inês de Medeiros conseguiu quatro mandatos e o maior número de votos no concelho, assegurando uma vitória com 31,2%.

Matraquilhos e ópera

António Victorino de Almeida lembra como tudo começou. “A formação política delas começou quando a Inês tinha 9 anos e a Maria 12”, conta ao Observador, referindo-se a duas das suas filhas (a atriz Maria de Medeiros é dois anos mais velha do que Inês). “Foi quando as levei a um campo de concentração. Se calhar foi cedo, eram novas. Não dormiram nessa noite. Mas perceberam logo o que era o fascismo”, resume. “Política não é uma coisa que eu fale muito com elas — questões partidárias, então, nada, não sou disso — mas há um compasso moral e ideológico claro, isso há.”

A visita a Mauthausen foi possível porque, à altura, viviam a apenas duas horas dali, em Viena — cidade onde Inês nasceu. Viveu lá até aos 7 anos com o pai e a mãe, a jornalista Maria Armanda Esteves, numa infância marcada por orquestras e valsas, bem como pelas tertúlias em casa dos pais, que reuniam convidados de vários países e orientações políticas. Conversas em que o pai fazia questão de deixar as filhas participar. Tudo seria interrompido pelo 25 de Abril, que, como a própria Inês de Medeiros confessa ao Observador, viria a tornar-se “o momento mais marcante” da sua vida. A data acabaria por levar à mudança para Portugal, a que se seguiria pouco depois a separação dos pais.

Em Lisboa, Inês partilhava o quarto com a irmã Maria — ela arrumada, Inês com tudo em desalinho –, que fazia questão de arreliar. “Os mais novos têm de marcar um lugar e como a Maria era a menina-modelo… Não era a condessa de Ségur, mas quase! Quando a Maria fazia uma coisa, eu tentava fazer o contrário“, conta. A irmã mais velha vingava-se como podia, como daquela vez em que arruinou o sonho de infância de Inês de vir a ser cantora de ópera: “A Maria disse-me que eu ia ficar muito gorda e eu era muito vaidosa e desisti. Só tinha a imagem da Monserrat Caballé e pensei ‘Ai não, assim não quero ficar’.” Mas, apesar da vaidade, Inês preferia jogar matraquilhos do que brincar com bonecas.

Em Lisboa, apesar de ser muito nova, mergulhou rapidamente na revolução. No Liceu Francês, onde estudava, recorda-se de os miúdos gritarem uns aos outros coisas como “O teu pai é comunista” ou “O teu pai é fascista”. Na sua família “havia de tudo”, desde um antigo ministro de Marcello Caetano (Rui Patrício, primo direito do seu pai, que ocupou a pasta dos Negócios Estrangeiros) até apoiantes do PCP. “As discussões políticas eram muitas. Nós, como crianças, adorávamos! A minha avó [materna] Odette [de Saint-Maurice, autora e locutora de origem francesa] não era propriamente revolucionária e os meus pais eram pela revolução… Isso ensinou-nos a tolerância, sem dúvida”, recorda.

"Lembro-me de um jantar em que o Nuno Portas vinha com um crachá do PS, o Miguel com uma bandeira do PCP e o Paulo com qualquer coisa do PPD"
Inês de Medeiros sobre o convívio com a família Portas

Mais do que essas conversas familiares, o que mais a marcou foram os lugares aonde o pai a levava e à irmã quando as visitava em Portugal durante o ano do Verão Quente. Eram enfiadas em salas fechadas, rodeadas de adultos que fumavam e discutiam alto, como no Snob, na Rua do Século, e adoravam. “Íamos com ele a todo o lado. Íamos a bares e estava lá o Carlos do Carmo, a Natália Correia… Nós chegámos a ir ao Botequim!”, diz, entusiasmada. “A recordação que eu tenho do 25 de Abril é das pessoas a falarem, falarem, falarem. E quando não tinham mais nada para falar, cantavam. Aquele foi um ano extraordinário. Sentimos medo também, do que poderia vir a acontecer, mas era mais a festa que se sentia.”

É dessa época que recorda também os “jantares muito divertidos” com a família Portas, a quem credita muito da sua consciência partidária pela forma como todos tinham ideias tão diferentes: “Lembro-me de um jantar em que o Nuno Portas vinha com um crachá do PS, o Miguel com uma bandeira do PCP e o Paulo com qualquer coisa do PPD.” Inês entretinha-se mais a brincar com a filha mais nova, Catarina, mais próxima da sua idade, mas não conseguia deixar de escutar as conversas, fascinada. “O Nuno Portas era a imagem da serenidade. Talvez por isso o PS me tenha influenciado mais”, diz, entre risos.

Do cinema à política

O pai nunca teve dúvidas de que Inês era “uma mulher de esquerda”, facto que repete várias vezes ao longo da conversa com o Observador. Contudo, as suas inclinações partidárias só se revelariam mais tarde. “A Inês nunca me avisou que ia fazer um filme, disse-me só para eu ir para a plateia no dia ‘x’. E no Parlamento foi igual. Eu acho bem, não tenho de me intrometer. A independência é ordem geral nesta família.”

Em palco, na peça "Correspondência a 3", no Teatro Carlos Alberto, em 2007 (LUSA)

LUSA

Antes da entrada no Parlamento, veio o cinema. Aos 12 anos entrou quase por brincadeira numa longa-metragem do pai, A Culpa. Dois anos depois, seria um vizinho do prédio onde vivia com a mãe e a irmã, no Bairro Alto, a levá-la de novo aos plateaus — esse vizinho chamava-se José Fonseca e Costa. “Eu nem tive tempo de escolher o cinema, foi o cinema que me veio buscar. E depois apaixonei-me”, diz Inês de Medeiros. A Sem Sombra de Pecado (1983) seguir-se-ia O Desejado (1987) de Paulo Rocha e o protagonismo em Uma Pedra no Bolso (1988) de Joaquim Pinto. A partir de então, seguiram-se trabalhos com outros realizadores, como João Botelho e Pedro Costa.

Para além do trabalho como atriz, que a fez abandonar a ideia de estudar restauro de arte, Inês decidiu trabalhar em outras áreas do cinema. Foi assistente de realização, ajudou nos décors, foi maquilhadora. Acabou por tentar a realização, tendo assinado em 2006 o documentário Cartas a uma Ditadura: “O documentário é sem dúvida um dos géneros de cinema com que mais me identifico, talvez porque seja mais político, no bom sentido. Este olhar para a realidade é algo que me atrai muito”, diz. Antes do documentário, tinha já realizado duas curtas-metragens, Senhor Jerónimo (1998) e O Fato Completo ou à Procura de Alberto (2002). Mas é sobretudo como atriz — como Mariana, a enfermeira protagonista na “Casa de Lava” de Pedro Costa, por exemplo — que muitos a recordam. É o caso do amigo, também ele realizador, Vicente Alves do Ó: “Ela é a minha atriz fetiche“, resume ao Observador. “Gostava de um dia ainda fazer um filme com ela.”

“Depois ela afastou-se um bocadinho [da cultura], foi para o outro lado… Fiquei um pouco com pena, mas acho bom que haja mais pessoas destas áreas na política, pessoas que conhecem os dois lados da ‘barricada'”, confessa o realizador. “Ela conhece a precariedade, os recibos verdes, tudo isso. E fez um excelente trabalho na comissão de Cultura.”

O salto para a política deu-se com o convite de José Sócrates, à altura líder do PS, para concorrer em quinto lugar da lista por Lisboa do partido. “Eu ainda recusei duas ou três vezes esse convite, não me via no Parlamento, mas ele foi muito persistente. A certa altura pensei ‘Mais vale fazer qualquer coisa em concreto’”, recorda a própria. Decidiu então entrar com uma bandeira específica, a de lutar contra a precariedade nas artes.

O caso das viagens a Paris e a possível mentira de Sócrates

No Parlamento, teve aquilo a que a própria chama “um batismo de fogo” e que marcaria daí para a frente o seu percurso político — o chamado “caso das viagens” a Paris. Em causa estava a possibilidade de Inês de Medeiros receber as despesas de deslocação referentes à viagem Lisboa-Paris e vice-versa, já que, embora tivesse concorrido pela lista de Lisboa, tinha residência oficial na capital francesa, onde vivia com o marido Fabrice Patellière e os dois filhos (à altura com 12 e 8 anos).

O caso provocou grande discussão, inúmeros posts em blogues que a acusavam de “falta de decência” e várias petições contra a atribuição dessas ajudas de custo. Contudo, acabariam mesmo por ser autorizadas pelo conselho de administração da Assembleia da República, apesar de contestadas pelo PSD e pelo BE. O episódio tornou evidente aquilo que muitos classificaram como uma lacuna na lei, que não previa o que fazer relativamente a deputados que tivessem residência oficial no estrangeiro. O CDS acabaria por anunciar a intenção de fazer um projeto-lei para impedir o pagamento nestes casos: “O PS colocou o Parlamento português em dificuldades” declarou Pedro Mota Soares, à altura líder da bancada dos centristas, declarando que este ficou “numa posição em que tinha de pagar algo que, do ponto de vista moral, não parecia aceitável a muita gente”.

Inês de Medeiros com José Sócrates na apresentação da candidatura do PS às Europeias de 2009, onde era mandatária de Vital Moreira (LUSA)

LUSA

Ao saber desta intenção, Inês de Medeiros anunciou que prescindiria dessa comparticipação, numa carta onde se dizia “vítima de uma sórdida campanha” e reclamava que apenas tinha pedido “a igualdade estatutária dos deputados”. Dizia que até então se tinha recusado a adotar esta atitude de recusar a ajudas de custo para não fragilizar mais “a democracia representativa”, mas que se via obrigada a fazê-lo para não se tornar “bandeira eleitoralista do CDS”.

Hoje em dia, Inês de Medeiros admite que não gosta de recordar o assunto, que manchou para muitos a sua imagem como deputada. “Quando se cria uma onda destas, toda a gente perde a racionalidade. Foi uma questão muito dolorosa”, diz, pensando sobretudo nos rumores que surgiram de que teria mentido no dossiê de candidatura, ao indicar a sua residência oficial como sendo Lisboa e não Paris. “Felizmente passou e o que não nos mata fortalece-nos e criamos resistência.”

A colega de bancada Isabel Moreira — chegada ao Parlamento dois anos depois de Inês, também ela vinda de fora da política –, considera que a antiga atriz “foi totalmente difamada”. “É um daqueles casos onde a explicação, por mais que seja dada, não compensa o dano da mentira”, diz. “Mas ela tem garra para se defender e até ironizar um pouco com a situação, o que é uma boa postura para a vida.”

"Ela tem garra para se defender e até ironizar um pouco com a situação [das viagens a Paris], o que é uma boa postura para a vida"
Isabel Moreira sobre a colega de bancada socialista, Inês de Medeiros

Para Isabel Moreira, a colega é não só “dedicada à causa pública”, como também “alegre e positiva”. “Uma pessoa fica contagiada”, diz. “É uma pessoa autêntica, não faz cálculos de carreira pessoal. Não tem o objetivo da ambição política per si“, garante. É essa uma das razões que aponta como explicação para incidentes como o de uma entrevista à revista Sábado onde Inês de Medeiros admitiu a possibilidade de José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, poder ter mentido ao Parlamento sobre o facto de estar ou não a par da tentativa de compra da Media Capital pela PT: “Não sei se mentiu ou não, mas se mentiu nem acho que seja assim muito grave. Vai-me tudo cair em cima outra vez…”, pode ouvir-se no vídeo da conversa. “Houve um primeiro-ministro que mentiu neste Parlamento com uma mentira muito mais grave. Foi o Dr. Durão Barroso quando veio dizer que viu as armas de destruição massiva no Iraque”, disse.

O episódio, diz a própria, não aconteceria nos dias de hoje. “Foi inexperiência, hoje diria de outra forma. Às vezes caímos em ratoeiras, sobretudo os caloiros”, resume, sublinhando que “a política aprende-se”. “É evidente que a Inês autarca não será a mesma de 2009.”

No Parlamento, considera que deixou marca nas comissões de Cultura, Comunicação e Trabalho. Gostou do trabalho parlamentar, muito mais do que esperava, e surpreendeu-se com a “capacidade de diálogo” que é necessária para o cargo. Diz não ter “dúvida nenhuma” de que essa foi uma lição valiosa que a ajudará agora para formar um executivo em Almada, onde necessita de chegar a um entendimento com outros partidos para formar maioria.

“Uma mulher de ação” para Almada

O último mandato, contudo, foi interrompido com a nomeação para dirigir o INATEL e, com isso, o Teatro da Trindade — o local onde os seus pais se conheceram em finais dos anos 50, quando a mãe interpretou o papel de Anne Frank com apenas 15 anos. Na Trindade, teve como objectivo que o teatro em tempos dirigido por Ribeirinho tivesse produção própria, algo que não tinha acontecido nos últimos quatro anos. Convidou João Perry para encenar, fez co-produções, montou um festival e preparou homenagens a Ary dos Santos e José Afonso.

“A Inês é uma mulher de ação”, diz Vicente Alves do Ó, que viu de perto o trabalho no INATEL, quando foi convidado para encenar o espetáculo Nós, Trabalhadores, a propósito dos 100 anos do Ministério do Trabalho. “Eu tinha uma óptima relação com a Inês e ela tinha visto o meu Variações e propôs-me este desafio.” Já tinham trabalhado juntos na Academia Portuguesa de Cinema — e, desta vez, no Teatro da Trindade, Vicente diz que ganhou a certeza de que Inês de Medeiros é uma workaholic, que põe “tudo a andar para a frente”.

Inês de Medeiros esteve no Parlamento de 2009 a 2016 (LEONARDO NEGRÃO / GLOBAL)

Leonardo Negrão / Global

Esse trabalho terá agora que ficar para trás. De presidente da Assembleia de Freguesia de Campo de Ourique — onde vive atualmente — para presidente da Câmara de Almada, onde nunca viveu, vai uma grande distância. Inês de Medeiros diz que está otimista e quer pôr em prática alterações nas zonas que são foco de pobreza no concelho, políticas novas para a mobilidade “em conjunto com toda a Área Metropolitana de Lisboa”, combate ao desemprego, mas também aceitação do investimento privado nos projetos da zona da Lisnave e do Ginjal.

Definida pelos mais próximos como “uma mulher de esquerda”, Inês de Medeiros quererá agora procurar um entendimento à esquerda em Almada, onde a CDU tem outros quatro mandatos? “Não depreenda isso”, apressa-se a esclarecer. “As realidades autárquicas são diferentes, referem-se a um território concreto e são muito pragmáticas. Há que haver diálogo com todos.

Os amigos e família dizem-se confiantes. “A Inês é muito plástica, tem capacidade de integrar o outro, não é rígida”, resume Isabel Moreira. “Não vejo que vá haver dificuldades”, diz o maestro Victorino de Almeida, esperançoso. “Na campanha eleitoral tive medo, era um período mais conturbado, mas correu bem, portanto agora só poderá ser melhor.” E, referindo-se a entendimentos com a CDU, diz crer serem possíveis: “Não são duas forças iguais, mas há diálogo.”

"Na campanha eleitoral tive medo, era um período mais conturbado, mas correu bem, portanto agora só poderá ser melhor"
António Victorino de Almeida sobre a campanha da filha em Almada

As primeiras declarações feitas pelo candidato da CDU a Almada, Joaquim Judas, não são contudo tão abertas como alguns poderiam esperar. “O plano nacional é uma coisa, onde há uma dinâmica de recuperação de rendimentos e de direitos dos trabalhadores, outra coisa é a dinâmica local, onde não há isso”, disse ao Observador o anterior presidente da Câmara, que também referiu a “impreparação” e “falta de propostas” da candidatura socialista. Qualquer acordo, diz, “dependerá da inteligência” de Inês de Medeiros, que já tentou agradar aos habitantes de Almada dizendo que tenciona apanhar o cacilheiro todos os dias para o trabalho.

Ex-atriz, realizadora e deputada, com menos de dez anos de experiência na política, conseguirá Inês de medeiros desmontar este quebra-cabeças dos comunistas? De uma forma ou de outra, os mais próximos não têm dúvida de que arranjará forma de sobreviver. “Ela não é o tipo de pessoa de se sentar na cadeira a olhar para a outra margem”, diz o amigo Vicente Alves do Ó. Resta saber se a genica será suficiente.

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