1927

Os primeiros anos

Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu a 7 de dezembro de 1924. Filho de João Soares, político da Primeira República, e de Elisa Baptista, que tinha uma pensão no Chiado, viveu toda a infância em Lisboa.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

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1928

Uns pais “fabulosos”

Mário Soares manteve uma relação próxima com os pais durante toda a vida. “Foram sempre fabulosos para mim. O que me dá mais alegria na vida foi ter os pais que tive”, disse numa entrevista em 2015.
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1934

Um rapaz que “lia pouco”

Foi o próprio Soares que o admitiu numa entrevista. O futuro chefe de Estado era “uma criança preguiçosa” que “estava muitas vezes doente” e “lia pouco”. Tanto que a mãe até o acusava de não ter quaisquer interesses.
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1936

Ambiente de discussão política

“Ter um pai ex-padre, ao princípio, fez-me uma grande impressão”, admitiu Mário Soares numa entrevista. Educado segundo princípios católicos, a infância do ex-Presidente foi passada num ambiente de rejeição do Estado Novo e de discussão política e religiosa.

1949

As detenções pela PIDE

O jovem Soares entrou para movimentos de contestação ao Estado Novo no início dos anos 1940. Seria detido doze vezes pela PIDE, uma das quais em 1949, quando era Secretário da Comissão Central da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República. Foi na prisão que casou com Maria de Jesus Barroso.
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Março 1968

O exílio em São Tomé e Príncipe

Mário Soares foi deportado pelo Estado Novo. Detido por ser advogado da família de Humberto Delgado, o que lhe deu visibilidade como opositor à ditadura, e por notícias sobre o escândalo “Ballet Rose”, foi enviado para S. Tomé. Impedido de trabalhar, foi aí que começou a escrever “Portugal Amordaçado”.
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1969

A desunião da oposição democrática

De volta ao país, já com Marcello Caetano como Presidente do Conselho, Soares cria a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, de oposição ao regime. Nas eleições desse ano, as forças anti-Estado Novo não se entendem e apresentam listas separadas. Soares, cabeça de lista por Lisboa, aparece aqui a colar cartazes.
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Out. 1969

A derrota pesada e a hibernação política

Aqui vê-se Mário Soares a discursar num comício da CEUD, no Teatro Vasco Santana, em Lisboa, durante a campanha eleitoral. A lista de Soares viria a sofrer uma derrota monumental que abalou a sua vontade de lutar contra o regime. Depois das eleições, fez uma grande viagem.
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1970

O exílio em Paris

Depois de uma curta passagem por Itália (onde é surpreendido pela morte do pai), Mário Soares fixa-se na capital francesa e lá contacta com a elite intelectual parisiense. Começa igualmente a desenvolver atividades anti-regime com a colaboração de alguns amigos.
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Abril 1973

Fundação do PS

A Acção Socialista Portuguesa, fundada em 1964 pelo próprio Soares, reúne-se em congresso na Alemanha. Aí se decide a fundação do Partido Socialista, de que Soares foi o primeiro secretário-geral. Ocuparia esse cargo durante treze anos.
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Julho 1973

O exílio ativo

Exilado desde 1970, Soares procurou a partir de Paris alargar a rede de contactos de oposição ao regime. Quando Marcello Caetano visitou Londres, encabeçou uma manifestação contra a Guerra Colonial. Aqui, com o MNE britânico e o padre Adrian Hastings, que denunciou o massacre de Wiriyamu, em Moçambique.
Frank Barratt/Keystone/Getty Images

Abril 1974

A revolução e a chegada a Santa Apolónia no SudExpresso

Às sete da manhã de 25 de Abril, Soares acorda em Bona com um telefonema a contar que o regime tinha caído. Vai rapidamente para Paris, onde estava exilado desde 1970, e no dia 27 apanha o SudExpresso para Lisboa. Chega a Santa Apolónia no dia 28 de abril com Maria Barroso. Na estação, tinha uma multidão à espera.
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Abril 1974

A primeira intervenção em liberdade

A varanda da estação de Santa Apolónia foi o local escolhido para as primeiras palavras de Soares à multidão. “Quero agradecer a todos a vossa presença aqui neste dia memorável”, disse. Depois lembrou “aqueles que ainda aqui não se encontram, que não têm a oportunidade de estar a viver este momento emocionante”.
D.R.

Abril 1974

O “povo unido”

Na varanda da estação, Soares estava acompanhado por Manuel Tito de Morais, Dias Lourenço, Palma Inácio e Manuel Serra. Na rua, ouviam-se gritos de “Socialismo! Socialismo!” e de “O povo unido jamais será vencido!”.
Arquivo DN/Global Imagens

Abril 1974

Encontro com Spínola

Mal chegou a Portugal, Soares quis falar com o General Spínola, líder da Junta de Salvação Nacional. À saída, contou que não tinha avisado Spínola do seu regresso e prometeu colaborar com a Junta no que fosse preciso. Como primeiro objetivo, falou na necessidade de “pôr um rápido termo à guerra colonial”.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Maio 1974

O primeiro 1.º de Maio

Mário Soares, Maria Barroso e Pedro Coelho dirigindo-se para o estádio da Federação Nacional Amigos do Trabalho (FNAT), hoje Estádio 1.º de Maio.

Maio 1974

O braço dado a Cunhal na manifestação do 1º de Maio

As duas versões do 1º de Maio de 1974: Soares contou que foi chamado para a primeira fila da manifestação, Cunhal disse que Soares lhe queria dar o braço e que recusou. Mas os dois foram fotografados juntos. E depois foram juntos para o governo.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Maio 1974

O fruto do trabalho “não é para os parasitas”

“Camaradas, a hora não é para palavras, a hora é para ação. Então eu digo-vos: viva o socialismo! Viva a liberdade!”. Nesse 1º de Maio, Soares fez um discurso a defender o fim da guerra e prometeu aos portugueses que, a partir desse dia, “o produto do trabalho é para aqueles que trabalham e não para os parasitas”.
Keystone/Getty Images

Jan. 1975

A rutura com Cunhal

Soares discursa contra a “unicidade sindical” proposta pelo PCP. O projeto de lei estabelecia uma única central sindical. Foi o primeiro momento de grande rutura entre os dois partidos. “Nunca aceitámos uma ditadura das direitas, não podemos agora admitir uma ditadura das esquerdas”, disse.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Jan. 1975

Negociações para a independência de Angola

Nos primeiros governos provisórios, Soares foi ministro dos Negócios Estrangeiros e ficou com a pasta das colónias. Aqui, na Cimeira de Alvor, em negociações para a independência de Angola.
Arquivo DN/Global Imagens

Jan. 1975

O acordo da Penina

O Hotel da Penina, no Alvor, foi o palco onde Soares, Jonas Savimbi, Agostinho Neto e Holden Roberto selaram o acordo que deveria ter marcado a descolonização pacífica de Angola. Não foi assim: seguiu-se uma sangrenta guerra civil. “Salazar é que é responsável. Culpam-me a mim por fazermos a paz?”, diria Soares.
Lusa/Fototeca

Abril 1975

Eleições para a Constituinte: Soares corre o país

As primeiras eleições livres em mais de 50 anos realizaram-se no primeiro aniversário do 25 de Abril. Foram para a Assembleia Constituinte, cujos deputados tinham como mandato único aprovar uma Constituição no prazo de um ano. Soares empenhou-se na campanha e deu a volta ao país num Renault conduzido pela filha.
Keystone/Getty Images

Abril 1975

A primeira vitória eleitoral

O PS ganhou com 37,9% dos votos. Na volta ao país, Soares viu um país radicalizado. Mas foi ganhando confiança. “Quando cheguei a Lisboa, não só tinha o PS na mão, como a quase certeza de vitória eleitoral”. Assim foi. O PPD seria a segunda força mais votada (26,4%) e o PCP ficaria pelos 12,5%.
Central Press/Getty Images

Abril 1975

Juntos na Assembleia

Tomada de posse da Assembleia Constituinte. Na primeira fila estão Otelo Saraiva de Carvalho, Álvaro Cunhal, Magalhães Mota, Mário Soares, Pereira de Moura e Salgado Zenha.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Maio 1975

A tensão do Verão Quente

Ao contrário de 1974, Mário Soares não caminhou ao lado de Cunhal neste 1º de Maio. Já era persona non grata para os comunistas que organizavam o cortejo. Apesar disso, Soares insistiu em ir ao Estádio 1º de Maio. Contaria mais tarde que alguém o tentou “esfaquear pelas costas”. Foi o início do Verão Quente.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Maio 1975

“Mon ami Mitterrand”

Soares chamou-lhe “mon ami Mitterrand”, mostrando a proximidade que os unia. Aqui, os dois na casa do francês, antes da reunião dos socialistas europeus. Durante anos, Soares privou de perto com vários líderes. No Governo assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros pela facilidade com que se movia lá fora.
AFP/Getty Images

Julho 1975

Comício da Alameda D. Afonso Henriques

Em pleno Verão Quente, o PS fez um comício que encheu a Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa. Foi um dos momentos de tensão mais alta do PREC. O comício aconteceu depois da queda do IV Governo provisório, provocado pela saída dos ministros socialistas em rutura com o PCP e com o MFA.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Julho 1975

Comício da Alameda com ataques ao PCP e MFA

Soares começou o discurso na Alameda com um ataque ao PCP e à Intersindical, apelidando-os de “paranóicos”, por terem tentado impedir os populares de vir ao comício. Ao fazê-lo, disse, puseram a revolução em causa. Soares acusou o MFA de estar às ordens do PCP e, por isso, ter posto barreiras à entrada de Lisboa.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Julho 1976

O I Governo Constitucional

Dois anos depois do 25 de Abril, as segundas eleições livres. O PS venceu novamente, mas com um resultado mais modesto. Com avanços e recuos, Soares formou o I Governo Constitucional na Assembleia da República, minoritário. A tomada de posse foi a 23 de julho. Começou aqui também o afastamento de Salgado Zenha.
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Ago. 1976

Soares e Eanes, uma relação de suspeitas

Ramalho Eanes ganhou notoriedade no 25 de Novembro e foi proposto como candidato presidencial pelo Grupo dos 9. O PS apoiou-o e Eanes venceu as eleições de junho. Nesta foto, os dois já nos seus cargos, na tomada de posse do Ministro da República dos Açores, General Galvão de Figueiredo, em Agosto de 1976.

Jan. 1978

O “socialismo na gaveta”

A relação de Soares e Eanes degradou-se rapidamente. Convicto de que o PR conspirava contra si, Soares levou ao Parlamento uma moção de confiança que foi rejeitada. O socialista viu-se obrigado a fazer um pacto com o CDS. “Não quer isto dizer que estejamos aqui para meter o nosso socialismo na gaveta”, disse.

Abril 1979

O FMI já cá estava

Aqui, Soares e Eanes juntos na cerimónia comemorativa dos quatro anos do 25 de Abril. Nesta altura, o país estava sob a primeira intervenção do FMI. Dois anos mais tarde, o PS apoiou a reeleição de Ramalho Eanes, mas Soares decidiu retirar o apoio pessoal e autosuspender-se de secretário-geral do partido.

Abril 1983

O Bloco Central e a vingança ao Ex-Secretariado

O governo da AD cai e o PS ganha as eleições, sem maioria absoluta. Depois de um Governo minoritário e de um com o CDS, Soares alia-se ao PSD de Mota Pinto. Uma opção que caiu mal nos membros do ex-Secretariado do PS, que tinha confrontado Soares em 1980. Este Governo não durou a legislatura.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

1983

Os socialistas dos outros. Soares e González

A relação de Felipe González com Soares até nem começou bem. O líder do PSOE zangou-se com o português por ter convidado os comunistas espanhóis para o congresso do PS. Mais tarde, ambos assinariam o Tratado de Adesão à CEE. Aqui, os dois juntos em 1983, ano em que começaram as negociações.
Quim Llenas/Cover/Getty Images

Abril 1983

As relações internacionais

Um dos pontos fortes de Mário Soares foi sempre a capacidade de conquistar e manter relações internacionais ao longo dos anos. Aqui, com o alemão Willy Brandt, já à época ex-chanceler e vencedor no Nobel da Paz em 1971. Os dois conversavam no Congresso da Internacional Socialista, no Algarve.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Março 1984

Da Lei do aborto ao encontro com João Paulo II

Pouco depois de aprovada a Lei do Aborto (com a oposição do PSD), Soares foi a Roma falar com o Papa. O primeiro-ministro queria reaproximar-se da Igreja. No encontro, o Papa terá dito a Soares que a lei do aborto portuguesa era até mais moderada do que a italiana. “Vim de lá cheio como um bode”, confidenciou.
AFP/Getty Images

Abril 1984

As relações com a Dama de Ferro

Soares encontrou-se várias vezes com Margaret Thatcher, a líder do Governo britânico. Mas nem por isso os dois se tornaram próximos. Distanciava-os a política. Quando Thatcher morreu, Soares defendeu que foi com ela que se enraizou uma política neoliberal, anti-europeísta e anti-moeda única.
Álvaro Geraldo/Global Imagens

Junho 1985

A caminhada para a Europa

Ao fim de quase dez anos de negociações, Portugal assinou a entrada na CEE. Foi o último ato de Soares como primeiro-ministro do Bloco Central. No dia seguinte demitiu-se.
EC

Jan. 1986

O ataque à Presidência

Em 1985, Mota Pinto demitiu-se do Governo e o PSD elegeu Cavaco Silva como líder. Soares não conseguiu renegociar o Bloco Central e pôs-se a pensar no objetivo seguinte: a Presidência da República. Era um desejo desde os anos 70. Aqui, numa ação de campanha das presidenciais.
Casa Comum – Fundação Mário Soares

Jan. 1986

Mais uma volta ao país

Acostumado a correr o mundo nas suas relações internacionais, Soares fez várias voltar ao país para o conquistar. As presidenciais de 1986 foram apenas mais uma das voltas vitoriosas.

Fev. 1986

O primeiro Presidente civil, mas só à segunda

Não foi uma eleição fácil. Na primeira volta, Soares perdeu por muito para Freitas do Amaral. Na segunda, Álvaro Cunhal pediu aos comunistas para votarem em Mário Soares. Ficou conhecida para sempre a expressão do líder comunista a pedir para taparem o boletim de voto, mas para “porem a cruzinha no lugar certo”.
Arquivo DP/Global Imagens

1949-2015

Um casal para a história

Nem sempre tiveram uma história fácil, mas Mário Soares e Maria Barroso mantiveram-se juntos até ao fim. A mulher do ex-Presidente da República esteve sempre ao lado de Soares em todas as lutas políticas.
Arquivo DP/Global Imagens

1986-1995

Cavaco e Soares, dez anos de convivência pouco pacífica

Enquanto um foi primeiro-ministro, o outro foi Presidente da República. Juntos, Cavaco Silva e Mário Soares tiveram de conviver durante quase dez anos. Nunca foi uma relação próxima nem sequer pacífica.
Arquivo DP

Março 1988

As presidências abertas

Durante os dez anos em que foi Presidente, Mário Soares criou uma nova forma de fazer política. As Presidências Abertas não eram apenas visitas do Presidente a todo o país. Foram o modo como Soares fez política a partir de Belém, mostrando o que ainda havia para resolver em Portugal. Aqui, numa visita à Guarda.
Arquivo DP/Global Imagens

Junho 1988

Soares, globetrotter

Mário Soares fez inúmeros discursos na ONU, antes e depois do 25 de Abril. Aqui, o Presidente a alertar o mundo para as violações dos direitos humanos cometidos pela Indonésia em Timor. Soares tinha começado esta semana em Manila, passou por Nova Iorque e foi comemorar o 10 de Junho à Covilhã.
Alfredo Cunha/LUSA

Julho 1988

O Presidente-Rei

Em muitos dos locais que visitou enquanto Presidente da República, Soares teve multidões a esperá-lo, fazendo lembrar as receções a monarcas. Há aliás quem compare a sua forma de presidir à de um rei. Nesta fotografia, acena a uma multidão na região do Douro, durante uma Presidência Aberta.
Arquivo DP/Global Imagens

1986-1991

Os dois presidentes

A relação conturbada entre Cavaco e Soares começou quando o primeiro foi eleito líder do PSD e prolongou-se quando um era governante e o outro Presidente. O estilo interventivo de Soares desagradava a Cavaco e a tecnocracia de Cavaco não era do gosto de Soares. Apesar da antipatia, o PSD apoiou Soares em 1991.
Arquivo DP/Global Imagens

Maio 1989

A amnistia a Otelo

Condenado a 15 anos de prisão por terrorismo, Otelo foi libertado em 1989 quando apresentou recurso judicial. Mais tarde, no fim do segundo mandato, Soares insistiria numa amnistia a Otelo, algo que acabou por acontecer em março de 1996.
Alberto Frias/ LUSA

Abril 1990

De novo com o Papa

Já enquanto Presidente da República, Mário Soares conseguiu um segundo encontro com o Papa João Paulo II, no Vaticano. Um ano mais tarde seria a vez de o Papa visitar Portugal, passando pelos Açores, Madeira e Lisboa.
AMS – Arquivo Mário Soares

Anos 90

Um trio histórico

Nos idos anos 90, o casal Soares com o histórico socialista Manuel Alegre. A relação entre os três sofreu um revés com a candidatura de Soares à Presidência em 2006, apoiado pelo PS. Corria contra Cavaco Silva e Manuel Alegre, este como independente.
Miranda Castela/Global Imagens

Jan. 1991

A reeleição

Se a primeira eleição como Presidente da República foi difícil, a segunda foi um autêntico passeio pelo país. Soares anunciou a candidatura em 1990 e até contou com o apoio do PSD de Cavaco Silva.
Arquivo DP/Global Imagens

Jan. 1991

Vitória, Vitória

1991 foi a segunda vez que o casal Soares comemorou uma vitória em eleições presidenciais. Apoiado pelo PS e pelo PSD, o socialista conseguiu 71% dos votos. Concorreu contra Basílio Horta (CDS), Carlos Carvalhas (PCP) e Carlos Marques (UDP).
Casa Comum – Fundação Mário Soares

1991

O casal presidencial

Foto de Soares e da mulher, Maria Barroso, após a vitória para o segundo mandato como Presidente da República.

Julho 1993

Visitas de Estado pelo mundo

Além das Presidências Abertas, Soares fez bastantes visitas de Estado ao estrangeiro, sempre acompanhado pela mulher, Maria Barroso. Aqui, na visita ao Chile.
AMS – Arquivo Mário Soares

Nov. 1995

Visita às Seychelles

Desta visita às Seychelles ficaram célebres as fotografias do Presidente da República de calções na praia e em cima de uma tartaruga. Além de idas à praia, Soares inaugurou uma exposição sobre cartografia portuguesa. Foi já no fim do segundo mandato presidencial.
AMS – Arquivo Mário Soares

Julho 1999

Soares na Europa

Ainda resistiu, mas Soares acabou mesmo por aceitar uma candidatura às Europeias, com a garantia de que seria presidente do Parlamento Europeu. O socialista não chegou a ocupar esse cargo por causa do sistema de partilha de cargos que então vigorava. Chamou “dona de casa” à nova presidente do PE, Nicole Fontaine.
Parlamento

Jan. 2006

O regresso falhado

Em 2006, já com 80 anos, Mário Soares tentou o regresso à Presidência da República. Foi o candidato oficial do PS, liderado então por José Sócrates, com quem Soares criou uma relação muito próxima.
AFP/Getty Images

Jan. 2006

Confronto de históricos

Vários nomes históricos da democracia portuguesa apresentaram-se a votos nas Presidenciais de 2006. Mário Soares foi o candidato apoiado pelo PS, mas isso não travou o amigo de longa data, Manuel Alegre, que concorreu como independente e ficou em segundo. Venceu Cavaco Silva, logo à primeira volta.
AFP/Getty Images

Abril 2011

A vida política ativa além dos cargos

Mesmo depois de deixar a Presidência, Soares nunca foi consensual e nunca abdicou de intervir publicamente. A 25 de Abril de 2011, depois da demissão de José Sócrates e com o parlamento dissolvido, Cavaco Silva decidiu juntar os quatro Presidentes da democracia.
Luís Filipe Catarino/D.R

Abril 2014

Sempre juntos

Na luta pela liberdade combateram lado a lado. Aqui, Mário Soares e Maria Barroso na apresentação do livro de Viriato Soromenho Marques, “Muros de liberdade”.
Pedro Rocha

Nov. 2014

O apoio até ao fim

Desde o momento em que foi detido, José Sócrates contou sempre com o apoio do fundador do PS. Mário Soares nunca deixou de acreditar que a prisão do ex-governante era um ato político.
Gerardo Santos / Global Imagens

Dez. 2014

O apoio a Costa

Na mais recente luta fraticida dentro do PS, Soares optou por um dos lados e apoiou António Costa, em detrimento de António José Seguro. Ganha essa batalha, Costa esteve no 90.º aniversário de Mário Soares.
Carlos Manuel Martins / Global Imagens

Julho 2015

O adeus à companheira de uma vida

Depois de um breve período de internamento hospitalar, Maria Barroso morreu no verão de 2015. Mário Soares ficou muito debilitado depois disso.
Filipe Amorim/Global Imagens

Julho 2016

A última homenagem

A 23 de julho de 2016, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, homenagearam Mário Soares a propósito do 40.º aniversário do seu primeiro governo.
António Cotrim/EPA/LUSA