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Em Porto Covo, vale a paragem no Alma Nómada para este arroz de carabineiro em forno de lenha
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Em Porto Covo, vale a paragem no Alma Nómada para este arroz de carabineiro em forno de lenha

Jorge Simão

Em Porto Covo, vale a paragem no Alma Nómada para este arroz de carabineiro em forno de lenha

Jorge Simão

Novos restaurantes a sul. 18 paragens para comer, de Sesimbra ao sotavento algarvio

A partir de Sesimbra e descendo pela costa vicentina com uma ligeira curva que percorre a linha algarvia do barlavento ao sotavento, há muitas mesas novas para explorar neste verão quente mas contido.

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Primeira paragem: Sesimbra. Próxima estação: sul, agora sempre para sul. É daí que o roteiro parte, sempre pela costa — com um ou outro desvio necessário — para se ir percorrendo o litoral de Portugal e tropeçando nos novos restaurantes que nasceram no último ano, esse ano de avanços e recuos, de confinamentos e muitos desafios para quem teima (e ainda bem) em ter uma porta aberta.

E, apesar da tempestade pandémica, houve quem tivesse a bravura de, ainda assim, trazer novos sabores para novas moradas e dar nome a novas mesas pelo país. Neste roteiro em “L” mostramos onde vale a pena marcar mesa e parar nos meses quentes para tirar a barriga de misérias, nem sempre com cheiro a mar, mas quase sempre com cheiro a férias.

SESIMBRA

O Batel

Avenida dos Náufragos 3, Sesimbra. Terça a domingo 12h30 às 15h30, das19h às 22h30. 212 232 104.

Pedro Mateus completou um triângulo em Sesimbra com a abertura do seu terceiro espaço — primeiro a Casa Mateus, depois o Zagaia e agora, mais próximo da praia, O Batel. Com uma esplanada jeitosa na rua principal, a Avenida dos Náufragos, com vista para o mar, o Batel ergue-se ali há pouco mais de um mês e segue as mesmas linhas do Zagaia, umas ruas acima, onde a base são os petiscos. Da carta muito ligada aos produtos do mar, é obrigatório provar os croquetes de novilho com maionese de anchovas (7,20 euros/duas unidades), o polvo à galega com pimentão de la Vera e pickle de cebola roxa (9,30 euros), ostras do Sado (5 euros/duas unidades), amêijoas à Bulhão Pato (14,90 euros) ou ceviche peruano com puré de batata doce, cebola roxa e algas (14,10 euros). No que toca a pratos mais composto há arroz de polvo (15,90 euros), bife de atum (17,10 euros), bife tártaro de novilho (15,80 euros) ou bochecha de novilho com cogumelos shitake (14,20 euros). Para adoçar o bico vale pedir crème brûlée (5,70 euros) ou mousse de chocolate 70% com caramelo salgado (5,80 euros). Ao leme da cozinha continua o chef Paulo Carvalho, sócio de Pedro, que já conhece os cantos à casa uma vez que tem mão também no Zagaia.

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O espaço tem uma esplanada agradável com vista mar

TRÓIA E COMPORTA

Cervejaria Marisqueira dac Comporta

Rua Dom Afonso Henriques, 3, Comporta. Quinta a terça 9h às 23h. Reservas: 964 461 351

O lema não podia ser mais claro e certeiro: “A melhor rede social ainda é uma mesa cheia de amigos!”, frase que está estampada em letras garrafais neste restaurante que abriu no verão passado na Comporta. O nome não engana e, como é óbvio, isto é casa de mariscadas fartas, do lavagante à santola, navalheiras, lagostas, ostras, gambas brancas, percebes ou camarão da costa — e para os que têm vontade de ir mais longe é esperar pelo consolo da massada ou do arroz de lavagante ou lagosta, bem soltinho (95 euros/kg). A decoração com ar de praia, em brancos e azuis fortes, pede marisco mas também outros peixes como a lula grelhada (35 euros), polvo à lagareiro (616,50 euros) ou bacalhau dourado (12,50 euros). Para os que não perdem um prato de carne como pica-pau (12,50 euros), costeletas de borrego (14,50 euros) ou um preguinho no pão (10,50 euros). A Cervejaria da Comporta aposta forte nos petiscos também, por isso não é de sair de lá sem pedir choco frito (13,50 euros), sardinha em azeite e coentros (7,50 euros) ou camarão à guilho (13,50 euros).

O marisco é prato forte desta casa ©DR

Grão de Bico

Pestana Troia Eco-Resort: EN 253-1. Terça a domingo  9h às 23h. Reservas:  265 105 075

O Grão de Bico abriu há cerca de um ano dentro do Pestana Eco Resort, em Tróia — tem restaurante, bar, mercearia, serviço de chef em casa e take-away. Agora, regressa em força com uma nova carta que aposta forte nos almoços pós-manhãs na praia de Tróia, mas também para quem quer jantar a dois passos do areal. O menu tem uma boa seleção de petiscos como as ostras do Sado com maçã verde e caviar de mujol (11 euros/ quatro unidades), amêijoa à Bulhão Pato (19 euros) ou tiras de choco frito (10 euros). De salientar depois risotto de lagosta de Sesimbra com tomate assado (32 euros), o wellington de soja (16 euros), os tentáculos de polvo com puré de ervilha (19 euros), ou ainda com o tártaro de salmão com abacate e molho de manga (13 euros), uma opção fresca para os dias quentes. Por encomenda pode-se pedir massada de tamboril e marisco (38 euros/ duas pessoas). Em junho, nasceu também o Grão de Areia que, no fundo, é um prolongamento do original Grão de Bico, mas assume-se como um bar de pé na areia. Serve de apoio ao empreendimento turístico do hotel Pestana Tróia onde, quem tem acesso à praia, pode contar com o serviço de bar, ideal para um almocinho leve.

Além deste restaurante, o resort abriu também um bar de praia o Grão na Areia ©DR

Aerokraft

Poké House

Rua do Secador 9004, Comporta. Segunda a domingo 11h30 às 22h30.

Em plena Rua do Secador, abriu o Comporta Kiosk pelas mãos do restaurante de bowls Poké House e da marca portuguesa de calções de banho DCK. Juntaram forças para abrir uma espécie de concept store onde juntam várias marcas como a Futah, Paris:Sete, Born Living Yoga ou a Malai Swimwear. Mas além de loja é também restaurante, inspirado à semelhança dos outros espaços sob a mesma insígnia no estilo californiano e havaiano — predomina o cor de rosa millennial. O Comporta Kiosk tem 120 metros quadrados e tem capacidade para oito lugares no interior e outros oito na esplanada, onde podem ser servidos os bowls frescos. Para este espaço foi criada uma nova poké bowl com a DCK com arroz integral, pepino, manga, repolho roxo, tomate cereja, abacate, salmão, robalo, molho de manjericão, tobiko, sementes de sésamo e molho ponzu. Vai ser possível construir a própria bowl, como é habitual, ou pedir as especiais de sunny salmon ou spicy tuna. O menu pode ser consultado aqui.

JOAO VIEGAS GUERREIRO

Bar na Areia

Estrada Nacional 261 Km 6, Comporta. Segunda a domingo 9h às 21h.

O complexo Cavalos na Areia, na Comporta, tem novidades: o novo Bar na Areia, que vem compor o cenário do espaço que alia a ruralidade do mundo equestre e a vista privilegiada para os arrozais. O foco está nas bebidas, claro, com uma carta curta com vinhos, champagne Ruinart, sangrias, cocktails e sumos naturais. Apesar disso, há tábuas de queijos e enchidos, gelados da Unico, bowls de açaí e é habitual ver por lá o aviso “Há percebes!”

Abriu em maio deste ano o Bar na Areia ©DR

COSTA VICENTINA

Alma Nómada

Costa do Vizir Monte Branco, Porto Covo. Segunda a domingo das 12h às 15h, 19h às 22h. Reservas:  965 754 882.

Não há dúvida de que o Alma Nómada reforço o posicionamento de Porto Covo naquuele que é o roteiro gastronómico nacional. Ricardo Leite, que chefia a cozinha, privilegia o produto, com a criatividade que lhe é reconhecida já pelo seu percurso em restaurantes de fine dining — do Loco ao Feitoria ou ao Viajante, em Londres. Os produtos são locais e de pequenos produtores, é difícil ver a sazonalidade falhar por aqui. No couvert não descura o pão de fermentação lenta, com massa-mãe de dois dias feita com cereais biológicos, que acompanha com manteiga caseira fumada com feno. Os pastéis de massa tenra de leitão, a cavala curada com maionese miso, o tártaro de Rubia Minhota maturada e maionese fumada ou o camarão selvagem crocante são algumas das entradas para começar a refeição. Esta pode seguir com um guloso arroz de carabineiro em forno de lenha, que serve duas pessoas, mas pode ir por outros caminhos: com ravioli de beterraba, bacalhau de cura prolongada com caviar e crocante de batata, polvo fresco da costa cozinhado lentamente com puré de chalota,  feijoada de leitão fumado ou costeletão maturado (60/90 dias; 1kg), slaw de couve-flor e batata rústica para duas pessoas. Para quem não resiste a doces vai um crème brûlée de abóbora fumada ou uma tartelete merengada de ananás dos Açores, sorbet do mesmo e poejo fresco em pó. Para empurrar o que se vai comendo, há mais de 200 referências de vinhos — maioritariamente biológicos e de pequenos produtores.

O Alma Nómada ajudou a colocar Porto Covo no mapa gastronómico

Jorge Simão

Lamelas

Rua Cândido da Silva, 55A, Porto Covo. Terça a domingo 12h30 às 15h, 19h39 às 22h30. Reservas: 924060426.

A cozinha alentejana é impreterivelmente uma cozinha de conforto, e é precisamente isso que a chef Ana Lamelas Moura quer trazer para o seu recém-nascido Lamelas, em Porto Covo. Com mais de 40 lugares e uma decoração a puxar o rústico, a chef quer homenagear aqui a sua família materna, originária desta bonita terra. A ideia é pegar em receitas tradicionais e dar-lhes uma imagem moderna, com outras técnicas que traz na bagagem de outros sítios por onde passou – é o caso Eleven ou da Bacalhoria Moderna. O peixe será um dos produtos mais trabalhados do menu, que vai mudando, e, claro, o ensopado de borrego (18 euros), tão típico. Nas entradinhas, Ana esmera-se nas lulas fritas com maionese de limão, na saladinha de polvo ou o prato de almece, peixe curado, gema curada e azeite de coentros. Para encher ainda mais a barriga há também arroz cremoso de coelho (19 euros) ou um belo salmonete com molho de fígados, esmagada de batatas e pimentos assados.

O arroz caldoso de coelho é um dos pratos do Lamelas ©Lamelas/Instagram

Statera

Rua dos Carris 9, Vila Nova de Milfontes. Segunda a domingo 9h30 as 22h30. Reservas: 910090998/ info@staterarestaurant.pt

Ana Leão é Leoa para os amigos e fiéis comensais que tiveram a alegria de provar as criações desta portuense aventureira. Depois de passar uma bela temporada na Austrália, instalou-se em Lisboa durante largos meses e além de ter dado continuidade ao seu projeto Colher Torta juntou-se ao coletivo de jovens cozinheiros New Kids on the Block. Há tempos arrumou as malas e veio agitar as águas de Vila Nova de Milfontes e aumentar a temperatura do fogão do Statera, no Selina Milfontes, projeto de Miguel Castro da Silva. O espaço serve pequenos almoços, almoços e jantares, tudo muito à base dos pratos de partilha, sempre com o mote em mente: “hábitos alimentares saudáveis alternados com o ocasional prazer culposo da vida”, que pode ler-se no site do restaurante. Aqui a carta vai mudando mas é certo que estarão lá sempre as inspirações na cozinha do mundo que Leoa pratica — é o caso do bacon & egg roll, tosta de courgette com ovo, falafel, panzanella mas em versão tosta, sandes de bacalhau panado ou até punheta de bacalhau. O céu é o limite para o que pode ir parar à ementa do dia. Nas sobremesas terá sorte se conseguir apanhar o quatro leches — porque três não chegavam — numa viagem às taças de cereais onde se encontram o bolo de leite e a acidez do sour cream caseiro e cornflakes maltados. No fim, tudo fica melhor ao deitar o olho na carta de cocktails da assinatura do bartender brasileiro Pablo Straubel.

O menu vai mudando, por isso nem sempre vai poder comer o mesmo neste restaurante do Selin Milfontes

Assador-Altinho

Rua 25 de Abril, 151B, Odeceixe. 12h às 15h, 19h às 23h. Reservas: 919 520 220

Nesta temporada, o chef Hugo Nascimento põe tudo no Assador Altinho, o seu novo projeto dedicado às carnes e à grelha  — que vem dar nova vida àquela que foi a petiscaria Tapas & Petiscos Bistrô outrora. Hugo Nascimento já tinha trocado Lisboa por Odeceixe para se dedicar ao Naperon, um restaurante com menus de degustação inserido no alojamento Casas do Moinho, e mantém o empenho gastronómico por aqueles lados, agora também nas lides de um novo projeto onde o forno a carvão é a estrela da casa. Há carne de angus maturada grelhada com molho béarnaise (19 euros), cachaço (13 euros), entrecôte de carne da vazia maturada (22 euros), franguinho do campo assado (12,50 euros) ou a sanduíche de pernil em lêvedo de alfarroba (9,50 euros), um dos pratos mais cobiçados da casa. Nos peixes há lombo de bacalhau com broa (19 euros) ou polvo no forno (19 euros). Para petiscar há mexilhões em cebolada de tomate (9,80 euros), salada de polvo (9,50 euros), ovos rotos (12 euros) ou muxama com chutney de medronho (9,50 euros).

O ponto forte são as carnes e o forno de carvão ©AssadorAltinho/Instagram

DO BARLAVENTO AO SOTAVENTO ALGARVIO

Miam

Rua Beira Mar 5, Burgau. Quinta a segunda 12h às 23h. 282 014 188.

A pandemia não deu tempo ao Miam para arrancar com pujança que gostaria, entre abertura e confinamentos. O restaurante tem donos franceses que decidiram abrir à beira-mar um espaço com comida despretensiosa, bem apresentada, com bom produto ao estilo bistro, aspeto que o diferencia dos demais ali à volta — quase sempre focados na fórmula de peixe assado com vista mar. Aqui a história é outra e o menu vai mudando consoante o que a estação vai dando, por esta altura o atum é trabalhado de várias formas, do ceviche ao tataki, por exemplo. O cheirinho a pão caseiro é habitual para aqueles lados, ou não fosse tudo amassado por ali. Já a esplanada, colorida e ao estilo bar de braia, é um dos pontos fortes da casa, que faz jus à localização, que é como quem diz Burgau, o Santorini de Portugal.

O menu aposta forte na qualidade do produto e na boa apresentação, ao estilo bistro ©Miam/Instagram

Al Sud

Campo de Golf de Palmares, Lagos. Terça a sábado (jantares por reserva). Reservas: restaurantealsud@palmaresresort.com/ 926 292 617

O resort Palmares Ocean Living & Golf, em Lagos, ganhou um novo restaurante de fine dining com cozinha assinada pelo chef Louis Anjos, que já passou pelo estrelado Bon Bon, no Carvoeiro. Os menus de degustação são compostos por oito (69 euros), 10 (90 euros), ou 12 (110 euros) momentos, num tributo à culinária local com produtos da região e com forte inspiração no oceano — todas estas degustações podem ser acompanhadas por um complemento de vinho, cujos preços variam entre os 35 e os 60 euros. O peixe chega da lota de Sagres, fresquinho, e também os carabineiros são do Algarve, fazendo jus à qualidade do marisco da região. Dos pratos dos menus saltam à vista o atum rabilho acompanhado com ostra da ria de Alvor, caviar oscietra e maçã granny, os noodles de porco ibérico com caldo do cozido, milhos de Monchique e ervas finas, o robalo com arroz da região Vale do Sado, mexilhão e açafrão, o carabineiro do Algarve com toucinho gordo e codium, ou até o rabo de boi, com raízes e alcagoitas de Aljezur. O Al Sud, virado a sul com vista para a baía de Lagos e para o estuário do Alvor, tem capacidade para 24 pessoas e abre apenas para jantares apenas com reserva.

Cais ao Mar

Rua Almeida Garrett, 27, Albufeira. Reservas: 289 508 839. Terça a domingo 17h às 00h.

Deixou Santa Eulália, a sua icónica morada, para abrir no início deste verão numa nova morada em Albufeira. O chef e mariscador César Lourenço continua a encabeçar o projeto conhecido pelo marisco de alta qualidade da costa algarvia que leva para a mesa, muitas vezes em tábuas generosas que podem ser para três ou cinco pessoas — são as Ondas de Marisco (85 – 90 euros). Para quem quer escolher à carta há ostras, burrié, navalheiras, camarão tigre, santolas, sapateiras, carabineiro, percebes, lagosta, gambas, berbigão ou amêijoas. Imperdíveis são também os arrozes de marisco (55 euros/duas pessoas), de lavagante (110 euros/kg) e de lagosta (110 euros/kg). Não pode abandonar o espaço sem pedir o clássico prego (12,50 euros) — que serve de sobremesa – ou o pica-pau do lombo (14 euros). O Cais ao Mar tem mais de 60 lugares sentados e funciona apenas, para já, aos jantares.

O marisco é a estrela da casa e dos aquários do restaurante

La Cantine Russe

Estrada de Santa Eulália, 21, Albufeira. Segunda a sábado 12h às 23h, domingo 18h às 23h. Reservas: 963 564 831.

La Cantine Russe – Museum Vodka Bar” é o que se lê no letreiro que anuncia a aventura gastronómica que se estará prestes a ter no restaurante de Vita, a proprietária vinda de Mycolaiv na Ucrânia, que abriu o espaço no verão passado em Albufeira. Despretensioso, o restaurante foi decorado à imagem soviética — além de bonecas em trajes tradicionais vêem-se por ali os famosos lenços russos que lembram as babushkas. A cozinha, essa assenta nos sabores russos, georgianos e arménios, com um menu cujos pratos, que andam entre os 2,50 e os 5 euros, vão mudando consoante o que Vita decide cozinhar naquela semana, por isso nem sempre encontra por lá as mesmas especialidades. Uma delas é o borscht (3 euros), também conhecido como sopa vermelha ucraniana, com carne de porco, beterraba, tomate e natas azedas; obrigatório provar são também os pelmeni (5 euros) sempre que estiverem na carta — são dumplings russos caseiros recheados de carne e que acompanham com vários molhos. De notar os blinis com ovas de salmão ao estilo do Rei Romanov (4,50 euros), a salada russa ao estilo soviético (3 euros) e ainda os vários pratos com arenque que Vita faz questão de ir introduzindo em diferentes pratos — da sandes com arenque (1 euros) ou a salada de batata com o dito cujo (2,50 euros). O restaurante e o respetivo menu são como bonecas matrioskas, surpresas dentro de surpresas — e a maior de todas é o preço final a pagar por cabeça, uma pechincha.

O preço de cada prato do menu é surpreendentemente baixo, ideal para pedir vários e partilhar ©Instagram

MöTAO

Marina de Vilamoura, 8125-000 Quarteira. Segunda a domingo das 18h às 22h30. Reservas: 969 649 749 ou em motaovilamoura@fullest.pt

Em plena Marina de Vilamoura, abriu o MöTAO, um restaurante que quer levar os clientes numa viagem gastronómica pela Ásia, embalados com música ao vivo enquanto o pôr-do-sol se vê no horizonte. O espaço nasce pelas mãos do Grupo Fullest e tem 150 lugares sentados, num cenário tropical-urbano que se divide entre a zona lounge com finger food e a zona de restaurante. A carta assenta na street food do Japão, China, Coreia, e outros pratos da Indonésia e Tailândia. Dim sums, sushi, robata, satays, espetadas de barriga de porco, sopa tom yum, wontons de carabineiro, pad thais, caril verde ou khao soi são alguns dos pratos servidos no novo restaurante, com preços que variam entre os 9 e os 65 euros.

Cafézique

Rua das Bicas, 5, Loulé. Segunda-feira a sábado 18h30 às 22h30. 289 043 931

Abriu no início de 2020 pelas mãos de Filipe e Sara Vilela. Entre confinamentos sucessivos e batalhas pandémicas, o Cafézique teve pouco tempo de portas abertas para mostrar o que vale. Para a mesa vão pratos para partilhar sobretudo, confecionados pelo chef Leandro Araújo, que casam bem com a extensa carta de vinhos portugueses (incluindo das ilhas) a cargo do escanção João Valadas — ambos vindos do Michein de Leonel Pereira, o São Gabriel, que fechou em Almancil. Na cozinha faz-se questão de se usar produtos locais e alguns tradicionais da zona para que estes voltem a fazer parte das mesas algarvias. Pode começar com o pão de fermentação lenta que é servido com manteiga fermentada com kefir e leite torrado (4,40 euros). Depois é enveredar pelo caminho mais recomendável e pedir vários pratos do curto menu (há também um menu de degustação), como os biqueirões em vinagre e papada curada do zambujal (8,90 euros), o tártaro de gamba da costa (9,10 euros) ou a cavala com escabeche, batata doce fumada e salsa carbonizada (8,10 euros). Ainda fica a valer pedir o pastel de massa tenra de polvo grelhado e caril verde (5,90 euros) ou os tortellinis de abóbora assada, queijo fresco (10,20 euros). Mais abastados são os pratos de xerém fumado, anchova grelhada e alho frito (17,10 euros) ou a vazia Mertolenga DOP, migas, alho francês fermentado e jus (17,40 euros). Para rematar há laranja amarga, merengue de limão negro e tomilho (7,90 euros) e pudim Abade de Priscos de queijo azul e maçã assada (6,90 euros). As refeições podem ser servidas na sala interior, mas já que ali está fica impossível não aproveitar os dois terraços — a dois níveis diferentes — que o restaurante tem. Belo pôr do sol, fica a dica.

Além do espaço interior, o Cafézique tem dois grandes terraços para poder provar o menu ©Cafézique Instagram

Umami

Rua das Palmeiras Rot.6, Av. André Jordan, Faro. Segunda a sexta das 17h às 22h30. Reservas: umami@quintadolago.com

Está inserido da Quinta do Lago e, apesar de ser o 13.º restaurante do resort, é o primeiro por lá que se dedica aos sabores asiáticos, bem aninhado na beleza do Parque Natural da Ria Formosa. Faz uso da cozinha robatayaki, onde peixe, carne e legumes são lentamente grelhados sobre madeira de Marabú 100% natural e de fonte sustentável — de lá saem pratos como gochujang de barriga de porco (13 euros), yakitori de frango (11 euros), agedashi de tofu (13 euros) ou yakiniko de vaca (16 euros). Ainda é possível provar do método robatayaki wagyu com cremoso de batata e trufa (55 euros), carabineiro com caril asiátio (33 euros) ou o peixe do dia com caramelização de soja fermentada (30 euros). Além dos pratos cozinhados estão na carta também algumas opções de sushi e sashimi (17-57 euros), acompanhados por cocktails ao estilo sake-infused. O espaço alberga 20 pessoas no seu interior e até 60 no terraço, onde em alguns lugares estão estrategicamente posicionados para se ver o pôr do sol sobre as águas da ria.

Rodrigo Bimering

Monky Restaurante Asiático

Rua Moto Clube de Faro LJ A/B 3, Faro.  Quinta a segunda 12h30 às 15h, 19h às 00h. 289 090 350.

Rui Sequeira, do restaurante Alameda, em Faro, começou uma nova aventura em fevereiro com o Monky, um restaurante asiático digital cujo sucesso ditou que poucos meses depois conseguisse materializar-se e ganhar espaço físico. O Monky era “um sonho antigo arrumado na gaveta” que nasceu da adversidade da pandemia, para levar a China, a Tailândia, a Indonésia ou a Índia a casa dos clientes com delivery e take-away. Quando arrancou, Rui e a sua mulher Neide Monteiro não sonhavam com o número de pedidos que receberam na primeira manhã operacional. Em junho, abriram finalmente a segunda casa, que não leva ninguém ao engano: um néon vermelhão grita Monky e convida quem passa a entrar nesta viagem, onde a decoração dos interiores ajuda a esse teletransporte ainda antes da comida lhe chegar à boca.”Na cozinha não há fusões, nem invenções, privilegiamos os produtos que confecionamos tal e qual como se comem nos seus países de origem”, pode ler-se no site do restaurante. Entre os pratos mais pedidos está o nasi goreng de camarão (14,50 euros), de vegetais (13,50 euros) ou de frango (13,90 euros) e o tonkotsu ramen (14,90 euros) — que também existe na versão picante, havendo ainda um miso ramen (14,90 euros). No menu há caris verdes thai, muito aromáticos, do vegetariano (13,50 euros) ao de camarão (14,90 euros), mas também as mesmas versões com caril indiano. Não falham também os pad thais e os baos, como o de frango panado com hoisi e malagueta (6 euros), o de barriga de porco com kimchi e amendoim (6 euros) e o de camarão crocante com cebolete (6,50 euros). De quinta a sábado há DJ para animar as refeições no restaurante, que apesar de espaço físico continua a entregar via Uber Eats.

O ramen é um dos pratos de culto do oriente e dos mais pedidos do restaurante ©Monky

Cercle

Rua Poeta Emiliano Da Costa, 37, Tavira. 925 345 884. Terça a sábado 12h às 15h, 19h às 23h.

“Os produtos sazonais e a criatividade vão ser os protagonistas da nossa nova cozinha” anunciavam ainda em janeiro. A cozinha do Le Petite France, em Tavira, fechou para ganhar uma nova vida enquanto Cercle, “para escrever novos capítulos e explorar novos conceitos”. Abertos desde abril, com o chef Francisco Coelho a liderar as tropas de tachos e panelas, há uma atenção redobrada no serviço — delicado e cuidado — e em tornar nobre o mais simples produto português, do leitão às amêijoas, sempre com muito sabor. Por falar nisso, há um belo prato de barriga de leitão, favas e raiz de aipo e amêijoas fresquinhas e apanhadas à mão na Ria Formosa que ganham vida no prato, que podem ser comidas no interior ou na pequena esplanada. De destacar também a codorniz com grelos de nabo e pickles de mostarda ou o pargo, apanhado à linha na costa de Sagres, com bróculos. Os doces são frescos, como se quer para a estação: é o caso da mini tarte de limão merengada ou da sobremesa de morango, pepino e manjericão, que é vegan. De notar que nada se perde, tudo se transforma e, normalmente, transforma-se em fermentados e pickles que o próprio Cercle faz questão de fazer. Para quem se questiona sobre as loiças bonitas e toscas onde são servidas as refeições não é preciso virar o prato ao contrário: são da BePolar Design. E não estranhe se não apanhar estas referências no menu, uma vez que o mesmo é alterado todas as semanas para corresponder à frescura do mercado.

O menu não é fixo, muda consoante o que vai havendo de frescos, por isso nem sempre encontra o mesmo na ementa ©Cercle

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