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Maio de 1982. Portugal está em euforia para receber o Papa João Paulo II.
Até agora, o país só recebeu uma visita papal. Aconteceu há 15 anos, em 1967, quando Paulo VI esteve em solo português durante menos de 24 horas, para assinalar o cinquentenário das aparições de Fátima. Foi uma visita-relâmpago, com o Papa a voar diretamente para Monte Real para nem sequer passar por Lisboa, devido às tensões entre o Vaticano e o regime de Salazar.
Mas desta vez vai ser diferente. João Paulo II vai passar quatro dias em Portugal. Vai ser recebido em Lisboa, Vila Viçosa, Coimbra, Braga e Porto; e o ponto alto da viagem será a passagem pelo Santuário de Fátima, para presidir às celebrações de 12 e 13 de maio.
Apesar da situação de grande instabilidade política que se vive no país — foi apenas há três meses que Portugal testemunhou a primeira greve geral desde o 25 de Abril e há uma forte contestação ao Governo da Aliança Democrática, liderado por Francisco Pinto Balsemão —, há uma enorme expectativa para a chegada de João Paulo II a Portugal.
É que a viagem acontece num contexto muito peculiar. Há exatamente um ano, a 13 de maio de 1981, João Paulo II foi alvo de um atentado no Vaticano.
O Papa estava em cima do papamóvel, que circulava pelos corredores da Praça de São Pedro, cheia para a audiência semanal das quartas-feiras, quando se ouviram quatro tiros. A euforia da multidão deu lugar ao pânico: João Paulo II tinha acabado de ser alvejado.
Golpe soviético ou profecia de Fátima? Atentado contra João Paulo II foi há 40 anos
Em estado crítico, o chefe da Igreja foi levado para o hospital, onde ficou internado durante várias semanas, entre a vida e a morte.
No próprio dia do atentado, o autor do atentado foi detido. Chamava-se Mehmet Ali Agca e era um mercenário turco, ligado ao grupo de extrema-direita “Lobos Cinzentos”.
As razões que o levaram a tentar matar João Paulo II é que não foram deslindadas tão rapidamente. Aliás, ainda hoje continuam por esclarecer, tantas e tão contraditórias foram as explicações que o próprio Ali Agca deu às autoridades — há uma teoria sobre o envolvimento do KGB, outra sobre uma alegada conspiração interna e até uma terceira, que envolve o aiatolá Khomeini.
Por muito que o móbil do atentado que deixou o Papa em estado crítico nunca venha a ser conhecido, uma coisa é certa: João Paulo II foi atingido com quatro tiros que o atiraram para uma cama de hospital. E foi justamente durante o internamento que se seguiu que o líder da Igreja Católica leu um documento que lhe transformou radicalmente a vida — e o faz estar em Portugal em maio de 1982.
Por essa altura, o texto mais bem guardado dos arquivos secretos do Vaticano era uma mensagem escrita justamente em português: a terceira parte do Segredo de Fátima, a profecia registada pela irmã Lúcia nas aparições que os três pastorinhos diziam ter testemunhado em 1917.
Há mais de 20 anos que o texto já devia ter sido divulgado (pelo menos, a julgar pelo “1960” inscrito por Lúcia no envelope), mas dois papas já tinham lido o segredo e preferido mantê-lo nos arquivos.
Com João Paulo II foi diferente. Quando pediu para ler o documento, o Papa confirmou as suas suspeitas, identificou-se na profecia e convenceu-se de que tinha sido a Virgem Maria a salvar-lhe a vida. Por isso mesmo, tomou uma decisão: ir a Fátima agradecer por estar vivo.
A viagem foi agendada para dali a um ano: a 12 e 13 de maio de 1982, João Paulo II estaria pela primeira vez no Santuário de Fátima, para mostrar pessoalmente a sua gratidão e devoção.
Nessa quarta-feira, poucas horas antes de o avião papal aterrar no aeroporto de Lisboa, chega também a Portugal um padre espanhol ultra-conservador, que vive em Paris.
Chega à estação de Santa Apolónia no comboio que vem direto da capital francesa, às primeiras horas da manhã, e, como bagagem, tem apenas uma pequena pasta castanha. Não traz malas, nem roupas, e nem sequer marcou hotel. Está convencido de que não vai precisar de nada disso.
Chama-se Juan Fernández Krohn e, dentro da pasta, guarda um sabre afiado. Anda há seis meses a conceber um plano detalhado que tenciona pôr em prática já nessa noite: quer matar o Papa.
E por muito que saiba que o mais certo é que seja abatido pela polícia, não está nada preocupado: está disposto a ser um mártir. Aliás, é mesmo esse o seu objetivo.
“Matar o Papa”, o novo Podcast Plus do Observador, conta a história de Juan Fernández Krohn, o padre obcecado com a infiltração do comunismo na Igreja que tentou assassinar João Paulo II em Fátima. E conta também a história do misterioso segredo que esteve durante décadas fechado num cofre no Vaticano — e que, naquele 12 de maio de 1982, conduziu estes dois homens a Fátima.
O segredo
Na década de 1980, a terceira parte do Segredo de Fátima alimenta teorias da conspiração no universo católico. Há quem ache que a Virgem Maria deixou em Fátima um alerta para uma guerra nuclear no limiar do milénio, quem acredite que se trata de uma profecia sobre a crise da Igreja no século XX ou até quem pense que tinha sido uma previsão, feita em 1917, de problemas entre Portugal e as colónias.
Em 1917, a Cova da Iria era um lugar deserto, que servia essencialmente para pasto dos rebanhos das famílias que viviam nas aldeias de Fátima. A partir desse ano, porém, começou a tornar-se um dos lugares centrais do Catolicismo português — e mundial. Três crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, dizem ter visto a Virgem Maria seis vezes naquele lugar.
Nessas aparições, Nossa Senhora teria revelado um segredo, composto por três partes. As duas primeiras foram reveladas pela irmã Lúcia ainda na década de 1930: diziam respeito a uma visão do inferno e a um apelo à conversão da Rússia para que terminassem as guerras. Considerada pelos teólogos uma das aparições mais políticas da história contemporânea da Igreja, Fátima foi desde os primeiros anos associada a uma profecia contra o comunismo — que começava a disseminar-se na Europa precisamente a partir da Revolução Russa de 1917.
Segundo os relatos da irmã Lúcia, a Virgem Maria terá mesmo dito que, sem uma consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, a paz não seria possível. Pelo contrário, a Rússia “espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja” — uma mensagem que foi rapidamente interpretada como uma condenação do comunismo, que promovia o ateísmo.
Por tudo isto, Fátima — que se transformou no epicentro da piedade popular católica em Portugal — sempre foi especialmente atraente para os setores mais conservadores da Igreja.
Isso tornou-se particularmente relevante a partir da década de 1960, marcada na Igreja pelo Concílio Vaticano II, a reunião magna de todos os bispos do mundo que levou a cabo um profundo processo de reforma e atualização da instituição eclesiástica e que, na prática, deu origem à Igreja que conhecemos hoje em dia.
Talvez o impacto mais conhecido do concílio seja a reforma litúrgica (a missa deixou de ser celebrada exclusivamente em latim e com o padre de costas para a assembleia), mas outras alterações, como a abertura ao diálogo com as outras religiões e a promoção de uma estrutura eclesial menos hierarquizada foram decisivas para dar forma à Igreja que conhecemos hoje — mas também para aprofundar as divisões entre os mais progressistas e os mais conservadores.
Depois do Concílio Vaticano II, algumas fações começaram a militar ativamente contra Roma. O caso mais célebre é o do arcebispo francês Marcel Lefebvre, que fundou a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X, entrou em rota de colisão com o Vaticano e ao fim de poucos anos foi suspenso por Roma.
O historiador Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, reconhece que “Fátima dava argumentos a uma ala conservadora para ser uma espécie de bastião” de resistência ao Papa, muitas vezes “instrumentalizando” a piedade popular.
A ala ultra-conservadora recusava as reformas do Concílio Vaticano II e olhava para João Paulo II como um Papa que estava a trair as tradições milenares da Igreja Católica. E Fátima, centro de uma profecia que vincava a tradição eclesiástica, era um importante argumento para quem queria resistir.
Só havia um problema: a terceira parte do Segredo de Fátima continuava escondida. Ao contrário do que fez com as duas primeiras, a irmã Lúcia manteve-a sob reserva durante mais alguns anos.
Quando, finalmente, escreveu a terceira parte do Segredo, em 1944, fechou-a num envelope lacrado e determinou que só poderia ser aberto e compreendido a partir de 1960.
Depois de alguns anos no cofre do bispo de Leiria, o envelope acabou mesmo por ser enviado para o Arquivo do Santo Ofício, em Roma, para ficar ainda mais bem protegido.
O desiludido radical
O conteúdo do segredo mantinha-se escondido — mas a existência do segredo era bem conhecida.
Por causa disso, multiplicavam-se por todo o mundo católico as teorias da conspiração. E era entre os ultra-conservadores que havia mais certezas. Uma das teses que corria na ala mais ortodoxa era a de que o famoso “terceiro segredo de Fátima” seria uma condenação explícita das reformas modernistas do Concílio Vaticano II. E o padre espanhol Juan Fernández Krohn, um dos mais radicais entre os radicais, acreditava nela.
Nasceu em 1949, em Madrid, numa altura em que Espanha já vivia há uma década sob a ditadura de Francisco Franco, um regime de inspiração fascista, conservador, nacionalista e anticomunista. Ali, a Igreja Católica era a religião oficial. E Krohn nasceu numa família profundamente religiosa. Ele e os quatro irmãos estudam em colégios católicos — e o seu irmão mais velho, Miguel, também havia de tornar-se padre. As histórias da família plantaram em Juan Fernández Krohn o ódio aos comunistas — os “rojos” da Guerra Civil.
Depois de uma infância passada numa família conservadora num dos bairros mais privilegiados da capital espanhola, Krohn foi para a faculdade. E foi nesse período que a sua vida se transformou decisivamente, à conta de uma sucessão de desilusões: com a política, com a Igreja e com a própria sociedade, marcada pela revolução de costumes proporcionada pelo Maio de 68.
Quando terminou os estudos, Krohn viu-se sem rumo. Era profundamente católico e sentia que tinha de fazer alguma coisa para defender a Igreja. Mas, como admite hoje, aos 74 anos, numa entrevista ao Observador em Bruxelas, na época, a sua grande “obsessão” era o marxismo. À sua volta observava o mundo a ruir e em tudo via uma infiltração comunista, da revolução sexual às reformas da Igreja.
Depois de bater a várias portas, haveria de encontrar refúgio na Fraternidade Sacerdotal de São Pio X, a organização ultra-conservadora criada por Marcel Lefebvre depois do Concílio Vaticano II, onde em 1978 foi ordenado padre.
Mas, pouco a pouco, radicalizou-se ainda mais. Foi mais longe do que Lefebvre e começou a pôr em causa a autoridade do próprio Papa, em vez de se limitar a rejeitar as reformas do concílio.
Um Papa comunista?
Se antes disso os mais ortodoxos já questionavam o Vaticano, em 1978 piorou tudo. Foi justamente nesse ano, em que Krohn se tornou sacerdote, que João Paulo II foi eleito; o primeiro Papa não italiano em mais de 500 anos e o primeiro Papa de sempre oriundo dos países da Europa de Leste, dominada pelo comunismo e por Moscovo.
O cardeal polaco Karol Wojtyła era arcebispo de Cracóvia há mais de uma década. Como Papa, haveria de inspirar o aparecimento do Solidariedade — o primeiro sindicato independente do Partido Comunista na Polónia. Por causa disso, e não só, seria mundialmente reconhecido como um dos mais empenhados combatentes contra o comunismo. Mas, para uma minoria radical, João Paulo II era na verdade um agente comunista no Ocidente. E Krohn era um dos que viam no Papa polaco um homem demasiado próximo das ideias marxistas.
A inclinação de João Paulo II para abordar, sob uma perspetiva teológica, alguns assuntos muito associados ao pensamento marxista era o principal motivo por que Krohn pensava assim. O Papa, que na juventude tinha sido operário e tinha estudado clandestinamente durante a Segunda Guerra Mundial, falava com frequência sobre os direitos dos trabalhadores, o problema do trabalho e a exploração dos operários pelo mundo capitalistas.
“Vindo ele da Polónia, portanto dos países de Leste, a questão que estava em cima da mesa nos países de Leste, com o marxismo, era que o trabalho era um elemento fulcral da transformação da sociedade”, recorda ao Observador o padre Peter Stilwell, responsável pelo departamento de relações ecuménicas e diálogo inter-religioso do Patriarcado de Lisboa e coordenador da edição em português de muitos dos mais importantes textos de João Paulo II sobre a doutrina social da Igreja. “A leitura do trabalho que se fazia era a leitura marxista. Portanto, o trabalho como alienação, na medida em que a pessoa trabalhava por intenção do patrão, sem liberdade pessoal, para obter dinheiro para sustentar a sua família.”
Em sentido oposto, João Paulo II introduziu “outra ideia”, a de que “em todo o trabalho há o investimento da inteligência e do talento do trabalhador”, pelo que os capitalistas “devem respeitar que o dinheiro que eles têm é trabalho e talento investido por quem trabalhou”. Por isso mesmo, o Papa criticava tanto o marxismo como o liberalismo. Considerava que “padecem ambos do mesmo erro”.
No início da década de 1980, João Paulo II chegou mesmo a escrever uma encíclica sobre o assunto — a Laborem Exercens —, que chocou especialmente Juan Fernández Krohn. Para ele, era inaceitável um Papa falar assim daqueles temas marxistas.
No seminário de Lefebvre, Krohn radicalizou-se contra o Papa. Ordenado padre no mesmo ano em que João Paulo II foi eleito Papa, em pouco tempo deixou de reconhecer sequer o polaco como um Papa legítimo.
Marcado pela solidão e pelo abandono durante a juventude, Krohn era um padre radical e isolado. Que rapidamente começou a ver em João Paulo II, não um Papa, mas um Antipapa, uma encarnação do Anticristo, um impostor a ocupar indevidamente a cátedra de São Pedro enquanto promovia uma infiltração do marxismo na Igreja Católica.
Na cabeça de Krohn, era precisamente por isso que João Paulo II continuava a manter fechado nos cofres do Vaticano o terceiro segredo de Fátima. Tinha a certeza de que aquele documento era a condenação, por parte da Virgem Maria, da reforma modernista em curso na Igreja que, acreditava, só podia conduzir à destruição de dois mil anos de tradição. E foi por isso mesmo que se decidiu a assassiná-lo: era preciso travar aquele Papa impostor.
O guarda-costas de Sá Carneiro
No dia 12 de maio de 1982, João Paulo II está em Fátima para agradecer aquela que considera uma intervenção miraculosa da Virgem Maria para lhe salvar a vida depois do atentado do ano anterior.
No mesmo dia, chega a Portugal o padre Juan Fernández Krohn. Nesta altura, já está decidido a matar João Paulo II. Está há seis meses a desenhar o plano e não quer falhar na missão que Ali Agca não foi capaz de concretizar.
É um radical, mas nunca foi especialmente violento nem se envolveu em confrontos físicos: considera, no entanto, que está a agir corretamente. Acredita que é um instrumento ao serviço de Deus e que as suas ações são legítimas por serem em defesa da Igreja Católica e contra um impostor. Sabe, ainda assim, que as autoridades civis não vão pensar da mesma forma: e, por isso, está disposto a ser um mártir em nome da salvação da Igreja.
Preparou o plano ao detalhe, do sabre para evocar a lança do soldado que feriu Jesus Cristo na cruz às mensagens apocalípticas escritas a marcador azul e dirigidas a João Paulo II.
Mas o Papa tinha sido alvo de um atentado no ano anterior. A polícia estava alerta. Havia um forte dispositivo de segurança montado para a visita de João Paulo II a Portugal, que envolvia a divisão de segurança pessoal da PSP, os serviços de informações, a guarda suíça e a polícia do Vaticano e também os operacionais do próprio Santuário de Fátima.
Há uma personagem central nesta história: Manuel Cardoso Ramalhete, agente da PSP e um homem que esteve presente em vários momentos da História de Portugal no século XX.
Em novembro de 1975, foi um dos polícias que ficaram dentro do Palácio de São Bento durante 36 horas por causa do cerco ao Parlamento, um dos momentos mais tensos do PREC, o Processo Revolucionário em Curso. Depois, foi chefe de segurança do primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro — e foi ele quem o levou ao aeroporto a 4 de dezembro de 1980, o dia em que morreu no desastre de Camarate.
Em maio de 1982, Manuel Cardoso Ramalhete era o chefe da equipa de segurança pessoal encarregue de proteger o Papa durante a passagem de João Paulo II por Fátima e por Coimbra.
Em entrevista ao Observador, recorda o momento em que viu Krohn, com uma “expressão agressiva e nervosa”, saltar as baias de segurança e a correr para o Papa — com a desculpa de que o queria beijar. E conta também como conseguiu travar aquele padre espanhol que queria assassinar João Paulo II.
Um julgamento internacional
Ao longo dos meses que se seguiram, Portugal acompanhou ao detalhe a investigação e o julgamento de Krohn. Os olhos do mundo estavam postos na justiça portuguesa. Pela primeira vez, os tribunais nacionais tinham em mãos um caso de grande relevância mundial: uma tentativa de homicídio contra o Papa.
“Eu e os meus colegas tínhamos a noção de que este julgamento foi o primeiro julgamento com uma repercussão internacional muito grande”, diz ao Observador o juiz jubilado José Santos Cabral, um dos três magistrados que formaram o coletivo que julgou o padre Krohn. “Era uma responsabilidade acrescida que nós tínhamos, não só perante a própria ideia de aplicação da justiça, como perante os nossos concidadãos e perante o mundo.”
O julgamento foi complexo. Foi preciso perceber se Krohn era imputável criminalmente ou se era um louco. E foi preciso perceber exatamente que motivações tinha para fazer o que fez. Durante vários meses, os juízes mergulharam na complexa e, por vezes, contraditória argumentação teológica apresentada pelo padre espanhol para justificar a necessidade imperiosa de assassinar João Paulo II.
Hoje, mais de 40 anos depois de tentar matar o Papa em Fátima, Juan Fernández Krohn vive em Bruxelas. Numa longa entrevista ao Observador, num hotel no centro da capital belga, conta a história do antes e do depois do gesto que definiu a sua vida.
“Matar o Papa”, o mais recente Podcast Plus do Observador, revela toda a história deste padre espanhol que se radicalizou ao ponto de conceber um plano para assassinar o Papa em Portugal. E não só: esta é também uma história sobre João Paulo II, o mistério de Fátima, as tensões da Guerra Fria e a crescente divisão interna da Igreja Católica — uma história que se passa nos anos 80 mas que atravessa todo o século XX.
“Matar o Papa” é uma série com seis episódios para ouvir no site e nas redes sociais do Observador, na Rádio Observador e também nas habituais plataformas de podcast e no Youtube.
Todas as terças-feiras é disponibilizado um novo episódio. As entrevistas e o guião são de João Francisco Gomes. A sonorização e a pós-produção áudio são de Bernardo Almeida. A narração é de Pedro Laginha e a música original de Rodrigo Leão.
Já pode ouvir o trailer e o primeiro episódio.
Estreia. “Matar o Papa”. Episódio 1: “O Anticristo em Fátima”
Todos os episódios estão já disponíveis, pela primeira vez, para os assinantes do Observador.