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Os discursos, as homenagens e "Aserejé" na noite mais glamourosa de Laveiras no Coliseu: os Globos de Ouro vistos do sofá

Longa, pouco ou nada surpreendente, com bons momentos de humor voluntário e outros involuntários, entre prémios e canções que não esperávamos: Susana Verde viu tudo. Se para o ano vê outra vez? Óbvio.

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Este é o dia em que stylists, hair dressers, make up artists, publishers and so on and so on invadem quartos de hotel por essa Lisboa e arredores afora, porque ao que parece as figuras públicas não se podem vestir em casa, senão perdem pontos de glamour. Bem-vindos à XXVIII Gala dos Globos de Ouro, a cerimónia que todos os anos promete surpreender, só que não.

Clara de Sousa volta a apresentar (saudade eterna de Bárbara Guimarães e eu nem gosto da Bárbara Guimarães), Augusto Seabra continua a fazer as suas inefáveis apresentações, a SIC continua a afirmar que quer celebrar o que de melhor se faz em Portugal nas áreas do Cinema, Ficção, Teatro, Música, Moda, Humor e no Digital, sendo que o que quer mesmo é celebrar o que se faz na SIC e nem se pode dizer que faça um esforço por aí além para disfarçar.

Clássicos, alternativos ou ousados. A passadeira vermelha dos Globos de Ouro

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Os homens pedem sempre que os deixem dizer que elas estão lindíssimas. As mulheres contrapõem sempre que eles também não estão nada mal. Há sempre agradecimentos à família (a que está entre nós e a que está lá de cima a ver “tenho a certeza”), um ou outro discurso mais político e/ou a pedir mais orçamento para a cultura, lágrimas  e o Ricardo Araújo Pereira a ganhar o Globo do Humor. Se acompanho sempre a noite mais glamourosa de Laveiras no Coliseu? Óbvio.

Abertura

Com a graça de Deus Nosso Senhor, a SIC deu uma pausa no número tipo festa de Natal da empresa e não pôs as suas caras a cantar e a dançar, que é como quem diz a fazer figuras tristíssimas. Mas não vou mentir, o número de abertura, que se resumiu a uma coreografia muito pouco impressionante ao som de Feeling Good, não fez nada por mim. São nove da noite e já bocejei. Temo o pior.

Categoria de Cinema

MELHOR ATRIZ: Anabela Moreira (“Mal Viver/Viver Mal” e “A Semente do Mal”), Carla Maciel (“Légua”), Maria João Pinho (“A Sibila), Rita Blanco (“Mal Viver/Viver Mal), Rita Cabaço (“O Vento Assobiando nas Gruas”)

Começamos com Diana Chaves e Ricardo Araújo Pereira a apresentar o prémio. Um bom começo. Em primeiro lugar, porque RAP. Em segundo lugar, porque é extremamente difícil embirrar com a Diana Chaves, que não há quem não ache que deve ser uma joia de moça. Anabela Moreira fez a típica cara de espanto quando foi anunciado o seu nome, que até acredito que seja genuína porque estava na mesma categoria de Rita Blanco, que para mim ganharia qualquer certame fosse ele qual fosse. Nobel da Química, incluído.

MELHOR ATOR: Albano Jerónimo (“O Pior Homem de Londres” e “The Nothingness Club”), João Arrais (“Nação Valente”), Pedro Inês (“Índia”), Rúbem Simões (“Vadio”), Rui Morrison (“Sombras Brancas”)

Uma emocionada dupla sobe a palco para entregar o prémio de melhor ator, João Catarré e Vitória Guerra, tendo em conta o recente problema de saúde de Catarré. Bem-vindo de volta, Pipo! Quanto ao vencedor, o Albano Jerónimo deve ter feito um discurso ótimo, mas eu tinha o meu queixo no chão e estava a produzir uma quantidade anormal de saliva, que prejudicava a minha audição, de maneiras que coiso.

MELHOR FILME: ”Baan”, Leonor Teles, ”Mal Viver/Viver Mal”, João Canijo, ”Nação Valente”, Carlos Conceição, ”Nayola”, José Miguel Ribeiro, ”Onde Fica Esta Rua ou Sem Antes nem Depois”, João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata

Desta feita, temos Júlia Palha e César Mourão. O casal que protagoniza “Podia Ter Esperado por Agosto”, o filme realizado por César “chama-lhe parvo” Mourão. Entregam o Globo a João Canijo pelo 2 em 1 cinematográfico ”Mal Viver/Viver Mal”. Canijo é o meu realizador português preferido. O que é que isto vos interessa? Nada, mas fica aqui. João, se me estiveres a ouvir, um grande beijinho. O produtor Pedro Borges fez o discurso, a Rita Blanco e a restante equipa do filme subiu a palco. Rita foi Rita e foi tudo. Vão ver.

Três da Manhã, parte I

Daniel Cruzeiro, diretor-executivo de entretenimento da SIC, tinha prometido novas formas de humor nesta noite. Ainda pensei que ia entrar em palco um humorista com a cabeça em forma de triângulo… E é por estas e por outras que nunca ganharei o Globo de Ouro do Humor. Mais uma coisa que tenho em comum com a Joana Marques, além da altura abaixo de 1 metro e 60. As Três da Manhã — Ana Galvão, Inês Lopes Gonçalves e Joana Marques — sobem a palco para fazer um mini-roast à plateia, que foi tão bem sucedido como aterrorizante para quem estava sentado nas cadeiras do Coliseu. Gostei particularmente do momento em que Ana Galvão faz uma referência ao croquetegate do Rock in Rio, em que Bárbara foi atriz coadjuvante de Sónia Tavares, e Joana Marques comenta “A Bárbara tem sempre azar com o que come”.

Pedro Abrunhosa

Primeiro momento musical da noite com Pedro Abrunhosa a cantar (ou a fazer uma mal coordenado playback?) o chamado medley, celebrando os 30 anos do álbum Viagens (Não posso mais, Socorro, e Tudo o que eu te dou) enquanto distribuía bacalhaus pela primeira fila. Não sei até que ponto isto ajuda a atuação, mas enfim. A dado momento, dirige-se a Manzarra, num claro inuendo ao icónico momento em se esbardalhou em direto nos “Ídolos” e o apresentador voou em seu socorro e largou um adequado “Foda-se”. Abrunhosa encerrou a sua atuação com um apelo ao cessar-fogo, a plateia bateu palmas, a seguir retocou o gloss, tirou mais uma selfie e vida que segue.

Entretenimento

PERSONALIDADE DO ANO: César Mourão, Cláudio Ramos, João Baião, Manuel Luís Goucha, Vasco Palmeirim

Joana Ribeiro e Lourenço Ortigão apresentaram uma categoria de tubarões. E Goucha foi escolhido para o Globo de Ouro Exemplo de Fair Play do Ano, que é como quem diz “Estão a ver que nós não damos Globos só aos nossos?”. Mas isso agora não interessa nada. Goucha ganhou e é sobre isso. No dia em que uma manifestação anti-emigração saiu à rua, o apresentou disse em palco que “A liberdade não floresce no meio da ignorância”. Poder-se-ia dizer que devia ter pensado nisso, antes de contribuir para o problema e dar palco a certos e determinados, mas enfim. A noite é de glamour. Se o Goucha me pôs a chorar, quando fecha o discurso em lágrimas com um “Mamã, ganhei um globo de Ouro”? Ah pois pôs.

PERSONALIDADE DO ANO — DIGITAL: Ana Garcia Martins (“A Pipoca Mais Doce”), Guilherme Geirinhas, Joana Marques, Mariana Cabral (“Bumba na Fofinha”), Nuno Markl

Bárbara Branco e José Mata muito bonitos, muito leves e muito competentes. Este prémio foi uma das boas surpresas da noite. Guilherme Geirinhas ganhou justamente, no ano em o seu “Bom partido” partiu a internet (viram o que eu fiz aqui?) da melhor maneira possível.

Ana Moura

Ana Moura protagonizou o segundo momento musical da noite e um mamilogate, porque foi com os ditos à mostra para a passadeira vermelha e quase que vazou a vista à internet. Aparentemente, pode-se mostrar o seio na totalidade com exceção da auréola. Pessoas, o que é que aquele circulozinho de pele mais escura tanto vos incomoda, alguém me explica? Dito isto, Ana trouxe música nova e mais dança. Vou só dizer que acho que Ana Moura não vai estar entre os nomeados do próximo ano com isto, é só a minha opinião. Mas bota o mamilo para jogo à vontade, Ana!

Ana Galvão, Joana Marques e Inês Gonçalves, ou As Três da Manhã

Moda

PERSONALIDADE DO ANO: Ana Duarte, Béhen — Joana Duarte, Constança Entrudo, Luís Pereira, Manuel Alves e José Manuel Gonçalves.

Andreia Rodrigues e Soraia Chaves apresentaram o prémio com a naturalidade e a química de uma fábrica de celulose. Adivinhava-se que a dupla Manuel Alves e José Manuel Gonçalves (1952-2024) ia ganhar e que o momento seria emocionante e assim foi. Uma das maiores salvas de palmas da noite.

Três da Manhã, parte II

Segunda intervenção das Três da Manhã, a fazer lembrar o seminal “Altos e Baixos” do Canal Q, com um potpourri de ótimos-porque-péssimos momentos de televisão. Destacar que Joana não deixou escapar a oportunidade e o tempo de antena (e bem) para fazer uma entrada de carrinho aos Anjos, que a estão a processar, pedindo 1,2 milhões de euros de indemnização por uma piada. Se houvesse um Globo para premiar a falta de noção, a vitória dos irmãos Rosado era incontestável.

Homenagem a Sara Tavares

Catarina Furtado sobe a palco para apresentar a inevitável e necessária homenagem a Sara Tavares. Mayra Andrade, Ana Moura, Dino D’Santiago, Branko e Nuno Guerreiro protagonizaram o momento musical da noite e foram responsáveis por me porem a lacrimejar pela segunda vez, nesta noite. Ah pois! Se isto não é uma menopausa precoce, não sei o que é. Foi lindo. Globos de Ouro bem.

Ficção

MELHOR ATRIZ: Helena Caldeira (“Rabo de Peixe”), Inês Aires Pereira (“Erro 404”), Márcia Breia (“Lúcia, a Guardiã do Segredo”), Margarida Vila-Nova (“Matilha”), Sofia Ribeiro (“Senhora do Mar”)

MELHOR ATOR: Afonso Pimentel (“Matilha” e “Rabo de Peixe”), Albano Jerónimo (“Rabo de Peixe”), José Condessa (“Rabo de Peixe”), Paulo Pires (“Codex 632”), Rodrigo Tomás (“Rabo de Peixe”)

Ricardo Pereira e Mariana Monteiro leram bem o teleponto. Ponto. As Carolinas Loureiro e Patrocínio fizeram o mesmo. Ponto. Os protagonistas da série da RTP “Matilha” venceram. Margarida Vila-Nova, que é uma grande atriz, estava muito feliz. Afonso Pimentel fez o discurso mais longo da noite e levou com a orquestra forte e feio, mas aguentou-se à bronca e ordenhou o seu momento até onde pôde. My kind of person.

MELHOR PROJETO: ”Codex 632”, “Lúcia, a Guardiã do Segredo”, “Matilha”, “Senhora do Mar”, “Rabo de Peixe”

Bento Rodrigues e Cláudia Vieira subiram a palco para anunciar o Melhor Projeto de Ficção. Duas profundas convicções que aproveito para partilhar: sinto que a voz de Bento Rodrigues devia ter uma personalidade jurídica autónoma e que esta nova nomenclatura de “Melhor Projeto de Ficção” serve exclusivamente para a SIC enfiar uma novela das suas entre os nomeados. Dito isto, ganhou “Rabo de Peixe”, conforme expectável. Nada a dizer. Venha a próxima temporada.

Las Ketchup

Terceiro momento musical da noite. Sei que não devia usar vernáculo, até porque no último artigo me chamaram Quim Barreiros de saias na caixa dos comentários, mas porque car… foram buscar Las Ketchup em 2024? Eu sei que a interminável Macarena dos Los del Rio nos Globos, em 2021, deu que falar. Mas agora têm que ir à prateleira dos enlatados musicais todos os anos? Fun fact: sabiam que o tema Aseréje é sobre um indivíduo sob o efeito de estupefacientes que entra num estabelecimento noturno e pede ao seu amigo DJ que ponha o “Rapper’s Delight” dos Sugarhill Gang? E o refrão ininteligível é não mais que duas espanholas a falar inglês, com o sotaque que tão bem os caracteriza. E não digam que vão daqui:

“I said a hip, hop, the hippie (Aserejé ja de jé de jebe)
to the hip-hip-hop, a you don’t stop (tu de jebere sebiunouva)
the rock it to the bang bang boogie say up jumped the boogie (majabi an de bugui)
to the rhythm of the boogie, the beat” (an de buididipí)

Teatro

MELHOR ATRIZ: Antónia Terrinha (“A Omissão da Família Coleman”), Eduarda Arriaga (“Girafas”), Emília Silvestre (“Longa Jornada para a Noite”), Maria Jorge (“Remédio”), Marina Mota (“Bravo 2023!”)

Fátima Lopes, a apresentadora boazinha e João Baião, o homem mais feliz de Portugal, apresentaram o primeiro Globo da noite do Teatro, para Melhor Atriz. Marina Mota que o ano passado disse e passo a citar “Estive naquela estação [SIC] a liderar audiências durante mais de uma década. Em 40 anos nunca consegui fazer um único trabalho merecedor, ou seja, não tenho talento suficiente para ganhar um Globo de Ouro. Porque é que haveria de ser agora?” ganhou o Globo de Ouro. Em Teatro. Agora, pensa…

MELHOR ATOR: João Pedro Vaz (“Tempestade Ainda”), João Reis (“Longa Jornada para a Noite”), João Vicente (“Girafas”), Ricardo Aibéo (“De Passagem”), Rúben Gomes (“Remédio”)

Débora Monteiro e o novo corte de cabelo de Sara Matos apresentaram o Globo de Ouro para melhor Ator. Não estou a reduzir a atriz a um pormenor do aspeto físico, mas não se falava de outra coisa. João Vicente ganhou com o seu papel numa peça que ia ser reposta, não fossem os Artistas Unidos terem ficado sem sala. Carlos Moedas, que até ao momento aparecia sempre em plano de tacha arreganhada, murchou. Que é o que ele está a fazer a Lisboa. A tirar-lhe vida aos poucos.

MELHOR PEÇA/ESPECTÁCULO: ”Blackface”, Marco Mendonça, ”De Passagem”, António Pires, “Girafas”, Nuno Gonçalo Rodrigues, “Longa Jornada para a Noite”, Ricardo Pais, “Tempestade Ainda”, João Lourenço

Júlia Pinheiro e Ljubomir Stanisic apresentam o Globo para Melhor Peça/Espetáculo. Júlia aproveitou para parabenizar o amigo Goucha, Ljubomir aproveitou para usar vernáculo, não fossemos nós termo-nos esquecido da persona deles. António Pires ganhou e premiar um dos maiores encenadores portugueses nunca é demais.

Três da Manhã, parte II

Terceiro momento das Três da Manhã com uma edição especial Globos de Ouro da rubrica da Renascença “Desculpa, mas vais ter de perguntar” em que, para quem não sabe, cada uma à vez faz perguntas desconfortáveis a figuras públicas, escritas pelas outras duas. Eu sou fã, como já deve ter dado para perceber, foi tudo muito giro e está tudo muito certo, mas o facto do Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa a.k.a. O Patrão, claramente saber a pergunta de antemão e ter trazido a resposta estudada, deixou-me um amargo de boca.

Clara de Sousa apresentou a gala

Categoria Revelação

Revelação: Ana Lua Caiano, António Castro, Cândido Costa, Jüra, Rui Pedro Silva

Isabela Valadeiro e João Manzarra apresentaram o globo de Ouro de Revelação, e revelaram que o que a princípio estava a ter graça, rapidamente começou a ficar estranho, a rábula estendeu-se para lá do razoável e se houvesse misericórdia a certa altura o Feist tinha entrado com a orquestra e calado o Manzarra. Passemos para o vencedor que, pelo contrário, tem um timing de comédia impecável e tem-me feito rir desbragadamente muitas vezes. E o povo é soberano e votou bonito no único, no inigualável, no homem mais soltinho da Península Ibérica, Cândido Costa. Se há pessoa que me faz rir é o Candinho e se nunca viram o Cândido on Tour no 11, não sabem o que perdem. Tudo tão simples e tudo tão certo.

Marco Paulo

Já Ana Marques apresentou uma homenagem a Marco Paulo, num caso evidente de Síndrome de Estocolmo. A atuação ficou a cargo do projeto “Para Sempre, Marco” de Tiago Pais Dias, ex-Amor Eletro, com participação especial de Áurea e do Saint Dominic’s Gospel Choir. Tudo tão exagerado e tudo tão errado. Foi o que achei, as minhas desculpas ao envolvidos e as melhoras para o Marco Paulo.

Música

MELHOR ATUAÇÃO: Carminho (Coliseu dos Recreios), Dillaz (Coliseu dos Recreios), Jorge Palma (NOS Alive), Slow J (Meo Arena), The Gift (Coliseu dos Recreios)

Os eternos pneus suplentes Liliana Campos e José Figueiras entregaram o Globo de Ouro de Melhor Atuação a Carminho e em boas mãos ficou, porque a Caminho é do caraças, mas eu tinha dado ao Slow J que deu um concerto do caraças no seu primeiro Meo Arena, que eu estava lá e vi. Não tenho muito mais a dizer.

MELHOR CANÇÃO: ’Deixem o Morto Morrer’, Ana Lua Caiano, ’Dores de Crescimento’, Carolina de Deus e António Zambujo, ’Saudade’, Miguel Araújo e Os Quatro e Meia, ’Maria Joana’, Nuno Ribeiro com Mariza e Calema, ’Tata’, de Slow J

Sofia Ribeiro e Afonso Pimentel apresentaram o o Globo para Melhor Canção e a atriz diz que furou o alinhamento para mandar uma mensagem para as sobrinhas que adotou e para dar um alerta sobre violência doméstica. Sofia Ribeiro bem. Surpreendentemente, Ana Lua Caiano ganhou com ’Deixem o Morto Morrer’ e o seu vestido à Família Von Trap. Isto não é uma crítica, que eu adoro o “Música no Coração”. Não falha um Natal. E acho que a Ana Lua Caiano também veio para ficar.

MELHOR INTÉRPRETE: Ana Lua Caiano, Carminho, Legendary Tigerman, Milhanas, Salvador Sobral

Conceição Lino e Jorge Corrula mereciam o Globo para a dupla mais constrangedora. Mas entregaram a Salvador Sobral o prémio para Melhor Intérprete, a absoluta justiça deste prémio faz-me ultrapassar o cringe de toda a interação.

Internacional/In Memoriam

Rodrigo Guedes de Carvalho entrou com ar de quem ia dar uma Ted Talk, mas afinal era só um hard sponsoring ao Tribecca Festival, a quem a SIC decidiu dar um Globo de Ouro Internacional. Fiquei só confusa, mas pode ser problema meu. Não tenho muito mais a dizer.

Seguiu-se o habitual In Memoriam com o também habitual Nuno Feist ao piano e a habitual tristeza de ver gente talentosa que partiu. Também não há muito mais a acrescentar.

Humor

PERSONALIDADE DO ANO: César Mourão, Guilherme Geirinhas, Herman José, Joana Marques, Ricardo Araújo Pereira

O último globo da noite foi entregue por Bárbara Guimarães e Renato Godinho, que não se coibiu de apontar para o elefante da sala e chamar ao prémio “Globo Ricardo Araújo Pereira”. Era esta a categoria mais esperada da noite, tendo-lhe valido o fecha da gala? Para mim, sim. Seria desta que se corrigiria o merecido Globo a Joana Marques, já que não lhe entregaram o já habitual Globo de consolação de Personalidade Digital? De referir o absoluto ridículo de Bumba na Fofinha não estar nomeada para esta categoria, sendo a comediante que mais salas esgotou em 2023, em Portugal, e preparando-se para igualar o feito em 2024. Ricardo voltou a ganhar, eu larguei um “Foda-se”, ele a seguir faz um discurso extraordinário e necessário sobre o processo de que Joana Marques está a ser alvo. RAP sempre bem, mas o globo não era para ti na mesma,

Prémio Mérito e Excelência

Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, também conhecido como o homem que faz pausas para lhe baterem palmas e reclama se não o fizerem, entregou o prémio a um emocionado Paulo de Carvalho, que levantou o Coliseu. Justa homenagem.

E assim terminou a XXVIII Gala dos Globos de Ouro. Longa, pouco ou nada surpreendente, com bons momentos de humor voluntário e vários momentos de humor involuntário. E muito, muito glamour.  Se para o ano volto a acompanhar a noite mais glamourosa de Laveiras no Coliseu? Óbvio.

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