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Pais há muitos, mas o seu será sempre o melhor

Este texto é sobre pais, o seu pai. Mas também é sobre whisky. Portanto, apreciadores de whiskies: uni-vos. A James Martin’s lançou exclusivamente em Portugal uma edição que vai querer conhecer.

Quem nos lê desse lado ainda não sabe mas, no final deste texto, estará connosco a celebrar o mais importante que a vida nos dá: as coisas bonitas que um pai deixa a um filho. Não é muito fácil ter noção do impacto que um momento tem na nossa vida quando o estamos a viver, só quando relembramos o passado com distanciamento é que conseguimos detetar a magia que torna eterna determinada situação. Por isso, recuemos no tempo – não no nosso tempo, no seu, porque isto é sobre o seu pai e ninguém melhor do que o leitor para saber recordá-lo.

3 fotos

Falámos com três pessoas que nos deram, na primeira pessoa, os seus testemunhos sobre o legado que um pai deixa num filho, sobre as memórias que guardam com carinho e sobre o papel de um pai para um filho. O ator Paulo Pires, o antigo jogador de rugby do grupo desportivo de Direito, do Montpellier em França, e da seleção nacional portuguesa, Gonçalo Uva, e o chef Carlos Afonso recordam os seus pais.

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Paulo Pires

Quando me lembro do meu pai, o que me ocorre logo é a serenidade e simpatia que o meu pai ainda hoje tem! A sua forma correta e exemplar perante as pessoas e o mundo. O amor que sente e dedica à família e aos amigos. A forma inteligente e dedicada como sempre me tem acompanhado.

A memória mais aconchegante que tenho com o meu pai tem principalmente que ver com momentos passados em férias. De viagens de carro à descoberta de lugares. Das idas ao Alentejo (onde ele nasceu), da relação carinhosa com as netas. De ainda hoje, com 84 anos e felizmente de boa saúde, ser um apreciador dos prazeres da vida, de um bom vinho e de um bom whisky.

Acho que um Pai deixa sempre um legado a um Filho, mesmo que nada faça. Pela presença ou pela sua ausência. No meu caso, cresci com um Pai que não era demasiado permissivo, mas também nunca foi demasiado impedidor ou austero! Penso que me orientou, por vezes quase em silêncio, como uma espécie de farol. Talvez o grande legado que me deixou tenha sido ajudar a desenvolver alguma intuição. De uma construção, com sensibilidade e respeito, pelo mundo que me rodeia. Que o meu caminho fosse no sentido de me encontrar enquanto indivíduo realizado e o mais feliz possível.

Gonçalo Uva

Quando me lembro do meu pai, sinto um enorme sentido de segurança – pela sua presença e por saber que me apoia nos bons e nos maus momentos, com uma opinião muito forte e sustentada e ao mesmo tempo dando liberdade para construir o caminho. Sempre pronto para ajudar em qualquer que seja a necessidade.

Sempre tive uma ligação muito próxima com o meu pai, é uma peça fundamental na nossa família. Apesar de ter um feitio muito próprio, não deixa de ser um elemento agregador, tenho vários amigos que o consideram um segundo Pai. Das recordações mais queridas que guardo – e felizmente são muitas -, destaco as nossas viagens à neve, horas infinitas de carro a ouvir as cassetes “dele” (Julio Iglesias, Charles Aznavour, Gipsy Kings) em repeat. A sua paixão pelo ski é contagiante, o prazer com que me ensinou a mim e aos meus irmãos a fazermos desde miúdos é raro nos dias de hoje. Agora, enquanto avô, adora levar os netos, é um legado. Além do ski, sempre transmitiu a importância do desporto no nosso quotidiano, talvez por isso o meu irmão e eu tenhamos chegado onde chegamos no Rugby. É alguém que sempre tentou passar o melhor da vida para os filhos.

Quando penso no meu pai, penso num exemplo e é uma pessoa por quem tenho um enorme respeito, admiração, amizade e amor. Posso dizer que é um dos meus mentores e que o utilizo como norte em muitas decisões. Dá-me independência e liberdade para seguir o meu caminho, mas sempre com um apoio incondicional.

O legado que o meu pai me deixa é o seu sentido de família, o seu romantismo, a sua paixão pela vida e capacidade de trabalho, o respeito, a amizade. São alguns dos valores que me transmitiu e continua a transmitir. Poderia enumerar muitos mais, mas estes foram talvez os que mais me marcaram e que gostava de passar aos meus filhos. Demonstra um grande orgulho nos filhos e nos netos e gosta de estar sempre presente, qualidade que prezo e que gostava de replicar com os meus filhos e netos. Posso dizer que o meu pai é um exemplo do pai e avô que gostaria de ser.

“Destaco as nossas viagens à neve, horas infinitas de carro a ouvir as cassetes ‘dele’ (Julio Iglesias, Charles Aznavour, Gipsy Kings) em repeat.”
Gonçalo Uva

O meu pai tem uma frase muito típica que sempre acompanhou quem conviveu lá em casa e virou quase um slogan dele: “as batatas não nascem na mercearia!”. É uma frase cliché que me acompanhou na minha carreira enquanto jogador que me motivava a treinar mais para conquistar os meus objetivos. Um dos concelhos que mais me marcou e mais impacto teve na minha vida, foi o de nunca deixar os estudos para trás durante a minha carreira de jogador de Rugby profissional. Não foi fácil conciliar, mas valeu a pena.

Chef Carlos Afonso

Quando me recordo do meu pai, lembro-me do mar, da pesca e da gastronomia. Uma das memórias mais queridas que guardo eram as pescarias aos fins de semana no Rio Guadiana. Depois de uma manhã de boa pesca, acendíamos o lume e preparávamos um petisco com aquilo que tínhamos pescado e com algumas ervas aromáticas que apanhávamos por ali quando era tempo delas, poejo, hortelã da ribeira e agirão para as saladas que acompanhavam os achigãs grelhados na brasa.

“Saudades de estar sentado à mesa ao fim de semana em família, a petiscar, a falar e a conviver.”
Chef Carlos Afonso

Sempre que me lembro dele, sinto saudades, muitas saudades. Saudades de estar sentado à mesa ao fim de semana em família, a petiscar, a falar e a conviver, saudades dos fins de semana na pesca, das idas a Trás-os-Montes, visitar a família do lado paterno, de estar de férias em Trás-os-Montes, das idas ao rio, e dos petiscos a seguir à pesca.

Acho que o maior legado que o meu pai me deixou foi a educação e o respeito pelos outros, que devemos sempre seguir os nossos sonhos, não importa a idade, o tempo ou o momento, devemos lutar por aquilo que queremos, correr e ir atrás. A coisa mais importante que ele me deixou, foi o de saber viver, apreciar a natureza, e o amor pelo mar e pelo mundo subaquático.

O ritual do whisky traz-lhe boas memórias?

Paulo Pires
Sim, principalmente um bom whisky que, normalmente, se bebe em momentos especiais! Que nos pode quase fazer viajar no tempo. Como uma boa música! O whisky, que se aprende a apreciar como muitas outras fontes de prazer, complexas – sem um ritual perde o prazer. Com o prazer vêm as memórias.

Há poucas coisas mais bonitas do que aquelas que os pais passam para os filhos

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Mais do que um whisky suave e generoso envelhecido em barrica durante 32 anos, os sabores delicados desta edição exclusiva da James Martin’s lançada mesmo a tempo do Dia do Pai, fala-nos de reencontros entre gerações: a felicidade mora na passagem do testemunho entre pais e filhos. Num ano atípico em que faltam os afetos e a proximidade do toque, revisite o que faz mais sentido e ofereça herança: os aromas de caramelo cremoso e notas de vinho Marsala, entrelaçado com sabores de tâmaras, especiarias suaves, citrinos e amêndoas revestidas de açúcar, não vão desiludir. Nem  a si, nem a quem mais gosta.

Gonçalo Uva
Traz-me memórias muito antigas! Enquanto miúdo preparei centenas de whiskies para o meu pai e para os seus amigos lá em casa, quer fosse com gelo, água de castelo ou lisa ou simplesmente puro em copos altos ou balões, eram dias muito bem passados a ouvir histórias que me marcaram e que hoje relembramos. Posso dizer que beber um whisky e fumar um charuto é um ritual que sempre me irá recordar o meu querido pai.

Chef Carlos Afonso
O meu pai era um apreciador de whisky, era talvez a bebida destilada que mais apreciava em momentos de convívio com os amigos. Lembro-me muito dele a deixar-se levar por um bom scotch, simples ou “on the rocks”, se fosse verão.

“Sim, principalmente um bom whisky que, normalmente, se bebe em momentos especiais! Que nos pode quase fazer viajar no tempo. Como uma boa música!”
Paulo Pires

Uma edição especial para um dia especial

Uma bebida sofisticada e com sabores completos e arredondados. É assim o whisky da James Martin’s, a referência de luxo para os seus grandes apreciadores. De pai para filho: também é assim que funciona a passagem de testemunho de James Martin’s – afinal também os rituais são legados eternos que nos ligam para sempre a momentos bonitos. Com o dia do pai a aproximar-se, e especialmente num ano em que substituímos o abraço por um olhar distante, celebre o seu e as histórias que vos ligam com um presente à altura: falamos da nova edição do whisky James Martin (389,00€), lançada exclusivamente em Portugal. Suave e generoso de 32 anos, apresenta aromas de caramelo cremoso e notas de vinho Marsala. Mas há mais, claro: saboreie um entrelaçado com sabores de tâmaras, especiarias suaves, citrinos e amêndoas revestidas de açúcar. Trata-se de um blend cremoso e frutado, com especiarias muito subtis, naturalmente enriquecido pelos 32 anos de envelhecimento em barrica.

Com o prazer, surgem as memórias: a sensação de final de boca é encantadora, mas superamos já as suas expectativas, será longo, carvalho e doce, com a mais ligeira sugestão de anis.

A história de James Martin’s

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No início, estava o sonho de criar whisky da mais alta qualidade: 1878 foi o ano em que James “Sparry” Martin, elegante pugilista na sua juventude e um dos grandes nomes da História escocesa, iniciou a sua atividade como comerciante de vinhos e bebidas espirituosas na cidade de Edimburgo. Do ringue para o palco dos negócios, o fundador desta marca histórica acreditava que o segredo estava em envelhecer o blended whisky de malte durante pelo menos dez anos para obter um sabor suave. Símbolo de requinte e sofisticação, esta é uma marca que não só se destaca pela qualidade do produto mas pela transversalidade dos momentos que proporciona: forneceu a Casa Real Britânica durante o reinado do Rei Eduardo VIII e foi servido em cruzeiros de luxo como o Queen Mary e o Queen Elizabeth, após a Segunda Guerra Mundial. Quando Martin morreu em 1899, assegurou que a sua empresa só poderia ser vendida ao sócio Edward MacDonald. O charme icónico da James Martin’s vive no ritual de abrir uma garrafa e no prazer de desfrutá-la: os grandes apreciadores de whisky perceberão.

Apreciadores de whisky por aí? Esta é uma edição exclusiva que pretende encontrar os antigos e os novos consumidores a meio-caminho e proporcionar momentos de partilha e convívio em torno deste ritual que atravessa gerações e é essencialmente passado de pai para filho.

As coisas mais importantes da vida merecem o nosso tempo: não sabemos quem nos lê desse lado mas esperamos que tenha feito esta viagem connosco. Este texto é sobre o seu pai: nós lançámos as perguntas, as respostas são suas. É que pais há muitos, mas o seu será sempre o melhor.

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