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Cristas recebeu "recados" para não falar de Tancos, mas avisa: "Não temos medo do PS"

Cristas acusa PS de recuperar "tese da cabala" e diz que recebeu "mensagens" e "recados" a avisar que o CDS não devia falar do caso de Tancos. Cristas avisa que o papel do CDS não é "agradar a Costa".

Assunção Cristas não terá recebido só mensagens amistosas no dia de aniversário. A líder do CDS, sem concretizar quem o fez, sugeriu num comício este sábado à noite em Albergaria-a-Velha que alguém terá pressionado o partido a não ser tão corrosivo no caso Tancos. “Há quem nos mande mensagens, quem nos diga que isto tem um preço político, mas para nós o preço da verdade não existe”, disse a líder centrista sem concretizar quem enviou essas mensagens. Assunção Cristas acrescentou ainda que se está perante a velha lógica socialista de “quem se mete com o PS, leva” e falou de alguém que enviou “recados para que não se fale disso [Tancos]” e que queria impor ao CDS “assuntos proibidos”. Apesar das pressões, a líder centrista avisou: “Não temos medo do PS.

Cristas nunca concretizou quem enviou essas mensagens. Apesar disso, a líder avisou que o papel do CDS não era “pôr-se na fila para agradar o António Costa ou o PS” e que esse tipo de pressões “até pode funcionar com partidos de linhas ditatoriais, como o BE e PCP, mas não funcionará, nem funcionou com o CDS”.

Num ataque violento ao PS, Assunção Cristas adverte que, sempre que o PS é criticado é tudo uma cabala ou conspiração.”Passa a ser tudo uma cabala. Já vimos esse filme. E não acaba bem“, referiu, numa alusão à tese da “cabala” defendida por Ferro Rodrigues durante o processo Casa Pia. Cristas avisa que “a única conspiração que existe é contra o Estado de Direito” e definiu o caso de Tancos como “tramoias socialistas”.

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Depois de ter antecipado de manhã que não daria tréguas ao governo neste caso, Assunção Cristas voltou à carga no comício da noite, definindo o caso como “um dos maiores escândalos da vida democrática”, em que o Governo “não só silenciou, como participou de uma ilegalidade, de uma simulação, de uma verdadeira mentira a todo o país”. A líder centrista diz ainda que se isto se tivesse passado com um governo PSD e CDS este seria logo considerado um “crime de lesa-pátria” e seria um “drama”.

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Cristas quer nova comissão de inquérito a Tancos e Ministério Público a analisar declarações de Costa

Portas enviou prenda por vídeo: “Resultado vai ser melhor do que muitos esperam”

Ainda antes do discurso, entre 600 a 700 pessoas cantaramos parabéns à líder Assunção Cristas que teve direito a bolo na abertura do comício em Angeja, no concelho de Albergaria-a-Velha. Mas a maior prenda dos 45 anos veio de um padrinho desnaturado — com quem tem “conversado pouco” — mas que decidiu enviar uma mensagem em vídeo. Paulo Portas não apareceu desta vez no distrito onde é mandatário (já ali tinha estado na quarta-feira), mas em vídeo desejou “tudo de bom” à líder e fez-lhe um pedido: “Que conduza as nossas cores para um bom resultado no dia 6 de outubro.” E acrescentou, esperançoso: “Melhor do que muitos esperam.

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Paulo Portas fez ainda um apelo a que se transmita aos eleitores que o voto útil acabou com a criação da “geringonça”. O ex-líder pediu aos militantes que “lembrem às pessoas o que aconteceu em 2015” em que o que “contou não foi a coligação ter ganho, ou o partido que teve mais votos, o que contou foi a soma dos deputados no parlamento, por isso é que nasceu a “geringonça”. Por isso é que os deputados do CDS são essenciais. Os deputados do CDS somam e sem a soma dos deputados do CDS a maioria será de esquerda“.

O antigo presidente do CDS pede assim que se transmita aos eleitores que tenham “tenham sempre essa noção: se o CDS não eleger os seus deputados, em vez deles vamos ter deputados do PS, do Bloco, da CDU e do PAN”. Um apelo aos “votos seguros em deputados do CDS”, pois essa é a única forma de “garantir que o país pode ir para melhor”. No fim do vídeo, Portas deseja “boa campanha”, como quem se despede de vez, mas o Observador sabe que o antigo líder ainda está a tentar encontrar um espaço na agenda para fazer uma ação ao lado da líder do partido.

Diogo Feio com “João Ratão”, Nobre Guedes na defesa de Marcelo

Diogo Feio, que foi secretário de Estado da Educação durante um tempo em que a secretaria de Estado estava sediada em Aveiro, recuperou a história do João Ratão, que foi utilizada por António Costa num célebre debate quinzenal quando se discutia se preferia o PSD à esquerda para acordos. O antigo governante começou por atirar ao PS, dizendo que o CDS é “o partido que não entra na lógica dos acordos estruturais, que os faz num dia e depois não quer saber deles, que os deita fora”. Ao contrário de outros que andam à esquerda a lutar para perceber “quem foi o melhor João Ratão”. E apelou: “Não votem nem na carochinha nem no João Ratão, votem na Assunção e no João”.

O antigo eurodeputado do CDS lembrou que o primeiro-ministro aconselhou a pôr o “votinho” na “mãozinha” (símbolo do PS), mas que não vai cair na tentação de pedir às pessoas que votem “nas duas setinhas a apontar para o círculo”, mas apenas que “votem com mão firme, para que a política não fique apenas cor-de-rosa”.

O ex-ministro Luís Nobre Guedes lembrou tempos difíceis que as sondagens chegavam a dar “1%” ao CDS, mas que nas urnas o resultado era completamente diferente. Numa parte do discruso mais ideológica, o antigo governante avisou que “o CDS só é um grande partido se não puser em causa os seus valores: causa o direito à vida”. E acrescentou: “Não temos vergonha de defender o direito à vida. Nos dois referendos do aborto, estivemos contra o aborto”. Neste caso, os aplausos foram mais contidos do que quando se referiu apenas ao “direito à vida”:

Nobre Guedes falou ainda de Tancos, alegando que “não é processo judicial, é acima de tudo um processo político. 100% político. É a consagração daqueles que entendem que a política vale tudo, que não vale a pena ter princípios”. Para o ex-ministro, Tancos é “a razão pela qual muita gente se afasta da política” e corre o risco de ser “a politização da justiça ou a justicialização da política”.

Nobre Guedes alerta ainda que Tancos “representa o princípio de um conflito institucional que já é irreversível”. Mas que não restem “dúvidas a quem votar no CDS: O CDS, entre o Presidente da República e o PS, está incondicionalmente e convictamente com o Presidente da República e não com o PS”.

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