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Paulo Rangel e Pedro Marques estiveram a dez de distância: minutos e não pontos percentuais nas sondagens. Um na Praça do Município em Aveiro, ao ar livre, outro numa sala do Parque Expo, também em Aveiro, num auditório. Antes tinha ambos andado entre pescadores, um na fábrica de bacalhau e outro na Doca Pesca de Aveiro. Como se não bastasse os comícios começaram à mesma hora.
O PS estava numa sala fechada, o PSD fez um comício “à moda antiga”, como lhe chamou Paulo Rangel. No PS a sala estava cheia com cerca de 400 pessoas (algumas delas de pé por falta de lugares sentados), no PSD a comitiva garante que tinha entre 800 a 1000 pessoas (número dito por Paulo Rangel no palco) na praça em frente à câmara, liderada pelo social-democrata Ribau Esteves. O PSD diz que mobilizou pelo menos o dobro das pessoas do PS.
Dois comícios, uma cidade, figuras ilustres de ambos os partidos como convidados principais, a mesmíssima hora para arrancarem. Quatro quilómetros apenas a separá-los (a dez minutos, se percorridos de carro). E nos discursos, separaram-se assim tanto? O Observador cruzou o que se passou, a cada minuto, em cada uma das salas onde decorreram os comícios de PSD e PS em Aveiro. Os socialistas arrancaram na frente, a puxar ao exagero logo na primeira intervenção.
Dois comícios, uma cidade
O comício do PS arrancou antes, mas houve coincidências que passaram despercebidas aos próprios partidos.
21h30. Pedro Marques entrava na sala no Parque Expo ao som da Bella Ciao, ao lado da secretária-geral adjunta do PS Ana Catarina Mendes, ainda Rui Rio e Paulo Rangel se encontravam junto ao hotel Imperial com centenas de militantes à porta, que cantavam: Pê-pê-dê, pê-pê-dê, é a força pê-ésse-dê. Os sociais-democratas sairiam dali, minutos mais tarde, fazendo um percurso de trinta metros até chegarem à Praça do Município.
Presidente do PS Aveiro entusiasma-se e praticamente cria novo cargo europeu
21h34: Era chamado a intervir no comício do PS o líder da Federação e autarca de São João da Madeira, Jorge Sequeira. Muito próximo de Pedro Nuno Santos, arrancou o discurso com um elogio ao ministro que estava sentado na primeira fila, ensaiando uma ode à “geringonça”: Chamou-lhe “o nosso ministro de Aveiro, o ministro da conciliação política, da conciliação sindical, o ministro da paz social”. Também saúda a secretária-geral adjunta, que estava ali mesmo na primeira fila, mas não foi a mesma coisa.
21h39: Continuava a ode à “geringonça”, por Jorge Sequeira. Carregava nas tintas ao dizer que “houve um tempo em que alguns pensavam que um governo perigosamente apoiado por uma governação de esquerda não iria a lado nenhum, iria levar o país para o apocalipse” e “ eis senão quando, para espanto e surpresa de todos, conseguimos convencer os países mais austeros, mais conservadores e mais rigoroso a entregarem a um português a gestão das finanças públicas europeias”. Aqui o discurso de Sequeira já ia na epopeia a contagiar Mário Centeno que, na verdade, preside apenas ao grupo informal de ministros das Finanças da zona euro. Longe daquele pedestal em que o colocava de “um dos postos mais importantes da política internacional”. Não é.
21h44: O comício do PS já estava aquecido, pelo anfitrião de Aveiro quando, no centro da cidade, Rui Rio e Paulo Rangel sobem ao palco ao som do hino do PSD e gritam “PSD, PSD, PSD” aos presentes. Nesse momento, no pavilhão a cerca de quatro quilómetros dali, Jorge Sequeira encerrava a sua intervenção a pedir a vitória do PS para que “o que se conquistou ao longo destes quatro anos não vá por água abaixo”.
Pedro Nuno diz que socialistas perderam força na Europa. Ribau também
21h47: Pedro Nuno Santos, figura mais influente do PS de Aveiro (que liderou oito anos), sobe ao palco um minuto antes de Ribau Esteves, o antigo secretário-geral do PSD que é presidente da câmara local.
21h48: Ribau Esteves, no seu estilo descontraído, diz aos militantes: “Tinha saudades de vocês”. O presidente da câmara de Aveiro diz ser um orgulho ver todos os militantes ali “em festa, a trabalhar, a lutar pelo país e pela Europa. E começa por querer partilhar “uma ideia que tem sido afastada desta campanha: que esta é uma eleição ao Parlamento Europeu”. E se Ribau criticava a “nacionalização” da campanha, no mesmo minuto Pedro Nuno elogiava o trabalho do candidato do PS no Governo.
No mesmo minuto, Pedro Nuno elogia o candidato socialista Pedro Marques, diz que é um “homem sério, competente e trabalhador” e fala-lhe diretamente: “É uma honra suceder-te no Ministério” do Planeamento. A resposta social-democrata, no comício a quatro quilómetros, chegou minutos depois (mais precisamente às 21h52 — lá chegaremos).
21h49: Pedro Nuno começava com apelos à “honestidade” dentro do partido, para reconhecer que teve culpas na viragem de “trabalhadores e operários que agora votam na extrema direita”. Admite que “o movimento socialista deixou de os representar”. O ministro do PS reclama para o seu partido a posse dos papiros do socialismo democrático e diz que esse é o caminho para combater “salário estagnados” e dar “estabilidade e segurança”.
No mesmo minuto em que Pedro Nuno se queixava da perda de influência do socialistas europeus na Europa, Ribau usava o facto dos S&D (grupo do PS) terem menos força que o PPE na Europa para defender a importância do voto no PSD. “Nós somos um grande partido, o PS é um grande partido, mas o que estamos a escolher não é deputados para a Assembleia da República, é para o Parlamento Europeu”, começou por dizer. E acrescentou: “Nós pertencemos a um grupo grande no Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu, o PS pertence a um partido pequeno, que não tem influência”. Os S&D são o segundo maior partido do Parlamento Europeu e não um “partido pequeno”, mas o PPE é de facto maior.
Geringonça boa, geringonça má
21h50: O homem da “geringonça” vai puxando o PS para a esquerda, dizendo que o partido tem “os mais elevados resultados na Europa”, mas diz que é preciso assumir erros. Um? “As privatizações que fizemos durante anos”. Depois puxa o lustro à solução política que António Costa articulou em 2015. Ao mesmo tempo, Ribau alertava os sociais-democratas para a ambição socialista de repetir a “geringonça” na Europa. Mas onde o Ribau aponta um perigo, Pedro Nuno vê a solução para todos os problemas já que foi com a “geringonça” que o PS conseguiu, depois de três anos, “apresentar-se com orgulho e ganhar o respeito dos portugueses”.
21h52: Ribau Esteves, três minutos depois do elogio de Pedro Nuno, avançava para o ataque a Pedro Marques, “o ex-ministro, uma das vedetas do governo, foi despedido do governo porque foi um péssimo ministro. Muito mau ministro.” Explicou que pediu a ajuda ao governo para a construção de escolas e do lado de lá recebeu: “Nada, etc. nada, etc. nada, etc. nada.”
21h54: Já Pedro Nuno Santos continuava a elogiar a solução que coordenou no Parlamento, enquanto secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. Daqui alta para o ataque ao “eles”, “as instituições europeias e a direita portuguesa”, porque “não queriam que aumentássemos o salário mínimo nacional” que “este Governo aumentou em quase 100 euros”.
21h55: Ribau Esteves continuava a insistir que “a Europa não precisa de uma geringonça, precisa de ser uma fortaleza política”. No ataque à “geringonça”, acusou o primeiro-ministro de não estar a fazer o seu trabalho, para andar a fazer campanha por Pedro Marques. “A Comissão Nacional de Eleições que tem a mania de se meter com os autarcas para não anunciarem as obras que fazem, que mande o primeiro-ministro para o seu gabinete, trabalhar”.
Pedro Nuno pede “humildade”. Ribau dá ovos moles como segredo
21h56: Já na fase final do discurso, Ribau dirigiu-se a Paulo Rangel e disse: “Carregue uma caixa de ovos moles e todos todos os dias até ao fim da campanha coma três. É o segredo para ganhar: um ao almoço, ao lanche e ao jantar e sem engordar. Queremos um candidato elegante”. Por esta altura, Pedro Nuno seguia para o final do seu discurso, em crescendo, pedindo uma “tensão saudável nas instituições europeias”, num apelo ao fim da hegemonia do PPE nos principais cargos. A ideia do homem da geringonça é “ir ao coração da Europa”, mas a bater-se “contra quem quer impor resposta liberal, que não diminuirá populismos”.
21h58: Ribau encerra o discurso no centro de Aveiro e Pedro Nuno está prestes a fazer o mesmo no Parque de Exposições da cidade.
21h59: Pedro Nuno Santos abandona o palco a pedir “humildade” ao PS nestas eleições. “Não basta reivindicar o voto no PS por aquilo que fizemos. Mas por aquilo que nos propomos fazer. Com humildade, honestidade e respeito”, disse. Sai de cena, no comício PS, o socialista que mais gente consegue arregimentar no distrito e entra, no palco social-democrata nesse mesmo minuto o homem que, no PSD, mais consegue cacicar: Salvador Malheiro.
Pedro Marques começa quase ao mesmo tempo que Malheiro
22h00: No palco socialista avança o candidato Pedro Marques.
22h01: Sabendo que o PS está numa sala do Parque Expo não muito longe dali, Malheiro lembra que o PSD está na rua, junto do povo. “Quem manda é o povo e eles têm medo de vir para a rua, mas nós não”.
22h02: Salvador Malheiro atacava Pedro Marques pela baixa “execução dos fundos comunitários” e por não terem sido realizadas “uma série de obras decisivas para o desenvolvimento do distrito, como a ligação Aveiro-Águeda, a escola de Esmoriz e de Avança e do bloco operatório de Ovar. Mas por esta altura, Pedro Marques ainda ia nos elogios, nomeadamente a Pedro Nuno Santos, que coloca como “um dos grandes protagonistas da geringonça”.
22h04: Salvador Malheiro diz que o PS “não olha por todos os portugueses por igual” e reivindica: “Também temos direito ao passe único”. No PS, Pedro Marques fazia o mea culpa pela perda de eleitores socialistas: “Por muitos anos as pessoas não viram diferença na forma de governar entre social-democratas, liberais ou conservadores. Tornámo-nos demasiado parecidos na forma de governar”. Quem salvou os socialistas na Europa? Para Pedro Marques, o PS português: “ Foi preciso voltarmos a governar neste país para construirmos essa alternativa na social democracia europeia”.
22h06: Estava Rangel prestes a saltar para o palco do PSD, quando Pedro Marques o atacava ali bem perto, por não ter fixado “como prioridade” os direitos sociais.
Rangel fala tanto tempo como Marques e Ana Catarina juntos
22h07: Paulo Rangel começava a falar e dizia estar emocionado por estar num comício “à moda antiga, com calor humano”. No mesmo minuto, Pedro Marques dizia que no PSD “Rangel não percebe nada do que se está a passar na Europa.”
22h10: Paulo Rangel diz que tem uma “lista de gente competente, equilibrada territorialmente e entre gerações” e lembra que tem uma jovem de 27 anos na lista. Por esta altura, no PS, Pedro Marques ia já lançado no novo argumento do PS contra o PPE de que o PSD faz parte: “Querem criar uma polícia contra os refugiados”. A vertente “securitária” do programa do PPE contra “a Europa de solidariedade” que o candidato do PS diz que o seu partido procura.
22h12: Rangel acusa a lista do PS de ser de apenas ex-governantes, que querem um cargo da Europa. E volta a dizer que “nos primeiros nove primeiros lugares, estão quatro ministros dos governos de Costa e Sócrates”. Rangel reiterou ainda que o PS está a “esconder os candidatos e apresentar nos comícios e nos telejornais o primeiro-ministro.” Marques, por seu lado, continuava a insistir no que o separa da direita europeia e de Rangel que ainda no debate da RTP admitiu ter sido “infeliz” ao dizer que o voto fora do PSD é “fútil”. “Não há votos fúteis, todos os votos contam”, atacou.
22h15: Pedro Marques sai de cena a pedir “uma grande vitória no domingo” para o PS ter “mais condições para defender este modelo na Europa”.
22h16: Rangel diz que o PSD é racional naquilo que propõe, ao contrário de “Pedro Marques, que andou a prometer durante anos, e em janeiro foi gastar centenas de milhares de euros para obras que só estão prontas daqui a 10 anos”. E atira: “Nós não fazemos promessas para quando as galinhas tiverem dentes”.
Censura para Costa, pede Rangel quando a sombra de Costa no PS sobe ao palco no outro lado
22h17: Rangel pede que as eleições de domingo possam “dar um sinal de censura, de castigo às políticas do Governo de António Costa”. E nesse momento, ao palco socialista, é chamada a número dois de Costa, a secretaria-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, que apesar de ter na sala a coqueluche do PS no distrito, Pedro Nuno, era a verdadeira cabeça de cartaz da noite.
22h18: Rangel insiste que “nunca houve uma carga fiscal tão grande”, acusando o governo de dar com uma mão e tirar com a outra. Ana Catarina Mendes entra a matar e refere o voo de helicóptero do social-democrata sobre a área ardida em 2017. A referência é indireta, mas vai a um ponto sensível desta campanha, com a socialista a dizer que o seu partido não “sobrevoou a campanha das europeias” esteve “com os pés assentes no chão”.
22h20: Ana Catarina Mendes vai falando do “contrato social e em sensibilidade social” que diz ser o empenho do PS. Por oposição, Rangel diz que o “governo do PS fez mais cortes, mais cativações do que qualquer outro”, que “ao fim de quatro anos de Costa” a saúde está muito pior e que, para cumprir as metas europeias, Costa “não subiu apenas os impostos, fez o maior ataque ao SNS de que há memória”. E conclui: “Estamos muito pior do que no tempo da troika”.
22h22: Rangel queixa-se que são “meses de espera para um simples, um mísero cartão do cidadão.”E questiona: “Há coisa mais insensível?” Enquanto Rangel aponta a “insensibilidade” socialista, Ana Catarina Mendes rejeita o projeto de “Salvini e Órban”, “a Europa da xenofobia”, contra a qual o PS quer: “Um projeto de solidariedade de justiça social, de segurança e de paz”. E pede a união de forças na Europa contra o PPE, nomeadamente, de “sociais-democratas, progressistas e trabalhistas”.
Ataque ao familygate, ataque ao regresso de Passos
22h24: Rangel diz que o “primeiro-ministro que tem lá o escândalo das famílias não pode falar de falta de respeito e de ética”. O cabeça de lista do PSD destaca que “não é um caso, não são dois. Foram identificados 40 casos de promiscuidade familiar”.
22h25: No minuto seguinte à rajada que sai de Rangel ao familygate, Ana Catarina Mendes ataca à visita de Pedro Passos Coelho à campanha do PSD e a acusação de “ilusionismo” que o ex-primeiro-ministro fez ao PS. “Todos nos lembramos daquele que disse que não cortava subsídio de Natal e férias e cortou. Quem mandou os nossos jovens a emigrar, quem jurou defender os serviços publico e depauperou a escola pública, os serviços de saúde, e a segurança social”. “Todos nos lembramos de Pedro Passos Coelho, orgulhosamente, ir além da troika e com isso roubar esperança, direitos, confiança aos nossos portugueses”, acrescentava garantindo à sala socialista que a ouvia que “este é o PSD de sempre, o PSD que tem como ideal cortar, empobrecer, privatizar, mas que não tem a ambição de um projeto social, nem para Portugal nem para a Europa”.
22h26: Rangel insiste no “familygate”, lembrando o mais recente caso que envolve a deputada socialista Hortense Martins e o pai, noticiado pelo Público. ”Há laços familiares em demasia neste governo. É perigoso quando está a alastrar e vai alastrar como alastrou”, começou por dizer. Por isso, Rangel acredita ter “todas as condições para ganhar estas eleições, dar o melhor programa para Portugal e dar uma lição a António Costa já daqui a cinco dias”.
22h26: Rangel voltou a falar no ilusionismo do governo, à boleia de Passos. Ana Catarina Mendes destacou que “ilusão é achar que os portugueses têm a memória curta”, ainda sobre Passos, e pede pouca atenção às sondagens “que são sondagens, a verdadeira que conta é a do voto na urna”.
22h29: Termina o discurso de Paulo Rangel, um minuto antes de terminar o de Ana Catarina Mendes, que diz que é possível “construir um caminho de sonho, de progresso e de futuro”
Rui Rio no ataque à RTP quando o PS já seguia para casa
22h31: O presidente do PSD não sabia, mas quando começou a falar já ninguém discursava no comício do PS. Rio começa por agradecer às pessoas que ali se aguentaram com “frio e vento”. Não era uma intempérie, mas céu limpo e 16 graus, embora menos cómodo que o pavilhão da Parque Expo.
Não demorou dois minutos até atacar o PS onde mais lhe dói sem pronunciar a nome: José Sócrates. “Já tivemos na campanha ontem Passos Coelho, hoje Manuela Ferreira Leite, vamos ter Luís Filipe Menezes e Francisco Balsemão. Não escondemos a nossa história. Há partidos que têm de esconder a sua história. Se tivesse no lugar deles, percebo bem que tenha de ser escondida”.
Sete minutos depois de começar o discurso, atacou a estação pública, confessando ter ficado “chocado” quando viu “na RTP, um canal público, a notícia que dizia: o PS ganha as eleições europeias”. E questionou: “Como é possível um canal de televisão dizer que o PS ganha com base numa sondagem?” Rio avisou ainda — sem concretizar se o que o incomodava era a sondagem ou o embrulho da notícia — que “não se ganha na televisão, ganha-se nas eleições”.
E para essas eleições, Rio diz que a opção é “votar no partido mais moderado que existe em Portugal”, lembrando que “o maior perigo na Europa são os extremos”. O PSD, garante, é o partido que “não dá a mão à extrema direita nem à extrema esquerda”, como faz o PS.
Faltavam 21 minutos para as onze quando Rui Rio falou da “geringonça”, quase uma hora depois de Ribau, no mesmo palco, e Pedro Nuno, a quatro quilómetros dali, o terem feito. Rio disse que os partidos de esquerda andam agora a “atacarem-se uns aos outros, dando a entender que não têm nada a ver”, mas assim que passarem as eleições, avisa Rio, “atiram a zanga para o lado”. Isto porque “a zanga é um teatro.”
22h40: Rio passou os dez minutosfinais a atacar a governação defendida meia hora antes na Parque Expo de Aveiro. Ao ritmo de um ataque (ou mais) por minuto. Que o governo ainda não resolveu o problema do SIRESP (22h40), que anteriores governos socialistas ajudaram Berardo a tomar de assalto o BCP (22h41), que aumentaram as listas de espera (22H42), que há portugueses sem médico de família (22h43), que a taxa de mortalidade infantil piorou (22h44) e por aí fora até terminar às 22h48 a lembrar a crise política “tática e partidária” na questão dos professores, de um primeiro-ministro que não se demitiu por causa dos incêndios.
Rio terminou de falar já a caravana do PS tinha seguido viagem para o próximo destino, que ainda há três dias de campanha pela frente.
Nota: Artigo atualizado às 09h41 de quarta-feira com números do PSD sobre a mobilização em Aveiro. O staff de Paulo Rangel garante que estavam, no mínimo, 800 pessoas na Praça do Município.