Um banqueiro vestido com roupas de dança de salão. Foi com esta figura que Mariana Mortágua se defrontou, certo dia, quando ia a caminho do Príncipe Real, em Lisboa, para se encontrar com o amigo e dirigente bloquista Fabian Figueiredo. O banqueiro com as vestes improváveis aproximou-se da deputada que então começava a ganhar fama pelas intervenções na comissão inquérito sobre a gestão do BES e não teve pudores em saudá-la pela prestação parlamentar, no confronto com Ricardo Salgado. Quando chegou ao pé do amigo, Mortágua ainda vinha a “rir-se, bem disposta”, com o elogio improvável que acabara de receber.
Não serão muitos os banqueiros que gostem de Mortágua ou que elogiem a deputada que irá avançar com uma candidatura à liderança do Bloco de Esquerda, ainda por formalizar. Desde que entrou no Parlamento, em 2013, num processo em que ultrapassou nove outros elementos da lista e provocou críticas no seio do partido, a dirigente conseguiu conquistar o Bloco e ganhar notoriedade pública graças a esses primeiros confrontos.
No entanto, com a notoriedade também vieram as primeiras acusações. A forma de estar no Parlamento e as ideias que vem defendendo também fizeram com que acumulasse críticas de quem a vê como um símbolo do “radicalismo” no Bloco, de ser “polarizadora“, de se comportar como quem é “dona da verdade” (palavras recentes do ministro da Economia, António Costa Silva) e de ter uma postura “arrogante”.
Também somou polémicas. Esteve para ser processada por difamação, foi notícia depois de se saber que recebia honorários enquanto comentadora televisiva apesar de estar em exclusividade (devolveu o dinheiro e foi ilibada pelo Parlamento), chamaram-lhe “esganiçada” e “menina do BE”, e durante os tempos da “geringonça” causou urticária a vários elementos do PS (e do Governo) por antecipar muitas medidas como se fossem obra única e exclusiva do Bloco.
Para quem a conhece, não será essa a maior dificuldade que enfrentará se conseguir assumir os comandos do partido: são muitos os elogios a uma deputada “inteligente”, “preparada”, “competente” ou “carismática”. Mas também existem dúvidas sobre se conseguirá lidar com alguns dos anticorpos que foi criando ao longo do seu percurso e mostrar um lado menos “tímido”, mais “empático” e “popular”, uma dimensão que Catarina Martins tinha trabalhado e dominado, como provava a sua facilidade no contacto com as pessoas, na rua.
Mortágua, politicamente muito próxima de Francisco Louçã, com quem já escreveu dois livros e por quem já foi apontada como futura ministra das Finanças, chegará à Convenção bloquista com a missão de provar que a competência não fica pela academia e pela retórica parlamentar, num ciclo exigente para o Bloco, em que o partido vê a sua influência política muito reduzida.
Para trás ficaram os tempos da “geringonça”, em que protagonizava negociações e tensões com o PS e que lhe valem agora rasgados elogios de Pedro Nuno Santos: “Tem todas as condições e qualidades para dar um contributo inestimável à esquerda portuguesa”, sentencia o socialista ao Observador. Agora, o futuro do Bloco deverá estar, previsivelmente, nas suas mãos.
A ascensão repentina e a proximidade a Louçã
A entrada de Mortágua no Parlamento foi uma “decisão arriscadíssima” dos então líderes Catarina Martins e João Semedo, nos tempos da liderança bicéfala do Bloco. Quem a descreve assim é Francisco Louçã, que, em declarações ao Observador, recusa por completo a fama de “pai político” de Mortágua que muitos lhe apontam, lembrando que já não era líder quando a dirigente assumiu o mandato de deputada.
Sobre isso, em 2015, Mariana Mortágua disse o seguinte: “É óbvio que, enquanto seres autónomos e autodeterminados que somos, não gostamos da ideia de que a afirmação se faz através de uma figura paternal; ainda mais porque se é jovem e mulher. Mas a minha relação com Francisco Louçã sempre foi muito equilibrada, de igual para igual“.
Apesar de hoje em dia ser muito próximo da dirigente bloquista, de lhe apontar uma “gigantesca capacidade de trabalho, facilidade de comunicação e talento” e de até já ter publicado dois livros com ela (curiosamente, um deles foi apresentado por Marcelo Rebelo de Sousa), Louçã frisa até começou por conhecer melhor a irmã gémea de Mortágua, Joana.
Inicialmente, garante o fundador bloquista, só teria “trocado impressões duas ou três vezes” com Mariana. Tinha, no entanto, um indicador animador, lembra ao Observador: com 26 anos, a nova deputada já tinha escrito um capítulo do livro A Europa à Beira do Abismo, no qual também participava um prémio Nobel da Economia (Joseph Stiglitz).
Ainda assim, Mortágua não era exatamente uma desconhecida para o Bloco: vinda de Alvito para Beja e depois para Lisboa para estudar Economia (acabaria a fazer doutoramento em Londres, ao qual entretanto já juntou uma pós-graduação sobre Estudos Fiscais), tinha-se aproximado do partido depois da irmã e por volta de 2007 “frequentava iniciativas” do Bloco, recorda Fabian Figueiredo.
Eram tempos de luta e contestação contra a maioria absoluta de José Sócrates, o Bloco estava em crescimento (prestes a duplicar o número de deputados no Parlamento) e Mariana já tinha ligação aos movimentos feministas que tinham feito campanha pela despenalização do aborto, integrando também a ONG “Justiça e Paz”.
Ainda assim, a sua politização vinha de antes. “É filha da História, é filha da resistência antifascista, nela e na irmã estão inscritos os genes da luta contra o salazarismo. Há uma genética democrática”, atira Louçã, em declarações ao Observador. É uma referência ao pai das gémeas, Camilo Mortágua, antigo dirigente da Liga de Unidade e Ação Revolucionário que participou no desvio do paquete Santa Maria e no desvio de um avião da TAP e participou na ocupação da herdade da Torre Bela, na Azambuja.
A descendência já surgiu muitas vezes no debate político, servindo invariavelmente como arma de arremesso político por parte dos adversários. Numa entrevista a Anabela Mota Ribeiro, Mariana e Joana Mortágua chegaram a confessar que o rótulo de “terrorista” aplicado ao pai só lhes chegou aos ouvidos quando já estavam na política.
“Crescemos mais a ouvir que o nosso pai era um herói antifascista“, dizia na altura Mariana, explicando que em casa “se teorizava pouco, porque os pais sempre deram mais importância à prática”. “Quem cresce a ouvir estas histórias”, da ocupação de herdades mas também de pobreza e da emigração do pai para a Venezuela, “não pode fingir que não sabe”, completava Joana.
A chegada à política era, por isso, quase uma inevitabilidade — mas a chegada ao Parlamento nem tanto. Quando Ana Drago saiu, Mortágua — que por essa altura já tinha trabalhado como assessora parlamentar para o Bloco e estava a estudar em Londres — só conseguiu chegar a deputada depois de o Bloco ter saltado nove nomes na lista de candidatos a deputados em Lisboa. A jogada irritou um grupo de militantes, que escreveu então uma carta a questionar o critério “tecnocrata” da escolha da economista.
“A Mariana já era membro da Mesa Nacional e entendeu-se entre o grupo parlamentar e a Comissão Política que era necessário ter alguém com as características dela na bancada”, explica agora Fabian Figueiredo ao Observador. Ou seja, era preciso alguém que fosse “jovem” e da área da economia e finanças, área que o partido entendia estar descurada desde a saída de Louçã, no ano anterior.
A poster girl do Bloco e as pavlovas na cozinha
Em pouco tempo, Mariana Mortágua passaria a ser uma espécie de poster girl do Bloco. Jovem, de All Star nos pés e mota na garagem (tirou a carta já no Parlamento) começava a dar que falar. A forma como encarou a comissão de inquérito do BES e GES foi chave.
Foi nessas salas do Parlamento que Mortágua, então com 28 anos, atirou a Ricardo Salgado: “Não deixa de ser curioso que o dono disto tudo apareça aqui como a vítima disto tudo”. A Zeinal Bava diria ironicamente que a sua postura denotava “um bocadinho de amadorismo, para quem ganhou tantos prémios de melhor CEO do ano, melhor CEO da Europa e arredores”.
“A Mariana não tem qualquer ambição de ser uma estrela“, assegura Fabian Figueiredo. Quem a conhece garante, aliás, que é “tímida”, não adora os holofotes e gosta de estar entre família e amigos — seja em Alvito, com os pais, ou em Lisboa, onde nos tempos livres se dedica a ver mais um episódio de “Os Sopranos” ou “Masterchef Austrália”.
Tem também um outro talento na culinária e vai tentando dominar a arte de fazer pavlovas para sobremesa. Uma imagem bem diferente para quem só conhece a Mortágua dura do Parlamento, estudiosa e descrita com ironia por um adversário político como “a única pessoa” que gosta do penoso processo orçamental.
Ainda assim, e curiosidades à parte, para o Bloco a comissão de inquérito do BES e GES permitiu criar uma estrela política. Sobretudo graças à capacidade de comunicar com eficácia. Ao Expresso, em 2015, Mariana Mortágua explicava que as comissões de inquérito “criam um espaço de improviso muito grande” nas perguntas, e que preferia não ter um discurso “redondo”:
“É melhor dizer o que penso, em vez de procurar a forma mais rebuscada. Não vale a pena entrar em eufemismos“, dizia na altura. Ao Negócios, também em 2015 — os textos e perfis na nova coqueluche da esquerda multiplicavam-se –, Mariana Mortágua explicava que a sua vida inteira tinha sido “estudar” (“leio tudo o que há para ler, escrevo, faço fichas”) e que essa prática era útil no Parlamento. Mas isso não bastava — era preciso saber comunicar. E esse era o forte de Mortágua.
“Tinha uma grande facilidade de comunicação, de passar a mensagem”, recorda Francisco Louçã. “Transformar o discurso político numa perceção das questões técnicas mais difíceis é um dos exercícios mais importantes para a democracia. Caso contrário criamos uma bolha de tecnocracia impenetrável para controlo democrático.”
Adolfo Mesquita Nunes, ex-dirigente do CDS que debateu, durante anos, com Mortágua na SIC, fala ao Observador de uma adversária que o “obrigava a preparar bem os debates”, e que mostrava uma “capacidade de adaptação grande”: “Usava argumentos na SIC Notícias dirigidos à plateia que via a SIC Notícias”.
Essa capacidade de adaptação, salvaguarda Adolfo Mesquita Nunes, não deve ser confundida com a verdadeira natureza dos argumentos de Mortágua. “A Mariana tem ideias próprias num partido que ainda hoje se considera revolucionário. São ideias às quais totalmente me oponho e penso que o tom moderado com que se apresenta não esconde cariz radical de algumas delas”, atenta. Não é o único a fazê-lo, aliás.
As críticas às “obsessões” de Mortágua — e o elogio de Pedro Nuno
É uma crítica comum entre os adversários políticos ou até entre parte do PS. “Radical” ou “polarizadora”, são alguns dos termos usados para descrever a deputada dentro e fora do PS. Curiosamente, para as alas mais radicais do Bloco de Esquerda, e mesmo sendo críticas da linha oficial do partido que a deputada representa, essa imagem é uma vantagem: “Faz-nos sonhar que o Bloco não está assim tão domesticado“, atira, em conversa com o Observador, uma bloquista crítica da direção.
Recentemente, o ministro da Economia, numa picardia durante uma audição parlamentar, não tinha meias palavras em resumir o sentimento, acusando Mortágua de ser “especialista em obsessões sobre coisas erradas“, de ser “totalitária” e não ouvir os outros e de se “comportar como se fosse dona da verdade” quando está “errada em quase tudo” — não deixa de ser curioso que a deputada que se bateu contra o “Dono Disto Tudo” seja agora acusada de se achar a “dona da verdade” política.
Para quem trabalhou com Mortágua na “geringonça”— e é adepto dessa solução — a ideia que fica não é a mesma. Entre vários governantes que estiveram sentados à mesa das negociações por largas horas com a bloquista, a desenhar impostos como o adicional ao IMI (ficaria conhecido como “imposto Mortágua”), somam-se elogios ao “entusiasmo” com aquela solução e ao “interesse genuíno” em encontrar soluções: “Pedia muitas informações e estava sempre aberta a estudar as soluções que se propunha”.
Mas talvez o maior defensor, nesse setor, seja o rosto da ala esquerda do PS, Pedro Nuno Santos, que faz questão de deixar rasgados elogios à provável futura líder do Bloco. “No trabalho conjunto entre o Governo e o Bloco, a Mariana revelou sempre ser muito inteligente, qualificada e exigente“, diz o antigo ministro ao Observador.
As reservas em relação a Mariana Mortágua versão líder
Aquele que muitos, dentro e fora do PS, apontam como o candidato em melhores condições de vir a suceder a António Costa vai ainda mais longe: “Gostei muito de ter tido a oportunidade de trabalhar com ela e acho que tem todas as condições e qualidades para dar um contributo inestimável à esquerda portuguesa”. Um elogio que contará para memória futura, sendo Pedro Nuno um indefectível defensor de acordos à esquerda.
Também Francisco Louçã recorda o trabalho na era da “geringonça”, feito lado a lado “com alguns dos melhores” — “Fernando Rocha Andrade [morreu em 2022] trabalhava com a Mariana, por vezes durante meses, para preparar alguma alteração fiscal, a fazer simulações. E ela também trabalhava muito bem com Pedro Nuno Santos”. Para essa ala do PS, a aproximação era fácil. Para outra, que a considera “radical“, nem tanto.
“Esses são os mesmos setores que diziam que a Catarina era terrível”, dispara Louçã. “É puro jogo político. Temem a atração que uma renovação possa ter, se a Mariana vier a ser candidata; temem o impacto que isso tem em outros setores sociais e que possa reforçar crescimento do Bloco”. Uma reação “interessante”, sentencia.
Por outras palavras: aqueles que, no PS, vão insistindo em pintar a ideia de que a eleição de Mariana Mortágua vai conduzir a uma eventual radicalização do Bloco de Esquerda, não estão mais do que tentar diminuir o “impacto” político que a deputada poderá ter se tomar as rédeas do partido. De resto, Catarina Martins e Mariana Mortágua sentam-se na mesma comissão política e representam a mesma linha política do partido; a diferença programática, garante-se, não será substancial, nem motivada pela mudança de rosto.
Ainda assim, e mesmo entre amigos, há quem lhe aponte calcanhares de Aquiles difíceis de ultrapassar nesse caso. A “timidez” que esconde por entre declarações assertivas no Parlamento, e que amigos admitem que possa passar uma imagem de “arrogância”, é uma delas.
A dificuldade de fazer política na rua outra. Há quem questione se terá o “poder de encaixe” exigido a quem assume a liderança de um partido, e passa a encarar um escrutínio e uma crítica ainda maior; e quem lhe aponte uma dificuldade de criar “um perfil empático” como tinham Catarina Martins ou Marisa Matias na rua.
Fabian Figueiredo desvaloriza essas observações, garantindo que Mortágua, que já leva muitos anos de estrada (é cabeça de lista desde 2015 e já era deputada municipal), também será eficaz a dar explicações sobre finanças na rua. “Em 2015 ela já era muito conhecida, as pessoas abordavam-na na rua para fazer perguntas e ela respondia com muita atenção e cuidado. Ouvia dúvidas sobre cálculo da pensão, também muitos incentivos para ela pôr os banqueiros na ordem”, nota Fabian Figueiredo.
Se esse era um tempo em que “pessoas comuns tiveram cortes ao mesmo tempo que se resgatavam todos os bancos”, para o Bloco Mortágua tem uma vantagem: “Encarou muito bem essa revolta das pessoas comuns contra o privilégio da banca e da finança”. Se falta empatia na rua, “é uma coisa que se ganha com a prática”. Com o partido já a tem: é partidariamente muito ativa e “não falha uma reunião local” na distrital de Lisboa, apesar de continuar a ser deputada e a dar aulas pro bono no ISCTE.
As “meninas”, as “esganiçadas” e gosto por ser “insuportável”
O número de adversários políticos foi crescendo ao longo do percurso. E esses não se contam pelos dedos de uma mão: a longa lista inclui dos banqueiros da altura do BES/GES ao economista Pedro Arroja, que chegou a classificar as “meninas do Bloco” como “esganiçadas” (ao Expresso, Mortágua diria em 2015 que o que lhe era exigido “termos de razoabilidade e de calma” não seria exigido à “maior parte dos homens”).
Do juiz Neto de Moura (que prometeu processá-la por lhe chamar machista) a José Luís Arnaut, que sentenciou que o PS estaria mais à vontade para cumprir o seu programa sem “as meninas do Bloco a chatear” (“Arnaut irrita-se muito com as meninas do BE porque fazem muita frente a figuras como Arnaut”, responderia Mortágua). E passa ainda por Marco Galinha, líder da Global Media Group, por quem foi acusada de difamação depois de apontar ligações entre o empresário e oligarcas russos.
Nessa altura, Mortágua alegou que o fim da sua crónica no Jornal de Notícias, que pertence ao mesmo grupo, se devia ao embate com Galinha (“sem justificação plausível, a única que resta é a óbvia“). E, apesar de a direção do grupo ter vindo garantir que a colaboração só estaria a terminar dada a intenção de fazer uma “profunda remodelação” da secção de opinião no aniversário do jornal, Mortágua remataria: “O que Marco Galinha não poderá tirar-me é o gosto, que devo ao 25 de Abril, de ser insuportável para figuras como ele”.
No interior do Bloco, os inúmeros confrontos justificam-se com “campanhas de ataque muito violentas” contra a dirigente. “Agora atacam-na e tentam pintá-la como uma pessoa insensata, que não deve ser levada a sério”, resume Fabian Figureido. Mas relativiza: “Essa campanha de desvalorização é natural vinda de adversários, e os que ela ganhou foi só por boas razões”.
O trabalho como comentadora ainda traria novo percalço a Mortágua, investigada pelo dinheiro que recebeu enquanto estava em exclusividade no Parlamento. O problema não seria a colaboração com o jornal, mas com a SIC Notícias; a Comissão da Transparência acabaria por ilibar a deputada, que devolveu o dinheiro que recebeu pela colaboração com a estação televisiva quando já não o podia fazer, estando em exclusividade como deputada (uma das bandeiras do Bloco).
O próximo desafio que, a confirmar-se a eleição no partido, terá de enfrentar será bem maior: liderar o Bloco em serviços mínimos — com cinco deputados no Parlamento e derrotas pesadas nas eleições presidenciais e autárquicas — e agarrar um ciclo em que o partido está em mínimos olímpicos.
Apesar de tudo, o Bloco de Esquerda acredita que vêm aí ventos mais favoráveis e olha para Mariana Mortágua como o rosto que enfrentará uma maioria absoluta desgastada e, sobretudo, que tentará capitalizar o descontentamento provocado pelo aumento de custo de vida. Sempre traduzindo o plano do Bloco para termos simples, tentando fazer o equilíbrio entre a deputada dura das comissões de inquérito e a líder que se quer empática nas ruas.
Catarina não deixa saudades em PS atento a “radicalização” de antigo parceiro