O ano ainda agora começou e já promete. Numa era de saturação pela quantidade ilimitada de informação disponível, são muitos os artistas que optam pelo processo inverso e que apostam em discos surpresa — tentando criar um maior impacto de rompante. Foi o que Kendrick Lamar fez há um par de meses com GNX e tem sido uma tendência para muitas das grandes estrelas da indústria ao longo dos últimos 15 anos.
Ainda assim, são muitos os músicos que já revelaram estar a preparar discos para saírem nos próximos 12 meses. Tanto em Portugal como no resto do mundo, da pop ao rap, do rock ao fado, da country ao R&B, passando pela eletrónica. Conte com regressos marcantes de LCD Soundystem ou Blondie; novos discos de estrelas como Lady Gaga, The Weeknd ou Lana Del Rey; álbuns perdidos no tempo como aquele que Neil Young irá desvendar em 2025.
Em Portugal, a música nacional promete continuar a viver um momento vibrante. Carolina Deslandes, Carlão, Sara Correia, Mão Morta, Sam The Kid, Linda Martini, Gisela João, Belle Chase Hotel, Rodrigo Leão e Tó Trips são alguns dos que terão novos projetos para apresentar. Mas também haverá estreias em longa-duração como as de Afonso Rodrigues, Romeu Bairos, Mizzy Miles, Rita Rocha, Iúri Oliveira ou Matheus Paraizo. Esta é a música que nos vai certamente preencher os ouvidos durante 2025, já sem contar com as muitas surpresas que inevitavelmente hão-de se acrescentar a esta lista.
Franz Ferdinand
“The Human Fear” (10 de janeiro)
É um dos primeiros grandes lançamentos do ano. Já com mais de duas décadas de carreira em cima, os escoceses Franz Ferdinand apresentam o seu sexto álbum de originais, The Human Fear. É o primeiro trabalho com o baterista Audrey Tait, que substituiu o membro original Paul Thomson em 2021. Em termos temáticos, está prometido um disco que aborda uma série de medos muito próprios da humanidade — do isolamento social ao receio de abandonar uma relação — mas que também reflete sobre serem essas preocupações que nos tornam seres distintos. A 14 de fevereiro, a banda apresenta o álbum na Aula Magna, em Lisboa.
Iúri Oliveira
“Manifesto” (10 de janeiro)
Pode não ter (ainda) o nome mais sonante, mas Iúri Oliveira tem vindo a tornar-se um músico essencial da cena lisboeta ao longo da última década. O percussionista luso-angolano já tocou com nomes como Branko, Ana Moura, Dino D’Santiago, Sara Tavares, Lura, Selma Uamusse, Karyna Gomes, Aline Frazão, Criatura, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, Raquel Martins ou Ana Lains. Agora, aposta no primeiro disco em nome próprio, um Manifesto íntimo onde também usa a voz e no qual constrói ambientes através de uma multiplicidade de sons, de diferentes instrumentos a recolhas de áudio feitas pelo próprio. Depois de uma longa caminhada a contribuir para os projetos de outros, chegou o tempo de Iúri Oliveira olhar para si próprio e se afirmar enquanto criador autónomo. O músico apresenta o disco no dia do lançamento na SMUP, na Parede.
Van Zee e FrankieOnTheGuitar
“Alta Costura” (10 de janeiro)
Um dos maiores fenómenos da música urbana portuguesa dos últimos anos está de volta. Em 2023, o madeirense Van Zee passou de artista anónimo a um dos mais ouvidos em todo o país. Essa jornada culminou no álbum do.mar. Agora, une-se a um dos seus mais fiéis companheiros, o compositor (e também agente!) FrankieOnTheGuitar, para um disco cosido a meias com que abrem as hostes para 2025.
Mac Miller
“Balloonerism” (17 de janeiro)
Depois de Circles (2020), este será o segundo disco póstumo do rapper norte-americano Mac Miller, que morreu em 2018, com apenas 26 anos. Trata-se do seu sétimo álbum de estúdio, gravado entre 2013 e 2014, na mesma altura em que lançou a mixtape Faces. A família, que gere os direitos da obra, explicou em comunicado que o músico atribuía grande valor a este projeto — entre conversas sobre o respetivo lançamento e tendo mesmo chegado a encomendar trabalhos de design para ilustrar o álbum. Diversas versões não oficiais de alguns temas circulavam há anos pelos seus fãs, pelo que foi decidido lançar definitivamente o disco de maneira formal.
Mão Morta
“Viva La Muerte!” (17 de janeiro)
As reminiscências do 25 de Abril, mais de 50 anos após a revolução, prolongam-se pela música portuguesa durante 2025. Neste caso, há outro aniversário redondo para celebrar: os 40 anos de vida dos Mão Morta, banda que aqui se inspira nos cantautores revolucionários para uma música sempre desalinhada, como o single homónimo tão bem prova, eletrificando o espírito contestatário e obscurecendo os cravos vermelhos.
The Weeknd
“Hurry Up Tomorrow” (24 de janeiro)
É o terceiro e último capítulo de uma trilogia iniciada com After Hours (2020) e prolongada com Dawn FM (2022). O canadiano The Weeknd, uma das maiores estrelas pop da última década, começa o ano com Hurry Up Tomorrow. Com participações de Anitta e Playboy Carti, terá um thriller psicológico homónimo a estrear nos cinemas em maio como peça complementar. Embora The Weeknd nunca tenha confirmado em definitivo, muitos encaram esta trilogia como uma alusão à Divina Comédia de Dante; com os diferentes discos a representarem uma viagem pelo Inferno, Purgatório e, agora, com uma chegada ao Paraíso. O músico já disse publicamente ter vontade de abdicar do seu pseudónimo artístico, mas que precisava de concluir o trajeto com o disco que estava a orquestrar. Hurry Up Tomorrow pode muito bem ser esse projeto que encerra um ciclo.
FKA Twigs
“Eusexua” (24 de janeiro)
A cantora britânica chega ao terceiro álbum no primeiro mês de 2025. Eusexua foi descrito pela própria como um “sentimento de transcendência momentânea muitas vezes evocado por arte, música, sexo ou união”, uma euforia desmedida atiçada por algo. O disco foi particularmente inspirado pelo imaginário techno, das raves em armazéns industriais e pelas subculturas urbanas alternativas. A dupla eletrónica Two Shell terá sido essencial para moldar o som do disco cujo véu já foi levantado através de três singles: a canção homónima Eusexua, Perfect Stranger e Drums of Death.
Linda Martini
“Passa-Montanhas” (24 de janeiro)
“Conversar melhor” tem sido o mote descrito pelos Linda Martini para descreverem o que une as canções de Passa-Montanhas, o seu próximo álbum. É o primeiro trabalho do grupo a contar com a guitarra de Rui Carvalho (mais conhecido a solo como Filho da Mãe), que entrou na banda após a saída de Pedro Geraldes. O disco é apresentado logo na semana seguinte, a 31 de janeiro, no Lisboa Ao Vivo; e a 1 de fevereiro no Hard Club, no Porto. Os Linda Martini apostaram também num formato invulgar: vão editar em cassete Serra, que documenta as sessões de composição do álbum, momentos habitualmente reservados e a que o público pode ouvir caso adquira esta edição física complementar.
Central Cee
“CAN’T RUSH GREATNESS” (24 de janeiro)
É o nome do momento no rap britânico, tendo-se já tornado igualmente uma estrela nos EUA. Após um par de mixtapes e muitos singles badalados, vem aí finalmente o álbum de estreia de Central Cee. O rapper também passa este ano por Portugal para apresentar CAN’T RUSH GREATNESS, sendo um dos cabeças de cartaz da próxima edição do Primavera Sound.
Gisela João
“A Morte Saiu à Rua” (final de janeiro)
É outro dos discos que lembram a revolução de Abril em 2025. Gisela João prepara-se para lançar no final de janeiro A Morte Saiu à Rua, que chega na sequência do concerto no Teatro Tivoli, em Lisboa, onde a fadista interpretou temas ligados à resistência política e, acima de tudo, devotos à liberdade — na altura em parceria com o guitarrista espanhol Carles Rodenas Martinez. Resolveu ir a estúdio imortalizar algumas das versões e o resultado chega aos ouvintes ainda no primeiro mês do ano.
Mizzy Miles
(31 de janeiro)
Há vários anos que o produtor e DJ Mizzy Miles tem vindo a antecipar o seu álbum de estreia, apostando em singles vistosos que uniram rappers e cantores que nunca se tinham cruzado em estúdio. De Portugal ao Brasil, a fórmula foi testada com sucesso uma e outra vez. De T-Rex a Ivandro, de Piruka a Teto, de Bispo a Deejay Télio, de Sippinpurpp a Gson, foram muitos os que cederam as suas rimas e vozes perante os instrumentais de Mizzy Miles. O culminar de toda esta jornada, que o tornou num dos nomes mais presentes nos palcos de norte a sul do país, é o disco que chega no final de janeiro. O mais provável é que muitas das faixas do alinhamento tenham sido desvendadas ao longo dos últimos anos, mas os fãs aguardam sedentos de curiosidade pelas surpresas que Mizzy Miles terá guardado para o fim.
Valter Lobo
“Melancólico Dançante”
Ainda sem data confirmada, mas prometido para o início do ano, Melancólico Dançante é o novo álbum de Valter Lobo. Neste disco, o cantautor viaja por ritmos mais dançáveis, descobrindo uma paisagem sonora mais leve mas igualmente apta para servir a honestidade e profundidade emocional por que a sua música sempre se pautou. O single Ainda ontem tinha céu mostra ao que vem. Também já há concerto de apresentação marcado: 22 de março no Teatro Tivoli, em Lisboa.
Sharon Van Etten & the Attachment Theory
“Sharon Van Etten & the Attachment Theory” (7 de fevereiro)
A cantautora norte-americana junta-se à sua banda para um disco homónimo que chega em fevereiro. A partir de jam sessions, o álbum foi escrito e composto em conjunto com os músicos Jorge Balbi, Devra Hoff e Teeny Lieberson, tendo sido produzido por Björk. Este é o álbum que Sharon Van Etten e companhia trazem na manga quando vierem a Paredes de Coura no próximo verão.
Neil Young
“Oceanside Countryside” (14 de fevereiro)
Composto e gravado nos anos 70, este álbum perdido de Neil Young vai finalmente ver a luz do dia. São temas gravados nas sessões de estúdio que também deram origem a Comes A Time (1978), com uma estética country e folk.
Força Suprema
(14 de fevereiro)
Um dos grupos mais emblemáticos do hip hop português, agora reduzido à dupla de NGA e Don G, prepara-se para regressar aos lançamentos com um novo álbum. O disco já foi antecipado com um par de singles que revelam um rap maduro e musicalmente trabalhado, algo notório em Camisa Branca e Cofre Vazio. É mais um capítulo da já longa história da Força Suprema, ícones da Linha de Sintra e estrelas em Angola.
Afonso Rodrigues
“Areia Branca” (21 de fevereiro)
Conhecíamo-lo sobretudo enquanto Sean Riley ou como membro essencial dos Keep Razors Sharp, mas Afonso Rodrigues assume agora o seu próprio nome na música. O single Já Nem Sei foi o primeiro avanço do seu álbum de estreia nestes moldes, transição que o levou a escrever e a cantar em português. As apresentações oficiais estão marcadas para o Teatro da Garagem, em Lisboa (7 de março); Passos Manuel, no Porto (15 de março); e para o Teatro Miguel Franco, em Leiria (21 de março).
Romeu Bairos
“RUMÊ das FÜRNAS” (21 de fevereiro)
Após o EP Cavalo Dado (2019), a participação no Festival da Canção e o estrelato de Rabo de Peixe, o cantautor açoriano Romeu Bairos lança agora o seu álbum de estreia. O single Jacinta é um bom aperitivo para o disco que aí vem, produzido na íntegra por B Fachada.
Panda Bear
“Sinister Grift” (28 de fevereiro)
Foi no estúdio caseiro em Lisboa que Panda Bear orquestrou o novo álbum, que já tem vindo a apresentar pelo país. Evocando as raízes rock’n’roll, tocou praticamente todos os instrumentos no novo disco, embora também tenha convocado — pela primeira vez no seu percurso a solo — todos os colegas de banda dos seus Animal Collective. Aliás, Josh “Deakin” Dibb acompanhou todo o processo de criação. Já se podem ouvir as canções Ferry Lady e Defense (com Cindy Lee).
Lady Gaga
“LG7” (fevereiro)
O primeiro álbum a solo de Lady Gaga em cinco anos chega em fevereiro. Antecipado pelo single Disease, e sem certezas sobre se o alinhamento irá integrar Die With A Smile (com Bruno Mars), a estrela norte-americana já descreveu o disco como uma amálgama de géneros musicais. Não deverá, portanto, ter um fio condutor sonoro muito definido. Lady Gaga também adiantou que os diferentes temas vão refletir diversas más decisões que tomou ao longo da vida, mas que o disco irá terminar com paz e amor.
Matheus Paraizo
(primeiro trimestre)
Começou por dar que falar em diferentes concursos de televisão, entretanto foi aparecendo aqui e ali nos créditos de diversos temas, e ultimamente tem sido bastante referenciado enquanto professor de canto, de artistas como iolanda ou Maudito, entre outros que preferiram guardar segredo. Agora, Matheus Paraizo lança o seu primeiro álbum, de registo R&B, do qual já se conhecem os singles Nada Muda, Compreender e Mais. O disco será editado entre fevereiro e março, não tendo ainda uma data certa.
Ana Bacalhau
(março)
Quatro anos após Além da Curta Imaginação, vem aí o novo disco de Ana Bacalhau, cantora que começou por se fazer notar nos Deolinda antes de iniciar um percurso a solo. Nos últimos tempos, apresentou singles como Não Vás Embora, Rapaz!, Fósforo, Por Nos Darem Tanto e Imperial é Fino (com Cláudia Pascoal), que poderão ter sido aperitivos para a refeição completa.
Agir
(março)
Meses depois do EP IMPERFEITO V2, que o fez voltar a uma estética mais urbana (mas com uma carga mais dramática), Agir prepara para março um outro EP que promete continuar a trajetória iniciada em 2024. O novo trabalho será igualmente um EP colaborativo, desta vez produzido na íntegra por um único produtor, cujo nome ainda está por desvendar.
Karetus
(março)
Foi em setembro que a dupla Karetus apresentou Laurinda, single do novo álbum que recuperou a canção popular portuguesa recolhida por Michel Giacometti na década de 60, e que seria popularizada por Vitorino duas décadas depois. Para esta nova Laurinda, mais portentosa e eletrónica, de linguagem sonora contemporânea, os Karetus voltaram a convocar Vitorino e ainda acrescentaram iolanda, apostando numa reinvenção moderna da tradição nacional, um filão cada vez mais presente e que, na verdade, tem percorrido o percurso dos Karetus desde o início. O novo álbum irá incluir outras reinterpretações, tanto com vocalistas convidados como temas instrumentais, apostando nesta linha musical.
Piruka
(primeiro trimestre)
Um dos mais populares rappers portugueses da última década regressa com um novo álbum algures no primeiro trimestre do ano. O sucessor de Iluminado, ainda sem título, tem sido antecipado por singles como Como É Que ‘Tás, Panteão, Aqui Comigo e Fala-me a Verdade (com Bia Caboz).
Nuno Ribeiro
(primeiro trimestre)
Dois anos após o EP Sentido, Nuno Ribeiro prepara-se para lançar o segundo álbum no primeiro trimestre de 2025. O artista pop trabalhou com Conan Osíris em Rosa e apresentou Imagina a solo, que podem muito bem ser singles do disco.
A$AP Rocky
“Don’t Be Dumb”
Embora não haja uma data de lançamento confirmada, tem sido apontado para o início deste ano. Falamos do quarto álbum de estúdio de A$AP Rocky, rapper nova-iorquino que se tornou num dos nomes mais relevantes do hip hop ao longo da última década. É sabido que o projeto irá contar com contributos na produção de artistas como Pharrell Williams, Madlib, The Alchemist, Swedish House Mafia ou Metro Boomin. Tyler, The Creator, Morrissey, Busta Rhymes e Slick Rick serão alguns dos convidados especiais do disco, que já foi antecipado pelos singles Highjack (com Jessica Pratt), Tailor Swif e Ruby Rosary (com J. Cole).
Carolina Deslandes
(abril)
Se 2023 trouxe CAOS e CALMA, não sabemos o que esperar de 2025. Certo é que o mês de abril traz um novo disco de Carolina Deslandes. No ano passado, esta que é uma das principais estrelas e compositoras pop do país desvendou os singles Como É Linda e Eu Deixei, que poderão fazer parte do próximo trabalho.
Soraia Ramos
(abril)
Dois anos após Cocktail, Soraia Ramos tem um novo disco para apresentar em abril. O mais recente single, KAPRI, pode muito bem ser o primeiro avanço do álbum.
Deejay Télio
(abril)
Há uma mão cheia de anos que Deejay Télio não tem um disco novo na rua. Não que isso o tenha impedido de tocar por todo o país e de apresentar single após single, mas em abril haverá de facto um novo álbum do cantor e produtor que tem sido uma referência lusófona da afro-pop. No ano passado apresentou dois temas que poderão integrar o novo projeto, Buquê e Filme (com Irina Barros).
Lana Del Rey
“The Right Person Will Stay” (21 maio)
É o décimo álbum de Lana Del Rey. Ícone de uma pop alternativa, desalinhada dos padrões mais formatados, em The Right Person Will Stay a artista promete navegar as águas da música country. As raízes da folk norte-americana e a cultura do sul dos EUA com uma forte influência gótica serão a base deste novo trabalho que, apesar de tudo, não deverá romper totalmente com o que já foi feito ao longo do seu trajeto, no qual já havia certas referências country.
Vários Artistas
“Viagens” (maio)
Depois de ter sido celebrado com os concertos especiais do aniversário de 30 anos, e de ter sido considerado o melhor disco da música portuguesa das últimas quatro décadas numa votação especial da revista Blitz, os tributos em torno de Viagens prosseguem. O álbum que apresentou Pedro Abrunhosa e os Bandemónio ao país, editado em 1994, será reinterpretado por uma série de artistas que vão tocar novas versões dos temas.
The Cure
(data a confirmar)
Palavra de Robert Smith: vem aí novo disco dos The Cure. Ainda em 2024 a emblemática banda britânica lançou o seu primeiro álbum em 16 anos, Songs of a Lost World; mas o novo ano traz as principais sobras do processo de composição. Será uma espécie de disco complementar com alguns temas que ficaram de fora do disco do ano passado, vários dos quais têm sido tocados ao vivo pelo grupo. “De alguma maneira, não é tão obscuro, embora provavelmente tenha a canção mais triste de todas. Mas tem mais variedade, penso”, disse o músico numa entrevista à Radio X. Deverá chegar antes do verão.
Carlão
(setembro)
Ainda não há mais informações, mas está confirmado que Carlão terá um novo disco em setembro. Será o sucessor do álbum Entretenimento (?), editado em 2018. Desde então, nos últimos anos, o músico tem lançado vários singles, não havendo certezas se algum deles figurará no próximo trabalho.
Tributo a Florbela Espanca
(outubro)
A poetisa Florbela Espanca será homenageada no mês de outubro com o lançamento de uma compilação em que diversos músicos portugueses irão trabalhar os seus textos. Estão confirmadas as participações de Ana Bacalhau, Ana Mariano, Carolina de Deus, D.A.M.A., Cláudia Pascoal, Edmundo Inácio, iolanda, Joana Espadinha, João Só, Luís Trigacheiro, Manuel Guerra, Mimi Froes, NAPA e Os Quatro e Meia, mas a lista de créditos não fica por aqui.
Sara Correia
(novembro)
Dois anos após Liberdade, Sara Correia regressa aos discos no final de 2025. Ainda não há informações sobre o próximo álbum de uma das grandes vozes do fado contemporâneo, que tem vindo a percorrer o mundo com a sua música.
Fernando Daniel
“V.H.S. (vol. 2)” (novembro)
O cantor pop tem estado a preparar o segundo volume de V.H.S., um disco nostálgico que evoca elementos retro e que é inspirado por um certo imaginário country e da folk norte-americana. Em termos sonoros, terá por isso mais guitarras e menos teclados, será mais acústico e menos digital. Está prometido para novembro.
Marisa Liz
(novembro)
Vimo-la e ouvimo-la nos Dona Maria, conquistou fama nos Amor Electro e, há um par de anos, iniciou finalmente o seu percurso a solo. Lançou o álbum Girassóis e Tempestades (2023) e, depois, o EP Mensagens de Amor (2024), além de uma série de singles e de colaborações com outros artistas. Novembro traz um novo disco de Marisa Liz.
Milhanas
(data a confirmar)
Dois anos após De Sombra A Sombra, Milhanas prepara para 2025 o seu próximo álbum. O single Algo Mais, lançado em novembro, pode ser o primeiro avanço do projeto, ainda sem data prevista de lançamento.
Rita Rocha
(data a confirmar)
Nome emergente da pop portuguesa, lançou em 2023 o EP A Miúda do 319 e em 2024 o álbum Três Pontinhos, a meias com Pedro Marques. 2025 traz o primeiro álbum a solo de Rita Rocha, embora não haja ainda uma data confirmada.
Rodrigo Leão
(data a confirmar)
Foi nos últimos dias de 2024 que Rodrigo Leão desvendou uma nova canção, O Rapaz da Montanha. Trata-se do primeiro avanço do seu próximo álbum, que será editado algures durante o ano de 2025. A equipa do músico adiantou que o disco é encarado como um “novo capítulo” na série Os Portugueses, “canções em que vai ensaiando diferentes aproximações à nossa língua”.
Tó Trips
(data a confirmar)
Dois anos após Popular Jaguar, e entre os seus diferentes projetos, Tó Trips encontra-se a finalizar um álbum a solo previsto para 2025. Foi o próprio guitarrista quem revelou a novidade aos seguidores nas suas redes sociais neste início de ano.
Blondie
(data a confirmar)
A banda de One Way Or Another, Heart of Glass ou Atomic regressa em 2025 com um novo álbum. Será o primeiro desde Pollinator (2017), com a produção a cargo do mesmo John Congleton. Ainda não há quaisquer informações disponíveis sobre o disco, mas o lançamento foi oficialmente anunciado.
Sam The Kid
(data a confirmar)
Será certamente um dos concertos portugueses mais marcantes do ano: Sam The Kid leva pela primeira vez aos palcos o seu álbum instrumental Beats Vol. 1: Amor, editado no já longínquo ano de 2002, disco conceptual que conta através de sons a história de amor dos pais. No seu podcast Três Pancadas, o rapper e produtor desvendou que um dos motivos pelos quais decidiu fazer este espetáculo no Centro Cultural de Belém (com duas datas, 31 de outubro e 1 de novembro) é para se obrigar a finalmente terminar e lançar o há muito aguardado segundo volume, que deverá ser Beats Vol. 2: Rap, focado na sua história de paixão pela arte da qual se tornou um mestre. No mesmo podcast, revelou estar a preparar enquanto compositor discos com Ace (dos Mind da Gap) e a cantora Amaura, que também poderão ver a luz do dia nos próximos 12 meses.
LCD Soundsystem
(data a confirmar)
2025 traz um novo álbum dos LCD Soundsystem. A notícia chegou no último outono, perto da data de lançamento de x-ray eyes, a primeira canção do grupo de James Murphy desde o álbum de regresso American Dream (2017), que se seguiu a um hiato de sete anos. Ainda não há mais informações sobre o projeto.
Marina Sena
(data a confirmar)
A estrela pop brasileira prepara para este ano o seu terceiro álbum, do qual já se conhece o single Numa Ilha, uma canção repleta de brasilidade que mostra o caminho para o novo disco, ainda sem data prevista de lançamento.
Belle Chase Hotel
(data a confirmar)
Há exatamente um ano, em janeiro de 2024, os Belle Chase Hotel anunciavam um novo álbum — 25 anos após o primeiro disco do grupo. Esse novo trabalho não chegou a sair durante o ano que agora findou, portanto estará na calha para 2025. JP Simões e Pedro Renato são os principais responsáveis pela composição e produção dos temas, feitos agora por uma banda mais experiente e madura, sem grandes fronteiras musicais.
xtinto
(data a confirmar)
Malabarista das palavras com apetência para a melodia, xtinto tem-se afirmado como um dos valores mais seguros do rap português nos últimos anos, tendo a sua música ultrapassado os padrões mais convencionais do género, expandindo o seu leque musical. Para 2025, está prometido o sucessor de Latência (2023), o seu álbum de estreia.