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Veículo elétrico ou eletrificado: qual é a diferença?

Só se designa como veículo elétrico (Battery Electric Vehicle – BEV) aquele que se move apenas a eletricidade, ou seja, é 100% elétrico, podendo estar equipado com um ou dois motores alimentados por baterias, carregadas através de ligação à rede elétrica, não havendo qualquer tipo de combustão durante a circulação.

Já os veículos eletrificados são os que têm um motor elétrico, mas também, em associação, um motor a combustão. A forma como estes motores são utilizados durante a circulação, e a possibilidade que existe (ou não) de carregar as baterias dos motores elétricos através de tomada, determinam as diferenças entre os vários veículos eletrificados existentes (ver pergunta seguinte).

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Que tipos de veículos eletrificados existem?

Existem vários tipos de veículos eletrificados, isto é, que possuem dois tipos de motor, um elétrico e outro a combustão:

Híbridos plug-in – Também designados como Plug-In Hybrid Electric Vehicle (PHEV). Possuem um motor elétrico, carregado através de uma tomada ligada à rede elétrica, que tanto pode ser motor de apoio (secundário) como motor principal, ou seja, é possível circular em modo 100% elétrico se o condutor quiser, e recorrer ao motor a combustão como alternativa.

Híbridos convencionais – Os Hybrid Eletric Vehicle (HEV) dispõem também de dois motores (um a combustão e outro elétrico), mas, neste caso, o motor a combustão é sempre o motor principal, sendo que o motor elétrico nunca pode funcionar sem o outro. Além disso, a bateria que alimenta o motor elétrico só pode ser carregada pelo próprio veículo, nos momentos de travagem e desaceleração, e não através de ligação à rede elétrica.

Híbridos suaves – Os Mild Hybrid Electric Vehicle (MHEV) também possuem um motor a combustão e um motor elétrico, mas este é de pequenas dimensões em comparação com os híbridos convencionais. O carregamento desta bateria também só pode ser feito através da tecnologia de travagem regenerativa, não havendo possibilidade de carregar através de ligação à rede elétrica. Na sua maioria, o sistema elétrico destes veículos é alimentado por uma bateria de 48 volts de potência, que funciona como gerador de arranque para o motor de combustão.

Veículo Elétrico com Extensor de Autonomia – Os Electric Vehicle with Range Extender (E-VER, também designados BEVx) são semelhantes aos elétricos, mas incluem um pequeno motor a combustão, que serve de gerador para carregar as baterias do veículo em andamento.

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Quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de veículo?

Estas são as principais vantagens e desvantagens de cada tipo de veículo:

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BEV, PHEV, HEV ou MHEV. Qual deles escolher?

Para melhor decidir é importante analisar todas as vantagens e desvantagens de cada tipo de veículo (ver pergunta anterior) à luz das características pessoais do utilizador e do objetivo a que se destina o veículo, procurando responder às seguintes perguntas:

  • O veículo destina-se a viagens longas ou deslocações urbanas do tipo casa-trabalho?
  • Como é a infraestrutura para carregamento disponível na área geográfica em causa?
  • De que autonomia necessita para fazer face às necessidades?
  • Existe a possibilidade de ter de usar o veículo sem planeamento (o que é um fator importante nos 100% elétricos)?

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A manutenção dos veículos elétricos é mais cara?

Em princípio, a manutenção dos carros elétricos tende a ser mais barata, porque as manutenções são mais espaçadas e menos complexas. Isto porque os motores elétricos são mais simples e têm menos componentes que os motores a combustão. Como tal, não há lugar a substituição do óleo do motor, filtros (de óleo, ar e combustível), correias de distribuição ou velas, entre outros componentes.

Também os travões tendem a sofrer um desgaste menor que nos veículos convencionais, devido à travagem regenerativa, que permite que a energia do motor elétrico seja recuperada durante a travagem ou desaceleração.

A bateria é o elemento dos veículos elétricos que requer mais atenção, porque, se avariar, a sua substituição (total ou parcial) é cara. Mas há formas de contribuir para prolongar a vida útil das baterias (ver pergunta seguinte).

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Como prolongar a vida útil da bateria?

Há alguns cuidados que ajudam a proteger as baterias dos veículos elétricos:

  • Evitar que descarreguem abaixo dos 20%;
  • Não carregar acima dos 80%;
  • Se for possível, evitar carregar todos os dias;
  • Recorrer aos carregamentos rápidos apenas em situações pontuais (a meio de uma viagem na autoestrada, por exemplo);
  • Não carregar o veículo imediatamente após a sua utilização;
  • Evitar a exposição solar durante o carregamento;
  • Proteger o veículo (logo, a sua bateria) de temperaturas extremas (muito baixas ou elevadas).
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Os carregadores nos postos públicos são todos iguais?

Estão disponíveis postos de carregamento públicos diferentes, procurando dar resposta a diversas necessidades relacionadas com a potência e velocidade de carregamento. De acordo com a MOBI.E – Rede de Mobilidade Elétrica, esta é a classificação dos postos de carregamento:

Postos normais – Potência inferior a 7,4 kW. O carregamento pode demorar mais de oito horas. Estes postos são sobretudo adequados a zonas habitacionais, para carregamentos noturnos, por exemplo.

Postos semirrápidos – Potência entre 7,4 kW até 22 kW. Carregamento máximo até quatro horas.

Postos rápidos – Potência superior a 22 kW e até 150 kW. Carregamento máximo entre uma hora e uma hora e meia.

Postos ultrarrápidos – Potência igual ou superior a 150 kW. Carregamento máximo até uma hora, mais adequado para zonas de grande rotatividade ou circulação, como as autoestradas, etc.

Para que seja possível utilizar os postos da rede pública MOBI.E é necessário estabelecer um contrato com um CEME (Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica), e usar o cartão que este disponibiliza ou uma aplicação correspondente.

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Como carregar o carro em casa?

Quando é possível, a opção mais barata e conveniente de carregamento tende a ser em casa, durante a noite. Para tal, é necessário o recurso a uma tomada doméstica de 220V (habitualmente designada como Schuko), equipada com um sensor de temperatura, que evita situações de sobreaquecimento durante o carregamento.

Porém, a maior parte das instalações elétricas não está preparada para carregamentos contínuos e repetidos, até porque o tempo de carga de um veículo nestas condições é muito longo, podendo danificar o sistema elétrico da habitação.

A opção mais adequada e segura para carregar o carro em casa tende a ser a instalação de um Posto de Carregamento Doméstico, também designado wallbox, que permite potências mais elevadas que as tomadas domésticas, e inclui funcionalidades destinadas a ajudar na manutenção das baterias.

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Que benefícios existem para quem compra um veículo elétrico?

Atualmente, e ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, o incentivo à aquisição de veículos de emissões nulas não se encontra previsto no orçamento do Fundo Ambiental para 2024. Como tal, os únicos benefícios disponíveis são do âmbito fiscal (ver em baixo) e, também, municipal, já que alguns municípios conferem descontos ou gratuitidade no estacionamento (ver lista de municípios aqui).

Particulares

Veículos 100% elétricos

  • Isenção do pagamento do Imposto sobre veículos (ISV), de acordo com a alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos;
  • Isenção do pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC), de acordo com a alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º, do Anexo II do Código do Imposto Sobre Veículos.

Veículos híbridos

  • Redução de 75% do ISV para veículos híbridos plug-in, que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km (n.º 1 do artigo 8.º, do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos).
  • Redução de 40% do ISV para veículos híbridos, que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km (n.º 1 do artigo 8º, do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos).

Empresas

Veículos 100% elétricos

  • Isenção de Tributação Autónoma (n.º 3 do artigo 88.º do Código do IRC);
  • Isenção do pagamento do ISV (alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos);
  • Isenção do pagamento do IUC (alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º, do Anexo II do Código do Imposto Sobre Veículos);
  • Dedução da totalidade do IVA associado às despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à transformação em viaturas elétricas ou híbridas plug-in, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-in, quando consideradas viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda 62 500 euros (alínea f) do n.º 2 do artigo 21.º do Código do IVA);
  • Dedução da totalidade do IVA associado a despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in (alínea h) do n.º 2 do Artigo 21.º do código do IVA).

Veículos híbridos

  • Redução entre 5% a 17,5% (conforme custo de aquisição) das taxas de Tributação Autónoma aplicáveis sobre os encargos com veículos híbridos plug-in que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km (n.º 18 do artigo 88.º do Código do IRC);
  • Redução de 75% do ISV para veículos híbridos plug-in que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km (n.º 1 do artigo 8.º do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos);
  • Redução de 40% do ISV para veículos híbridos que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km (n.º 1 do artigo 8.º do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos);
  • Dedução da totalidade do IVA associado às despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à transformação em viaturas elétricas ou híbridas plug-in, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-in, quando consideradas viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda 50 000 euros (alínea f) do n.º 2 do artigo 21.º do Código do IVA);
  • Dedução da totalidade do IVA associado a despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in (alínea h) do n.º 2 do Artigo 21.º do código do IVA).
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Como funcionam os créditos para este tipo de veículos?

Há cada vez mais pessoas interessadas em contribuir para a transição energética, optando por veículos elétricos com menos (ou nenhumas) emissões. Como tal, vão também surgindo créditos destinados a esse fim, para ajudar na concretização do objetivo da sustentabilidade. É o caso do Crédito Auto Elétricos do ActivoBank, criado com vista ao financiamento da aquisição de viaturas automóveis e motociclos – novos ou usados, ligeiros de passageiros ou de mercadorias – até 3,5T, que sejam 100% elétricos ou híbridos (desde que as emissões não ultrapassem os 50g/km) e motociclos sem emissões.

Os pedidos de Crédito Auto Elétricos já podem ser feitos na App ActivoBank e se estiver a pensar pedir um até ao fim do mês de agosto, poderá ainda receber 50€ de carregamentos Miio, para dar um boost inicial às suas viagens.

Com TAEG de 6,8% e TAN fixa ao longo de todo o empréstimo de 5,000%, o Crédito Auto Elétricos do ActivoBank permite flexibilidade de prazo de 24 a 96 meses, de acordo com o montante (de 3 mil a 15 mil euros até 84 meses, e de 15 mil a 50 mil euros até 96 meses). O financiamento deste Crédito tem um limite mínimo de contratação de 3 mil euros e máximo de 50 mil euros.

Se está a pensar render-se ao mood elétrico (ou trocar o veículo que já possui), visite o site ou a App do ActivoBank e faça hoje mesmo a simulação.

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