Do Twitter ao Facebook, nos últimos dias tem sido amplificada a ideia de que a Google, através do Google Maps, “revelou os segredos russos” ao desbloquear — e tornar totalmente nítidas — as imagens aéreas registadas (e disponíveis) das bases militares na Rússia.
Com a rapidez de partilha que se criou em poucas horas, nomeadamente no Twitter, onde é possível encontrar centenas de publicações nesse sentido, alguns meios de comunicação chegaram mesmo a avançar com a notícia, mas a própria Google desmentiu essa informação.
Numa publicação do Twitter da agência bielorrussa Nexta, que dava conta de que “os objetos militares estratégicos da Rússia ficaram disponíveis em resolução máxima”, a Google respondeu: “Por favor, note que não fizemos qualquer alteração no desfoque das imagens de satélite na Rússia”.
Hi there, please note that we haven’t made any blurring changes to our satellite imagery in Russia.
— Google Maps (@googlemaps) April 18, 2022
Numa tentativa de parar a difusão de informação falsa, foi a própria Google que, em poucos minutos, desmentiu a informação. Ainda assim, os utilizadores das redes sociais preferiram ignorar a resposta oficial da empresa e continuaram a propagar a informação incorreta.
Conclusão
É falso que o Google Maps tenha passado a disponibilizar imagens de satélite de zonas militares russas que anteriormente estariam desfocadas e que agora podem ser vistas sem qualquer desfoque no local. A própria empresa desmentiu o rumor, que foi publicado em primeiro lugar pela agência de notícias bielorrussa Nexta.
Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de factchecking com o Facebook.