Circula nas redes sociais uma publicação que alega que Lula da Silva, presidente eleito do Brasil, decidiu que vai criar uma “guarda nacional”. Na alegada notícia, pode ler-se o seguinte título: “Lula confirma criação da guarda nacional o maior exército vermelho da América Latina” [sic].

A mesma publicação, com o mesmo layout que o portal de notícias G1, dando assim a entender que foi noticiada por este meio, dá conta de que a tropa vai servir para evitar “confrontos urbanos”, com o fim de “coibir atos antidemocráticos”.

Contudo, a notícia é desmentida pelo mesmo órgão de comunicação social a que está a ser associada. Numa notícia de verificação de factos, que pode ser consultada aqui, o próprio G1 garante que “não publicou” uma reportagem com o mesmo título e conteúdo da publicação que circula nas redes sociais.

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E vai mais longe: diz que a imagem “é uma montagem” e que foi obtida através de uma “manipulação fraudulenta”. Além deste desmentido, a falta de pontuação na publicação, só por si, faz suscitar dúvidas quanto à sua veracidade.

Também o gabinete de Lula da Silva reitera que é “falso” que esteja a ser planeada a criação de uma guarda nacional no Brasil, para fazer face a protestos “antidemocráticos”. Citada pelo G1, a assessoria do presidente eleito não tem dúvidas e culpa os apoiantes de Jair Bolsonaro: “Os bolsonaristas seguem produzindo fake news em série para enganar seus próprios apoiadores. Não existe nada disso planejado. É só uma mentira” [sic], afirma a mesma fonte.

Conclusão

Não é verdade que o presidente eleito brasileiro, Lula da Silva, esteja a pensar criar uma “guarda nacional”, como é indicado na publicação que circula nas redes sociais, para conter manifestações nas ruas que sejam “antidemocráticas”.

A notícia circula como sendo do portal de notícias G1, que, por sua vez, desmente a publicação da mesma. Também a assessoria do próprio presidente assegura que não está a planear qualquer medida relacionada com a criação de uma “guarda nacional”.

Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de factchecking com o Facebook.

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