As redes sociais podem também ser o espaço ideal para histórias difíceis de acreditar. Uma publicação de Facebook publicada no passado dia 16 de janeiro apresenta uma notícia, no mínimo, estranha. “Testes de ADN provam que homem que vendia leite na Califórnia é pai de mais de 800 crianças.” Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.

Publicação viral conta uma história falsa sobre um leiteiro que seria pai de centenas de crianças nos EUA.

Além do título e da imagem, a alegada notícia não contém outra informação, nem sequer um link, que permita confirmar a veracidade daquilo que é divulgado. Ao fazer uma busca através da Google, identifica-se o site, OrissaPost, com o conteúdo partilhado. No texto, encontra-se a história de Randall Jeffries, que entregou leite entre 1950 e 1960 na Califórnia e que, tal como defendido pelo autor original, terá sido pai de mais de 800 crianças naquela região. Ora, noutro site, no Daily News Reported, rapidamente se percebe que se trata de um conteúdo satírico. Portanto, não se trata de uma história verdadeira.

Por curiosidade, utilizando a ferramenta de identificação de imagens, Google Images, se procurarmos pela fonte da fotografia do homem que surge na publicação original, podemos encontrá-la em bancos de imagem. Na legenda lê-se: “Idoso com chapéu”. Não há qualquer referência à história em questão.

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Esta história não surge em qualquer órgão de comunicação social internacional nem português. No entanto, a publicação já foi anteriormente verificada pelo fact-checker norte-americano Check Your Fact. A conclusão foi a de que se tratava de uma publicação falsa.

Conclusão

Por muito surpreendente que possa ser uma história, por vezes, pode ser mentira. Um artigo partilhado no Facebook que garante que um leiteiro norte-americano terá sido pai de mais de 800 crianças nos anos 50 e 60 não é verdadeira. Trata-se de um artigo satírico que foi depois replicado noutros sites e desmentido por fact-checkers dos EUA.

Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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