É um vídeo de 19 segundos que mostra o antigo Presidente dos Estados Unidos (EUA) de costas numa prisão. Barack Obama parece estar a observar as condições de uma cela, com uma janela e um saco-cama.

Publicações nas redes sociais escrevem que este vídeo prova que o antigo líder norte-americano foi detido “a 29 de setembro de 2019”, três anos depois de deixar o cargo de Presidente. “Este é um vídeo de Barack Obama na cela de Guantánamo, uma das mais perigosas e vigiadas no mundo.”

Porém, existem várias alegações na descrição na publicação que estão factualmente erradas. Barack Obama, vencedor do prémio Nobel da Paz em 2008, nunca esteve preso. Aliás, na data exata em que o post diz que foi detido, o antigo Presidente norte-americano estava em Munique, na Alemanha, a participar numa conferência.

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Além disso, o vídeo não mostra Barack Obama na prisão de Guantánamo. Nem sequer se trata de uma visita do ex-Presidente democrata àquelas instalações em Cuba.

Em vez disso, foi uma visita de Barack Obama, a 30 de junho de 2013, à prisão sul-africana de Robben Island, perto da Cidade do Cabo, onde o antigo Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, esteve detido.

A Agence France-Presse divulgou um vídeo igual àquele que está a circular nas redes sociais com Barack Obama a visitar uma cela em Robben Island. O banco de imagens Getty Images disponibiliza igualmente uma foto do momento.

Em comum, ambas descrevem Barack Obama na prisão sul-africana a 30 de junho de 2013 numa visita que serviu para homenagear Nelson Mandela, que, na altura, ainda estava vivo.

Conclusão

Não é verdade que Barack Obama tenha sido detido na prisão de Guantánamo em 2019 — aliás, o democrata nunca esteve preso. O vídeo que circula nas redes sociais refere-se a uma visita de 2013 do ex-Presidente dos Estados Unidos à prisão sul-africana Robben Island, numa homenagem a Nelson Mandela.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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