Nas últimas semanas, o Partido Socialista tem usado os inúmeros porta-vozes oficiais e oficiosos para passar mensagens completamente desfasadas da realidade. Dá ideia que agora, a moda da comunicação do PS é convencer os portugueses do absurdo, passando uma mensagem cristalina de que vale tudo para continuar a ter poder. O importante é criar falsas sensações da realidade com o objetivo de ganhar votos. Senão vejamos alguns exemplos burlescos da comunicação do PS:

  1. Uma das teses da cartilha é a de que o PSD vai coligar-se com o Chega se vencer as eleições legislativas. Mentira, ponto. O PS continua a usar o Chega para sobreviver, ainda que com isso esteja a alimentar esse partido. Diria que o Chega é hoje o seguro de vida do Partido Socialista, o que não deixa de ser uma triste e preocupante realidade. Tal como preocupante é o cenário, esse sim certo, de uma coligação entre o PS e partidos como o Bloco de Esquerda e o PCP. Um Bloco de Esquerda e um PCP que querem acabar com as empresas e os empresários, que defendem uma política de imigração sem regras, que defendem tratar de maneira igual o que é diferente, que querem mais dinheiro nos serviços públicos sem apontar a proveniência dessas verbas, que repudiam a ideia de uma Europa Unida, que rejeitam a ideia de um mundo civilizado solidário em defesa da democracia e do bem comum personificado na NATO, que defendem regimes e líderes como Vladimir Putin ou Nicolás Maduro, que mais não são do que ditadores dos tempos modernos. São estes partidos que se preparam para governar Portugal, caso haja uma vitória do PS.
  2. Outra das teses da cartilha do PS é aquela que responsabiliza o PSD por ter conduzido Portugal para medidas de austeridade extremas no período da Troika. Mentira, ponto. Quem conduziu Portugal à ruína financeira e social foi o PS de José Sócrates. Quem negociou as medidas de austeridade foi o PS de José Sócrates. O PSD de Pedro Passos Coelho limitou-se a, mais uma vez, consertar um País que estava a desmoronar-se por culpa dos devaneios do PS e dos seus governantes.
  3. Uma outra tese da cartilha do PS é que os portugueses escolheram António Costa como primeiro ministro em 2015. Mentira, ponto. António Costa e o PS foram os grandes derrotados nessas eleições legislativas em 2015. Os portugueses deram uma vitória clara a Pedro Passos Coelho, num inequívoco sinal de confiança face ao trabalho que tinha realizado na anterior legislatura. O que o PS, o Bloco Esquerda e o PCP fizeram foi meter as regras elementares da democracia numa gaveta e usurpar o poder. Isso teve um enorme custo para a qualidade da nossa democracia.

No dia 10 de março o que vai estar em causa é Portugal ter um governo de centro-direita moderado apostado em reformar o País, em reparar a Saúde e a Educação, em baixar a carga fiscal, em fazer as pazes com os jovens licenciados, em cuidar dos que têm mais idade proporcionando-lhes melhor qualidade de vida. Ou, por outro lado, ter um governo de esquerda radical em que o Estado ganha ainda mais peso, em que os vínculos laborais são precários (nos últimos 12 anos os contratos a termo incerto aumentarem 165%), em que se nivela por baixo a valorização do trabalho, em que continuamos a ser ultrapassados pelos nosso parceiros europeus, em que impera a falta de sentido ético e se convive mal com o escrutínio da justiça. A escolha será entre o PSD que já disse que só governa se vencer, ou o PS que esconde o que fará depois do dia 10 de março. No fundo, estamos perante uma escolha entre a transparência e a verdade personificada pelo PSD de Luís Montenegro, ou uma outra via imprevisível e do vale tudo cujo rosto é Pedro Nuno Santos.

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