Assustador, o sismo na Turquia e na Síria. Quando há estes terramotos é impossível qualquer ser humano não se questionar se estará preparado para uma situação idêntica. A não ser que o ser humano resida em território nacional. Nesse caso, o ser humano tem praticamente 100% de certeza que nada está preparado para tais fenómenos. O que, à primeira vista, pode parecer aterrador, mas quando pensamos melhor é, antes, reconfortante. Para quê andar com angústias se estamos preparados para sismos, ou não estamos preparados para sismos? Mais vale ter a garantia de que o mais provável é vir tudo abaixo. A partir daí, tudo o que não tombar é ganho.
A verdade é que a catástrofe que atingiu turcos e sírios promete ficar na memória colectiva, durante muitos anos, como mais um daqueles fenómenos impressionantes que, de um momento para o outro, deixam tudo completamente irreconhecível. “Promete ficar na memória”, quer dizer, prometia. Porque na realidade o sismo não ficou na memória de quase ninguém nem meia dúzia de horas. Assim que a Madonna apareceu na cerimónia dos Grammys com aquilo que aparentava ser uma cara atingida por um tsunami de botox, nunca mais ninguém se lembrou da desgraça na Turquia e na Síria.
Agora a sério. Não viram a cara da Madonna? Então deixem-me tentar explicar o que se passa para ali. Lembram-se, estou confiante, do tema Like a Virgin. Ora, há um músico e humorista chamado “Weird Al” Yankovic, que criou uma estupenda versão deste clássico chamada Like a Surgeon. Pois bem, a actual cara da Madonna podia ser o tema central de ainda outra variante intitulada Like a Patient of a Drunken Surgeon. E penso que já ficaram com uma pequena ideia da gravidade da situação.
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