Depois de viver vários anos como se fosse um homem, Helena Knowles decidiu reverter todo o processo e voltar a ser o que sempre foi, uma mulher.

Numa conversa com o apresentador do Daily Wire, Michael Knowles, Helena Knowles revelou que os problemas de auto-estima que teve na adolescência a levaram à Internet onde começou a “devorar” tudo o que lhe aparecia sobre “mudança de sexo”. Aos 18 anos, convencida de que era transgénero, começou a tomar hormonas do sexo oposto, mas aos 22 anos parou de os tomar e já não finge ser um homem.

Eis alguns excertos do testemunho dela:

Quando tinha 15 anos, estava a passar por um período da minha vida em que não tinha muitos amigos, estava insegura e atormentada com o meu corpo, e isso levou-me a passar muitas horas on-line e, consequentemente, no blog Tumblr, que promove a ideologia de género. Lá, encontrei muitos incentivos sociais para mudar os pronomes e, para permanecer na comunidade, adoptei a ideologia. Essas comunidades online são muito receptivas e desempenham um papel doentio na vida de uma jovem. Fazem-nos sentir aceites e, como nos queremos encaixar na comunidade, estamos dispostos a fazer tudo para nos adequarmos a esse grupo social.

Essas comunidades incentivam os jovens a explorar o transgenerismo, convencendo-os de que os problemas normais de auto-estima na adolescência são sinais de disforia de género.

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Nessas comunidades, há pessoas que nos dizem: não gostar do teu corpo, não gostar de estar com outras meninas, não gostar do som da tua voz numa gravação, são sinais de disforia de género. Como adolescentes, não percebemos o quão universal é não gostar do nosso corpo ou voz.

A comunidade aprovou e aplaudiu a decisão de Helena quando ela decidiu começar a usar hormonas e a viver como se fosse um homem.

Por cá, além dos conteúdos ideológicos de género leccionados a partir do pré-escolar, influencers on-line, como os The Guys Cudlle Too, que fazem vídeos para o site oficial de Cidadania e Desenvolvimento, levam adolescentes e jovens a acreditar que nasceram no corpo errado, que precisam de “mudar de sexo” e que isso é o “must”.

Urge evitar que crianças, adolescentes e jovens sejam vítimas do contágio social do transgenerismo, que poderá levá-las a submeter-se a procedimentos clínicos dos quais poderão arrepender-se quando forem mais velhas.

Crianças, adolescentes e jovens angustiados, confusos, com dúvidas e conflitos de identidade, não podem continuar a ser alvo de associações lgbtqiap+, radicalizadas, que usam a Escola como centro de recrutamento.

Manipuladores que recrutam menores fragilizados, convencendo-os de que as suas insatisfações são resultado de uma orientação sexual contrariada, que só acontece porque são vítimas de uma herança cultural machista e opressora, não podem continuar a ter via verde para engrossar as suas fileiras.

As políticas identitárias têm vindo a desconstruir, desestabilizar e confundir a identidade sexual binária. Desde a mais tenra idade, crianças estão a ser convencidas de que os dois sexos – macho e fêmea – foram criados por designações linguísticas: homem e mulher, pai e mãe; que homem, mulher e família, pai e mãe, sexualidade e fertilidade não são conceitos naturais, mas sim um discurso de poder para os homens dominarem as mulheres e para a heterossexualidade dominar sobre todas as demais orientações sexuais, e que tudo isso tem que ser eliminado.

Na Califórnia, por ex., saiu uma lei que alterou as certidões de nascimento. Não se exige “mãe” e “pai”, mas sim “pai que dá à luz” e “pai que não dá à luz”. Nos novos formulários estaduais, cada pai “pode indicar se se identifica como mãe ou pai”.

As famílias portuguesas precisam de saber o que está a passar-se. É urgente um debate público sobre o que é de facto a ideologia do género.