Cerca de 150 Chefs, de toda a Europa, participaram em Bruxelas no Evento do Novo Guia Michelin. Os nossos Chefs Portugueses tiverem ainda a oportunidade de participar e dar o seu contributo, no Parlamento Europeu, ao debate: Quality Gastronomy: a Driver of destination development in Europe – Case of the Michelin Guides.

A recente consagração gastronómica do Guia Michelin demonstra que o turismo gastronómico pode trazer uma nova dinâmica a Portugal. E estando o nosso País no TOP 10 dos principais destinos da Europa, só deixaremos escapar esta oportunidade de promoção, se não houver visão e estratégia de quem lidera politicamente o setor.

O Guia das Estrelas colocou em destaque o País e, simultaneamente, enalteceu a dedicação e empenho dos Chefs portugueses e das suas equipas, deu destaque aos produtos da nossa agricultura e vai permitir certamente retorno de investimento de Gestores e Hoteleiros nas suas unidades.

Precisamos de um Turismo Gastronómico estruturado e devidamente valorizado, competitivo e atraente. Precisamos de criar ofertas turísticas que abracem experiências gastronómicas e vinícolas. Precisamos de mais actividades onde o turista participe nos processos de produção e criação. Precisamos aliar formação de alto nível, com inovação e tecnologia e aproveitando o know-how dos nossos Chefs reconhecidos e agora distinguidos. Precisamos desta aposta porque os que nos visitam, os turistas, procuram experiências únicas, querem vivenciá-las e nós temos tudo para recebê-los com sucesso.

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Portugal tem já o Festival de renome da alta gastronomia portuguesa, o “Rota das Estrelas” que acontece em restaurantes galardoados com estrela no Guia Michelin. Tem já incursões de Norte a Sul do País e na Ilha da Madeira, já está inclusive em Espanha.

Mas, porque não receber, em Portugal, o mais conceituado evento de Gastronomia, o Guia Michelin Ibérico, que vai para a sua 10ª edição, em Novembro de 2017? Tivemos um WebSummit, saberemos certamente abrir as portas e receber bem a alta gastronomia.

A visão e estratégia política passa desde logo por acreditar no efeito multiplicador na economia local que um evento da alta gastronomia proporciona. Um turista que tenha uma experiência num restaurante Michelin não o fará todos os dias na sua viagem, irá claramente querer levar consigo outras experiências, outros produtos locais. Um turista que venha a um restaurante Michelin irá concerteza aproveitar o comércio tradicional, outros restaurantes, passear pelos sítios emblemáticos das cidades, pelos museus. Irá levar consigo os sabores da Gastronomia Portuguesa, os cheiros dos nossos mercados e o bem receber das nossas gentes.

A Gastronomia Portuguesa está de parabéns. E Portugal, enquanto destino, tem de saber aproveitar o potencial destas distinções. O desafio está lançado!

É a economia que ganha, é o País que ganha, é Portugal em destaque.

Eurodeputada do PSD