Caro Hipócrita,

Escrevo esta carta aberta com um sentimento de profunda deceção e repúdio. Não posso mais permanecer em silêncio diante de tua hipocrisia flagrante, dos teus atos egoístas e da busca incessante por reconhecimento, mesmo quando a tua verdadeira face é a da indiferença e omissão.

Houve momentos em que tua presença poderia ter feito a diferença na vida da pessoa que agora queres homenagear, quando precisou desesperadamente de ajuda, apoio ou simplesmente de alguém para ali estar. No entanto, tu escolheste o caminho da negação, optando por ignorar o sofrimento alheio e recusando-te a estender a mão.

O que torna a tua hipocrisia ainda mais repugnante é o facto de que, após todas as oportunidades perdidas para agires de maneira compassiva e altruísta, decidiste prestar homenagens, apresentando-te como um exemplo de virtude e generosidade. No entanto, as tuas intenções são transparentes: vaidade e a busca pelo benefício pessoal.

Este comportamento é uma afronta à moral e à ética. É uma afronta à própria pessoa que queres homenagear.  Como disse Friedrich Nietzsche: “Ninguém mente com tanta sinceridade como as pessoas que negam o que fazem.

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Estas palavras ressoam como um eco das gerações passadas, destacando a repulsa que a hipocrisia sempre despertou. Tu, Hipócrita, representas um fardo para a sociedade, pois as tuas ações revelam a falta de integridade, empatia e autenticidade que são fundamentais para um convívio saudável e significativo. A verdade é como azeite em água…

Não seria hora de refletires sobre as tuas atitudes? O reconhecimento superficial e o vaidosismo não podem substituir o compromisso genuíno com o bem-estar dos outros. Enquanto a tua hipocrisia persistir, não podes esperar ser considerado um membro respeitável da sociedade.

Este é um apelo para que tu reconsideres as tuas prioridades e valores. A verdadeira grandeza reside na honestidade, na compaixão e na ação desinteressada. Abandona a máscara da hipocrisia e abraça a autenticidade e a empatia. Somente então poderás encontrar redenção e dignidade…

Ao hipócrita que leu e enfiou o barrete!

Elisa Manero