1 O mercado mundial do petróleo tem uma tríade de produtores e actores principais: os Estados-Unidos, a Rússia e a Arábia Saudita, todos com produções acima dos dez milhões de barris diários. Têm também, como é natural, uma longa história de relações:

2 D. Roosevelt encontrou-se com Ibn Saud e daí nasceu uma longa parceria: as majors americanas tomaram conta do petróleo do Reino e os Estados Unidos passaram a proteger e defender militarmente a casa de Saud. E, no tempo da Administração Reagan, seguindo uma estratégia delineada pelo então Spymaster da América, William “Bill” Casey, os sauditas fizeram uma guerra de preços – aumentando a produção e exportação do petróleo – que deitando o valor do barril de crude abaixo (logo dando um golpe significativo nas exportações da então URSS), contribuíram para debilitar a economia soviética e precipitar a Perestroika e a política de autodestruição do Império comunista mundial de Gorbachev.

No primeiro trimestre deste ano, quando a sombra do Covid 19 começava a alongar-se sobre a Europa, também os grandes exportadores, russos e sauditas, iniciavam um novo confronto, sem guerra Fria à mistura, mas de qualquer modo, um confronto sério.

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