Moçambique, terra onde o português se enraizou e a nossa cultura criou laços profundos, vive hoje um dos capítulos mais trágicos da sua história, no entanto, este momento, por mais sóbrio que seja, pode também representar uma oportunidade única de mudança, de futuro. As recentes eleições de Outubro, que deveriam simbolizar a democracia e a liberdade de um povo, transformaram-se numa encenação grotesca. Com uma brutalidade que desafia qualquer noção de decência, a FRELIMO – partido comunista-marxista que governa Moçambique há décadas – manchou o processo eleitoral com sangue, violência e fraude.
E onde está Portugal, país que deveria ser o seu primeiro defensor? Silenciado, passivo, cúmplice por omissão.
A tragédia moçambicana não é uma questão de diplomacia ou distanciamento, é uma questão de dever moral e histórico. Enquanto o Ocidente prefere clamar por justiça social em causas distantes e convenientes, ignora Moçambique, que sofre debaixo do jugo de uma tirania marxista. E este silêncio português é, no mínimo, vergonhoso. Onde estão as vozes das nossas elites, tão rápidas a erguer-se por “causas nobres”? Este é o mesmo país onde, recentemente, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a morte de um cidadão em circunstâncias questionáveis, erguidas pelo estandarte da justiça racial. Mas, em Moçambique, onde a opressão é clara, onde se assassina, se tortura e se silencia, não há bandeiras nem gritos. Esta é a hipocrisia de uma esquerda que, no fundo, nunca respeitou o povo moçambicano.
O candidato Venâncio Mondlane, uma das raras figuras de coragem, viu os seus apoiantes, incluindo o seu advogado Elvino Dias e o mandatário Paulo Guambe, serem assassinados a sangue frio. Estas mortes não foram acidentais, foram sim um aviso de terror e opressão. A FRELIMO, que se autointitula “libertadora”, revelou-se o carrasco do povo, subjugando Moçambique com a brutalidade dos regimes que abraçam o comunismo e o marxismo como pretexto para oprimir. Desde a sua independência, Moçambique vive sob um regime que transforma qualquer ato de esperança numa oportunidade para esmagar aqueles que ousam desafiar a ordem estabelecida. E Portugal, que se ergue como defensor da liberdade e dos direitos humanos, cala-se numa indiferença que é, em si, uma traição.
Esta passividade não é apenas uma escolha diplomática, é o culminar de uma herança trágica que começou com o falhado processo de descolonização. Quando Portugal, após o 25 de Abril, abandonou Moçambique, entregou o país a uma elite ideológica, supostamente defensora dos ideais de libertação, mas na realidade imersa nas ideologias marxistas que prometem igualdade e entregam apenas miséria. Figuras como Mário Soares, Almeida Santos e Manuel Alegre, entre outros traidores abrileiros, ao longo do processo de descolonização, lavaram as mãos, abandonando as províncias ultramarinas a um destino de caos, opressão e desespero. O povo moçambicano, que esperava que a independência trouxesse prosperidade, viu-se nas mãos de uma tirania comunista que não respeita a dignidade nem a liberdade. Esta foi a verdadeira “libertação” proporcionada pela descolonização portuguesa – uma transição de poder que apenas mudou as elites no comando, mas deixou o povo à mercê da repressão, uma verdadeira traição!
Mas o que acontece hoje em Moçambique é um grito de revolta contra a hipocrisia de Portugal e do Ocidente. A FRELIMO, que uma vez prometeu defender os moçambicanos, tornou-se uma máquina de opressão e corrupção. Nas recentes eleições, demonstraram o quão longe estão dispostos a ir para manter o controlo. A oposição, liderada por Venâncio Mondlane e pelo Partido Podemos, foi sufocada pela violência. Mas o mais vergonhoso é que este sacrifício e coragem são ignorados. O nosso governo, que tanto se enche de orgulho ao falar de democracia, direitos humanos e de uma “relação especial” com África, virou as costas a Moçambique. Porque Moçambique não encaixa na narrativa conveniente das elites, é incómodo, é uma ferida aberta que revela a falência das suas ideologias, a falência de Abril e da III República.
Porém, a ironia de toda esta situação é que a única esperança de comunicação do povo moçambicano com o mundo está nas mãos de Elon Musk e da sua rede Starlink. Num tempo em que o Ocidente prefere demonizar Musk como um “perigoso extremista”, por apoiar o mais recente eleito Presidente Donald J. Trump e desafiar o politicamente correto, é ele quem oferece a Moçambique a possibilidade de contar ao mundo a sua verdade. É Musk – não as “democracias” que se dizem defensoras dos oprimidos – quem garante ao povo moçambicano a última ferramenta de comunicação e resistência. Enquanto o Ocidente prefere rotulá-lo de “ameaça”, este empresário torna-se o aliado silencioso dos oprimidos em Moçambique, mostrando a hipocrisia de um sistema que fecha os olhos quando a opressão é feita em nome de ideologias convenientes.
O silêncio de Portugal é mais do que uma omissão, é uma traição. Esta é a escolha de um país que prefere ignorar o sofrimento dos seus irmãos em nome do politicamente correto. Esta é a escolha de uma Nação que parece ter esquecido o que significa ser Portugal, o que significa a Portugalidade, o que significa a responsabilidade. Moçambique é uma extensão da nossa própria identidade, é uma parte da nossa alma. Ignorar o sofrimento moçambicano é ignorar o que nos torna portugueses.
No entanto, o desprezo de Portugal por Moçambique não se limita à apatia. Esta traição é uma ofensa àqueles que ainda acreditam que Portugal é uma Nação verdadeira, com valores e com um sentido de missão histórica. A verdade é que, enquanto figuras como Donald J. Trump e Elon Musk desafiam as elites progressistas e oferecem alternativas para os marginalizados do Ocidente, Portugal não oferece nada ao seu próprio irmão. Portugal abandona Moçambique a um regime que o oprime sem piedade, fingindo-se defensor dos direitos humanos, mas ignorando a destruição do povo moçambicano.
Este é o momento de Portugal decidir: somos uma Nação verdadeira, com valores e uma missão histórica, ou somos um fantasma, um eco vazio de um passado que já não respeitamos? Ignorar Moçambique é ignorar a nossa própria essência; é destruir a Portugalidade que ainda resta em nós. Moçambique clama por justiça, e Portugal tem o dever de responder.
Se o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o Primeiro-Ministro Luís Montenegro não se manifestarem e agirem, estarão a trair os princípios mais fundamentais da Portugalidade. Estes líderes têm a obrigação de denunciar o regime opressor da FRELIMO e de exigir justiça para o povo moçambicano. A nossa honra, a nossa história, a nossa dignidade enquanto Nação dependem disso.
Porque Moçambique não é apenas um país distante, é parte de nós. E, se Portugal se calar agora, estará a destruir séculos de história, estará a renegar tudo o que ainda significa ser português.
Como jovem nacionalista orgulhoso, fruto do Império e da Portugalidade, livre e imune às causas pós-modernistas, afirmo sem pudor, Portugal tinha futuro, e foi a III República que o roubou.